Gallifrey's Song. escrita por Time Lady


Capítulo 18
18.




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Barry tirou os óculos. Nesse movimento, Rose pode ter certeza. Ele era tão parecido com o pai...

Clara se colocou a frente, mostrando que estava ali.

– Eles estão com você, Clara?

– Estão sim, Barry. Vieram te buscar.

– Me buscar?

– Ouça Barry, você não está mais seguro aqui. Preciso levar você de volta.

– De volta pra onde, Clara?

– A Tardis.

O garoto levantou as sobrancelhas. Doctor percebeu o quanto o filho se parecia com ele.

– Clara. - Ele pronunciou o nome dela devagar. - Está tudo bem?

Clara se virou de costas para Barry, olhando para Doctor e Rose.

– Tem que ir com cuidado com ele. É um garoto imprevisível, sua mente e suas lembranças são controladas. - Ela conferiu o relógio, como se ele pudesse dizer algo à ela. - Mac-Boss deve estar vindo buscá-lo.

– O que seria um Mac-Boss? - Doctor perguntou.

Mas antes que Clara pudesse responder, ouvi-se passos e atrás do garoto estava uma figura grotesca, um ser humano feito de escamas, com um tom de pele alaranjado.

Clara engoliu a seco, dando um passo para trás.

– Esse é o Mac-Boss.

– Estão te incomodando, Baron?

– Não sei quem são essas pessoas. - Ele balançou a cabeça. - Então não.

Rose entrou em desespero. Apoiando a cabeça no ombro de Doctor, perguntou o que deveriam fazer. Ele virou o rosto para olhá-la, com uma amargura nos olhos e simplesmente os abaixou. Rose entendeu o que ele quis dizer. Não havia nada que poderiam fazer.

– Clara! Quem são essas pessoas? - Perguntou Mac-Boss.

– O meu namorado, o irmão dele e a mulher do irmão dele. - Ela apontou para Onze, Doctor e Rose, respectivamente. Estava muito nervosa e falava rápido demais.

– Não pode trazer eles aqui, Clara. Pela segurança do Baron.

– Eles já estão indo, Boss. Me desculpe.

Mac-Boss lançou um olhar de reprovação para Clara, pegou Barry pelo braço o levou dali.

Clara prendia a respiração e assim que Mac-Boss e Barry já não estavam mais visíveis, ela soltou. Saiu como um assovio, seria quase engraçado se a situação não fosse tão tensa.

– Tudo bem, o que foi aquilo? - Perguntou Rose. Precisava de respostas.

– Mac-Boss é o tutor do Barry, qualquer coisa que aconteça de mal à ele, é responsabilidade do Boss. Eu sou a babá do Barry desde que chegou aqui. Não faz muito tempo. - Deu uma pausa para respirar. - Ouça, Doctor. Este lugar é Gallifrey, mas quem habita aqui não são os Gallifreyanos.

– Como assim?

– Você congelou a Guerra do Tempo. Quando seu filho com Rose nasceu, isso foi desfeito sabe-se lá o porquê. Resumindo, os Daleks ganharam a Guerra. Ainda restaram alguns Senhores do Tempo, que foram escravizados e torturados. Hoje existe certa de 20% de Gallifreyanos puros aqui. Os Mac são uma raça extinta. Mas na época da Guerra, eles não deixaram que os Daleks destruíssem Gallifrey porque precisavam de um lar. Muitos não concordaram e morreram por isso. Basicamente, atualmente existe 20% de Gallifreyanos, 30% de Macs e 50% de Daleks em Gallifrey.

Doctor coçou o queixo, absorvendo toda aquela informação. Por fim, ele lançou um olhar para Onze, que mantinha-se tranquilo, com os braços junto ao peito.

Apontou o dedo para ele.

– Você sabia de tudo isso?

– Clara me manteve informado.

– Não pôde me contar enquanto viajava pra cá?

Onze fez uma careta.

– Você coloca sempre o carro na frente dos bois, Dez.

– Doctor...

Antes que pudessem dar continuidade na discussão, Rose o interrompeu.

– Precisamos achar o Barry.

– Sim! Precisamos! - Exclamou Clara, ainda um pouco nervosa.

Onze e Dez se encaram e depois olharam para suas companheiras. Elas tinham total razão. Precisavam encontrar Barry e tirá-lo dali.

– Não podemos congelar Gallifrey novamente. - Dez resmungou para Onze.

– Não vamos congelar dessa vez.

Eles trocaram um olhar selvagem.

– O que querem dizer com isso? - Perguntou Rose.

– Temos experiências com Daleks. O suficiente para eliminá-los. - Sorriu-lhe seu Doctor.

Rose suspirou e caminhou em silêncio, tentando manter sua mente afastada dos murmúrios entre seu Doctor e Onze. Eles estavam planejando um plano contra os Daleks, enquanto ela, queria apenas pegar seu filho e ir embora.

Não podia negar que sentia uma pontinha de decepção por Barry ter crescido. Era quase impossível, ela o tinha perdido fazia tão pouco tempo... Como ele poderia estar tão crescido? Rose afastou essa ideia hipócrita da cabeça. Ela sabia muito bem o que a Tardis poderia fazer. Transformar horas em anos era sua especialidade.

Doctor estava sim, preocupado com seu filho. Mas não poderia simplesmente deixar o planeta de onde veio nas mãos de uma raça desconhecida.

Pela primeira vez, ficara feliz por ter Onze consigo. Não bolaria metade de um plano tão bom se ele não estivesse lá. Nunca admitiria isso em voz alta, mas era a verdade.

Estava preocupado com Rose, acima de tudo. Olhou-a com atenção, afastando a voz de Onze de sua cabeça. O andar dela parecia determinado e ele ficava feliz com isso. Mostrava que ela não tinha desistido. Não tão perto de recuperar seu filho.

– Não nos reconhecem aqui? - Perguntou Rose à Clara, quebrando o silêncio entre as duas.

– Não. Eles nem fazem ideia de quem seja o Doctor. Acham que está morto.

Clara deu de ombros e depois deu-se conta do que havia falado. Rose riu de sua expressão.

– E como isso aconteceu?

– O que? - Perguntou Clara.

– A morte do Doctor.

– Ah! - Ela sorriu para Rose. - Dei uma pequena ajudinha excluindo novamente todos os dados que se referiam à ele.

– É uma moça inteligente.

Rose sorriu para Clara, dessa vez.

– Obrigada. Hmm, acho que chegamos.

– Onde?

– Meu quarto. Monitoro todos os passos do Barry por aqui. - Abriu a porta e deixou com que entrassem.

Após andarem um corredor enorme, entraram no quarto de Clara. Era imenso por dentro, e cheio de computadores.

Em cada tela, havia um pedacinho de Gallifrey, onde Barry normalmente frequentava.

Doctor pode perceber pelas imagens, que só havia um trecho pequeno de Gallifrey que Barry andava e que a maioria deles eram restritos.

– Antes de irmos procurar Barry novamente, preciso contar sobre ele pra vocês, os pais, os mais interessados.

– Podemos...? - Doctor apontou para uma das cadeiras.

Clara fez que sim, Doctor e Rose sentaram-se lado a lado. Ela deu ma tossida dramática e se encostou em uma das mesas de computadores, de frente para os dois.

– Cheguei aqui no mesmo dia em que Barry. Dei meu jeitinho e fiz com que todos confiassem em mim e esquecessem de vocês. - Ela apontou para Onze e Dez. - Cuidei de Barry desde bebê. - Sorriu para Rose e a mesma retribuiu, num sorriso triste. - Era um pequeno bagunceiro. Tinha sonos agitados e até os 7 anos, tinha pesadelos terríveis. Eu pedia para que ele desenhasse todos os seus pesadelos, e cada vez mais Gallifrey era presente. Não faço ideia de que tipo de pesadelos ele pôde ter com Gallifrey, mas eram seus pesadelos.

Clara fez uma pausa, cruzando as pernas. Depois, prosseguiu:

– Ele não cresce como uma criança normal. Ele cresce como um Senhor do Tempo. Isso explica um pouco do tamanho dele agora. Porém vocês demoraram alguns anos também... Não foi culpa de vocês, claro. Mas de quem o sequestrou.

– Os Macs foram as criaturas que sequestraram o Barry? - Perguntou Rose.

– Sim. Foram eles. Mac-Boss é menos pior por ser o Boss. O restante dos Macs são terríveis. Vocês já foram apresentados. O que devem saber é que fui eu quem criei o Barry. Não pude fazer muita coisa por conta da mente dele que é controlada pelo "Presidente de Gallifrey". Ele surta as vezes, começa a rabiscar, a rasgar folhas e dizer coisas totalmente desconexas.

– Clara... - Onze interrompeu. - Vá direto ao ponto.

Ela respirou fundo antes de dizer as palavras.

– Não sabemos quem é o tal "Presidente de Gallifrey". Ele nunca foi visto, mas é quem comanda o planeta inteiro. E é o responsável pela mente de Barry ser um caos completo.

– O que temos que fazer? Exatamente. - Doctor perguntou.

Clara mordeu os lábios.

– Temos que encontrar o Presidente e desconectá-lo da mente de Barry.

Doctor passou a mão pelo rosto, absorto com a informação e totalmente tenso. Rose pode ver os músculos de suas costas se endurecendo.

– Temos alguma pista?

– Ah sim. - Clara deu um pulinho. - Barry reclamava constantemente de dores de cabeça.

– Dores de cabeça? - Doctor olhou para Onze.

Onze manteve o olhar de Doctor e andou até o lado de Clara.

– Sabemos exatamente o que significa as dores de cabeça de Barry.

– Sabemos? - Rose estava perdida.

– O tintilar de dois corações, Doctor. Qual é o barulho? Isso não te lembra alguma coisa?


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Notas finais do capítulo

Gallifrey's Song em reta final, galera! Preparados para o fim? Hahaha. Como disse, estava trabalhando em outra fic, também um romance, e ela está finalmente pronta! Não se chama Jean & Julian, mas sim Number 3. Quem quiser dar uma lida, o link está aqui: http://fanfiction.com.br/historia/510932/Number_3/
Se gostarem é só comentar lá! O desenvolver da história ainda está no comecinho, então tudo ainda é meio... Novo, assim digamos. Mas espero ver vocês por lá! Obrigada por acompanharem até aqui! Beijos.



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