O resgate de Hermione escrita por Angel Black


Capítulo 2
Capítulo 2




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Malfoy de repente pareceu mais pálido do que o comum e se revirou na cadeira.

– Granger está entre os reféns? – perguntou Malfoy parecendo interessado.

Harry se espantou. Quando disse o nome de Hermione, fê-lo no sentido de suscitar alguma simpatia. Embora sempre houvesse animosidade entre Malfoy e Hermione, ela fora sua colega de classe. Isso poderia despertar uma mínima compaixão por parte de Draco. O que Malfoy demonstrava, no entanto, era interesse genuíno.

– Está sim.. até onde sei. – respondeu Harry, preocupado. – Mas perdi o contato com ela. Ela estava em uma reunião com o próprio Krum quando o Ministério foi tomado. Ela me mandou uma mensagem por sua coruja. Mandei a mensagem de volta, mas a coruja jamais retornou.

– Sabe quem está por trás desse ataque? - perguntou Malfoy, tirando o charuto da boca e procurando uma folha de pergaminho no robe de bruxo para fazer alguns rabiscos.

– Minha equipe de inteligência conseguiu uma imagem. – disse Harry colocando uma fotografia na mesa, empurrando-a na direção de Malfoy. – É Eric Valashei

Malfoy arregalou os olhos e piscou-os. Com um aceno de cabeça, mandou as mulheres ao seu redor embora. Elas se afastaram enquanto ele pegava a fotografia e aproximava dos olhos, depois anotou alguma coisa no pergaminho.

– É Valashei mesmo! –disse Malfoy, parecendo subitamente nervoso. – Isso não é bom, Potter.

– É por isso que estou aqui. Deram-me a informação de que você já esteve em combate com ele.

– Não foi bem um combate – Explicou Malfoy. – Ele foi meu fornecedor por muito tempo. Valashei era um excelente poçologo. Trabalhava para o Ministério da Bulgária numa invenção: Uma poção explosiva chamada de fogo ardente. O ministro da época colocou muita pressão sobre ele. Ele ficou nervoso e imprudente. Aconteceu uma grande explosão no laboratório e a mulher dele morreu nessa história. Valashei ficou um ano no hospital e quando saiu passou a trabalhar com contrabando: exportando ervas proibidas e uma poção chamada Cruzarium que ele mesmo criou. Ela simula o feitiço CRUCIS, mas o efeito é muito pior. A dor persiste por horas e horas. Eu mesmo já encomendei um carregamento dessa poção. Foi aí que tivemos nosso pequeno embate. Ele queria cobrar um preço muito maior do que havíamos combinado. Eu revidei, nós lutamos. O desgraçado me roubou o dinheiro e o carregamento. Desde então, evitei de fazer negócio com ele.

–E para que você queria um carregamento de Cruzarium? – perguntou Harry, horrorizado – Deixe pra lá... eu nem quero saber. Só quero saber se você vai me ajudar.

– E o que eu ganho com isso? – perguntou Malfoy, com um sorriso sarcástico. – Você sabe muito bem que Granger e eu nunca fomos bons amigos e eu não me importaria nem um pouquinho de ver Krum morto e enterrado. Eu não sou um bom samaritano, Potter.

– O que você quer? Você sabe que o Departamento não tem dinheiro...

– Eu não quero o seu dinheiro... tenho o meu que é muito mais do que todo o Ministério da Magia da Inglaterra e da Bulgária tem juntos.

– O que quer então...? – perguntou Harry, odiando aquele acordo com o próprio Diabo. Se não fosse por Hermione, Harry não se arriscaria com Malfoy. Mas sabia que se alguém poderia resgatar Hermione e o Ministério da Magia da Bulgária, esse alguém era Malfoy.

– Tenho vivido como um bandido nos últimos anos. Fugindo de perseguições do Maldito Departamento de Auror, fugindo de Dementadores que querem me arrastar para Azkaban novamente. Granger foi uma das auroras que tem me perseguido, incansavelmente e isso já está me irritando. Quero imunidade completa. Quero que a minha ficha fique limpa. Que eu possa ir e vir sem que ninguém me impeça.

– Não posso fazer isso, Malfoy. Seus negócios são ilícitos. Você contrabandeia poções, ervas e todo tipo de artefato que é imperdoável. E há mais de dez assassinatos atribuídos a você. Você foi condenado em um Tribunal a passar quarenta anos em Azkaban. A sua sorte foi ter fugido. Não dá pra fazer tudo isso simplesmente desaparecer.

Malfoy permaneceu impassível:

– Meus pêsames aos Grangers! – disse Malfoy, com um pequeno sorrisinho no canto dos lábios.

– Está bem, Malfoy – disse Harry vencido. Malfoy sabia que Harry não tinha chance sem ele e estava usufruindo dessa oportunidade. – Mas preciso que o Ministro aprove.

– Snape vai aprovar – disse Malfoy, colocando o pergaminho com seus rabiscos no bolso do robe e erguendo-se da mesa. – Enquanto isso, vou fazer os preparativos, precisamos partir o mais rápido possível .

– Certo – disse Harry, erguendo-se também. – Eu vou ver Snape e retornarei aqui para partirmos. Mas precisamos pensar numa maneira de viajarmos para a Bulgária. As chaves de portal estão sendo monitoradas pela equipe de Valashei. Já perdi duas equipes que tentaram viajar dessa forma e pó de flu é inviável...

– Eu só viajo com o meu jato. – falou Malfoy num tom de desdém.

– Jato? – perguntou Harry, abismado.

– Não faça essa cara. É um jatinho mágico. Gastei muitos milhões nele, mas vale a pena quando se tem um negócio como o meu. Agora vá, Potter, não podemos perder nem mais um minuto.


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