Já fazia alguns meses desde os acontecimentos entre Merida e sua mãe. Os pais restantes dos dez amigos ainda estavam em Hogwarts e ficariam até o final do ano.

Estavam todos reunidos à mesa da Grifinória, tanto os pais quanto os filhos. Conversavam animadamente quando o Diretor Mouse se levantou de sua cadeira.

– Esta noite, tenho um aviso para dar a todos. – Começou. – O Rei e a Rainha do Reino de Corona passarão as próximas semanas aqui em Hogwarts. – Quando ele disse isso, Gothel engoliu em seco. – Então peço que sejam educados e que deem orgulho a nossa escola. Muito obrigado pela atenção e que se inicie o banquete.

Os pratos antes vazios foram preenchidos com enormes quantidades de comida. Todos começaram a comer e conversar como haviam feito nos últimos meses, mas Gothel se levantou e saiu do Grande Salão.

– O que houve com a sua mãe? – Mirana arqueou uma sobrancelha.

– Não sei. – Rapunzel fitou a porta com preocupação.

– Sabe, - Jack começou. – Ela não se parece nem um pouco com você. Em minha opinião, é claro.

– Eu também acho. – Jacky se intrometeu.

– Parem de falar dela. – Toothiana ordenou enquanto comia.

Todos se calaram e voltaram às suas refeições. Apenas Rapunzel se levantou e saiu do Grande Salão, indo atrás da mãe. A loira acabou por encontrá-la nas escadarias, encostada a uma parede.

– Algum problema? – Rapunzel se aproximou.

– É claro que não, querida. – Gothel sorriu.

– Então por que saiu do Grande Salão daquele jeito? – A loira questionou.

– Por nada. – Gothel balançou a cabeça. – Eu estou cansada e vou para o meu quarto. Vejo-te de manhã, querida.

– Boa noite. – A loira disse e voltou ao Salão, apesar de ainda não estar convencida com a história da mãe.

–

Depois de alguns dias passados após o anúncio do Diretor, o Rei e a Rainha chegaram ao castelo com sua guarda. Eles viajavam bastante, uma vez que estavam sempre à procura da filha perdida.

Todos se reuniram no Grande Salão para recebê-los. Os Dez estavam sentados à mesa da Corvinal, desta vez sem seus pais, que foram cumprimentar os Governantes de Corona.

– Não acham que a rainha é familiar? – Jack arqueou uma sobrancelha, olhando sugestivamente para Rapunzel.

– Como assim? – A loira perguntou. – Já a conheceu?

Jack, assim como os outros, estapeou a própria testa com a ingenuidade da garota.

– Acorda loira. – Jack disse. – A Rainha é você de cabelo castanho.

Rapunzel olhou mais atentamente para a mulher. Eram realmente parecidas, mas poderia ser apenas coincidência.

– Tipo a Elsa e a Elena? – Rapunzel apontou para as gêmeas Gryffindor, que apenas se mantiveram quietas em seus lugares.

– Tipo isso. – Jack deixou a cabeça cair na mesa com um estrondo.

– E o que isso quer dizer? – A loira arqueou uma sobrancelha.

– Que... – Jack começou, mas Elsa estapeou a parte de trás de sua cabeça. –Ai! – Ele exclamou.

– Posso falar com você? – Ela gesticulou para as portas do Grande Salão.

Os dois seguiram para fora do Grande Salão. Jack logo se virou para ela, que apenas lhe deu outra tapa atrás da cabeça.

– Dá para parar?! – O albino pediu.

– Eu já sei o que você tem em mente, mas não pode dizer a ela. – Elsa ignorou o último comentário do usual parceiro nos Bailes de Natal.

– Por quê? – Jack arqueou uma sobrancelha.

– Posso pensar em vários motivos. – Elsa revirou os olhos. – Em primeiro lugar, você não tem como comprovar nada. Em segundo lugar, se estiver errado, você vai partir o coração dela. Em terceiro lugar...

– Já entendi. Já entendi. – Jack levantou as mãos em rendição.

– Ótimo. – Elsa suspirou.

Logo, os dois voltaram para a mesa onde os amigos esperavam e sentaram-se em seus lugares.