Filha de Loki? Repostada escrita por Sife


Capítulo 12
Eu quero Vingança




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–- Lavinnea, a quanto tempo não te vejo. – uma voz conhecida falou, me aproximei dele com um sorriso cínico.

–- Olá, é bom te ver de novo... Malekith! – falei o fitando nos olhos.

Continua...

POV de Lavinnea

Eu tinha um plano, dias atrás, quando retornei para Asgard vi que meu querido Loki estava acompanhado de uma mocinha que agora descobri ser a filha dele. Eu tinha que fazer alguma coisa, afinal de contas eu jurei vingança e é isso mesmo que vou ter. Durante dias pensei em uma maneira, mas logo depois descobri que não conseguiria fazer isso sozinha, teria que ter um aliado para me ajudar no meu plano, como não consegui pensar em mais ninguem resolvi apelar para Malekith, claro que ele não confia em mim, isso eu sei, mas teria que pensar. Eu tenho que ser bastante convincente para enganar ele direitinho.

–- O que você quer? – perguntou ele. Sorri e me aproximei mais dele, estando agora somente a alguns metros.

–- Nossa, vai direto ao ponto não é? – dei uma risadinha – Bom, é o seguinte. Eu quero propor um acordo.

–- E que acordo seria esse? – disse desconfiado.

–- Eu quero seu exército. – falei, dando de ombros enquanto me aproximava.

–- A troco de que? E para que quer meu exército?

–- Eu quero vingança, sobre Loki.

–- E o que isso tem a ver? Por que não vai lá e o mata, se é isso que quer! – falou em um tom de voz mais alterado.

–- Eu não o quero morto, quero vê-lo sofrer, como eu sofri. Quero a filha dele.

–- Loki? Loki tem uma filha? Eu não sabia disso. – sussurrou

–- Enfim, quero seu exército para ter a minha vingança. – sorri

–- E o que eu ganho com isso?

–- Soube que esta a procura do Éter. – falei fazendo círculos ao redor dele.

–- O que você sabe?

–- Eu sei a onde ele está, e posso muito bem entregá-lo a você.

–- Não confio em você.

–- Pois deveria. Pense bem Malekith, eu terei minha vingança e você o Éter. Nós dois saímos por cima de tudo isso. - sussurrei em seu ouvido. Parei de frente para ele. – E então, o que me diz?

Ele parecia pensar sobre o assunto, mas eu sabia muito bem que lá no fundo eu havia o convencido o idiota, agora era só esperar sua resposta.

–- Eu aceito.

–- Ótima escolha, bom nos vemos em breve, não vou precisar dos elfos agora.

–- Mas... – ele falou me puxando pelo braço. – se você não me der o Éter, eu mesmo mato você Lavinnea. É melhor que isso tudo dê certo, ou você vai sofrer mais ainda do que já sofreu!

Ele afrouxou o aperto, aproveitei e puxei meu braço para fora de seu alcance.

–- Não vou falhar. – falei irritada, e sai, sumindo junto da névoa que me cercou.

(Em Asgard)

Bom, a parte do Malekith já foi, agora só falta brincar um pouco. Loki me fez sofrer e agora quem sofrerá, será ele. Ri com meu pensamento, e me sentei, encostando-me em uma árvore, sorri e me concentrei no que iria fazer.

POV de Loki

Kyra já havia ido dormir, mas eu não estava com sono, hoje o dia foi bem melhor do que os outros, ela finalmente disse que me ama e me chamou de ‘pai’. Nunca na minha vida pensei que fosse ouvir algo assim, me senti incrível, me senti amado de novo, ela era um cópia perfeita de Sigyn, o mesmo sorriso, mesmos olhos. Linda como a mãe dela.

Eu andava pelos corredores do castelo, pensando no amanha, no futuro. Como será meu futuro agora que Kyra apareceu? Meus pensamentos foram interrompidos quando ouvi um grito abafado. Era estranho, eu não sabia da onde havia vindo, talvez fosse coisa da minha cabeça, estou cansado deveria dormir.

Estava voltando para meu quarto quando escutei novamente e dessa vez eu sabia que vinha do quarto da Kyra, abri a porta e fui até ela, que estava deitada se debatendo entre as cobertas, ela murmurava algumas palavras:

–- Para.... por favor para... não.. – e novamente ele começou a gritar, estava sonhando, mas eu não conseguia acordá-la.

–- Kyra, Kyra, acorda. É só um sonho, Kyra acorda. – eu falava, mas ela não acordava, ela estava chorando e já estava toda suada.

Der repente ela soltou um grito sentando na cama, acordado rapidamente. Ela estava ofegante, tremia muito e seus olhos estavam arregalados, toquei no seu braço e ela estava gelada.

–- Kyra, Kyra me escuta olha pra mim. – coloquei minhas mãos no seu rosto fazendo com que ela olhasse para mim.

–- Foi só um sonho, não era verdade, ta tudo bem, eu estou aqui agora. – falei acariciando seu rosto. Ela começou a chorar novamente e me abraçou. Eu a abracei de volta, passando a mão pelo seus cabelos. – Shh, calma.

Ela ficou chorando por alguns minutos até que se acalmou. Ela se sentou na cama limpando as lágrimas que haviam em seu rosto.

–- Está melhor agora? – perguntei a fitando.

–- Sim.. – ela murmurou.

–- Quer mais alguma coisa?

–- Quero...

–- O que?

–- Eu sei que parece idiota, mas... eu queria que dormisse aqui comigo. – olhei para ela surpreso.

–- Já não esta meio grandinha pra isso não?

– Por favor? – ela implorou choramingando. Pensei um pouco e decidi ficar ali com ela, queria que ela se sentisse protegida que era uma coisa que obviamente ela não estava sentindo naquele momento.

–- Tudo bem, eu fico aqui. – falei, ela sorriu um pouquinho, deitando do outro lado da cama, deitei ao seu lado e fechei os olhos esperando o sono vir. Até que Kyra se aproximou deitando sua cabeça em meu peito, se encolhendo perto de mim. Eu a abracei puxando-a para mim. Ela se cobriu e sussurrou para mim.

–- Boa noite pai.

–- Boa noite... filha. – dei-lhe um beijo no topo de sua cabeça e finalmente relaxei, conseguindo dormir com Kyra em meus braços.

(Dia seguinte)

Na manha seguinte acordei com o sol que entrava pela janela, fui levantar, mas havia um pequeno braço que me abraçava me impedindo de se mover. Então me lembrei da noite anterior em que Kyra teve aquele pesadelo, mas com o que será que ela sonhou para deixá-la tão assustada? Pra falar a verdade, eu não tinha nenhuma idéia do que poderia ter sido, mas o mais curioso é que ela não acordava, parecia que tinha alguém dentro da sua mente, mas quem? Percebi Kyra se mexer, olhei para baixo encontrando dois lindos olhos azuis me fitando com uma certa tristeza.

–- Bom dia? – falei

–- É... mais ou menos. – falou desviando o olhar, olhando para um canto qualquer do quarto.

–- Kyra, posso te perguntar uma coisa?

–- Pode...

–- Com o que você sonhou ontem a noite? – perguntei, ela voltou seu olhar para mim e se sentou na cama.

–- Sonhei com a mamãe. – ela falou olhando para as suas mãos.

–- O que aconteceu no sonho? – perguntei me sentando.

–- Eu não sei bem, como aconteceu... mas, no sonho havia uma mulher. Ela era um pouco alta, trajava uma capa preta, eu não consegui ver seu rosto. – Ela fez uma pausa. – E ela estava matando minha mãe. Ela tinha uma faca e eu não conseguia me mexer, nem se quer fechar os olhos, foi horrível e por mais que eu tente acho que nunca mais vou me esquecer desse sonho, eu queria tanto ajudar, fazer com que ela parasse, era uma tortura que não tinha fim, até que finalmente consegui fechar os olhos e acordar.

–- Mas agora ta tudo bem, ta? – ela balançou a cabeça em concordância - Vem vamos tomar o café da manha. – dei um sorriso tentando animá-la, mas não parecia ser o suficiente. Durante o café da manha eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser o misterioso sonho da Kyra, eu ainda achava que era alguém que havia entrado em sua mente, mas não conseguia descobrir quem.

***

Eu estava no jardim, Kyra estava em seu quarto lendo. Eu ainda pensava sobre o sonho. Até que senti uma leve dor de cabeça, como se alguém quisesse se comunicar comigo. Decidi deixar para descobrir quem era.

–- Vem comigo... Você não vem?... Quero te ver... Sinto saudades... – As palavras começaram a escoar na minha cabeça.

–- Aonde você esta? – perguntei

–- Na floresta... Vem aqui... Vamos conversar... – as palavras vinham como um sussurro e a voz me era familiar, feminina, mas não totalmente reconhecível.

Me levantei ainda um pouco hesitante e comecei a caminha até a floresta, fiz uma ilusão me transformando em um guarda e sai normalmente do castelo, chegando até a floresta deixei que meus instintos me guiassem, nisso acabei chegando em um lugar mais afastado, sombrio, havia uma névoa no local. Olhei para os lados a espera da misteriosa pessoa que me chamou até aqui.

–- Olá meu amor. – disse a voz de uma mulher atrás de mim. Me virei para confirmar minhas suspeitas.

–- Lavinnea. – falei com um certo desgosto. – O que faz aqui?

–- Como assim? Eu voltei para você meu amor, vem vamos fugir juntos. – ela falou com um sorriso sínico pegando minha mão e me puxando em direção á uma trilha.

–- Me solta! – falei puxando minha mão, ela parou e me olhou ainda com aquele sorriso que eu tanto odiava. – Eu não tenho mais nada a ver com você. O que você quer? Vamos Lavinnea, fale!

Ela começou a rir feito uma louca.

–- Você não muda mesmo não é? Eu acho que está ficando velho Loki, ou não se lembra do último dia em que nos vimos? Que eu disse “Eu quero vingança” – falou fazendo aspas com os dedos – Então, não é obvio o que vim fazer aqui?

Eu ia falar quando ela me interrompeu...

–- A sua filha... hm, como é o nome dela mesmo? Ah sim, Kyra. Ela é linda, iria ser uma pena se algo acontecesse á ela, você não acha? – ela falou rindo mais ainda.

–- Não chegue perto dela, nem se quer encoste na Kyra! – gritei e corri para perto dela, mas quando fui pegá-la pelo pescoço percebi que era uma ilusão.

–- Você não é o único que sabe criar ilusões e enquanto a não tocar na sua filha... – ela deu de ombros – Tarde de mais – sorriu desaparecendo junto com a névoa, meus olhos arregalaram e saí correndo para o castelo, estava desesperado, justo agora que eu tinha Kyra eu não queria perdê-la, não podia me tele-transportar pois não tinha magia suficiente para tal feito. Mas de uma coisa eu sabia, eu tinha que salvar a minha filha.

Continua...


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