Cold Afternoon escrita por Lola Carvalho


Capítulo 4
Recomeço


Notas iniciais do capítulo

Oi de novo! hehehe
Sim, dois capítulos no mesmo dia.
E acho que este vai ser o último.
Na boa? Eu não sei o que deu em mim... Tô meio bipolar hj, uahsuhasuahshaush
Mas enfim, esse capítulo tá fofinho *-*
Espero que gostem e voltem a me amar s2

Boa leitura!



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POV Jane

“Aonde você estava?” Teresa me pergunta quando chego em casa, três meses atrás, às duas e meia da manhã

“Estava trabalhando em um caso novo” eu digo. Dá para notar a raiva dela naqueles olhos verdes

“Com a Kim?” Oh, não... De novo não! Já faz um tempo que Teresa desconfia que eu esteja traindo ela. Como ela pode não confiar em mim? Eu nunca trairia ela... Principalmente, não com a Kim!

“Teresa, meu amor, porque essa história de novo?”

“Então você estava com ela” ela afirmou “Me diga a verdade, Patrick!”

“Eu. Amo. Você” eu digo pausadamente “Não entendo o porquê de você estar tão desconfiada...”

“Não entende o porquê?” ela me imita “Aquela... mulherzinha tá dando em cima de você na minha frente! E você não entende o porquê?” ela diz tentando não se exaltar muito para não acordar as crianças.

“Teresa... Eu amo você, nunca vou te trocar por outra. Nunca!” eu afirmo sinceramente

“Eu não consigo mais acreditar em você, Patrick...” ela diz com os olhos marejados.

Aquilo doeu... Minha esposa não acredita em mim. Minha Teresa...

“Por quê?” eu pergunto tentando reverter a situação

“Intuição... Apenas não consigo mais acreditar”

“Ah, Teresa!” agora sou eu que me irrito “Não consegue ver que estou te falando a verdade?”

“Não!” ela responde ríspida.

“Se você...” eu começo meio incerto “Se você não consegue confiar em mim em uma coisa como essas, então eu... Eu acho que não tem como nós continuarmos juntos”

Meu maior erro de todos.

Maior do que ter ido falar mal de Red John em rede nacional.

Eu saí de casa naquela noite, e me hospedei em um hotel qualquer.

Hoje faz aproximadamente três meses que isso aconteceu. E amanhã de manhã eu e Teresa nos encontraremos no tribunal para oficializar um divórcio.

Eu mal posso acreditar que tudo acabou assim. Aliás, eu não quero acreditar.

Tem que ter outro jeito... Tem que ter!

A noite passou rápida para uma pessoa com insônia, e logo o Sol raiou anunciando um novo dia.

Um dia incomum.

Mas se Teresa ou quem que que seja pensa que eu vou deixar tudo acabar sem ao menos tentar consertar novamente, estão muito, mas muito, enganados.

Eu tomo um banho, passo meu melhor perfume e visto minhas melhores roupas.

Espero encontrar com Teresa no estacionamento, então saio bem antes do necessário e a espero do lado de fora do tribunal.

Temos que estar lá as oito e meia, mas são apenas oito horas e eu já a espero.

Faltando apenas cinco minutos para as oito e meia eu a vejo chegar.

Saio do carro apressadamente e a intercepto durante o caminho.

– Teresa!

– Oi Jane... – ela responde triste... Ela está me chamando de Jane? Isso não é bom.

– Por favor, querida, por favor... Vamos conversar! Antes de ir para aquela sala, por favor! – eu imploro quando ela tenta me ignorar continuando a andar.

– Conversar? Isso foi o que menos fizemos nos últimos anos do nosso casamento – infelizmente ela está certa.

– Eu sei, me desculpa... A culpa é minha, eu fui o responsável. Mas eu não aguento, Tess... Não aguento ver tudo acabar sem ao menos tentar mudar – eu posso ver que ela também não quer o divórcio.

– Está bem... Mas quando vamos fazer isso? Temos que estar no terceiro andar em dois minutos.

– Eu vou ligar para meu advogado e dizer que nós não vamos – eu sorri internamente, e já saquei meu celular e disquei o número do meu advogado

– E pra onde você vai me levar?

– Para nossa casa – eu tinha certeza que ela não deixaria as crianças lá, sozinhas.

Falo por cerca de dois minutos com meu advogado e depois que encerro a ligação, eu entrei no meu carro e ela entrou no dela, e ambos fomos até nossa casa.

Sem dirigir uma palavra um ao outro, nós entramos e eu fui até a cozinha para preparar-nos um chá.

– Eu nunca traí você... – eu começo, quando acabo de colocar a água na chaleira

– Eu também não – ela parece mais calma... Aberta para me ouvir

Em um ato desesperado, eu me aproximo dela e tomo os lábios dela com os meus.

E ela não me rejeita, pelo contrário, aprofunda mais o beijo. Aquele beijo que eu tanto senti falta.

– Eu não posso deixar que isso acabe – eu digo quando o beijo cessa

– Eu também não! – eu sorrio e roubo mais um beijo dela – Mas eu preciso que a gente mude...

– Vamos mudar! – eu a afirmo com certeza

– Amo você, Patrick!

– Eu também te amo, Teresa... – a chaleira começa a apitar, avisando que a água estava quente para o chá.

Nós pegamos nossas xícaras, fomos até a sala e nos sentamos no chão.

Eu passei meu braço ao redor dela, abraçando-a e inalando aquele perfume maravilhoso que ela exalava.

– Lembra como tudo começou? – eu pergunto

– De que começo está falando? De quando nos conhecemos ou quando começamos a namorar?

– De quando começamos a namorar... Da noite no sofá, quando eu te pedi em casamento.

– Sim, eu lembro... – ela ficou pensativa por um tempo – Lembra do nosso casamento?

Teresa estava linda em um vestido branco com pequenos detalhes em renda, como ela sonhara. A primeira vez que eu pousei os meus olhos sobre ela, quase fiquei sem ar. Ela andava gentilmente até o altar de braços dados com Virgil Minelli até chegarem a mim, ela soltar-se dos braços dele para se apoiar nos meus.

“Está linda!” eu sussurrei

“Você também”

Paramos em frente ao altar, e o juiz começou dizendo coisas sobre o amor e o casamento.

“...Teresa Lisbon, você aceita este homem, para amá-lo e respeitá-lo, na alegria e na tristeza, na saúde ou na doença, até que a morte os separe?” perguntou

“Aceito!” ela respondeu sorrindo

“E você, Patrick Jane, aceita esta mul-”

“Aceito!” eu o interrompo e faço todos os presentes na igreja rirem.

“Está bem...” diz o juiz sorrindo também “Então eu vos declaro, marido e mulher... Já pode beijar a noiva”

– Como eu poderia me esquecer do nosso casamento?

– Sei lá... Acho que nós estávamos tão loucos com o dia a dia que nos esquecemos quem somos.

– Acho que você tem razão. Mas esses meses que a gente passou longe me fizeram pensar, e... Nossa! Eu senti tanto a sua falta, Teresa! – eu a abraço com os dois braços, fazendo-a virar um pouco para mim.

– Eu também, Patrick... O seu travesseiro já não tem mais o seu cheiro

– Precisamos consertar isso, então – eu a beijo apaixonadamente, como se fosse a primeira e última vez.

– Espera, espera... – ela me interrompeu

– O que foi?

– Acho que devemos ir buscar as crianças e contar as novidades.

– Buscar as crianças? – eu digo um pouco desapontado – Precisamos de um tempo só para nós dois

– Que tal assim: Nós vamos lá, contamos para as crianças, e pedimos para o Virgil ficar com eles até o fim da semana? – ela sugere

– Está bem. Precisamos então pegar roupas para eles...

– Sim! – ela me interrompe

– ...E para nós também – eu continuo

– Para nós?

– Sim! Vou levar você para o Hawaii. Ainda não consigo acreditar que você sabe surfar... – eu digo e a faço rir

– Bem, então eu vou te ensinar!

– Ótimo! – eu a beijo mais uma vez antes de irmos arrumar as malas das crianças e nossas, e antes de sairmos, ligamos para nossos advogados dispensando os serviços deles, pois agora havíamos nos reconciliado...

Agora era a hora de um recomeço.

Um recomeço para nosso casamento e para a nossa família.


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Notas finais do capítulo

E então, me amam de novo?
U.U
Não deixem de comentar, please! :3
Beijinhos s2