The New Hogwarts I - The Beginning of New Legends escrita por Black


Capítulo 136
A Profecia das Gêmeas


Notas iniciais do capítulo

Meta atingida, então aqui está o capítulo!
Espero que gostem e boa leitura!



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A batalha se seguia violenta e sanguinária. Elsa e Elena podiam ter a vantagem numérica, mas Pitch com certeza era um bruxo mais experiente, então estavam empatados. Qualquer erro, mesmo que mínimo, por qualquer uma das partes podia significar a derrota e a morte.

– Avada Kedavra! – Pitch gritara.

– Expelliarmus! – Elsa e Elena também proferiram seus feitiços.

Os três feitiços saíram das varinhas exatamente ao mesmo tempo, chocando-se com violência e provocando uma ventania que parecia ser capaz de lhes cortar a pele, além de também produzir imensas e perigosas rachaduras nas paredes da Torre, que ameaçava desabar se continuassem com aquilo.

O raio de luz vermelho saído da varinha de Pitch lutava para empurrar o azul saído da varinha de Elsa e o vermelho saído da varinha de Elena, que juntos formavam uma estranha coloração roxa, mas não parecia levar vantagem. Os raios de luz se empurravam violentamente e lutavam para vencer, mas parecia que aquilo poderia durar mais tempo do que os bruxos que os proferiram poderiam imaginar.

Porém, a cada segundo que se passava, a torre rangia e protestava, rachando-se em todos os lugares possíveis e se aquele duelo durasse mais, poderia acabar cedendo à força da colisão dos feitiços e desabando com os três lá dentro.

Os Oito restantes, Hansel e Andersen ainda estavam no mesmo lugar onde haviam visto Elsa e Elena desaparecerem pela porta da torre, mas se assustaram e caíram no chão com o tremor e a explosão que ouviram lhes machucar os ouvidos, sabendo que a mesma havia vindo da Torre de Astronomia.

Os fragmentos da Torre não chegaram, em sua maioria, a cair em cima dos três bruxos ali presentes, sendo jogados em todas as direções e espalhando-se pelos terrenos de Hogwarts.

A essa altura, Pitch, Elsa e Elena estavam no chão. Pitch jazia com vários cortes por todo o corpo e parecia incapaz de se levantar, lutando para fazê-lo, mas o corpo dolorido e completamente quebrado não lhe permitia. Suas roupas sempre negras estavam e farrapos e sujas de sangue, tanto dele quanto das outras duas bruxas ali presentes. O rosto contorcido de dor ainda lutava para manter a expressão debochada e sarcástica que ele parecia ter tanto orgulho de exibir.

Elsa não estava em melhor estado. Estava deitada e costas para cima no chão, sangrando e tossindo um pouco de sangue. Os braços certamente ficariam cheios de cicatrizes se ela conseguisse sair viva dali, embora nem de longe tanto quanto as mãos de Elena, e seu rosto pálido parecia completamente ferido enquanto ela lutava para focalizar a vista, que estava embaçando, denunciando que logo ela perderia a consciência, talvez para sempre. Tentou se mexer, ao menos se arrastar até onde Elena estava, mas uma pontada de dor em suas costas a fez virar um pouco o rosto para ver por cima do ombro que havia um fragmento pontiagudo da torre enterrado ali. Provavelmente por isso ela sentia suas forças indo embora a cada segundo passado.

Elena também parecia tão mal quanto os outros dois. Diferentemente deles, ela não estava mais consciente. Os olhos fechados e a face tranquila poderiam até fazer com que pensassem que ela estava morta, mas o leve subir e descer de seu peito denunciava que ainda respirava. O rosto estava quase completamente oculto pelo sangue, bem como o resto do corpo e as roupas. Um dos braços, o direito, não aparecia. Estava soterrado por uma pilha de entulhos que não fora muito afetada pela explosão que mandara os demais para longe.

Elsa, ignorando a dor e a vista embaçada, se pôs a se arrastar até onde Elena estava. Precisava checar se a morena estava bem, pelo menos. Com os dois braços junto ao corpo, ela se esforçava ao máximo para percorrer o caminho, que de repente lhe parecia tão longo, até onde estava a irmã gêmea mais velha.

– Pensei que você iria me matar. – A voz trêmula fraca, quase inaudível, de Pitch a despertou do transe que seu objetivo momentâneo a colocara.

– Se eu matasse... – Ela respirou fundo antes de prosseguir com a fala, sentindo dor ao fazê-lo, ainda arrastando-se até a irmã. – O que me tornaria diferente de você? – Continuou seu caminho sem esperar pela resposta dele.

Pitch permaneceu calado por um tempo e todo ruído ouvido ou vinha do alvoroço formado nos Campos de Hogwarts pela explosão da torre ou vinha do barulho do corpo de Elsa arrastando-se pelo chão enquanto a loira tentava a todo custo chegar até a irmã antes que desmaiasse, e talvez morresse, de vez.

– Você se parece com ela. Com Annabelle, quero dizer. – A loira parou de vez ao ouvir a voz dele, chocada, mas não virou o rosto na direção do homem que agora a olhava. – Elena tem a aparência completa, você a personalidade. – Não soube dizer se ele falava com deboche ou não, apesar de prestar bastante atenção nele. – Se parecem tanto com a mãe de vocês. – O ouviu suspirar.

Elsa balançou a cabeça de leve, livrando-se do estranho sentimento que surgira em si, fazendo com que ela tivesse um pouco de remorso pelo que havia feito com o pai, enquanto mais uma vez voltava a se arrastar até onde Elena jazia inconsciente no chão.

– Por que você se esforça tanto por ela? – Escutou a voz de Pitch mais uma vez e, diferentemente do que havia se acostumado em seus anos em Hogwarts, a voz do professor não trazia ironia, deboche ou maldade. Apenas curiosidade.

– Ela é minha família. – Elsa respondeu sem parar seu caminho, jamais virando o rosto para o Riddle mais novo. – Eu a amo e vou lutar por ela até o fim.

Não devia ter se surpreendido tanto ao escutar a risada fraca e debochada de Pitch, já não mais tão impactante por causa do estado em que ele se encontrava.

– Isso... – Ouviu a voz dele sair com o mesmo tom de deboche que ela se lembrava, porém, mais arrastada, quase inaudível, indicando que, assim como ela, ele estava perdendo a consciência. – É Tão... – Ele falava com dificuldade, não tendo força o suficiente para dizer tudo em um fôlego só. – Ridículo... – E assim, sua voz morreu quando ele finalmente desmaiou.

Elsa decidiu-se por ignorá-lo, centrando toda sua atenção nos poucos centímetros que ainda tinha que percorrer. Sua vista escurecia e embaçava, de modo que ela não enxergava mais do que uma mancha castanho-escura há pouca distância de si.

A loira, percebendo que não tinha forças para chegar até a irmã, apenas lhe dirigiu o braço trêmulo e mais pálido que o normal, e, com sua mão, segurou a mão inerte da outra, apertando-a com a pouca força que ainda tinha.

Já não enxergando mais nada além da escuridão, a última coisa que Elsa escutou antes de se perder nas trevas foi seu nome sendo chamado pela voz que sabia ser a de Jack, vindo em conjunto com as de Anna, Soluço, Rapunzel, Merida, Mirana, Alice, Andersen, Hansel e Jacky, que também chamavam por Elena.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Falta um capítulo e o epílogo para acabar.
Próximo Capítulo: O Fim?