Os Winchesters & Os Olimpianos - O Deus Perdido escrita por H R Martins


Capítulo 4
III. Sam


Notas iniciais do capítulo

Excepcionalmente nesta segunda, mais um capítulo! o/



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Capítulo 3: Jason eletrocuta alguns cavalos

ANTES DOS ESTRANHOS CHEGAREM, AS coisas já não estavam indo muito bem para Sam. Não era uma sensação nada agradável acordar num lugar desconhecido com pessoas que ele não lembrava, sem saber como chegou ali e principalmente sem fazer ideia de quem era.

Mas as coisas realmente pioraram com a chegada dos cavalos selvagens de olhos vermelhos. Quer dizer, Sam não estava com medo, apenas extremamente confuso. Cavalos que comiam carne? Isso fazia Sam questionar sua sanidade. Ele não era cético, ao menos não lembrava se era, para falar a verdade, de alguma forma era como se ele já tivesse passado por situações piores e mais assustadoras que um bando de cavalos loucos e selvagens. Então, definitivamente, aquilo não era assustador, era apenas bizarro demais para crer.

Ele observou por alguns segundos o homem com calça de náilon, Hedge, desacordado no outro lado da rua. Se Sam não o tivesse visto sendo golpeado com seus próprios olhos diria que ele era apenas um esportista que resolvera parar no meio da caminhada pra tirar um cochilo embaixo da árvore. Vestindo aquelas roupas ele podia facilmente se passar por um.

Nos outros segundos, Sam teve que correr, pois o cavalo que avançara em sua direção já estava de pé sobre a mesa e as cadeiras quebradas da lanchonete.

Ele rolou para o lado com habilidade quando o garanhão marrom avançou em sua direção. Um instinto que ele não sabia de onde vinha lhe dava ordens de como prosseguir. Ele deu uns quatro dribles no cavalo quase que automaticamente como se seu corpo soubesse o que fazer. Mas não poderia ficar naquela brincadeira pra sempre, uma hora ele se cansaria e provavelmente o cavalo o devoraria depois de pisoteá-lo até a morte. Eles precisavam de um plano. Ou melhor, uma arma com dardos tranquilizantes – o que não era o caso.

Ele correu de volta a lanchonete, àquela altura os clientes já haviam se dispersado, mas uma pequena multidão de curiosos parava para observar o ataque dos cavalos. Ele já podia imaginar a manchete no jornal no dia seguinte: "O Ataque dos Cavalos Loucos".

Tentou não pensar nisso enquanto saltava de uma mesa a outra fugindo do cavalo. Aquele animal podia ser mais inteligente que a maioria dos animais, mas não era tão esperto assim ou então estava realmente desesperado de fome. As mesas e cadeiras se quebravam atrás de Sam, toda vez que ele saltava de uma mesa a outra e o cavalo saltava atrás caindo e espatifando tudo ao tentar mordê-lo. Ele só esperava que a garçonete não tivesse gravado seu rosto caso ele voltasse ali algum dia – coisa que ele duvidava.

Então ele percebeu que as mesas estavam acabando. Próximo dali, Jason afastava outros três cavalos com sua espada dourada. Ele era a única coisa que protegia o outro menino dos animais. Do outro lado, Piper e a menina de olhos bicolores se viravam com dois garanhões furiosos tentando abocanhá-las. A menina segurava uma das cadeiras da lanchonete ameaçando o cavalo com ela e Piper parecia estar conversando com um dos cavalos, que parecia hesitante em atacá-la.

– Jason? – Sam chamou quase gritando para se fazer ouvir. Ele saltou mais uma mesa, quando o cavalo avançou. Ótimo, agora só havia mais uma. – Você disse que tinha um plano. Qual era exatamente?

Jason estava ocupado tentando proteger o menino de casaco marrom e a si mesmo, mas felizmente tinha ouvido. Ele girou veloz como um raio e acertou numa das patas traseiras de um dos cavalos com a parte chata da lâmina. O garanhão tropeçou derrubando os outros que gemeram e relincharam furiosos. Ele correu em sua direção abrindo a mochila que carregava consigo, o menino vinha ao lado. Os olhos âmbar estavam arregalados e ele estava com uma expressão que deixou Sam momentaneamente confuso, ele não saberia dizer se o menino estava achando aquilo tudo muito louco, divertido ou assustador ou tudo isso junto.

Sam pegou uma das cadeiras e atirou com toda sua força em cima do cavalo que o perseguia sem parar, só para ganhar tempo. Então saltou a última mesa e correu até os dois no momento em que Jason tirava um rolo de corda da mochila. Ele o atirou para Sam que pegou a corda no ar. Sam olhou para Jason e então percebeu que os olhos do menino eram azuis eletrizantes como se dessem choque se você olhasse por muito tempo.

– Há algum lago ou alguma fonte por aqui – disse ele.

Sam não entendeu o que ele queria com aquilo. Antes que pudesse questioná-lo, no entanto, ele percebeu que os garanhões já estavam de pé e avançavam trotando furiosos prontos para matá-los de vez e devorá-los.

Então algo incrível aconteceu. Jason ergueu sua espada dourada para os céus. Seus olhos azuis se iluminaram e um raio igualmente azul desceu dos céus acertando os garanhões e eletrocutando-os.

Sam olhou para Jason sem conseguir conter o espanto. Embora não se lembrasse de nada de sua vida, de algum modo sabia que pistolas de choque existiam, mas não se lembrava de já ter ouvido falar de uma espada de raios.

– Irado! – exclamou o menino ao seu lado. Os olhos âmbar brilhando de excitação.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo, cupcakes. ;)



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