Querida Jadelyn escrita por ScissorsandCoffee


Capítulo 1
Decepções


Notas iniciais do capítulo

Uma surpresa me ver por aqui depois de tanto tempo inativa no NYAH. A verdade é que eu queria voltar em um dia especial, como o casamento dos nossos bebês (declarado por Dan Schneider) neste dia, 29/03/2014 e para ser exata logo após o KCA.

~ Dúvida sobre alguma fanfic incompleta que eu deixei por aqui? Dê uma olhada no meu perfil.

Boa leitura!



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POV West

Eu estava pensando em morte. Não, não era uma morte estúpida como aquelas que vemos nos jornais constantemente depreciando indiretamente algumas pessoas estúpidas que decidem se matar cortando os pulsos. Não era uma morte de verdade: sem respiração e pulsação.

Eu queria algo que estava sendo necessário e adaptável ao momento.

Uma morte de personalidade...

Gostaria de não continuar vendo Beck Oliver como o meu mundo. Mas eu já deveria imaginar que algumas coisas nunca mudariam e eu continuaria sempre apaixonada por ele, e ele nunca iria me suportar. É uma dura verdade. Desde que terminamos percebi que a minha vida toda girou ao seu redor, e ele foi meu mundo, meu ponto de segurança e toda a minha linha de pensamentos. Era ele, ele e ele. Mas o que o Sr. Oliver havia feito com meu coração depois de tantos anos atrás dele que nem uma cachorrinha indefesa? O jogou fora sem mais nem menos, sem quaisquer cerimônias ou declarações.

Foi apenas um:

Não estou satisfeito com o nosso relacionamento.

E fim.

Já era de imaginar que eu estaria perdida depois desta.

Tentei não me lamentar muito, tentei não chorar só que quanto mais eu me segurava mais doía. Só de lembrar no dia seguinte, quando eu estava dentro do banheiro da escola, ouvi algumas daquelas líderes de torcida falar mal de mim. Como sempre, só que naquele dia elas disseram que ‘nunca que Beckett Oliver iria aguentar uma cadela insuportável como Jade West é’. E elas tinham razão, eu era uma cadela insuportável.

Pensar nisto enquanto me olho no espelho e sorrio, não é tão encantador quanto imaginei. O fato é que dói, que minha mente está perturbada e eu penso apenas em mudar-me totalmente para assim... Ver se ele continua a gostar de mim. Ou pelo menos goste pela primeira vez.

Porque com toda a minha ‘personalidade péssima, ciúmes incontrolável e gritos frequentes’ é difícil manter alguém por perto. Também é difícil por causa da minha recente falta de alto-controle sobre minhas ações e pensamentos, e todo este desejo insano que eu ainda tenho para ficar ao lado dele... Nem que eu me humilhasse para isto, gostaria de fazê-lo sentir o meu gosto outra vez.

Só mais uma última vez.

E também seria um momento oportuno para eu dar o troco nele, o troco de minha vingança ainda não planejada.

Sai do banheiro feminino com a mente cheia de pensamentos, e eu quase nem vi a Cat arrastando um saco enorme e cheio de batatas velhas pelo corredor da escola. E nem fiz questão de perguntá-la o porquê diabos estava fazendo isto. Abri meu armário para pegar meus próximos livros e o sinal tocou, suspirei.

Só existia uma coisa que eu sentia falta e que não era ele... Era de mim mesma, da minha antiga eu, cheia de sarcasmo e domínio sobre todos. Ele me levou também, quando foi embora.

Foi aí que passando pelos corredores encontrei o Sr. Oliver e a idiota da Vega conversando sobre coisas obviamente fúteis e rindo um do outro; aquele aperto de angústia e ciúmes estava me matando e a única coisa que eu poderia fazer era passar sem olhá-los... Observe o nível em que eu parei.

Estava até com vergonha de mim mesma.

Só que a adorável Vega me chamou com sua voz escandalosamente horrível: - Ei, Jade! Bom dia, como está indo com a sua peça?

Ela estava tão simpática que me dava gastura. Foi aí que percebi que meu maior problema para deixar de ser eu foi que eu perdi todos eles, os meus amigos. Mas enfim, isto nunca será admitido para ninguém.

- Não é da sua conta. – Fiz questão de respondê-la sem ao menos olhar para o meu ponto de maior interesse; ele. O Oliver continuou calado e eu senti que ele me observava pelo simples fato de conhecer muito bem a sensação quando isto acontecia. E eu me senti enjoada porque ao mesmo tempo em que desejava ficar junto dele, queria sair de perto de seus olhares.

- Bem, enfim... Eu estava pensando em que... Se você quisesse, também, é claro que não iria pedir isso novamente se você dissesse não, mas já que estamos aqui é melhor falar - ela começou a divagar infinitamente e eu revirei os olhos. – O que acha da ideia de eu fazer o teste para a sua personagem principal, a Ann?

- Não mesmo. – Eu disse com total amargura. Na minha peça, que meu pai irá assistir, quem faz o papel principal sou eu. E mesmo se não fosse... É claro que eu arranjaria algo melhor do que a péssima atuação da Tori.

- Ah... – A garota choramingou como um bebê e olhou para Beck como se pedisse ajuda. Eu achei aquilo realmente estranho. – Você disse para mim que ela deixaria!

Arregalei os olhos. Mas o que diabos? Beck pensa que eu faço tudo o que ele imaginar que eu devo fazer? Que suposição é esta que ele está tendo agora?

- Como é que é? – Cruzei os braços com raiva e pela primeira vez em três meses, fiz questão de olhá-lo rosto a rosto e com seriedade sobre o que falávamos.

- É que eu imaginei que você precisasse de boas atrizes em sua peça... – Ele pareceu bem mais calmo que o habitual, e ainda havia passado a mão por aquele cabelo perfeito e macio. Eu juro que tive que me controlar para não cair em cima dos meus próprios joelhos ou sorrir, ou fazer qualquer outra coisa do gênero que barrava a estupidez romântica. Eu apenas tinha que me lembrar de que nós não estávamos mais juntos.

Foi aí que alguma coisa me atingiu.

1 – Se ele acha que eu preciso de boas atrizes para a minha peça, ele indica a Tori? Isto é horrível, é como se ele quisesse ver a minha desgraça.

2 – Eu vou fazer este papel e todo mundo sabe, então ele pensa que a minha atuação é ruim? Outra coisa decepcionante!

Como que eu o namorei durante todo este tempo?

- Acha que eu não sou boa o bastante para fazer o papel de uma peça que eu mesma escrevi? – Quase gritei de raiva.

Ele levantou as mãos no ar como se arrependesse. Mas eu sabia que ele estava fingindo este arrependimento. – Não, você é boa, só que eu pensei que não iria fazer este papel. Achei que a dirigiria apenas como fez com as demais...

- Era o que você achava? – Eu perguntei com raiva, ele é meu namorado, quer dizer... Ex-namorado. Eu penso que ele deveria me conhecer muito bem para pelo menos saber que eu entraria em qualquer peça minha para atuar.

Beck se aproximou, com um ar autoritário diferente do normal que, jurando pela cara da Vega, eu não fui a única a perceber. – Sabe Jade, eu não vi ninguém se inscrevendo para os testes de sua peça... Então, o que eu mais acho é que as pessoas estão com medo de trabalharem e serem julgadas por você!

Ele disse aquilo num tom enojado que eu só tive vontade de sair dali e morrer.

E como assim ninguém havia se inscrito para a minha peça? Fazia uns dois dias que eu não olhava o folheto de inscrição, mas eu não poderia parecer desesperada para estrear isto como as demais pessoas quando vão estrear algo. Eu sai dali o mais rápido que pude enquanto ignorava os dois, fui correndo para a minha lista no mural de recados da escola e realmente... Não tinha ninguém, a não ser Sinjin e Cat e eles não contam em nada...

Eu realmente estava perdida, cheia de decepções: Eu não era mais eu, eu não tinha mais Beck, eu perdi meus amigos e todos só participavam dos meus trabalhos por conta de que eu estava namorando Beck... E agora, eu estou sozinha e apenas largada.

Eu só precisava morrer.


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Notas finais do capítulo

Oh, o que acharam disto?
Devo continuar com esta fanfic?
E antes de um tchau: desejo um feliz casamento para os nossos bebês!
Hahahaha, XD ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥