The New Hogwarts I - The Beginning of New Legends escrita por Black


Capítulo 133
Pai e Filhas


Notas iniciais do capítulo

Pessoas que eu amo, creio que esse seja o último capítulo do dia.
Esqueci de dizer no capítulo anterior, mas gostaria de agradecer a "lemari" e "MahFee" pelas belíssimas recomendações. Alguém mais quer seguir o exemplo?
Enfim, espero que gostem e boa leitura!



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Elsa e Elena foram lentamente subindo as escadarias da Torre de Astronomia, como se quisessem retardar sua chegada, e realmente queriam, afinal não lhes agradava nem um pouco a ideia de encontrar o Riddle mais uma vez. Elas, no final das contas, tinham plena consciência de que Pitch sabia que elas estavam ali, então não havia razão para se apressarem tanto.

– Parece que tudo acaba aqui. – Elsa murmurou e sabia perfeitamente que Elena a havia ouvido, apenas não esperava pela resposta dada pela morena.

– Depois de tudo eu só me arrependo daquelas coisas que eu disse para você. – Elena suspirou e passou a mão pelos cabeços castanho-escuros bagunçados. Não dissera a ninguém, mas a culpa lhe corroía desde que havia proferido as letras que tanto haviam magoado Elsa.

“Promessas foram feitas para serem quebradas.”.

Elsa sabia perfeitamente do que ela falava. As palavras que a morena lhe havia dito depois de seu retorno repentino a Hogwarts ainda estavam frescas em sua mente, ainda lhe machucavam, mas ela não culpava a irmã por isso. Sabia que não havia sido uma decisão dela, apenas não podia deixar de pensar se aquilo pudesse ter sido, pelo menos, uma fração do que ela pensava.

– Você fala como se fosse morrer. – Elsa segurou a mão com a qual ela não segurava a varinha, apertando-a de modo que chamasse a atenção da morena para que a mesma soubesse que ela tinha um motivo pela qual retornar da batalha em que estavam entrando.

– Você sabe o que vai acontecer se eu matá-lo, Elsa. – Elena suspirou com cansaço, mas não tentou soltar sua mão do aperto da loira, parecendo bastante confortável com a confiança que a irmã lhe passava. – E o que você espera que eu faça? – Não olhou para a irmã uma única vez ao falar. Parecia distante demais daquelas escadarias.

– Eu posso fazer isso por você. – Elsa disse quase num sussurro, temendo que pudesse perder a irmã mais uma vez. Não pensou que ela pudesse ter escutado, por mais que ambas estivessem próximas, mas a morena lhe ouviu.

– Sabe que não pode. A profecia diz que só conseguiremos se forem as duas. E seu eu o fizer, eu morro com ele. – Elena passou a fitar a parede do lado oposto a Elsa, não querendo mais fitar a loira, receosa que pudesse ver qualquer resquício de sofrimento ou qualquer outro sentimento ruim no rosto da irmã gêmea mais nova.

As duas continuaram a subir as escadarias em silêncio e logo deram de cara com a última porta pela qual teriam que passar antes de enfrentar o causador de toda a dor que elas e o Mundo Mágico estavam sofrendo naquele momento.

Elena soltou-se da mão de Elsa e estendeu a própria para a maçaneta, girando-a e abrindo a porta com certa relutância. Realmente o que mais queria naquele momento era se afastar daquele lugar, mas a varinha de Godric Gryffindor pesava em sua mão, como se lembrando do que ela deveria fazer, do fardo que a Profecia pusera tanto sobre seus ombros quanto sobre os de Elsa.

A Torre de Astronomia não havia mudado muito, quase nada na verdade. Continuava um pouco destruída, tanto pela Guerra quanto pelas vezes em que Elsa e Elena perderam o controle de seus poderes lá. O local lhes era tão familiar que chegava a ser reconfortante, mas naquele momento todas as lembranças boas que elas tinham dali pareceram se destruir ao avistarem Pitch de braços cruzados olhando-as com um sorriso de canto debochado.

– Demoraram. – Ele disse e o sorriso dele irritou profundamente Elena, que era quem era mais propícia a ficar com raiva entre as gêmeas, afinal era mais impulsiva, mais movida por seus sentimentos. A prova disso foi quando ela escolheu a chave ao invés da varinha no teste que Rowena Ravenclaw a fizera passar.

Cada uma das Gêmeas Gryffindor ergueu a varinha que haviam pegado na Sala Precisa, apontando-as para Pitch, que pareceu surpreso e até com um pouco de medo ao notar que nenhuma das duas usava a varinha que ele se lembrava, tampouco usavam varinhas comuns.

Usavam as Varinhas dos Fundadores de Hogwarts.

Porém, ele disfarçou bem o temor que sentiu ao perceber que poderia ser derrotado por aquelas duas, rindo ironicamente.

– Parece que não estão usando as varinhas de sempre. – Disse com deboche e virou-se para Elena com uma expressão de falsa tristeza. – E você não está usando a que eu te dei. – Fingiu-se de magoado, mas ao ver que não surtiu efeito nenhum, retornou ao sorriso sarcástico.

– Cale-se e vamos logo com isso. – Elena deu um passo à frente, ficando entre Pitch e Elsa, até porque, mesmo que soubesse que a loira também teria de se envolver, não queria que ela se machucasse.

– Ah, claro. – Pitch concordou com o mesmo sorriso debochado. – Quanto mais cedo eu acabar com vocês, mais cedo terei o controle sobre o Mundo Mágico, então vamos no apressar, sim? – Apontou sua varinha para as duas, que se mantiveram juntas. Mirou primeiramente em Elsa, sabendo que deixaria Elena furiosa com aquilo. – Avada Kedavra!

– Protego Horribillis! – Elena defendeu a irmã mais nova antes que a loira tivesse consciência do feitiço desferido contra ela. – Seu desgraçado infeliz. – Elena falou por entre os dentes trincados.

Optando por não usar sua varinha, uma bola de fogo em tamanho descomunalmente grande apareceu na mão erguida da morena e logo se encaminho a Pitch, que sorriu com ironia e deboche ao ver a chama vermelha vívida vindo em direção a ele como se não fosse mais do que um mosquito.

Desviou-se da bola de fogo, que passou por ele, destruindo a parede e desaparecendo noite adentro. Sua filha era talentosa no que fazia, isso Timothy tinha que admitir, porém, é óbvio que ele jamais diria isso em voz alta.

Elsa também fez sua tentativa, abaixando sua varinha momentaneamente enquanto espinhos de gelo cresciam cercando Pitch, indo em direção a ele, que desapareceu de seu lugar antes de ser atingido, reaparecendo de súbito atrás das filhas.

– Sabe, vocês não são as únicas a terem seus truques. – Pitch sorriu como um lunático e com um simples gesto dos dedos finos e longos, montes de areia negra apareceram ali, cercando todos.

Logo, os montes de areia cobriram Elsa e Elena, a qual Pitch assistiu com satisfação desaparecerem por entre a escuridão que as tomou.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Ficou bom ou ruim?
Faltam apenas quatro capítulos e o epílogo, se não estou enganada.