Keep Calm and Try to not Kill Him escrita por ApplePie


Capítulo 2
Capítulo 1 - Como não se comportar como um Sir


Notas iniciais do capítulo

Hey amores da minha vida, eu só estou avisando que andei lendo algumas fics (tanto em inglês quanto em português) mais ou menos do jeito que eu pretendo fazer essa fic (comédia romântica e blábláblá) e elas todas foram categorizadas como +16 e bem, eu andei adicionando na minha história (na minha linda cabecinha) alguns personagens e eles vão ser meio “maliciosos” (é difícil de explicar, tipo falar muita merda, sabe?) então eu vou estar mudando a categoria para +16, mas não se preocupem, não vai ter nada demais, sério! Nem sei escrever esse tipo de coisa. Eu quero agradecer à linda da “rosy silva” que já favoritou minha história mesmo só com um prólogo *--* e também agradecer às pessoas que estão acompanhando que, segundo meu gerenciador de histórias, são 8 pessoas *-* seus lindos, podem ler agora,
I hope you enjoy,
Kissus



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Angeles NightWalker

— Novo quarto, você diz? — ele perguntou incrédulo.

— Sim, se você não acredita em mim, fale com Mary.

— Mary?

— A secretária.

— E como diabos você sabe o nome da secretária?

— Perguntando, talvez?

— Quem diabos pergunta o nome da secretária?

— EU PERGUNTO!

Sério, esse garoto estava me tirando do sério, se não fosse a péssima recepção eu provavelmente estaria babando em cima dele porque cá entre nós ele está SEM CAMISA, mas eu não vou babar por um idiota como ele.

Ele ficou me encarando por mais algum tempo. Murmurou um palavrão e virou-se para mim, novamente.

— Olha, garotinha, esse quarto é meu, entendeu? Arrume outro...

— Não tem outro, você realmente acha que eu gostaria de dividir um quarto com alguém como você?

— Alguém como eu?

— Sim, alguém que não se comporta nenhum pouco como um Sir, alguém que não entende o significado de uma camisa, alguém que não sabe dar boas-vindas adequadamente...

— Para uma americanazinha, você fala muito polidamente e fala muito sobre etiqueta...

— E para um inglêszinho você sabe muito pouco sobre comportamento e menos ainda sobre recepções.

— Olha, eu nem sabia que eu teria que dividir o quarto e eu não quero dividir o quarto. Peço desculpas se eu não te recebi com balões e apitos.

Rolei os olhos e trouxe minhas bagagens para dentro do dormitório. Ele era bem grande e espaçoso, com certeza iria ficar menos espaçoso com a quantidade de coisas que eu tinha, mas eu não vivia sem as minhas bugigangas. Eu percebi pelo canto do olho que ele ainda estava me encarando.

— O que foi? — perguntei mal humorada.

— Você não está mesmo pensando em ficar aqui, né?

— É claro que sim — respondi incrédula — eu não tenho outro lugar e não é um babaca com sotaquezinho como você que vai me impedir de ficar aqui! — exclamei.

Eu amo sotaque britânico, mas esse garoto era simplesmente irritante. Ele bufou, colocou uma camisa (amém) e um tênis e saiu do quarto batendo a porta com força. Eu respiro calmamente, peço ajuda para os deuses do Olimpo para me darem força e comida, porque eu estava ficando com fome.

Pego meu celular e disco para o Allan me encontrar em alguns minutos no meu quarto. Quando eu estava abrindo minhas malas para pegar alguns pertences, a porta abre contudo revelando um Sir Jake DarkShadow e um japonês magro, mas com certos músculos visíveis, de óculos segurando uma prancheta.

— O que foi agora Jake?

— O que foi? Ela é o que foi — disse apontando pra mim como se eu fosse um bicho, esse garoto está pedindo pra apanhar — esse quarto é meu e ela chega dizendo que agora também é dela graças a secretária.

O garoto vira para olhar para mim. Ele era bem calmo, dava para se dizer, era um japonês diferente, provavelmente mestiço, pois sua pele não era tão pálida e seus olhos não eram tão finos.

— Você seria...

— Angeles, Angeles NightWalker — respondi.

— Prazer Angeles, sou Akashi Matsugaya, mas pode me chamar de Ash...

— Podemos pular para a parte de chutar essa garotinha para fora do meu quarto?

Lancei para ele um olhar que poderia matar.

— Olha, camarada, meu lindo brother, meu fofo companheiro. Será que você faria o favor de FECHAR ESSA PORRA DESSA SUA BOCA? PORQUE SENÃO EU JURO PELO ANJO QUE EU VOU ESGANAR VOCÊ E TE FAZER DE PICADINHO E DAR PRA OS TUBARÕES COMEREM, MAS SÓ DEPOIS DE EU TER DEIXADO VOCÊ CARECA E TER DEFORMADO ESSA SUA LINDA CARINHA COM MILHARES DE SOCOS. EU NÃO SOU OBRIGADA A AGUENTAR GAROTO DE TPM, VOCÊ ESTÁ ME ENTENDENDO, OU A PORRA DO MEU SOTAQUE AMERICANO É MUITO DIFÍCIL PARA A SUA DESPRESÍVEL PESSOA?

Os dois meninos ficaram em choque, Akashi não aguentou e começou a chorar de rir. Jake estava com a boca aberta e eu não aguentei e comecei a rir também, o que foi? Risada é contagiante. Depois que Ash parou de rir, ele respirou fundo.

— Olha Jake, eu não posso e não quero fazer nada. Ela tem tanto direito de ficar aqui quanto você...

— Eu não estou dizendo para deixar ela na rua, simplesmente procurar outro quarto, eu tenho certeza que tem MUITOS quartos que só tem uma pessoa.

— Sim, mas caso você não saiba, esse é o maior de todos eles e bem, a culpa é sua porque você que batalhou tanto por ele, agora aguente as consequências. E se quer saber... — ele se virou para mim, pensativo — eu acho que vai ser muito bom você ter uma colega de quarto.

Jake suspirou derrotado e depois de se despedir de Ash, fechou a porta.

— Olha, Jake, desculpa por ter gritado com você – mesmo você merecendo, e muito – se você quer tanto um quarto só para você, peça para uma dessas pessoas que tem o quarto só para ela e troque com ela. Eu divido o quarto com essa outra pessoa.

Ele soltou uma risada de desdém.

— Você realmente acha que eu vou abandonar esse quarto só por causa de uma garotinha do ensino fundamental como você?

Cara, como eu quero te socar agora.

— Olha, companheiro, eu não vou sair daqui, e pelo visto você também não, que tal nós tentarmos nos suportar?

Ele arqueou uma sobrancelha e sorriu maliciosamente.

— A questão é, companheira, eu não quero me dar bem com você porque bem... Você é chata e quero um quarto só para mim, então que tal eu fazer você sair daqui?

Eu? Chata? Ele nem me conhece, esse babaca!!

— Isso é um desafio, DarkShadow?

— Talvez, NightWalker.

Antes que eu pulasse naquele lindo pescocinho dele, alguém bate na porta e a abre revelando um Allan de calça jeans e camiseta azul clara. Meu humor subitamente muda, com Allan por perto. Eu saí correndo e pulei em cima dele, como sempre faço quando o vejo. Ele era como um irmão para mim.

— Hey, Angel, como está?

— Ruim, eu tenho que dividir o meu quarto com um demônio.

Ele me solta para olhar Jake. Ele arqueia uma sobrancelha para mim que provavelmente significa “você está reclamando de dividir o quarto com esse deus grego?” SIM, ALLAN, AFINAL APARÊNCIA NÃO É TUDO.

— Oi cara — cumprimentou Allan.

— E aí? — respondeu Jake.

Pera, por que COMIGO ele era um idiota e com o Allan ele cumprimentava? Será que Jake era gay?

Enfim, isso não era da minha conta.

— Allan, podemos comer e depois pegarmos o resto das minhas coisas?

— O que você quer comer?

— Doces.

— Angel...

— Sim?

— Você vai ficar com diabetes desse jeito, olha, vamos comer COMIDA e depois nós podemos pegar uma sobremesa, o que acha?

Sorri e peguei um casaquinho cinza simples, porque provavelmente iria esfriar.

— Até mais, meu companheiro babaca.

E antes que ele pudesse rebater minha despedida, fechei a porta.

Eu estava andando com Allan pelas ruas de Londres, ele estava me contando que dividia o quarto com uma menina chamada Amanda que gostava de ver filmes e de HQs e por isso iria cursar animação.

Comecei a falar sobre o que aconteceu para eu demorar tanto, que eu tive que falar com os meus pais sobre o dinheiro que cada um iria enviar (porque eles são separados) e também porque eu estava meio perdida no campus, afinal era meu primeiro dia visitando lá.

Começamos a recordar bons momentos da nossa infância juntos. Como na vez em que fomos viajar para a praia e nós ficávamos pulando de uma pedra a um metro acima do mar, ou então na vez em que fizemos competição de quem toma milk-shake mais rápido ou na vez em que ficávamos apostando corrida no pátio da escola.

— Sinceramente — disse Allan — eu não sei como eu te aturei desde sempre.

— Desde os dois anos.

— E sinceramente, Angel, como diabos você é capaz de se lembrar dessas coisas?

— Bem, essa é uma das memórias mais remotas que eu tenho, tipo, é quase a única memória que eu tenho com essa ideia, sei lá, talvez ela seja tão importante, por isso eu acabo lembrando.

Allan parou de andar e me olhou com um sorriso.

— E sinceramente, Angel, eu não sei como você pode ser tão fofa!!

E com isso ele começou a apertar minhas bochechas. Sério, se Allan não fosse gay, ele seria uma menina. Definitivamente, com o jeito dele. E sim, ele tem a mania de falar muitas vezes a mesma palavra, eu já parei de tentar corrigí-lo.

— O que você quer comer? Meus sensores de CA indicam que você quer pizza.

— CA? E eu sempre quero pizza.

— Cuidados sobre Angeles. E bem, é normal você sempre querer pizza. Você vai querer passar no mercado? Afinal, cada dormitório tem a sua cozinha, sala e banheiro.

Meu queixo caiu. Eu não tive tempo de ver nada porque eu estava muito ocupada gritando com o idiota do Jake. O que era aquilo? Um dormitório ou um apartamento?

— Chocada, pequena Angel? — zombou Allan — eu falei para você que essa era de longe a melhor faculdade.

— Você realmente pensou em tudo, não é mesmo?

Ele deu um sorriso convencido.

— E quando eu não penso?

Depois de comermos pizza, passamos no mercado. Eu comprei Pringles, chocolate, coca-cola, Pringles, cookies, finnis, Pringles e sucos de polpa, eu adoro sucos de polpa. Estávamos voltando para os dormitórios, afinal já ia escurecer.

— Ah, Ann — um dos muitos apelidos pro meu nome — a Becca contrabandeou leite condensado do Brasil para nós.

— Sua tia Rebecca? Aquela que está morando no Brasil?

— Sim, eu pedi para ela contrabandear leite condensado e outros doces típicos de lá, desde que fomos visitá-la eu necessito daqueles doces.

Eu ri e assenti com a cabeça. Eu também adorava aqueles doces, principalmente leite condensado.

Nos despedimos (logo depois dele ter dividido os doces comigo) e eu entrei no quarto. Meu sorriso murchou. Jake estava lá, fazendo sabe-se-Deus-o-que.

— O que você está fazendo?

— Não é da sua conta, garotinha.

Ignorei a resposta.

— Ei, isso é música? Tipo, partitura? Você compõe?

— É, qual é o problema disso?

— Olha, eu diria que você faria qualquer coisa. Matar um coelho, decapitar um urso, beber sangue de uma donzela...

Ele me olhou espantado.

—....Mas eu nunca diria que você seria romântico o suficiente para compor música clássica.

O olhar dele voltou a ser mais frio que gelo, como da primeira vez que eu o vi. E ele nada disse. Eu andei até a cama dele e peguei uma das folhas.

— Whoa, até que é boa a sua música.

— E como diabos uma nanica como você sabe disso?

— Eu sei tocar piano — disse dando de ombros — sua música seria melhor se você não deixasse ela totalmente calma e colocasse mais notas agudas, senão vão pensar que é alguma marcha fúnebre.

Ele parou para me olhar como se estivesse pensando, mas balançou a cabeça como se estivesse se negando a me ouvir.

— Eu não acho que tenha pedido sua opinião.

— A escolha é sua, camarada, só estou dizendo o que as pessoas pensariam.

Ele não me respondeu e eu, me negando a falar algo mais, explorei o meu dormitório, vendo a mini cozinha, a mini sala e o banheiro e deitei na minha cama para ajeitar algumas coisas, como roupas.

Quando era umas dez horas, eu já estava dormindo (mesmo com a luz acesa, já que o goiaba do Jake se recusou a desligar a luz e a tomada ficava do lado dele) e não pude parar de pensar em como seria minha vida em Londres.


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Notas finais do capítulo

Gente, pra quem não sabe marcha fúnebre é aquelas marchas de funeral, mas dá pra meio que perceber, né? Wow, acho que esse foi um dos capítulos mais longos que eu já fiz (comparado à minha outra fic), eles geralmente tem entre 1300 e 1700 palavras. Eu não coloquei muita descrição do espaço porque senão ia ficar MUITO GRANDE, então eu vou deixar pro próximo. Enfim, espero que vocês tenham gostado, não odeiem o Jake, afinal acreditem quando eu digo que ele tem motivos para fazer tudo o que ele faz, vocês verão como ele é mais pra frente. E espero (novamente, eu adoro esperar, hahaha, só que não, ok ignorem isso) que vocês tenham gostado do nosso novo personagem: Ash. O próximo capítulo devo provavelmente na sexta ou no final de semana porque minha rotina é muito confusa e vai ficar meio difícil eu postar de dias normais porque minha escola estava de greve então eu vou ter reposição até de sábado (minha escola me ama demais, isso não pode), mas como eu disse: nunca tenho certeza então não vou estar falando um dia fixo. Até o segundo capítulo (que vai ser narrado pelo Jake-sedução),
Byebye.



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