Hermione abaixou a cabeça quando um dos homens de Valashei se aproximou dela. No aposento, um dos lobbies do belíssimo Ministério da Bulgária, haviam 32 reféns. Krum, o próprio ministro, estava ao seu lado. Ele estava desnorteado. Havia sido atingido com um feitiço. Da têmpora direita, um fio de sangue escorria pelo rosto e pingava pelo queixo, criando uma grande mancha vermelha em seu robe de cor azul clara.

– Precisamos estancar esse sangue, Victor! – falou Hermione, tirando o lenço rosa que estava em seu pescoço para colocar sobre o ferimento de Krum. – Victor?

Krum parecia completamente fora de si.

Hermione olhou ao redor. Havia mais de vinte homens com estranhos robes verde-escuro. empunhando varinhas mágicas. Mas Hermione sabia que havia muito mais nos outros aposentos para um ataque daquela magnitude. Sabia que era Valashei que estava por trás daquilo pois foi ele quem atacou Krum na sala do Ministro e desarmou Hermione. Foi tudo muito rápido. Quando o alarme de invasão soou, Hermione mandou uma coruja para Harry para avisar que estava sendo atacados, mas sua coruja jamais retornou, então não sabia se seu amigo e chefe tinha conhecimento do ocorrido. E isso era muito ruim, pois Valashei tinha uma grande equipe tática na Bulgária e era uma ameaça constante. Era por causa de Valashei que Krum havia chamado Hermione. Infelizmente, antes que pudesse tomar alguma frente para acabar com o poder de Valashei, o inescrupuloso poçólogo agira na sua frente.

– O Ministro precisa de ajuda! – disse Hermione, para um dos homens de Valashei.

– Eu o atingi com o Sectusempra. Ele vai sangrar até a morte, minha querida Granger. – disse Valashei que havia entrado no recinto sem que Hermione houvesse se dado conta. Hermione fez uma cara de nojo ao contemplar o rosto de Valashei. Ele estava careca. Tinha uma das faces completamente retorcidas com cicatrizes de queimaduras e um dos olhos era mágico, como o olho do já-falecido Moody.

– Por que está fazendo isso? – perguntou Hermione, tentando apelar para o bom senso. – Krum não fez nada a você. Não era ele o Ministro em questão quando sua esposa morreu. Se está tentando se vingar...

– Não estou tentando me vingar. – falou Valashei, com um sorriso retorcido – Só estou tentando eliminar a concorrência.

– Krum é um homem bom. Não é seu concorrente.

– Não é dele que estou falando, querida amiga. – falou Valashei com um tom estranho na voz. – Acontece que sou um homem que gostou de ter poder e que gostou de machucar em vez de ajudar pessoa como o velho Valashei era. Meu negócio é poder, agora, um poder como você jamais poderia imaginar. Não é só a Bulgária que eu controlo. Meu poder se estende por toda a Europa. Só há um homem no mundo que ainda me afronta e que ameaça meu poderio. E esse alguém é... DRACO MALFOY. Esse ataque é uma isca e quando Malfoy chegar aqui, eu vou capturá-lo, torturá-lo e matá-lo.

Hermione sorriu sarcasticamente, tentando provocar Valashei.

– Você é louco! O que faz pensar que Malfoy viria até aqui. Eu tenho perseguido Draco há anos e ele sempre foge, sempre dá um jeitinho de escapar. E só se importa com o próprio nariz.

– E aí que se engana... – disse Valashei, retribuindo o sorriso. – Ele virá... virá por você! Para libertar a mulher que ele ama...

– Por mim? – falou Hermione, sem entender nada. – Será que não me ouviu. Eu persigo Draco há anos. Ele sempre me detestou e com certeza deve estar rindo muito da minha situação, agradecendo a você o favor de me matar.

– Isso nós veremos, garotinha... isso nós veremos.