The New Hogwarts I - The Beginning of New Legends escrita por Black


Capítulo 74
Alice Kingsley


Notas iniciais do capítulo

Vocês leitores estão me desanimando... ~ Lê triste ~
Espero que gostem e boa leitura!



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Inglaterra, alguns dias depois...

– Já sabe que é muito importante que você se comporte bem, não sabe, Alice? – Uma mulher perguntou, olhando para a filha que estava ao seu lado no banco do carro.

– Claro. Comporte-se e sorria. – Alice repetiu as palavras que a mãe já havia lhe dito milhares de vezes.

– Lembre-se que isso é muito importante. – A mulher declarou e as duas ficaram em silêncio até que finalmente o carro parou e elas saíram do veículo.

Foram andando por um esplêndido e simplesmente enorme jardim até encontrarem um homem e uma mulher esperando-os.

– Finalmente. – A mulher disse. – Pensei que nunca chegariam. Alice, - Olhou para a loira. – Hamish está lhe esperando para dançar. Vá.

Sem mais delongas e querendo realmente sair dali, Alice foi à direção que a mulher lhe apontara.

– Notou que já passa das quatro horas? – A mulher olhou para a mãe da loira. – Agora nós teremos que apressar tudo. – Disse isso e saiu dali.

Numa parte do jardim onde a grama era substituída por cerâmica, vários casais dançavam, entre eles Alice e um ruivo, Hamish.

– Hamish, nunca se cansa de dançar? – Alice perguntou enquanto realizava os passos.

– Pelo contrário. – O ruivo respondeu. – Acho revigorante.

Alice riu baixo com seus próprios pensamentos.

– Eu lhe divirto? – Hamish questionou.

– Não. – A loira respondeu. – Eu tive uma visão súbita. Imaginei todas as damas de calças e os homens de vestidos.

– Seria melhor guardar sua imaginação só para você. – Hamish respondeu enquanto dançava com ela. – Na dúvida, permaneça em silêncio.

Por um momento durante sua dança, Alice distraiu-se com os pássaros que voavam livres pelo céu. Com certeza parecia mais interessante do que aquilo. Porém acabou por esbarrar em alguém, o que não impediu que todos continuassem a dançar.

– Perdão. – Hamish olhou para a mulher em quem a loira havia esbarrado, ainda sem parar de dançar. – A Senhorita Kingsley está distraída hoje. – Hamish a puxou para fora da pista de dança. – Onde está sua cabeça?

– Estava pensando em como seria voar. – A loira respondeu simplesmente e os dois voltaram a dançar.

– Por que perde seu tempo pensando em algo tão impossível? – O ruivo questionou durante a dança.

– Por que não? – A loira sorriu. – Meu pai dizia que às vezes ele acreditava em seis coisas impossíveis antes de tomar café da manhã.

Hamish, porém, prestava atenção em gestos que sua mãe fazia ao longe. Logo, o ruivo puxou Alice novamente para fora da pista de dança.

– Alice. – Ele falou. – Encontre-me em dez minutos no lugar que há perto da floresta. – Disse e se retirou dali.

Logo, Alice se virou e encontrou umas gêmeas que conheciam olhando-a com sorrisos divertidos.

– Temos um segredo a lhe contar. – Uma delas declarou.

– Se me contarem, não será mais um segredo. – Alice respondeu.

– Melhor não. – Uma delas se virou para a outra.

– Decidimos que sim. – A outra respondeu.

– Se contarmos ela não ficará surpresa. – A primeira comentou.

– Ficará surpresa? – A segunda questionou.

– Não se me contarem. – Alice suspirou. – Mas agora que começaram, têm que contar.

– Não, não temos. – A segunda retrucou com o mesmo sorriso de antes.

– Não iremos contar. – A primeira falou.

– Será que a mãe de vocês sabe que vocês estavam nadando no Lago Havershim? – Alice desafiou, realmente querendo saber o que elas queriam lhe contar.

– Não faria isso. – A segunda disse já desanimada.

– Faria sim. – Alice corrigiu. – Olha ela bem ali. – Apontou para onde estava a mãe das gêmeas e as duas seguiram seu olhar.

– Hamish vai lhe pedir em casamento. – A primeira falou rapidamente.

– Arruinaram a surpresa! – A irmã de Alice surgiu atrás dela e a puxou para longe das meninas. – Eu poderia estrangulá-las. Todos se esforçaram muito para guardar segredo.

– Todos sabem? – Alice questionou enquanto andava com sua irmã pelo jardim.

– Por isso estão aqui. – Margaret respondeu. – Essa é sua festa de casamento. Hamish irá lhe pedir a mão naquele gazebo perto da floresta. Quando disser sim...

– Mas não sei se quero casar com ele. – Alice a interrompeu. Ambas pararam de andar.

– Com quem então? – Margaret questionou. – Não achará alguém melhor que um Lorde. Você está ficando mais velha, Alice. Seu belo rosto não irá durar para sempre. E você não quer acabar como a tia Imogene. – Olhou para uma senhora que estava sentada sozinha em uma das mesas, abanando-se. Virou-se novamente para Alice. – Quer ser um fardo para nossa mãe?

– Não. – Alice respondeu.

– Então se casará com Hamish. – Margaret sorriu e as duas voltaram a andar. – E será tão feliz quanto eu sou com o Lowell. Sua vida será perfeita. Já está decidido.

– Alice, querida. – As duas pararam de andar quando ouviram a voz da mãe de Hamish e se viraram para ela.

– Com licença. – Margaret disse e saiu dali.

– Vamos dar uma caminhada relaxante pelo jardim? – A mulher sugeriu com um sorriso duro e obviamente falso. – Apenas nós duas.

Alice concordou e as duas seguiram para uma parte do jardim que tinha paredes de arbustos.

– Sabe o que eu sempre temi? – A mãe de Hamish perguntou enquanto as duas andavam por ali.

– O declínio da Aristocracia? – Alice chutou nervosa.

– Netos feios. – A mulher respondeu. – Mas você é linda. Com certeza terá pequenos... – Se interrompeu e parou de andar, assim como a loira. – Imbecis. Os jardineiros plantaram rosas brancas quando eu ordenei, especificamente, por vermelhas. – Disse olhando para os arbustos com rosas brancas.

Um flash de algo que ela não conseguiu distinguir passou pela cabeça de Alice e a loira falou sem pensar:

– Podia pintá-las de vermelho. – Falou como se fosse normal e estranhou tal ato, mas manteve-se quieta.

– Que coisa estranha a se dizer. – A mãe de Hamish respondeu e as duas recomeçaram a andar. – Você deve saber que meu filho tem uma digestão muito delicada.

Alice não estava prestando atenção, pois viu um movimento estranho nos arbustos na qual estavam plantadas rosas brancas.

– A senhora viu aquilo? – Apontou para o lugar.

– O que? – A mulher questionou confusa.

– Acho que era um coelho. – Alice franziu o cenho, olhando para os arbustos.

– Criaturas desagradáveis. – A mulher comentou. – Adoraria soltar os cachorros neles. – As duas recomeçaram a andar. – Se você servir os alimentos errados ao Hamish, ele poderá ter uma obstrução...

Alice viu novamente um movimento nos arbustos e teve plena certeza de que um coelho branco saiu de lá.

– Viu agora?

– O que? – A mãe de Hamish perguntou.

– O coelho! – Alice exclamou.

– Não grite. – A mulher ordenou. – Agora, preste atenção. Hamish disse que você se distrai facilmente. O que eu estava dizendo?

– A obstrução do Hamish. – Alice respondeu, olhando para frente onde teve certeza que viu um coelho branco olhando-a com os olhos vermelhos que logo se retirou. – Eu realmente não podia estar mais interessada, mas terá que me desculpar. – Disse isso e saiu correndo atrás do animal.

Seguiu pelo caminho a qual viu o Coelho ir e encontrou a mesa onde sua tia estava sentada observando a festa.

– Tia Imogene. – Alice se aproximou dela e a mulher a olhou. – Eu acho que estou ficando louca. Continuo vendo um Coelho Branco de colete.

– Não me incomode com seu Coelho de faz de conta agora. – Imogene respondeu, voltando a se abanar com o leque. – Estou esperando meu noivo.

– A senhora tem um noivo? – Alice questionou com confusão, mas logo viu novamente um movimento suspeito nos arbustos. – Ali! – Apontou. – Viu agora?

– Ele é um príncipe. – Imogene prosseguiu como se não tivesse ouvido a sobrinha. – Infelizmente não pode se casar comigo a não ser que renuncie ao trono. Trágico, não é?

– Sim. – Alice concordou e rapidamente saiu dali.

Foi andando até encontrar uma abertura numa das paredes de arbustos onde pôde ver Lowell, marido de Margaret, beijando outra mulher. Assim que percebeu a presença da cunhada, o homem se virou para ela.

– Alice. – Ele fez um gesto e a mulher foi embora. – Estávamos... – Parou por um momento antes de prosseguir enquanto se aproximava da loira. – Patty é uma velha amiga.

– Vejo que são bem próximos. – Alice respondeu.

– Não vai mencionar isso à sua irmã, não é? – Lowell sorriu.

– Não sei. – Alice declarou, observando o homem. – Estou confusa. Preciso de tempo para pensar bem.

– Pense na Margaret. – Lowell falou. – Ela nunca confiaria em mim outra vez. Você não quer arruinar o casamento dela, não é?

– Claro que não! – Alice respondeu, elevando a voz algumas oitavas.

– Aí está você. – Hamish se aproximou dela e a levou para o lugar onde tinha combinado de encontrá-la.

Ao chegarem, todos os que foram convidados estavam presentes, olhando os dois com atenção, ansiosos. Hamish se ajoelhou em frente à loira e pegou suas mãos.

– Alice Kingsley... – Começou, porém ela o interrompeu.

– Hamish. – Olhou para uma lagarta que subia o ombro do ruivo.

– O que? – Ele arqueou uma sobrancelha.

– Tem uma lagarta no seu ombro. – Declarou.

O ruivo imediatamente tentou tirá-la, mas Alice o interrompeu.

– Não a machuque. – Pediu e pegou a lagarta azul entre os dedos, tirando-a do ombro de Hamish e colocando-a novamente no chão.

– Você vai querer lavar esse dedo. – Hamish disse, mas pegou novamente as mãos da loira e respirou fundo. – Alice Kingsley, você aceita ser minha esposa? – Perguntou com um sorriso.

– Bem... – Alice olhou em volta, mas logo voltou a encarar o ruivo. – Todos esperam que eu seja. E você é um Lorde. Minha beleza não vai durar para sempre e eu não quero acabar como... – Olhou para a tia, sem terminar de falar. – Mas isso está acontecendo muito rápido. – Se afastou. – Eu... Acho que...

Ouviu o barulho de um relógio e virou-se na direção do som, onde pôde ver o mesmo Coelho Branco de antes a fitando com um relógio na mão. Virou-se novamente para os convidados.

– Eu acho que... Preciso de um momento. – Disse isso e saiu correndo na direção onde vira o Coelho pela última vez.

Saiu correndo por aquele labirinto verde que era o jardim, seguindo o Coelho Branco, que corria um pouco mais à frente. Foi passando por árvores e arbustos até que parou em uma árvore em particular, onde viu o Coelho desaparecer dentro do buraco que havia ali.

Abaixou-se e colocou as mãos na borda do Buraco de Coelho, olhando lá para baixo, procurando-o. Acabou que sua mão escorregou e ela caiu lá dentro.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?



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