The New Hogwarts I - The Beginning of New Legends escrita por Black


Capítulo 40
Floresta Proibida e a Bruxa Misteriosa


Notas iniciais do capítulo

Postando antecipadamente em agradecimento a "Sarinha Valdez" por ter recomendado a Fic. Muito obrigada!
Espero que gostem e boa leitura!



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A ruiva cavalgou mais fundo na Floresta Proibida do que qualquer um havia feito. Nem mesmo os Guarda-Caças haviam se distanciado tanto do castelo adentrando ali.

Para sua surpresa, as árvores foram ficando menos frequentes e logo ela se encontrava com seu cavalo numa clareira, onde havia várias grandes pedras parecendo estar arrumadas num formato circular.

Angus se assustou com algo e acabou por derrubar Merida, sem entrar no meio das pedras. A ruiva se levantou e adentrou no conjunto de rochas, olhando em volta.

Surpreendeu-se ainda mais ao encontrar uma pequena chama azul pairando no ar à frente dela. Merida sabia o que era aquilo. Era um feitiço que sua mãe havia feito para ela usando uma variação do Feitiço Lacarnum Inflamare. Elinor lhe havia dito que aquelas “Luzes Mágicas”, como Merida se acostumara a chamar, a levariam para seu destino, não importava se fosse contra a vontade de sua mãe.

A ruiva imediatamente se aproximou da “Luz Mágica” e esta desapareceu, mas deu lugar a outras mais à frente, formando uma trilha. Merida olhou para trás, para seu cavalo Angus.

– Vem, Angus. – Chamou, mas o cavalo só pareceu se encolher ainda mais.

Merida bufou e começou a seguir as “Luzes”. Angus deu a volta no conjunto de rochas, parecendo não querer entrar lá dentro, e foi até Merida, prosseguindo com ela enquanto a ruiva seguia as “Luzes Mágicas”.

As Luzes a guiaram para uma cabana no meio da floresta. Merida deixou Angus do lado de fora e adentrou confusa por ter sido levada ali.

Lá dentro havia várias esculturas de madeira, algumas grandes e outras pequenas, mas todas tinham algo em comum: Eram todas de Ursos.

A ruiva começou a olhá-las, querendo saber se havia algo de especial ali, mas eram todas absolutamente comuns. Ela acabou por avistar uma senhora construindo mais uma escultura, como se todas as centenas que havia ali já não fossem suficientes.

– Com licença. – Merida se aproximou e a senhora olhou para ela.

– Está interessada em alguma peça? – A velha senhora questionou.

– Não, é só que... – A ruiva começou a falar, mas a mulher a interrompeu.

– Me avise se estiver interessada em algo. – A velha disse, saindo de seu lugar para colocar a peça recém-construída com as demais.

Quando a velha saiu de seu lugar, Merida avistou uma vassoura que estava varrendo o chão sozinha. A ruiva apontou surpresa para o objeto, uma vez que não tinha ideia de que aquela senhora também era uma bruxa.

– Sua vassoura! – Exclamou.

A velha se alarmou e pegou uma pequena varinha nas vestes e com um movimento da mesma, a vassoura caiu no chão. Ela logo guardou a varinha novamente antes que Merida pudesse ver.

– Não sei do que está falando. – A velha falou.

Merida deu alguns passos para trás e acabou por esbarrar em uma estátua de madeira de urso, na qual um corvo estava. Para sua surpresa, o animal começou a falar.

– Esse corvo fala! – Merida se surpreendeu, pois nunca tinha visto animais falando em outro lugar que não Wonderland.

A velha mais uma vez tirou a varinha das vestes e, sem se incomodar que Merida fosse ver, a usou para lançar a vassoura contra o corvo. O animal imediatamente caiu no chão e a velha começou a varrê-lo para fora da casa.

– A senhora é uma bruxa! – Merida exclamou.

– Se não for comprar nada, dê o fora! – A velha ordenou e com mais um movimento da varinha, várias facas se aproximaram dela, apontando para Merida e fazendo-a recuar para a porta.

– Eu preciso de um feitiço. – A ruiva tentou argumentar, mas a senhora continuou a aproximar as facas, fazendo-a recuar ainda mais.

– Pelo seu uniforme, você também é bruxa. Faça você mesma. – A velha disse.

Merida parou à porta, mas as facas não. Antes que as facas da mulher pudessem feri-la, a ruiva arriscou uma última tentativa:

– Eu compro tudo. – Disse.

As facas imediatamente se viraram para a velha, como se tivessem vontade própria. A velha pareceu ficar nervosa, mas perguntou:

– E como pretende pagar por tudo?

As facas se viraram novamente para a ruiva, que retirou do pescoço um colar com o brasão de seu clã.

– Isso. – Declarou.

A velha imediatamente o pegou e examinou.

– Dá para pagar por tudo na loja e ainda pagar as contas. – Concluiu. – Feito!

As facas voltaram ao lugar em que estavam antes e Merida entrou na loja.

– Eu te dou isso por tudo na loja e por um feitiço. – Merida falou.

– Você é bruxa. Por que não faz por si mesma? – A velha indagou.

– Eu ainda estou no terceiro ano. – A ruiva respondeu. – Não sou poderosa o suficiente para o que quero fazer.

– E o que você quer, exatamente? – A velha arqueou uma sobrancelha.

– Quero mudar a minha mãe. – Merida falou.

A velha assentiu e puxou a menina para fora de sua cabana. Lá fora, a velha fez um movimento com a varinha e foi até a porta, abrindo-a e revelando um interior diferente do que era antes.

– Se você é uma bruxa, há algo que precisa saber. – A velha começou enquanto entrava na cabana. – Nunca faça feitiços em seu local de trabalho caso ele não seja mágico.

Merida adentrou na cabana e notou um caldeirão preto no centro, na qual a velha começou a jogar vários ingredientes.

Depois de colocar várias coisas lá dentro e de mexer, a senhora retirou de lá uma rosquinha.

– Um doce? – Merida arqueou uma sobrancelha.

– Quer ajuda ou não?! – A velha exclamou levemente irritada.

– Quero. – Merida levantou os braços em sinal de rendição. – Tem certeza de que se eu fizer minha mãe comer isso, mudará meu destino?

– Absoluta. – A velha assentiu.

Merida relutantemente pegou o doce e saiu da cabana, rumando até onde Angus a esperava. A velha parou a porta e murmurou:

– Tem mais uma coisa que eu estou esquecendo-me de dizer sobre o feitiço...

– O que tem o feitiço? – Merida perguntou de longe, só tendo ouvido a última palavra.

– Nada. – A velha balançou a cabeça e entrou novamente na cabana.

Merida montou em Angus e rumou para Hogwarts, passando pela Floresta Proibida e entrando novamente nos terrenos do castelo.

A ruiva ainda passou na cozinha, onde pegou um prato e uma bandeja, na qual colocou o doce que levaria para mãe.

Para sua surpresa, Elinor adentrou na cozinha e assim que a viu, correu e abraçou a filha, parecendo extremamente preocupada.

– Eu estava tão angustiada. – Elinor falou enquanto a abraçava.

– Estava preocupada? – Merida arqueou uma sobrancelha.

– Você sumiu. – Elinor se afastou da filha o suficiente para poder olhá-la de cima a baixo. – Suas vestes. – Disse ao ver que as roupas estavam sujas e um pouco rasgadas.

– Angus me derrubou, mas eu estou bem. – Merida falou.

– Que bom. – Elinor suspirou aliviada. – Seu pai está entretendo os outros clãs no Grande Salão. Ainda bem que o Diretor Mouse é muito gentil e permitiu aquilo.

– Entretendo? – Merida perguntou confusa.

– Eles só concordaram em vir para que seus filhos pudessem conhecê-la e impressioná-la. Para que mais tarde você escolha. – Elinor explicou.

– Então você ainda não desistiu dessa história de casamento? – Merida bufou levemente irritada.

– É claro que não. – Elinor respondeu e começou a sair da cozinha.

Merida olhou para suas mãos, com as quais ainda carregava a bandeja com o doce que a bruxa lhe dera.

– Mãe! – A ruiva chamou e Elinor olhou para a filha. – Eu fiz esse doce. – Gesticulou para a bandeja. – Para você.

– Para mim? – Elinor se surpreendeu.

– Sim. – Merida concordou. – Como uma oferta de paz. – Falou meio sem jeito.

Elinor se aproximou e pegou um garfo. Merida colocou a bandeja num canto da mesa que estava desocupado e sua mãe provou um pedaço.

– E então? – A ruiva perguntou esperançosa.

– É meio... Azedo. – Elinor fazia algumas caretas. – Não... Amargo. Merida, o que você colocou aqui?

– Por acaso você não mudou de ideia sobre a história do casamento? – A ruiva perguntou esperançosa.

– É claro que não. – Elinor respondeu, apoiando-se à mesa. – Merida, me leve para o quarto. Eu não estou me sentindo bem.

Merida concordou com a cabeça, embora estivesse irritada com a bruxa pelo doce não ter funcionado. Apoiou a mãe em si e começou a guiá-la até a porta que levava ao Grande Salão.

Lá, Fergus cantava e batia com armas em um urso empalhado. Os estudantes pareciam assustados e alguns até riam com as atitudes do pai de Merida.

– Elinor! – Fergus chamou quando avistou Merida e Elinor saindo do Grande Salão.

– Não estou me sentindo bem. – Elinor respondeu. – Vou para o quarto.

Fergus assentiu com preocupação, mas continuou a entreter os lordes. Jack, Jacky, Soluço, Rapunzel, Anna, Elena, Elsa, Alice e Mirana olharam para a amiga com preocupação, mas se mantiveram em seus lugares.

Merida levou sua mãe até o quarto e a colocou na cama.

– Você realmente não mudou de ideia? – A ruiva perguntou com uma pontada de esperança.

– Merida! – Elinor repreendeu, parecendo desconfortável.

A mãe da ruiva começou a se remexer na cama e caiu para o lado. Merida se aproximou dela, procurando ver o que estava acontecendo, mas só o que via eram movimentos por baixo do lençol.

Quando Elinor parou de se mexer, levantou, ainda com o lençol por cima dela, mas acabou ficando muito maior do que Merida achava ser possível. Quando o lençol caiu, não era a mãe de Merida que estava ali. Era um urso.

Merida gritou e recuou. O urso começou a fazer alguns barulhos estranhos, como se estivesse tentando falar, e a andar sobre duas patas na direção de Merida.

– Mãe? – Foi aí que a ruiva entendeu.

O urso, ou Elinor, olhou para ela.

– Você virou um urso! – Merida exclamou.


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Notas finais do capítulo

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