Amélia Narrando

Estava no carro com meu pai, Grazy, Mally e Cedrico. Eu não parava de sorrir, e como estava de noite, eu amo noites, eu contava estrelas... Grazy, Cedrico e Mally olhavam para a grande Londres espantados, de forma boa, eles estavam encantados, e para mim era só como eu via todos os dias.

Eu e Draco se despedimos na estação, é claro que os pais deles não sabem de nosso namoro, vocês acham que eles aceitariam? Rá-rá, tá de brincadeira. Os pais de Draco não sabem e nem imaginam, quem eu sou.

Ri com meus pensamentos e balancei a cabeça, que caiu em cima do ombro de Grazy, que riu. Olhei fixamente para o espelho de retrovisor, e logo desejei meu cabelo de uma outra forma. Logo ele virou, azul, nas pontas... Me surpreendi em parte, mas eu já não desconfio tanto, estou começando a desconfiar que meu cabelo é bipolar.

– Chegamos! – Meu pai falou em frente a casa.

Todos olharam pela janela, inclusive eu... Estava em casa, novamente! Meu pai estacionou o carro na garagem, e todos nós saímos. Pegamos nossas malas, e meu pai foi andando para abrir a porta de casa. Olhei para o jardim, minha mãe costumava cuidar daqui, agora ele só é grama.

– Mãe... – Senti uma lágrima cair.

Lembro-me de quando eu saía e ia as casa dos meus amigos e depois de um tempo voltava com eles, ela sempre nos recebia com bolo. Agora não.

– Ei, não é hora pra chorar, amor... Se acalma. – Falou Grazy docilmente.

Balancei a cabeça em sim, e segui em frente.

[...]

Dividimos assim: Mally ficaria comigo, no meu quarto. E Cedrico e Grazy ficariam no quarto de hóspedes.

Já falei para Cedrico, se ele tentar alguma coisa... Rum! Eu vou bater nele com um taco de golfe.

Mally estava arrumando suas coisas em uma cômoda, e eu estava deitada na cama, olhando para o teto.

– Nossa Amélia, o que acontece? Ah, e desde quando teu cabelo é azul? – Perguntou Mally.

– Credo, nada. Ah sei lá, olha eu tenho que te mostrar uma coisa, ok? – Falei séria.

– Tá, tá – Falou.

Era sobre meu cabelo, eu acabei descobrindo que posso deixa-lo de qualquer cor. Pensei em cor vermelha e ele logo virou vermelho; Mally se espantou e soltou um ''UMA WEASLEY FALSIFICADA'' E eu ri. Pensei em várias outras cores e logo depois escolhi loiro, meu cabelo virou loiro novamente.

– Ai Mia, deixa assim! Você fica tão linda loira! – Berrou rindo.

– Ai tá – Falei rindo.

Depois de algum tempinho, eu coloquei uma blusa preta sem mangas, uma calça jeans e amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo. Coloquei algumas pulseiras, e fica descalça. Mally estava vestida em um short jeans, uma blusa regata e uma sapatilha.

Descemos, e vimos Grazy e Cedrico no sofá; Grazy vestia um vestido azul marinho claro rodadinho com o cabelo em um coque, já Cedrico vestia uma bermuda e uma camiseta branca, com os cabelos bagunçados.

Eu e Mally caímos nos dois (Uma cena muito engraçada).

– Gente, eu tô com fome - Grazy falou passando a mão na barriga.

– PAIÊEEEEEEEEEEEEEEEE - Gritei.

Meu pai veio correndo com um avental de cozinha e luvas nas mãos; vi Cedrico e Grazy caírem do sofá de tanto rir e eu e Mally roda no sofá de tanto rir.

– Ai, Amélia... O que foi? Eu estava preparando o jantar... – Meu pai falou.

– O senhor sabe cozinhar? – Grazy falou; meu deus, essa menina é esfomeada.

– SABE SIM, GRAZY! PAI, É LASANHA DE FRANGLO? – Eu falei quase gritando de alegria.

– Mê - meu pai me chamava assim – quando você vai aprender que é franGO? E sim, eu irei fazer lasanha.

Todos gritamos. Vi que a sala de estar já tinha a árvore de natal... Meu pai está se esforçando.

– Gente, eu tô com fome - Grazy falou.

– CEDRICO? – Mally gritou, e Cedrico que via tv logo se assustou – BEIJA TUA NAMORADA, QUE ELA TÁ NECESSITADA!

...

Grazy e Cedrico quase se comiam na minha frente e na de Mally.

...

...

– TÁ BOM, NÉ – gritei.

eles riram, logo meu pai chamou para jantarmos.

[...]

Havia se passado alguns dias, e hoje era noite de Natal! Minha família iria vir, e todos estavam lá em baixo, e eu aqui me arrumando.

– Loiro avermelhado – Falei, e logo meu cabelo ficou loiro avermelhado.

Coloquei uma vestido azul escuro curto, deixei meus cabelos soltos e passei um batom vermelho nos lábios.

Descendo a escada, eu logo vi a multidão de pessoas, e tais virarão-se para me ver. Eu não me senti chique, eu estava simples e ao mesmo tempo bonita.

Estávamos fazendo um brinde, e me pediram para falar algumas palavras... Desajeitada, eu peguei um copo com um tanto de vinho.

– Então... Eu não sei bem o que dizer, mas eu desejo a todos um feliz natal... E eu também quero dizer, que este é o primeiro natal sem minha mãe – eu deixei cair algumas lágrimas – Mas, está sendo perfeito, obrigada a todos. Um feliz natal.

Bebi o líquido, ele desceu pela minha garganta quase queimando. Fui me sentar no sofá ao lado da árvore de natal.

Vi meu primo Jhon, uma criança de apenas 1 ano e alguns meses, vir se aproximar de mim.

Ele chegou meio desajeitado, e me olhou.

– Oi, Jhon – Falei dócil.

Ele deu um sorriso lindo, e pôs suas pequenas mãos em cima das minhas, e me olhou.

– Sorria.

Aquilo foi tão bom de se receber, e eu logo sorrir... A pequena criança foi embora, e me deixou sorrindo igual a uma boba.

– HORA DOS PRESENTES!!! – Escutei meu pai gritar.

AMO PRESENTES!!!

Todos estávamos reunidos na sala, e tinha presente pra todo mundo. Procurei meu presente, e achei 5 presentes.

– MÊ, MOSTRA SEUS PRESENTES! – Pai gritou.

Vi as embalagens, e abri um rosa em um laço amarelo. Abri o pequeno pacote, e logo vi o que tinha dentro, uma sapatilha maravilhosa! Olhei o cartão e era da Mally. A abracei, e logo dei meu presente que iria dá a ela, a ela.

Abri o outro, em uma embalagem azul e preta. Abri-o, e dentro tinha uma bandana! Vi o cartão e era de Grazy! Ah, era linda... A abracei, e lgo dei meu presente que iria dá a ela, a ela.

Abri o outro, uma embalagem roxa em detalhes pretos. Abri a caixa, e dentro tinha um caderno lindo! Era de Cedrico, o abracei e dei meu presente que iria dá a ele, para ele.

Abri o que tenho certeza que é de meu pai, e vi um pequeno porta-retrato, era eu e meu pai. O abracei, e dei o presente que comprei para ele, para ele.

O último foi o que me chamou mais atenção.. Era em uma embalagem muito chique, luxuosa, eu diria... O laço era preto em detalhes cinzas, e a caixa é verde... Abri a caixa, e vi um anel, peguei o anel, e o pingente do anel é uma serpente... Tinha um papel, li e vi escrito ''Eu sinto sua falta, amor.'' E assinado é um ''D. M'' Awn, eu não acredito que ele fez isso. Eu o amo tanto.

– Ele é tão perfeito... – Falei.

– ELE? – Todo mundo gritou, menos Grazy, Mally e Cedrico.

Eu ri e balancei a cabeça. Coloquei o anel, e dei um sorriso de orelha a orelha. Ele é tudo para mim, ele me dá um amor, que ninguém nunca foi capaz de dá. Balancei a cabeça.

Depois de algum tempo, todos nós iríamos dançar, era uma tradição da minha família, estranho, não? Nós somos estranhos.

– Hoje, eu queria que a Amélia cantasse - Minha tia falou...

AI MEU DEUS, PORQUE DEUS? GRAZY TÁ ME OLHANDO RINDO, AI MEU DEUS, PELA AMOR DE DEUS.

– AMÉLIA, AMÉLIA, AMÉLIA – Todos começaram a cantar em coro.

No fim, eu tive que cantar... Cheguei perto do pequeno batente, e subi. Peguei o violão ao lado, e comecei a cantar uma música que eu lembrei.

– Então me acorde quando tudo acabar. Quando eu sou mais sábia e eu sou mais velha. Todo esse tempo eu estava me achando e eu não sabia que eu estava perdida – Cantei (N/A: Eu coloquei em português, mas se quiserem ouvir: Wake Me Up (Cover) - Pixie Lott.)

Todos aplaudiram, e eu fiquei muito corada, e saí.

[...]

A festa tinha acabado, e eu já estava de pijama. Mally dormia no colchão, e eu acordada. Me levantei da cama, e me sentei na cadeira em frente a cabeceira. Encarei o espelho, me olhei. Eu senti uma coisa estranha dentro de mim.

Vi um turvo preto, e virei minha cabeça e nada vi. Encarei o espelho novamente, com mais raiva. Fechei meus punhos, e mirei meus olhos no vaso de flores na cabaceira.

O vaso se quebrou, tomei um grande susto. Fechei meu punho novamente, só que com mais delicadeza, e todos os vidros haviam sumido. Vi as flores no vaso, as flores estavam murchas, sendo que quase agora estavam normais. Balancei minha cabeça negativamente. Não, não, não...

Comecei a andar no quarto, e pisei nas flores, meu pé acabou sendo furado pelos espinhos. Uma boa oportunidade...

Sentei em uma cadeira, coloquei meu pé em cima de meu joelho, e mirei minha mão, especificamente punhos, e pensei ''pare de sangrar'' e logo parou de sangrar, mas não só isso... Meu pé estava em nenhuma arranhãozinho.

Eu caí da cadeira, e no chão tinha um vaso de vidro e eu caí em cima dele. Minha visão tornou-se turva, e eu não vi nada.

– Taylor, minha querida, porque não avisou que estava grávida? Há 14 anos, não? – Falou uma voz tenebrosa.

Vi minha mãe, Taylor, se tremendo e no chão de seu quarto.

– Tom... – Falou chorando.

– Sim, querida? – Riu maldosamente – Ah, e porque fingi não ser uma bruxa? Viraste uma mentirosa! Como eu pude se apaixonar por um ser como você.

– Tom... Lord, eu imploro. Por Merlin, você me amou. – Falou minha mãe chorando.

– Amei. Avada Kedavra. – Falou depressivo.

Vi minha mãe caída no chão, sem reação.

– Você nunca fora um desperdício.. Fará falta... Pegarei minha filha de volta – Falou.

– MÃEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE – Gritei.