Gypsy escrita por Arabella


Capítulo 13
Passando Mal.




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Primeiramente eu pensei que estava vendo em dobro, até porque esse é um dos sintomas da bebedeira. Mas logo depois eu me dei conta que se eu estivesse vendo em dobro eu estaria vendo dois Finns e não um Finn e uma Santana.

– Doutora Rachel, é você? – perguntou Santana em uma voz sonolenta.

Minha intenção, é claro, era correr dali o quanto antes, mas como já tinha sido descoberta, deveria pelo menos manter uma pequena conversa sóbria sobre a saúde do paciente.

– Sim, sou eu. Desculpe interromper o sono de vocês.

– O Senhor Hudson teve um pesadelo e...

– Ele está bem? – perguntei logo, indo direto ao ponto, pois tão logo quanto essa conversa terminasse eu poderia ir para casa e sair dessa situação constrangedora.

– Está. Mas ele...

– Algum problema com o braço?

– Não. Ele me pediu que...

– Bem, creio que não posso resolver os pedidos dele para você – falei resoluta – é melhor eu deixar vocês dois dormirem e amanhã de manhã eu volto.

– Mas doutora, ele me pediu que...

– Boa noite, Santana! – falei enquanto saia cambaleando do quarto.

Agora mais do que nunca estava difícil de manter o equilíbrio. Acho que fiquei abalada com a cena que vi. Não que eles estivessem em uma posição erótica nem nada do tipo, ela nem sequer estava com a perna no quadril dele como eu tinha feito na tarde anterior, mas ainda assim... Bem, eu não posso condená-lo, ela é realmente muito bonita. Morena, voluptuosa... Qualquer homem, na face da Terra iria preferir ela à uma doutorazinha meia-tigela como eu.

Entrei em meu apartamento sentindo os efeitos da ressaca precocemente. Mal estar, mundo rodando e ânsias. O mais aconselhável seria tomar um banho e ir direto para um sono revigorante. Só que tomar banho nessas condições de desequilíbrio pode ser um perigo. Depois de cinco minutos de pacificas águas rolando sob todo o meu corpo, o mundo deu uma guinada inesperada, e eu por minha vez fui parar no chão do box.

Não sei quanto tempo eu fiquei exatamente me lamuriando naquele chão molhado. Mas suponho que bastante, já que tinha muita coisa para me lamuriar. A dor e a bebedeira em primeiro lugar, que estavam tirando minha paz, além de outras coisas, como... bem, vocês sabem, cansaço do trabalho, eventuais apunhaladas pelas costas de meus pacientes... Devo aceitar que não sou mais bonita do que Santana e que ela parece ser melhor companhia na cama do que eu. Mas ainda assim... é um pouco de canalhice da parte dele estar com ela e deixar que eu durma da cama dele. Se eu fosse ela, acho que ficaria chateada...

Bem, mas felizmente (ou infelizmente) eu não sou ela, e não tenho que ficar me preocupando com os problemas do casal dorminhoco. O melhor que eu podia fazer era levantar do chão, secar minhas lágrimas e sair do banho. Feito isso a coisa não pareceu melhorar, já deitada minha cabeça ainda rodava, e toda volta que ela dava era em torno daquela cena pavorosa. Na verdade, eu nem sei por que ela me apavorou tanto... Certamente não deveria, ainda assim apavorou, e agora estava tirando meu sono.

Às oito e meia da manhã aconteceu um terremoto. Imagino que o teto tenha caído sobre minha cabeça, pois ela está doendo como se o mundo inteiro tivesse em cima dela. O barulho ensurdecedor que eu imaginei que fossem os destroços da minha casa era somente o despertador. E o mundo na minha cabeça era só mais um dos efeitos da ressaca. Eu prometo, nunca mais vou beber, ou pelo menos... Prometo nunca mais beber tequila. Sabem, eu não tenho um organismo latino para aguentar toda essa radicalidade de álcool.

E mesmo em meio a todo esse sofrimento, eu ainda tenho que trabalhar. Droga. E trabalho me lembra Finn, que me lembra Santana, que me lembra deles juntos na cama, num ninho de amor. Que também me recorda de um certo quase-beijo, que me faz pensar que essa história não tem sentido nenhum e talvez seja tudo alucinações da ressaca, mas não é.

E agora eu vou ter que ir ao apartamento dele lidar com todas essas situações simultaneamente, inclusive com o mundo que não para de girar. Fiz questão de me fazer o mais apresentável possível, assim, quando cheguei ao apartamento, era imperceptível o quão mal eu me sentia. Minha intenção era ir direto ao quarto ver se o casal ainda estava na cama, trocando carícias talvez. Entretanto, no meio do caminho a voz de Santana me interrompeu.

– Doutora Rachel, doutora Rachel! Estou fazendo o café da manhã de Finn, você pode, por favor, ver se estou indo bem?

– Quase, – respondi ao analisar a gororoba leitosa que ela me apresentava – Falta um pouco mais de aveia, e um pouco mais de leite. E também, se você quiser, pode por um pouco de canela para disfarçar o gosto terrível que isso tem.

Eu não podia ser desagradável com Santana, apesar de essa ser exatamente minha vontade, ela estava se esforçando, e não tinha culpa de nada. Devia mesmo gostar muito de Finn. Ele sim era o culpado, primeiro raspa a boca em uma e depois dorme com outra. Mesmo convalescente, não deixa de ser um canalha.

– Agora está melhor – Falei a incentivando – e só mais dois minutos no fogo e pode levar para ele.

– É melhor você fazer isso - Foi o que ela respondeu – tenho que ir ao banheiro, e além disso, ele queria falar com você ontem à noite.

Muito estranho isso, pensei enquanto observava ela correndo para o banheiro. Se eu fosse ela, ouvindo que meu amante queria falar com outra, eu ficaria com ciúmes... Ainda mais sendo essa outra uma já conhecida íntima do seu amante. Mas bem, outra vez tenho que me relembrar que não sou ela. E que se eu tivesse o corpo dela eu não precisaria ter esse tipo de insegurança. Pois bem, voltando ao que interessa, lá vou eu entregar o café da manhã para o paciente. E tentarei fazer isso o mais rápido possível.

Entrei de supetão no quarto e depositei a bandeja no colo dele. Ele assistia televisão, mas assim que eu entrei no quarto ele desligou e falou sorridente:

– Bom dia! - Eu assenti com a cabeça em sinal de “igualmente”, sendo que isso era uma mentira deslavada.

– Hmm, esse mingau até que não está tão mau.

– Foi Santana que fez. – resmunguei.

– É, acho que já estou me acostumando com essas comidas com gosto ruim – Comentou ele bem humorado ao por mais uma colherada na boca.

– Hum - foi o que eu disse, porque sinceramente, eu não tinha nada mais para comentar. A verdade é que eu não estava com vontade de falar nada, nem paciência para tecer comentários engenhosos. Francamente, eu nem queria olhar para ele. Por isso permanecia com o olhar fixo em meus pés.

– E como foi a noite de ontem? – ele perguntou, tentando fazer o simpático.

– Estupenda! – falei com um sorriso que não tenho certeza se saiu como eu queria.

– Hum – foi a vez dele comentar.

– Olha, eu vou embora – Anunciei apressada me dirigindo para a porta – tenho muitas coisas que fazer.

– Não tem não. Hoje mais cedo eu liguei para Blaime e ele deixou você passar o dia aqui. Comigo.

– Porque ele faria isso?! – perguntei ultrajada, essa era ultima coisa que eu precisava na vida. Um dia livre. Com Finn... Vê se tem cabimento?!

– Santana vai ter que ir embora – ele explicou.

– Ah, que pena! – escapuliu da minha boca antes que eu pudesse conter.

– E eu não posso ficar sozinho – ele continuou – na verdade, eu não quero ficar sozinho, além disso, nós precisamos conversar.

– Eu não tenho nada pra conversar com você – falei rapidamente enquanto tentava de todas as maneiras, me aproximar da porta. Não podia ficar ali, estava me sentindo mal, ele estava fazendo eu me sentir mal.

– Claro que temos, ou por um acaso você se esqueceu do que aconteceu aqui ontem a noite? - Quanto cinismo! Esse cara estava precisando ouvir umas verdades, e eu mesma teria o prazer de esculhambar com ele! Isso se meu estomago não insistisse e dar acrobacias perigosas para o meu bem estar.

– Com licença – foi a única coisa que eu consegui falar antes de sair correndo do quarto. Ao atravessar a sala e alcançar a porta do banheiro vi que a maçaneta estava trancada, e lembrei que Santana estava ali, e pelo barulho de água, deduzi que estava tomando banho. Merda.

Não me restava outra alternativa a não ser voltar para o quarto de Finn e usar o banheiro dele, não daria tempo de eu atravessar o corredor para chegar à minha casa sem que uma catástrofe tivesse acontecido.

– Rachel, você está bem? – ele perguntou se sentando na cama – O que houve? Você não parece nada bem! A reposta para todas essas perguntas veio logo em seguida. Com um barulho nojento. Eu vomitando.

Pois é, eu disse que eu estava passando mal.

Foram segundos de sofrimento, onde cheguei a pensar que até meu pâncreas tivesse sido cuspido para fora do meu organismo. Até que aconteceu uma coisa estranha, meu cabelo se afastou de mim.

– Você vai melhorar – falou uma voz atrás de mim, depreendi que a voz também era a salvadora do meu cabelo. Só que a voz era de Finn e ele não podia estar ali, em pé. O dever dele era ficar na cama e minha intenção era ordená-lo a fazer isso. Porém, outra onda poderosa de náuseas me assaltou.Uma mão pousou em minhas costas e permaneceu ali até eu concluir todo o processo.

– Acabou? – perguntou Finn enquanto movia sua mão sobre minhas costas.

– Acho que sim – assenti embaraçada.

– Acontece nas melhores famílias – ele disse ao me ajudar a me levantar.

– É melhor você ir para cama, você não pode fazer esforços. - Em um instante o brilho de herói de quadrinhos se apagou dos olhos dele. Ele virou as costas e voltou para a cama. Enquanto isso eu tentava recuperar minha respiração.

– Se quiser tomar um banho, fique a vontade, as toalhas ficam na gaveta debaixo do móvel da televisão. E se quiser escovar os dentes, pode usar minha escova. É a verde. - Que nojo, eu pensei com meus botões. Eu não compartilharia minha escova de dentes com uma pessoa que acabou de vomitar. Mas bem, sendo eu a pessoa que acabou de vomitar, não estou em posição de julgar as nojices alheias... Portanto, peguei a toalha e fui para o banho. Espero sinceramente que dessa vez eu não caia, muito menos que eu chore. Apesar de essa ser a minha vontade.

Durante essas 24 horas, eu já tinha passado por muita humilhação. E como se não bastasse, estava prestes a passar por mais uma. Depois de ter tomado o banho e escovado os dentes – que a propósito não me causou nenhum tipo de repulsa o fato de ter que usar a escova de Finn – pus a cabeça para fora da porta e falei:

– Finn, você pode me emprestar alguma roupa sua? Sabe, a minha ficou um pouco, er... Respingada.

– Claro – ele respondeu prontamente desviando a atenção da televisão para mim – Elas ficam na terceira porta do armário, contando da esquerda para direita.

– Teria como você pegar pra mim? É que eu estou, er... você sabe...

–Pelada – ele me completou – sim, eu sei! Mas veja bem, o que acontece é o seguinte... eu não posso fazer esforços, nem sequer levantar da cama. É uma pena, mas... São recomendações médicas. - E não houve escapatória, a solução foi eu me enrolar da melhor maneira possível na toalha e cruzar o quarto em busca de uma roupa. Tudo isso sob o ávido olhar de Finn, que nem sequer se importou em disfarçar que estava me observando.

Logo que abri o armário, a primeira coisa que percebi é que o armário tinha o exato mesmo cheiro que ele: de sabão, madeira, e homem. Que até então eu não tinha percebido que era tão característico dele.

– Aí nos cabides estão minhas blusas sociais, na primeira gaveta minhas blusas pólos, na segunda minhas cuecas e na terceira estão minhas blusas de malha, que eu suponho que seja o que você está procurando.

– Exatamente – confirmei sem dirigir nenhum olhar a ele, Deus, que situação chata.

– Então, minha querida, a única solução é você se abaixar até lá para pegá-la. - E com isso eu acho que ele quis dizer: “a única solução é você se abaixar, deixar sua toalha levantar para pegá-la”. Mas que sujeitinho mais pervertido. Como ele já tinha dito, não havia solução então tratei de ser o mais rápida possível na operação e assim que a conclui corri em direção ao banheiro para finalmente me vestir.

– Essa ficou ótima – comentou Finn quando eu atravessei o quarto, devidamente vestida.

– Porque você está dizendo isso? – perguntei desconfiada, dele eu podia esperar as piores coisas.

– Porque ela é branca, e contra luz fica transparente. - Viram? Foi o que eu disse. Mas mesmo sabendo do mau-caráter dele, não pude evitar sentir uma onda de vergonha e pudor me assaltando até o ultimo fio de cabelo e avancei com passos confusos até a terceira gaveta novamente e retirar outra camisa, preta dessa vez.

Durante minha segunda troca, ainda com as mãos trêmulas, vi que eu não tinha condições de controlar Finn sozinha. Não hoje, nesse meu estado debilitado. Então, assim que saí do banheiro perguntei a ele:

– Onde está Santana?

– Já foi embora.

– Como já foi embora? Eu não posso cuidar de você, não está vendo? Estou doente.

– É. – concordou Finn com um falso olhar de misericórdia – Pelo andar da carruagem, dessa vez vai ser eu que vou ter que cuidar de você. - Bufei me sentindo a pior das injustiçadas. Porque não me venham me dizer que havia justiça naquilo, porque não havia. Pra falar a verdade, nunca foi justo toda essa palhaçada que está acontecendo comigo nesses últimos dias.

Quer dizer, tirando a mudança de casa e supervisor, que graças, Deus ouviu minhas preces e me livrou daquela megera. É isso aí, megera. Mas do resto... Porque me esforcei tanto para me formar na NYU? Para virar babá de um executivo frio que desaba quando está com dor e chora como um bebê quanto está com fome? Para agüentar desaforos, impropérios e um tarado me vendo trocar de roupa depois de tê-lo visto na cama com a Morena Voluptuosa? Foi mesmo para isso que eu estudei seis anos, quase uma semi-vida, para realizar meus sonhos?

– Porque você não deita? – ele sugeriu, calmo, apontando para o espaço vazio ao lado dele na cama.

– Aí? – apontei.

– Porque não? É uma cama confortável...

– É, eu sei, deu pra perceber... – resmunguei sem me conter.

– O que disse?

– Você está sobre esses lençóis a semana toda! Está suja. - Ele arqueou a sobrancelha.

– Santana trocou ontem.

– Claro, Santana – rolei os olhos.

– Algum problema, Rachel? Você nunca teve cerimônia para se deitar aqui, pelo contrário, parecia até gostar... - Maldito. Vai me jogar na cara só por causa daquela vez que dormi na cama e acordei com a perna sobre o quadril dele. E a aquela outra vez que deitamos juntos e fizemos sexo por 8 horas. O que foi que eu fiz para merecer isso!

– Vou trocar o lençol. Onde fica?

– De novo? - Abaixei e abri a gaveta da cama, onde, naturalmente, ficam as roupas de cama.

– Sabe como é, tenho alergia a ácaro. Levanta.

– É mesmo necessário? Quer dizer, da outra vez...

– A não ser que você queira ficar sozinho, sem nenhuma babá por perto e me libere para ir dormir e me recuperar na minha casa, Mas como não quero ser acusada de negligência por um bebê chorando, de quase trinta anos. Que perde a compostura e se descobre o mais frágil dos homens quando está com dor, sim, é necessário. Agora levanta. - Coloquei o lençol limpo na cama e ele desabou, quase como se não aguentasse mais ficar em pé. Não o ajudei a se acomodar como fazia antes. Se ele podia dormir com uma mulher, ele podia se acomodar sozinho. Ou to errada?

– Rach... O que aconteceu? Você estava tão... acessível ontem. - Canalha, filho da mãe... O que eu não daria pra dar uma tapa na cara dele agora. - Cadê a Rachel de ontem? – ele insistiu.

– Foi embora. Junto com meu pâncreas – respondi emburrada.

– Mentira, – ele rebateu – você já estava assim antes da ânsia.

– É mesmo? – adoro fazer a desentendida!

– Rachel, porque é tão evasiva?

– E por que não cala a boca, muda de canal que eu odeio essa programa e deixa essa pobre mortal que não está se sentindo nada bem em paz? Obrigada pela compreensão. - Ele bufou. E, inusitadamente, se calou. Milagres acontecem, como eu sempre digo, até mesmo em Nova York.

Não demorou muito e eu caí no sono ao som de uma televisão baixa que sempre me acalmava e de carros cortando a avenida como sempre. Eu mergulhei num sono renovador. Aliás, tenho que confessar, essa cama só não é mais perfeita porque não é minha. Claro que com o dinheiro que esse cara tem seria muito pão duro se tivesse comprado uma cama simples como a minha.

O sono foi renovador, mas não profundo o suficiente para mandar meus sonhos para longe. E sonhar até era legal, quando não está na cama com outro, sonhando com esse outro sabendo que quando o sonho é muito intenso é muito provável que você comece a falar desesperadamente sem se dar conta disso. Era só o que me faltava, falar e murmurar bestamente o nome dele com ele ao meu lado! Senti uma mão na minha testa, fria, afastando meu cabelo do rosto. O choque passou por mim me tirando do sono.

– Hey, calma, sou eu – ele falou baixo. Claro, como saber que ele, Finn, está com a mão na minha testa fosse realmente uma coisa muito boa, né? Estou muito feliz por não ser um serial killer em potencial sobre mim -Você está suando frio – explicou – e parecia numa luta no sono. - Ai meu Deus!

– Eu falei... algo? – tinha até medo de saber a resposta.

– Nada que tenha algum sentido. - Claro, até parece que sonhar com ele tem algum sentido. - Quem mandou beber todas ontem? – disse divertido.

– Eu não bebi todas – rolei os olhos – tinha um bom tempo que não saía com meus amigos, só isso. - Por que mesmo estava me explicando para esse energúmeno se não dou satisfação nem para minha mãe? Tudo bem, eu estava passando mal, deve ser por isso mesmo.

– Não tem uma vida social, né? – deu um sorriso.

– Faço medicina – respondi em tom óbvio, porque aquilo era a causa, a conseqüência e a explicação da minha semi-vida – Saia de cima de mim. Tenho que fazer seu almoço.

– Você não está se sentindo bem. Porque não deixa isso pra lá?

– Alguma sugestão? – me sentei.

– Podemos ligar para um restaurante, um fast-food, sei lá.

– Valeu a tentativa, engraçadinho – levantei.

– Só quis ajudar, com a melhor das intenções – ele se fez de ofendido.

– É, mas como dizem, de boas intenções o inferno ta cheio.


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Notas finais do capítulo

é isso aí... tristinha com os poucos coments, mas postando pq sou mole mesmo e não tenho jeito hehehe bjinhos