Sua vida não andava fácil. Era cada vez mais comum simplesmente “capotar” por aí e restava para seus amigos e familiares a tarefa de escoltar seu corpo desacordado até um lugar seguro.

E Yato? O cara que supostamente deveria ser um poderoso deus às vezes até ria; longe de encontrar uma solução plausível para seu problema, ele continuava a envolvendo em enrascadas.

Mas se perguntassem se ela o detestava, jamais diria que sim; era justamente o contrário. Ela diria que ele era um amigo... embora sua importância não fosse exatamente essa – a garota sabia que ele havia se tornado fundamental em seus dias, mas ainda era imatura demais para saber o quanto. Estava pelo menos disposta a aguentar aquilo contanto que nunca voltasse a esquecê-lo.

Seus outros novos e engraçados amigos também eram importantes: Yukine, Kofuku, Daikoku, Tenjin, Mayu... ela adorava todos. Mas o deus desleixado e com um cachecol feio insistia em brilhar mais, eu dominar seus pensamentos e lhe prender pelo cheiro.

Yato era especial.

Não sabia quando sua vida poderia voltar a correr perigo ou quando alguém a atacaria para atingir Yato, pois ele era um deus da calamidade e ninguém assim vive tanto tempo sem fazer poderosos inimigos; mas a garota não sentia medo ou inquietações, pois sabia que ele estaria lá por ela, não importando o que fosse.

Jamais os esqueceria, jamais deixaria qualquer um deles ir e não se importava de cair mais fundo no poço perigoso que era a vida daqueles que conheciam os dois mundos.

Porque no fim das contas, ela veria Yato sorrir e tudo valeria a pena.