Destiny (HIATUS) escrita por Rafaella Nunes


Capítulo 14
O Início


Notas iniciais do capítulo

Oi!!!!! Primeiramente quero pedir mil desculpas por ter ficado um bom tempo sem postar, mas isso foi consequência do tempo que ando tendo para escrever, devido aos estudos, pois quero muito realizar meu maior sonho e para isso tenho que me matar de estudar e também da falta de inspiração que tive nessas últimas semanas e quero deixar claro como odeio escrever quando não me sinto inspirada, porque é como se algo dentro de minha cabeça fosse bloqueado e não me deixasse escrever bem e isso acaba me irritando, me deixando completamente frustrada, por isso peço um pouquinho de compreensão da parte de vocês, Ok?
Em segundo lugar, quero agradecer pelo retorno que estão me dando, estou extremamente feliz com os comentários, pois a opinião de vocês é extremamente importante para mim e nesses momentos em que não estou me sentindo bem o bastante, eu leio cada um deles. Os elogios me dão vontade de escrever por que quero continuar a recebê-los e as críticas sempre me fazem querer escrever mais para poder melhorar aquilo que é tido como necessário e tem também a linda recomendação que Destiny ganhou de Absolutas há algum tempo, com a qual me emociono sempre e o pessoal que favorita e me deixa radiante.
Enfim, espero que tenham uma boa leitura e que não parem de acompanhar Destiny, mesmo com a demora das postagens, pois eu não vou parar de postar enquanto souber que têm pessoas que desprendem de parte de seu tempo para se entreter com a história, pois se fazem isso é porque meu esforço não está sendo em vão e que meus objetivos estão sendo cumpridos.
Bjs mil!!! ❤



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/489513/chapter/14

Tomei a decisão de fingir que todas as coisas que até então haviam entrado na minha mente não eram mais verdadeiras do que as ilusões dos meus sonhos.
René Descartes

Acordei extremamente satisfeita, a noite havia sido satisfatória e me senti mais leve - apesar de não muito relaxada, já que ainda tinha meus problemas para resolver -, mas devo dizer que a sensação já estava se tornando um pouco menos incômoda, particularmente porque eu pretendia repetir a dose caso precisasse de mais distração, o que era óbvio que iria acontecer.

Me levantei e procurei na gaveta da cômoda algo que fosse no mínimo confortável e que desse para me sentir bem e não como uma vaca. Não que muitos já não me vissem com uma, mas com certeza não era nesse sentido do termo, além do mais, o que importava não era a opinião deles e sim o como eu me sentia e naquelas coisas eu com certeza não iria conseguir me sentir bem, principalmente porque prendiam movimentos e isso era completamente relevante para alguém que foi treinada como guerreira.

Vi uma calsa preta, um pouco mais simples, mas suficientemente elegante, se fosse usada com a blusa e complementos certos e foi por isso que demorei um pouco mais para decidir o que usar em cima, já que estava difícil encontrar algo minimamente decente por ali, por fim, decidi por uma blusinha um pouco cintilante, azul, que ao meu ver era uma das mais discretas, subi em um dos saltos que encontrei pelo quarto, que eram um número menor que o meu, mas era o que estava disponível, então teriam de servir até que eu conseguisse algo mais apropriado.

Saí do quarto, já sentindo o cheiro de café da manha, pois apesar do que muitos pensam, nós podemos nos alimentar normalmente, aliás, nosso organismo não é tão diferente do dos humanos, porque já fomos como eles, mas com certeza não funcionava do mesmo jeito e era por isso precisávamos de sangue para "viver", pois éramos relativamente mais desenvolvidos em algumas partes e infelizmente deficientes em outras e como nossos sentidos se aperfeiçoaram com a transformação, continuávamos com nossas refeições regulares, até mesmo para manter as aparências para qualquer um que visse.

Encontrei meu irmão e os outros já sentados à mesa e antes que eu pudesse me juntar à eles, ouvi a voz de Lucy soar melodicamente um "Bom dia!" e vi um sorriso enorme surgir em seu rosto, me surpreendendo, fazendo com que eu levantasse uma sobrancelha em confusão, já que a garota tinha deixado clara a sua insegurança com relação a mim na noite anterior.

— Bom dia. - Respondi cética, ainda sem entender aquele pequeno sinal aparentemente espontâneo de civilidade.
Resolvi ignorar aquilo, até porque, talvez eu não tivesse sido a única a ter uma noite boa e isso com certeza tinha algo a ver com essa mudança toda. Sentei-me junto deles e peguei um bagel e algumas panquecas, colocando um pouco da calda em cima.

Saboreei a comida toda, com muita vontade, o gosto fazia jus à propaganda que o cheiro fizera e isso fez com que eu pegasse mais coisas. Terminei a refeição e já ia me levantando, contudo, me lembrei do que Cameron havia combinado comigo.

— Onde Cameron está? - Questionei diretamente para Drew, que ainda comia.

— Em uma casa, na praia. Porque? - Quis saber.

— Tenho negócios para tratar com ele. - Respondi e me levantei. - Poderia me dizer onde é?

— Negócios? - Levantou sua sobrancelhas inquisidoramente, mas logo que lhe lancei um olhar dizendo "isso não é da sua conta", ele compreendeu e continuou. - Claro, mas se quiser eu te levo. - Se ofereceu e eu ia aceitar, porém, antes disso fui interrompida.

— Não precisa, eu quero mesmo dar uma passada na praia, eu levo. - O humano se ofereceu e pude perceber o sorriso de Lucy se alargar e por fim entendi o motivo dela não estar mais na defensiva com relação a mim.

— Ok, mas eu preciso ir logo, independente de quem vai me levar. - Informei-lhes, pois não queria perder tempo. - Se for demorar, pode deixar que eu vou sozinha.

— Me dá cinco minutos e saímos. - Disse e se levantou também, indo em direção aos quartos.

— Você vai ficar bem? - Virei para meu irmão, que revirou os olhos com minha preocupação.

— Como se eu fosse uma criança. - Comentou e só então percebi o quão protetora eu estava sendo, mas tinha meus motivos para isso.

— Você sabe que tenho um porquê. - Rebati e ele sorriu carinhosamente para mim, assentando para mim.

— Não é como se fossemos matá-lo. - Lucy se pronunciou sarcástica, rindo de minha preocupação.

— Nunca se sabe. - Respondi com um sorriso cínico em meu rosto, antes de olhar para Drew de uma forma acusatória, sabendo.que se tinha alguém ali capaz daquilo, com toda a certeza era ele. - Não é mesmo?

(...)

O garoto era pontual, estávamos em cima de uma moto exatamente cinco minutos depois dele ter saído da cozinha e devo dizer que o veículo era um tanto quanto estiloso e apesar de não saber nada sobre motos e não me interessar por esse tipo de coisa, tive a certeza de que era cara.

Mais quinze minutos e havíamos chegado em nosso destino, uma casa relativamente afastada e um pouco rústica, mas elegante de certa forma, o que com toda a certeza era a cara de Cameron, que sempre fora considerado por mim alguém com ótimo senso estético.

O moreno estacionou perto da construção e desci, devolvendo o capacete sem dizer nem uma palavra sequer, mas antes que eu pudesse dar mais que dois passos em direção à residência, senti uma mão em meu braço, me puxando para trás, para perto do corpo do moreno, que depositou a outra em minha cintura e levou a que havia me puxado até meu rosto, fazendo com que nossos rostos quase se tocassem.

— Nem um beijo de agradecimento? - Questionou abusado, provocando uma risada em mim, me levando a imaginar se ele entendia que o que tinha acontecido era somente reflexo do momento e não envolvia nenhum tipo emoção, ou qualquer coisa do gênero?

— Pelo que me lembro foi você quem se ofereceu para me trazer, então não tenho que te agradecer. - Observei, dando de ombros e vi um sorriso se abrir.

— Não sei como consegue ser tão... - Ele deixou a frase no ar, procurando a palavra que melhor se encaixasse, mas claramente não a encontrou, ou se encontrou preferiu ficar calado.

— Tão direta? Tão grossa? Tão cínica? Tão seca? Tão irônica? - Sugeri, sabendo muito bem de todos os pontos de minha personalidade, e o que as pessoas costumavam achar dela.

— Acho que tudo isso. - Ele concordou. - Mas fazer o que se é exatamente isso que te deixa tão atraente? - Completou.

— Achei que tivesse se interessado por outra coisa. - Olhei para baixo e sorri cinicamente para ele, totalmente sugestiva, não abrindo mão de provocar um pouco mais. Era incrivelmente bom ter quem eu quisesse aos meus pés e poder brincar com isso como bem entendesse.

— Também, não tem muita coisa em você que não chame atenção. - Falou roçando sua boca na minha.

— Eu sei, sou fascinante. - Concordei e o beijei. - Eu tenho que ir. - Anunciei e me virei, finalmente me desvencilhando dele.

Não precisei bater, pois antes mesmo que eu chegasse à porta, esta se abriu, revelando a figura de Cameron, com uma cara fechada, nada de seus sorrisos habituais e isso me chamou atenção, acendendo o sinal de alerta em minha mente.

— O que estava fazendo com ele? - Quis saber, para minha surpresa.

— Acho que o estava beijando. - Disse sarcástica. - Nunca viu algo assim? Achei que fosse velho o suficiente para que a resposta para essa pergunta fosse afirmativa.

— Sabe muito bem o que estou tentando falar. - Acusou e a confusão se instalou de vez em mim.

— Na verdade não. - Confessei, não podendo ver problemas nisso, só estava aproveitando de minha natureza sedutora. - E ficaria extremamente agradecida se fosse um pouco mais explícito.

— Já pensou que poderia estragar tudo? - Inquiriu, me fazendo erguer uma de minhas sobrancelhas. - Se Daros estivesse aqui seria desastroso.

— Ah! Então é por isso essa alarde toda? - Questionei desacreditada. - Daros já me viu até com o próprio irmão, não seria novidade para ele.

— Sim - Disse. - Mas isso foi antes e agora eu preciso que fique com ele, não se lembra de nosso acordo?

— Claro que me lembro - Anunciei. - Só não pensei que teria de ser um relacionamento exclusivo.

— Mas é óbvio que tem. - Informou-me com raiva. - Ele precisa confiar em você e logo, quero ter mais de um caminho à seguir.

"Confiar" essa palavra ecoou em minha cabeça assim que saiu da boca dele e me fez pensar em uma estratégia que poderia ser eficaz. Cameron era esperto demais para confiar em mim, ou em qualquer pessoa que fosse, ele sabia do que eu era capaz, porque ele mesmo havia me ensinado boa parte do que eu sabia, mas será que Daros seria tão prudente assim? Afinal, dizem que o amor é cego e apesar de saber que não era especificamente aquilo que ele sentia por mim, esperava que essa teoria se aplicasse à situação.

— Tudo bem eu deixo meu brinquedinho quieto. - Revirei os olhos, não dando dica alguma de que a situação seria favorável para mim. - Só espero que Daros não seja ruim de cama.

— Fique tranquila - Ele disse e isso me fez estranhar, pois a primeira coisa que pensei foi: "Será que ele já provou?" Isso seria hilário, porém, ele não tardou em completar. - Ele teve muitos anos para treinar.

— Vamos ao que interessa? - Perguntei, querendo ir logo para a parte em que ele me ensinava o como fazer aqueles truques.

— Apressada como sempre. - Comentou rindo, parecendo voltar a seu estado normal. - Pois então vamos começar, mas lá em cima, aprontei uma sala específica para isso.

Assenti e o segui, subimos as escadas e adentramos na segunda das três portas à esquerda quando chegamos ao final da mesma. Era uma sala vazia, para minha surpresa, porque o que imaginei era bem diferente daquilo, talvez até algo parecido com o que tínhamos em sua antiga casa, onde vivi por um tempo.

Entretanto, imaginei que aquilo, como era um tipo diferente de treinamento, mais precisamente envolvendo a mente, precisasse ser feito em um local diferenciado também, no qual não houvesse nada com o que se desconcentrar.

— Lembra-se de quando te contei sobre o começo da espécie? - Quis saber, olhando diretamente para mim, depois de se sentar no chão.

— Sim. - Me recordei de suas palavras, há muito gravadas por mim, enquanto fazia o mesmo que ele. - Sobre o grupo, a ceita Luciferianista, que acreditava que podia ser igual a Deus.

— Exato, após muitos anos de busca, eles conseguiram encontrar algo que acharam ser a resposta para o que queriam, eles fizeram o que chamamos hoje de "ritual de iniciação", conseguindo assim nos criar.

— E o que isso tem a ver com o que eu quero? - Questionei, sem entender o que ele queria com aquela aula de "história da espécie".

— Sabe que odeio que me interrompam. - Repreendeu-me e bufei, me sentindo entediada e isso o deixou irritado, sua expressão mudou da frieza já conhecida para uma pintada de raiva. - Acha que sabe de tudo? Pois eu vou te dizer que se quer algo mais rápido é melhor calar a boca e me escutar, porque não tem outro meio de aprender senão sabendo como tudo começou.

Eu nada falei, apenas balancei a cabeça para baixo e me pus a analisar Cameron, assim como havia feito no dia anterior e realmente pude ver as mudanças explícitas nele. Ali, na minha frente não estava mais o mesmo homem contido que eu conheci há anos atrás, com seu equilíbrio constante, mas sim alguém que momentaneamente demonstrava picos de suas emoções, tendo agora uma aparente dificuldade em esconder aquilo que sentia.

Aquele seria outro ponto que possivelmente me serviria futuramente e já entrara em minha lista mental de fatos que poderiam me ajudar a sair do estado de impotência em que me encontrava.

— Eles não atingiram seus objetivos, mas não ficaram tão longe disso. - Continuou, serenando a expressão. - Somos melhores do que pensamos ser, Katlyn, somos capazes de coisas incríveis.

— E são elas que me importam nesse momento. - Completei, ansiosa demais para a enrolação.

— Nao vá com tanta sede ao copo, me lembro de ter ensinado a esperar a hora certa para tudo. - Avisou em tom um pouco mais áspero, após respirar fundo. - Para conseguir o que quer, vai ter que passar por um caminho sinuoso e doloroso, assim como eu.

— E no que consiste esse caminho? - Indaguei.

— Abrir sua mente. - Retorquiu de forma direta. - Quando nos transformamos, muita coisa muda, nosso corpo muda e isso inclui nosso cérebro, que apesar de ter a capacidade aumentada, tem algumas funções que se fecham para aguentar a pressão das alterações, isso é um dos fatores que colaboram para ser tão doloroso.

— E você está dizendo que eu preciso desbloquear essas funções? - Perguntei apenas para me certificar de que havia compreendido corretamente.

— Sim. - Afirmou e ficou a me fitar, provavelmente esperando que eu assimilasse as informações. - Vamos aos poucos acostumando seu cérebro a funcionar com sua maior capacidade.

— E por onde começamos? - Interpelei, pensando em minha transformação, da dor, da sensação que tive de que meu corpo fosse explodir, de tanto latejar e a pressão que senti dentro de mim, principalmente dentro de minha cabeça, já me perguntando se aquilo se repetiria.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse deu início (por isso o nome do capítulo) às nossas aulas, aquelas nas quais nossa protagonista vai aprender a usar sua mente como um todo.
Acho que já deu para perceber que eu adoro falar de cérebro, não é mesmo? Kkkk, sempre tem alguma coisa relacionada com ele e eu pretendo mostrar, à partir de agora, um pouco mais do que tenho aprendido, por conta, sobre esse importante e complexo órgão.
Bjsssss!!!!! ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Destiny (HIATUS)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.