The New Hogwarts I - The Beginning of New Legends escrita por Black


Capítulo 76
Hora do Chá


Notas iniciais do capítulo

Leitores Fantasmas, eu adoraria se vocês comentassem. Estou falando sério, eu já estou ficando desanimada. Tenho 49 acompanhamentos, mas apenas 4 comentaram o capítulo anterior.
Enfim, espero que gostem e boa leitura!



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Alice com correndo com os irmãos Tweedle, que haviam lhe alcançado, até que uma ave gigantesca desceu dos seus e capturou os gêmeos.

– Majestade. – Stayne se aproximou de Iracebeth, que estava sentada no trono vermelho que um dia pertencera à sua tia, a Rainha de Copas. – Eu encontrei o Oráculo. – Ele o abriu e a folha foi se estendendo até bater na parede.

– É isso? – Iracebeth questionou com desapontamento. – Parece tão comum.

– Veja aqui. – Stayne apontou para um dos desenhos. – O Glorian Day.

Iracebeth observou o desenho mexendo-se por alguns segundos sem mudar a expressão.

– Eu reconheceria esse cabelo bagunçado em qualquer lugar. – A Rainha Vermelha declarou. – É a Alice?

– Acredito que sim. – Stayne concordou.

– O que ela está fazendo com meu querido Jaguadarte? – Iracebeth questionou, olhando mais uma vez para a imagem.

– Parece que ela está matando. – Stayne respondeu.

– Ela matou meu bebê Jaguadarte?! – Ela exclamou.

– Não ainda. – Stayne declarou. – Mas isso vai acontecer se não a determos.

– Ache-a, Stayne. – Iracebeth ordenou. – Encontre-a!

Stayne obedeceu e saiu da sala, indo para fora do castelo acompanhando por um grupo de guardas. Logo eles saíram sendo guiado por Bayard, que havia sido capturado, prometendo ao sabujo que só assim devolveriam sua família.

Alice estava perdida no meio de uma floresta escura. Seu braço que fora machucado pelo Capturandan latejava dolorosamente, mas não era nada que ela não pudesse ignorar.

– Parece que entrou em conflito com algo de garras perversas. – Ouviu uma voz de trás de si que a fez se virar, encontrando um gato cinza de listras azuis, olhos verdes vibrantes e um sorriso que chegava a ser perturbador no rosto.

– Ainda estou sonhando. – A loira sussurrou para si mesma.

– O que fez isso em você? – O Gato questionou.

– Foi o Cap... – Ela não se lembrava do nome.

– O Capturandan? – O Gato terminou.

Assim que disse isso, o gato se aproximou como uma fumaça pelo ar e pairou ao lado de Alice sendo visível apenas a cabeça.

– É melhor eu examinar isso. – Declarou.

– O que está fazendo? – A loira questionou.

– Precisa ser limpo por alguém com a habilidade de curar, se não apodrecerá e putrefará. – O Gato respondeu girando sua cabeça em pleno ar. Quando terminou de falar, parou de girar e o restante seu corpo apareceu, porém ele ainda continuou flutuando no ar.

– Não vai examinar não. – Alice negou. – Quando eu acordar, eu vou estar bem.

O Gato desapareceu e reapareceu atrás dela com um lenço entre as patas.

– Pelo menos me deixe enfaixá-la. – Ele pediu enquanto amarrava o lenço no braço machucado da loira. – Como você se chama?

– Alice. – Ela respondeu.

– “A” Alice? – O sorriso do Gato se alargou enquanto ele fitava atentamente a garota à sua frente.

– Houve um certo debate sobre isso. – A loira declarou.

– Eu nunca me envolvi em política. – O Gato explicou e desapareceu mais uma vez, reaparecendo atrás de Alice, o que a fez virar-se bruscamente para ele. – Você deve seguir seu próprio caminho. – Começou a se distanciar.

– Que caminho? – Alice questionou, seguindo-o. – Tudo o que eu quero é acordar desse sonho.

– Tudo bem. – O Gato concordou, virando-se para ela. – Vou levar você até a Lebre e o Chapeleiro, mas é só isso que farei. – Desapareceu na fumaça.

Alice olhou em volta, procurando-o, mas nada viu, então apenas ficou ali parada.

– Venha comigo. – Escutou a voz do Gato, que reapareceu um pouco mais à frente e logo a loira seguiu-o.

– Pelo menos para isso o Cheshire serve. – Merida se queixou por entre as árvores, observando Alice de longe.

Pare de implicar com esse gato. – Rapunzel pediu.

Mas convenhamos, ele sorri como um lunático. – A ruiva comentou antes que ela e a loira começassem a seguir Alice e Cheshire de longe.

Alice foi seguindo o Gato até uma parte mais aberta, onde havia um velho e destruído moinho de vento e na sombra dele uma mesa, com duas pessoas, uma lembre e a camundongo de antes sentados. Todos pareciam dormir até que ouviram os passos dela e despertaram.

O Chapeleiro sorriu e seus olhos brilharam quando ele avistou a loira se aproximando. Logo, ele começou a caminhar até ela por cima da mesa. Elena ainda retirou sua xícara dali antes que ele a pisasse.

Assim que chegou até Alice, Hatter se abaixou, visto que ela estava bem pequena.

– É você. – Disse com um sorriso nos lábios.

– Não, não é! – A camundongo interveio, ainda na mesa. – Mactwisp trouxe a Alice errada.

– A Alice errada? – A Lebre que parecia louca repetiu.

– Essa é a Alice, com certeza. – O Chapeleiro alargou ainda mais o sorriso. – Eu a reconheceria em qualquer lugar. – Virou-se para a mesa. – Eu a reconheceria em qualquer lugar. – Repetiu e virou-se novamente para a loira.

– Elena? – A camundongo olhou para a morena que até agora se manteve absolutamente quieta, apenas observando a loira com um sorriso entusiasmado.

– É ela sim. – Elena concordou.

– Bem. – Hatter a pegou pelo braço e subiu novamente em cima da mesa, caminhando até seu lugar. – Como pode ver, nós ainda estamos tomando chá. Porque fui obrigado a passar o tempo enquanto esperava a sua volta. Você está muito atrasada, sabia? – Desceu da mesa e ficou em pé à frente de sua cadeira. – Danadinha. – Riu baixo enquanto colocava alguns livros em cima de uma cadeira perto de si para que ela pudesse se sentar. – De qualquer jeito, o tempo para ofensas acabou num estalo de dedos. – Terminou e Alice se sentou sobre a pilha de livros. – Tempo pode ser divertido nos sonhos. – Sentou-se em sua cadeira novamente. – Sim, claro, mas agora que você voltou, temos que ir ao Glorian Day.

– O Glorian Day! – A Lebre e a Camundongo comemoraram. Elena apenas sorriu e manteve-se calada, observando a loira com atenção.

– Tenho investigado coisas que começam com a letra M. – O Chapeleiro declarou à loira. – Sabe qual e a semelhança entre um corvo e uma escrivaninha?

– Fora Cabeçuda. – Hatter, a Lebre e a Camundongo disseram ao mesmo tempo.

– O que? – Alice arqueou uma sobrancelha.

– Fora Cabeçuda. – Elena repetiu e Alice olhou para ela. – Sendo que a Cabeçuda é a Rainha Vermelha.

– Temos que começar a matança. – Hatter continuou. – Portanto, já era tempo de esquecer e perdoar ou perdoar e esquecer. O que vier primeiro ou o mais conveniente. Estou esperando. – Ele olhou um relógio prateado que tirara do bolso.

– O tempo está correndo. – A Lebre fez o mesmo.

– Toda essa conversa sobre matança e sangue me fez perder a vontade de tomar chá. – O Gato declarou, largando sua xícara na mesa.

– O Mundo inteiro desabando e o pobre Cheshire perdeu a vontade de tomar chá. – O Chapeleiro falou, olhando para o Gato.

– O que aconteceu naquele dia não foi culpa minha. – Cheshire se defendeu, ainda parecendo desinteressado.

Os olhos do Chapeleiro pareceram escurecer e ele se levantou de sua cadeira, dando a volta na mesa, caminhando até Cheshire.

– Você apenas quer salvar sua própria pele. – Ele disse. – Seu medroso, trapaceiro, nojento, maldito, sem escrúpulos, seu...!

– Hatter! – Elena exclamou, fazendo-o se virar para ela já parecendo mais calmo.

– Obrigado. – Ele sorriu. – Eu estou bem.

– O que há de errado com você, Hatter? – Cheshire questionou. – Você costumava ser o melhor dançarino de Passo Maluco de Wonderland.

– Passo o quê? – Alice se pronunciou depois de bastante tempo calada.

– Passo Maluco. – A Lebre respondeu.

– É uma dança. – A Camundongo explicou.

– Um dia, no Glorian Day, – Hatter falou, voltando à sua cadeira. – Quando a Rainha Branca usar novamente a coroa, nesse dia eu dançarei o Passo Maluco.

Todos na mesa riram, mas foram interrompidos pelo barulho de uma aproximação.

– O Valete. – A Camundongo declarou.

– Beba isso, rápido. – Hatter deu a garrafa de líquido transparente à loira, fazendo-a beber. Imediatamente pegou um bule de chá e escondeu uma Alice já encolhida lá dentro. – Fique calada. – Advertiu e fechou o bule.

Stayne logo apareceu acompanhando de Bayard e mais alguns Guardas. O rapaz desceu de seu cavalo e começou a andar a passos lentos até a mesa.

– Ora, se não é o meu grupo preferido de malucos. – Comentou.

– Quer se juntar a nós? – Elena questionou sem olhá-lo, mas deixando à mostra todo o desprezo em sua voz.

– Está atrasado para o chá! – A Lebre gritou e arremessou uma xícara no Valete, que se abaixou, desviando.

– Procuramos por uma menina. – Stayne declarou, andando por perto da mesa. – Acredito que vocês – Apontou para Hatter e para Elena. – Devam conhecê-la bem. Alice. – Especificou e se encostou à cadeira do Chapeleiro.

– Falando na Rainha, - Hatter comentou. – Nós compomos uma canção para ela.

Brilha, Brilha Morceguinho. – Hatter, A Lebre e a Camundongo começaram a cantar. – Onde estás, meu amiginho? Sobre... – Se interromperam quando Stayne apontou sua varinha para Hatter.

– Se estiverem escondendo ela, vão todos perder as cabeças. – O Valete anunciou.

– Eles já perderam. – Foi Elena quem falou, tomando um gole do seu chá como que para evitar pegar sua varinha e lançar uma Maldição da Morte em Stayne.

Stayne guardou sua varinha e Hatter, A Lebre e a Camundongo começaram a cantar novamente a canção anterior. O tremor na mesa denunciou que havia alguém se movendo por baixo dela. Hatter viu Bayard se aproximar dele, cheirando o bule onde Alice estava escondida.

– Fora Cabeçuda. – O Chapeleiro murmurou e o sabujo assentiu.

Logo, Bayard começou a correr na direção por onde eles haviam ido.

– Vão atrás daquele cachorro. – Stayne suspirou, tomando um gole de chá. Virou-se para as pessoas e animais na mesa. – Vocês são todos malucos.

– Obrigado. – A Lebre falou e tomou um gole de seu chá.

Stayne jogou sua xícara no chão e se retirou dali. Logo, Hatter colocou o bule em que Alice estava em cima da mesa e abriu-o, mas o fechou rapidamente.

– Desculpe. – O Chapeleiro sorriu sem graça.

Sem olhar, ele abriu ligeiramente o bule e pegou um pedaço de tecido do vestido que Alice estava usando, rapidamente usando sua varinha para fazer um que ela poderia usar agora. Assim que terminou, colocou o pequenino vestido dentro do bule.

– Prove este. – Pediu.

Passaram-se alguns poucos minutos e ouviram-se algumas mínimas batidas de dentro do bule. Logo, Hatter abriu-o, tirando uma pequenina Alice lá de dentro. O vestido que ele havia feito parecia um vestido de boneca.

– Eu adorei! – Ele sorriu.

– Sorte que o Bayard está do nosso lado ou você estaria... – A camundongo fez um gesto com as mãos, indicando uma cabeça cortada.

– O que eles querem comigo? – Alice se virou para Hatter.

– É melhor levá-la para a Rainha Branca. – A Lebre disse. – Estará segura lá. Colher... – Disse olhando para a colher em suas mãos.

– E Mirana certamente ficaria muito feliz. – Elena lembrou.

Hatter retirou seu chapéu e o colocou na mesa.

– Sua carruagem, senhora. – Sorriu.

– Um chapéu? – Alice arqueou uma sobrancelha.

– Claro. – Hatter concordou. – Qualquer um pode viajar de cavalo ou de trem, mas o jeito mais legal de viajar é de chapéu.

– Eu adoro viajar no chapéu. – A camundongo sorriu e se aproximou.

– Mally. – Hatter olhou para ela. – Só a Alice, por favor. Boa viagem a todos. – Disse e se levantou, caminhando para longe dali.

A Lebre pegou sua xícara e a arremessou na direção de Hatter, que estava de costas para ele.

– Xícara. – Elena falou e o Chapeleiro se abaixou, desviando.

Logo, Hatter continuou andando com Alice para longe dali.


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Notas finais do capítulo

Ficou bom?