Chained escrita por Bird Chained


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente me desculpem pela demora,eu estou em época de provas e bem,o resto vocês já devem imaginar >



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–Você não quer tentar colocar minha vida em ordem novamente Nath?-Questiono e minha pergunta permanece no ar, o silêncio que se segue é torturante e eu abaixo a cabeça, incapaz de olhar em seus olhos novamente.

Sou surpreendida quando ouço sua gargalhada, aquela que eu tanto gostava de ouvir, e sinto seus braços fortes me envolverem em um confortável abraço.

–Não precisa nem perguntar duas vezes, é claro que eu quero. -Ele exclama sorridente e eu aperto-o contra mim fortemente,satisfeita por ele ter entendido o que eu queria dizer.

Meu coração parecia até explodir que tanta felicidade que eu sentia no momento e eu soube instantaneamente que era ali que eu queria ficar por enquanto, em seus braços.

Separo-me dele e aproximo meu rosto do seu, beijando-o em seguida.

O beijo é carinhoso, ele aperta minha cintura puxando-me ainda mais para perto e eu entrelaço meus braços em seu pescoço.

Separamo-nos minutos depois enquanto eu amaldiçôo o fato de precisarmos de ar, sorrio e ele acaricia meu rosto delicadamente, seus olhos dourados, aqueles que eu tanto amava observar, pareciam ler minha alma.

Nosso pequeno momento é interrompido pelo barulho da porta, me afasto dele rapidamente, ainda ofegante, e vejo Melody entrar e nos encarar com um semblante confuso.

–O que está fazendo aqui Stella?-Ela pergunta curiosa e me dirige um olhar de desconfiança e ódio.

Ignoro sua raiva e sorrio para Nathaniel.

–Nathaniel estava me ajudando a arrumar minha bagunça. -Digo e pisco discretamente para Nathaniel,que segura o riso enquanto cora e saio da sala dos representantes,deixando uma confusa Melody para trás.

O sinal bate e eu me apresso e corro para a sala, tentando ao máximo não me distrair e ficar com uma cara de boba.

Uma boba apaixonada. Meu cérebro insistia em cantarolar.

Bom, talvez fosse verdade, mas apenas talvez. Quer dizer,eu amava o Castiel certo?

Uma coisa era certa: eu não tinha mais certeza de nada.

Sento-me na mesa e concentro-me nos deveres durante o resto do dia, expulsando qualquer pensamento que não se tratasse das enormes contas de matemática.

Tudo parecia correr bem, exceto por certo ruivo que insistia em me encarar, fazendo-me perder a concentração.

Sabe aquela sensação de ser observado e da sua nuca praticamente queimar com o olhar da pessoa? Era isso que eu sentia no momento.

Ok, uma coisa era partir meu coração, mas me atrapalhar a fazer o dever de matemática era uma coisa imperdoável.

Ignorei seus olhares nada discretos e assim o dia passou, sem grandes emoções, até que o sinal bateu e antes que eu pudesse arrumar meu material e agradecer aos céus por poder ir pra casa, uma coisa branca voou em minha direção quase me derrubando no chão.

–Rosa!Pelo amor de Deus, eu ainda sou jovem pra morrer!-Exclamo rindo enquanto ela se desgruda do meu pescoço.

Um alarme de perigo iminente toca em minha cabeça quando percebo que ela me dirige um daqueles seus olhares de censura.

É lá vem bronca.

–Posso saber onde você estava na hora do recreio dona Stella?-Ela questiona e põe as mãos na cintura, enquanto me encara de modo desaprovador.

Opa, eu esqueci completamente de que havia combinado de ouvir seu plano na hora do recreio.

Tento dizer algo, mas ela me interrompe em uma explosão de fúria.

–Eu te esperei como uma boba lá e a senhorita não apareceu, é bom ter um motivo muito convincente para explicar sua ausência. -Vejo-a voltar ao normal e cruzar os braços,esperando uma resposta.

Err, o que eu diria?

Sabe Rosalya eu tava saindo da sala, ai o Castiel me barrou e quis dar uma de bonzinho, eu fui chorar no jardim e depois dei uma passada lá na sala dos representantes para dar uns beijos no Nathaniel e pedi-lo em namoro de um modo nada convencional. Respondo mentalmente mas arregalo os olhos em horror.

Ok estava fora de questão eu dizer isso.

–Desculpa Rosa, posso te contar em casa? Realmente quero ir embora. -Suspiro e termino de arrumar meus materiais,pego minha bolsa e vejo-a concordar,mas não antes de exigir que eu contasse tudo a ela.

O caminho até minha casa é percorrido com conversas sobre coisas banais, sobre como Rosa sentia falta de Leigh que parecia muito atarefado e como ela havia visto modelos lindos da nova coleção no shopping da cidade.

Procuro-me manter o mais atenta possível ao seu discurso, não queria que ela tivesse mais um motivo para me dar uma bronca.

Chegamos finalmente no prédio em que moro, entro no apartamento sorrindo aliviada por estar em casa e jogo minha bolsa no sofá enquanto tiro minha bota.

–Tsc, pelo amor dos deuses Stella, dá para você ser menos desorganizada?-Rosalya bufa e começa uma inspeção na minha casa, enquanto cita todos os itens que ela desaprova, principalmente, minha falta de organização.

–Você já veio milhares de vezes e aqui e sempre faz questão de repetir a mesma coisa, Rosa. -Murmuro entediada e me jogo no sofá, deito e suspiro em seguida.

–Por isso mesmo, cansei de te falar pra arrumar isso, está uma bagunça. –Ela exclama impaciente e empurra meus pés para fora do sofá, sentando ali.

Sorrio marotamente.

–Mas você sabe que eu sem bagunça, não sou eu não é Rosa?-Questiono-a e ela revira os olhos, enquanto levanta dramaticamente as mãos para cima.

–Oh, deuses, custa atender meus pedidos e dar um jeito nessa preguiçosa?-Ela diz teatralmente e aponta pra mim.

Abafo uma risada e jogo uma almofada nela, que me fuzila com o olhar enquanto eu gargalho ao ver seu cabelo bagunçado.

–Stella1, Rosa 0.-Comemoro e ela faz língua em minha direção.

–Ok, ok, criança, você me trouxe para sua bat caverna, mas até agora apenas me enrolou e não me disse o motivo de ter me dado um cano no recreio. -Ela lembra e me encara, esperando minha resposta.

Levanto-me e sento, olhando fixamente para minhas mãos.

–Bem, quando o sinal bateu o Castiel me parou na porta da sala. Ele queria saber o porquê de eu estar evitando ele. -Digo e um flashback das cenas de hoje passa em minha mente.

Vejo Rosa arregalar os olhos surpresa. -Não acredito que ele teve a cara de pau de te procurar depois de tudo aquilo, que canalha.

Concordo com ela e conto toda minha conversa com Castiel, até minha fuga para o jardim.

–Deveria ter me procurado depois disso Stella. -Rosa lamenta e me analisa procurando algum sinal de tristeza em mim.

Sorrio e balanço a cabeça negativamente. -Nem pensei nisso na hora, estava tão ansiosa para conversar com o...Nathaniel.

Vejo-a enrugar a testa em confusão. -O Nathaniel?Por que queria falar com ele?

Respiro fundo. É... Seria uma longa conversa.

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–O que?Você e o Nathaniel estão namorando?-Tapo meus ouvidos com as mãos para não ficar surda com o grito de Rosalya.

Eu havia contado tudo para ela, e bem, agora ela estava tendo um ataque histérico.

–Não sei bem se é namorar, mas não é ficar, é algo sério, mas não tão sério... Entende?-Concluo rapidamente e uma interrogação predomina seus olhos.

–Na verdade não. Não entendi nada. -Ela diz inquieta.-Você me confundiu ainda mais Stella.

Deito a cabeça em uma almofada e respiro fundo, fechando os olhos.

–Eu meio que gosto de estar com ele sabe?Faz eu me sentir, segura, completa, amada. É bom estar do lado dele. -Sussurro lentamente enquanto minha cabeça parece travar, com tantos pensamentos e inseguranças.

Vejo Rosa me observar de um modo compreensivo e deito em seu colo, ela sabia o quanto eu precisava desabafar agora.

–Mas Stella, você não está confundindo as coisas?Será que não está com Nathaniel porque está machucada?-Suas perguntas ecoam em minha cabeça de um modo cruel.

Sinceramente... Eu não sabia.

–Sabe Rosa,quando tudo isso começou eu tinha certeza de quem eu amava era o Castiel,ele era tudo pra mim, mas as coisas mudaram... Eu mudei. –Respondo firmemente, certa do que eu estava dizendo.

Rosa mexe em meus cabelos, fazendo eu me acalmar um pouco, aquele cafuné me transmitia à sensação de segurança.

–Eu só não quero que você e nem que Nathaniel se machuquem, ele realmente gosta de você, não seria cruel você brincar com os sentimentos dele?-Penso e meu coração se aperta, sim,seria muito cruel fazer isso com ele.

Suspiro e fecho os olhos.

–Eu não vou saber aonde isso irá chegar se eu não tentar Rosa, eu realmente quero tentar, eu realmente quero estar ao lado dele.

Sinto Rosalya me abraçar e sorrio, enquanto ela me encoraja e me pergunta detalhes sobre nosso “romance”.

Era incrível como eu estava bem com tudo isso, como Debrah nem me afetava mais.

...Mal sabia eu, que não seria por muito tempo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? o
Se manifestes leitores fantasmas ;w; até o próximo



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