(...)

No Dia seguinte...

Stella acordou com o brilho do sol. Esfregou os olhos e sentiu uma forte dor de cabeça, era a ressaca. Virou para o lado e viu Mac deitado no chão, dormindo profundamente.

Logo se recordou da noite anterior e um sorriso involuntário saiu de seus lábios. Levantou-se e se vestiu rapidamente. Estava prestes a ir embora, quando decidiu voltar e deu um selinho nele. Sabia muito bem que o que tinha acontecido fora um erro, porém, muito prazeroso. Pegou seu carro e foi embora para casa.

Chegando lá, decidiu escalar a parede do quarto até chegar á janela, pois não estava a fim de dar satisfações sobre onde e com quem passou a noite. Assim que entrou no quarto, ouviu um barulho de gente mexendo na fechadura. Rapidamente, deitou na cama e se cobriu com o cobertor, fingindo que estava dormindo.

Era seu pai, Max, que toda manhã verificava se as filhas haviam dormido em casa, principalmente no fim de semana. Max olhou-a e saiu do quarto. Assim que ele se foi, ela levantou da cama e foi tomar uma ducha.

Durante o banho, percebeu algumas marcas vermelhas pelo seu corpo, certamente feitas por Mac. Mas não se importou muito. Colocou uma calça jeans, uma blusa preta e uma jaqueta verde. Deitou-se na cama e pegou seu caderno, onde rabiscou algumas coisas que estava sentindo, até que alguém bateu na porta. Era Jessica.

– Nossa, eu acho que vou enfartar!

– Por que, Stella? – Jess perguntou, inocentemente.

– Porque você bateu na porta antes de entrar. Você nunca faz isso! – Stell respondeu irônica.

– Engraçadinha! – Jess respondeu, sentando ao lado dela na cama e, reparando no caderno de capa rosa. – O que você está escrevendo aí? – perguntou, apontando para o caderno, que foi fechado por Stella rapidamente e guardado na primeira gaveta do criado-mudo.

– Não é da sua conta, irmãzinha! O que veio fazer aqui?

– Te contar uma coisa, mana.

– Fala, então.

– É que ontem eu vi o por do sol. Com o Don. – Jessica falava, enquanto seus olhinhos brilhavam.

– E? – Stella falou, dando de ombros.

– Ora, e ai que foi lindo! Ai, assim que amanheceu ele me deixou aqui perto de casa e eu entrei pelos fundos e corri pro quarto, para o papai não perceber que eu não passei a noite em casa.

– Só isso? – Stella perguntou incrédula.

– Sim. Você queria mais?

– Jessica, eu te conheço. Você quer me perguntar alguma coisa! Se quiser falar, diga logo, pois não tenho o dia todo.

– É que... Você sabe que eu sou virgem, não sabe? – Jess falou, corando. Stella sorriu.

– Só de olhar pra você, já dá pra perceber. Parece até que está escrito na sua testa “Eu sou virgem”! Ai, ai, os hormônios dos adolescentes de hoje...

– Ei! Você é apenas um ano mais velha do que eu! Também é adolescente!

– É verdade. Mas pense bem antes de ficar com ele. Pode não parecer, mas eu me preocupo com você e, não quero que tenha uma decepção.

– Obrigado pelo conselho, mana. Ah, Stella, agora que eu lembrei...

– Lembrou de que?

– De que ontem na festa, você e o Mac sumiram... Pra onde foram?

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Enquanto isso...

Mac despertou e lembrou-se que tinha passado a noite com Stella. Virou para o lado, mas não encontrei Stella. Ficou furioso.

– Não acredito que a Stella me largou aqui sozinho!

Ele se vestiu e pegou um táxi até sua casa. Tomou um banho demorado e deitou-se na cama, onde ficou pensando em Stella.

Pensamentos Mac On:

Já não tenho como negar. Estou completamente apaixonado pela Stella. Ainda mais depois do que rolou entre nós dois, ontem. Só não entendo por que ela me deixou sozinho lá? Será que se arrependeu do que fizemos? Bom, só há um jeito de descobrir.

Pensamentos Mac Off

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– Vai, Stella, conta! Para onde você e o Mac foram?

Stella se levantou da cama. Estava visivelmente irritada.

– Não te interessa! – falou, indo para perto da janela e, cruzando os braços.

– Rolou alguma coisa, foi?

–Não enche Jessica!

– Agora eu tenho certeza que rolou!

– Me deixa em paz, Jessica! Que merda!

O celular de Stella tocou. Estava em cima da penteadeira. Ela tentou atender, mas Jessica foi mais ágil e, pegou o celular antes.

– Não ouse atender! Jéssica me dá a merda do celular! – Stella esbravejou. Jess olhou o visor do celular.

– Olha, é o Mac! Não morre mais, acabamos de falar nele.

– Já disse pra não atender. - Mesmo assim, Jess atendeu o celular.

Ligação On:

– Alo?

– Stella?

– Não, é a Jessica. Não sei se você lembra, mas somos irmãs.

– Claro que eu lembro. Você pode passar pra ela?

– Quer falar com ela, é? Que pergunta óbvia a minha, se você está ligando é porque quer falar. Aguarde um minutinho. – Jess sussurrou. – Você quer falar com ele, mana?

– Não. Diga que não estou.

– Por que é pra dizer que você não está?

– Ora, porque eu não quero falar com ele. Não agora.

– Oks. – Jess voltou a falar com Mac. – Olha, Mac, ela tá no banheiro. Acho que com dor de barriga, disse que não dá pra atender agora.

– Ah, tá... Você diz que eu liguei?

– Digo sim.

– Obrigado, tchau Jessica.

– Tchau Mac!

Ligação Off

Stella pegou o celular das mãos de Jessica.

– Você não tinha o direito de fazer isso! Você me paga, Jessica! – Stell falou, bufando de raiva.

– Vai, Stella, me diz o que rolou com o Mac!

– Sai daqui!

– Diz, por favor, por favor.

– Vaza daqui agora Jess! Senão eu juro que vou contar para o papai á hora que você chegou em casa!

– Tá bom, não precisa ameaçar. Fui! – falou, saindo correndo.

(...)

Durante o resto do dia, Mac ligou outras três vezes para Stella, que preferiu não atender.

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No dia seguinte...

Stella acordou cedinho e foi para a escola com Jessica. Chegando lá, as meninas foram para o vestiário, onde colocaram seu uniforme. Stella não estava a fim de trombar com o Mac. Convenceu-se de que o que rolou entre os dois foi um erro. E dos graves. Antes de ir para o estádio, passou em seu armário para guardar seu material.

Abriu o armário e guardou suas coisas. Quando se virou, viu Mac vindo em sua direção. Ele parecia furioso. Ela tentou se desvencilhar dele, porém ele segurou seu braço, sem fazer força.

– Posso saber por que me deixou sozinho lá? E por que não atendeu meus telefonemas? – falou, olhando para os olhos verdes dela, que desviou o olhar.

– Pensei que depois do que aconteceu, não quisesse mais me ver.

– Por acaso eu te disse isso? – perguntou, arqueando uma sobrancelha.

– Não.

– E ainda por cima levou o carro!

– O carro é meu! É obvio que eu ia leva-lo. – disse irônica.

Mac se aproximou ainda mais dela, a ponto de sentir sua respiração quente, se misturar a dela.

– Mac, eu... – ela sussurrou, antes de se beijarem.