Sangue Monstro escrita por Ytsay


Capítulo 9
Briga


Notas iniciais do capítulo

Eu so pensei com esse capitulo: ele não pode passar o primeiro dia sem matar alguém...hahaha
É um capitulo longo que não vi garça em deixar curto ou em duas partes.
Boa leitura.



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Depois a aula chegou ao final, o treinador notou minha pausa e logo gritou que eu iria arrumar as coisas antes de ir. Arrumar?! Eu não arrumava, e nem sabia onde enfiar aquelas coisas. Rapidamente o salão ficou vazio, com os outros lutadores jogando parte do equipamento de proteção perto de mim e dando risadinhas. Quando fiquei sozinho simplesmente juntei tudo em um canto fazendo um monte, o que levou mais tempo do planejava, mas foi um bom trabalho. Fui tomar um banho rápido no vestiário que já devia estar vazio, mal me suportava com aquela roupa de esporte. Eu tinha um armário lá, onde deixei minha outra roupa, e estava pegando a blusa para enfim poder sair daquele lugar quando ouço atrás de mim alguém dizer:

—Acha que golpes baixos são divertidos, não é?

Viro-me e reconheço o rapaz, é o primeiro cara com quem lutei hoje. Consegui segura-lo no começo da luta, mesmo ele sendo maior que eu, só que o negocio ficou um pouco mais serio com provocações e ele me jogou no chão, foi um reflexo involuntário de defesa e acabei o chutando quando estava caído. Muitos dos colegas dele riram da sua postura e acabei rindo. Embora realmente isso não seja nada engraçado.

O cara é alguns centímetros mais altos e tem um físico musculoso, mas não tenho medo dele. Ele me encarava enquanto me lembrava com um sorriso discreto, mas acho que ele percebeu e segurou minha cabeça com uma mão e a bateu nos armários umas duas vezes. Eu não esperava e acabei caindo ajoelhado na frente dele com a dor intensa na nuca e uma confusão do que aconteceu, não demorou e ele ajoelhou minha cara. Isso até me ajudou a ficar mais ciente do que estava acontecendo e me apoiei no chão contendo uma cascata de sangue escuro da minha boca e nariz que manchava o chão rapidamente. O cara ria e achava graça, o que me deixou irritado e esquecer tudo. O Sangue pulsava quente nas minhas veias e eu até que senti certo prazer em tê-lo ali querendo brigar. Puxei a perna dele com a força que humanos não tem, e ele caiu surpreendido se moveu um pouco e parou desmaiado. Fui para cima dele e agarre a sua garganta, uma parte do controle perdido e apenas o desejo de vê-lo em pedaços, destruído, irreconhecível. Ia mata-lo, porque não? Se me ataca merece ser atacado, é lei da sobrevivência do mais forte, e é a que sigo.

—ROAN PARE!

Olho para o lado e lá esta aquele garoto ruivo que já estava me irritando.

—Me obrigue se for capaz. -sorri perversamente e apertei mais as unhas na garganta do cara deixando um pouco do sangue vermelho dele escorrer.

—Eu prefiro não ter que fazer isso aqui. Solte-o.

—Hey,Hey. – soltei o adormecido e limpei um pouco do sangue do rosto investigando aquele que estava sob mim. -Olhe o que esse petisco tem aqui... -puxei da jaqueta dele um canivete e apertando um botão uma faca.

—Não faça isso Roan!

Levantei a faca e me apressei para crava-la no coração do meu lanche, que não era nem de perto o melhor da escola, mas seria útil. Porem Damian foi bem mais rápido e já estava sobre mim no segundo seguinte. Com sua velocidade anormal nós estávamos escorregando pelo piso até parar.

Sorri:

—Que droga, você tem velocidade.

—Vantagem de ser D. Agora vai parar ou vou ter que usar um tranquilizante?

—Vou pensar no seu caso. -e dei um soco de direita para ele sair de cima de mim.

Levantei-me enquanto ele sentia o maxilar. Ele era frágil, sorri e o ataquei novamente. E ele correu saindo do caminho e surgiu atrás de mim me dando mais impulso para acertar o armário na minha frente, que a poucos minutos estava atrás dele. Agora tinha dor de cabeça na nuca e na testa, estava irritado e resolvi que iria usar as garras, que eram melhor que facas. Cuspi sangue e me virei para ele que esperava, Damina jogou sujo e espetou uma seringa no meu pescoço e se afastou cansado. Eu ia dar um passo para ele, mas logo me senti lento e algumas coisas não faziam muito sentido juntando com a dor de cabeça. Dei alguns passos mais calmos, me apoiei em um armário e escorreguei sentando no chão.

—Isso é forte... -comentei. -E seria até legal se eu não quisesse muito te matar agora...

—Vamos sair daqui antes que ele acorde. -EDamianfoi verificar se garoto caído entre os armários ainda estava vivo.

Comecei a me levantar apoiando, de completamente enraivecido e tinha me tornado alguém tranquilo e tonto.Foi neste momento que um estranho entrou no vestiário olhou com certo pavor para minha cara com sangue e viu o garoto caído. Damian tinha sumido de perto do belo-adormecido facilmente e enquanto eu o procurava o menino recém-chegado saiu correndo.

—Há! Agora você terá problemas. -disse o ruivo saindo de outro corredor com um sorriso.

— Você poderia ir pegar ele para mim. - sugeri sem animo e sob o efeito daquele amaldiçoado tranquilizante.

—Hum. –ele fingiu pensar. - Não.

—Então vou indo. – Estava meio lento mais não incapaz.

Mas Damian bloqueou a porta:

—Ainda tenho outro tranquilizante.–me entregou a minha mochila de forma nada gentil. -E desista. Você não vai matar ninguém hoje.

Melanie e Anne estavam esperando no corredor junto os outros do grupo de Raphael. Jennifer havia se despedido da amiga com um aceno simples e estava bebendo agua não muito longe. Quando estávamos chegando para podermos ir embora um som vindo dos altos falantes ocultos diz o meu nome e todos me olham enquanto o diretor me manda ir para a sala dele. Damian ri baixo escondendo um pouco o rosto. Melanie me olha e pergunta o que foi que eu fiz, como se meu rosto não dissesse nada.

Briga naquela escola não pode. Imagino o que aconteceria seele soubesse que na verdade foi uma tentativa de assassinato impedida por um cara ruivo?

Na sala do diretor encontrei um homem de quarenta e poucos anos, cabelos cinzentos, fisicamente bem e com a minha altura. Parece que Adam, o cara que eu ia matar, disse que eu comecei a briga e acrescentou mais alguns socos antes que eu o fizesse desmaiar no chão. Mas, não se fez de santo, e disse que me bateu. Resultado:

—Retenção depois das aulas arrumando a biblioteca durante duas semanas e, além disso, limpeza da piscina na sexta. -Foi o que o diretor disse para mim após um enorme sermão dizendo todas as regras da escola e os motivos que as tinha desde que assumiu o lugar e como algumas eram antigas, blábláblá que eu não lembraria nem o começo.


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Notas finais do capítulo

obrigada por ler.