Mais um dia de colégio. Saco! Vocês podem me achar estranha mas o que eu menos gosto na minha vida escolar, não são as aulas intermináveis ou meus professores com mania de superioridade , mas sim a hora do intervalo. A hora que você percebe que é uma grande merda, que tem que admitir a si mesma que é inferior a um certo grupo de alunos, que nunca chegara lá, não é suficientemente boa. Não é suficientemente boa. Não é suficiente... Nunca foi, e... Nunca será, pois você é quem é, e não pode mudar tal fato... ‘Oh Sakura! O que você esta fazendo ai olhando pro nada, o sinal bateu vamos comer” Hinata... Sempre tão receptiva e amável... No começo achava que tanta bondade era índice de falsidade, mas ao longo dos anos ela havia me provado que não “Já estou indo Hina” Ela agarrou minha mão e me forçou a sair da sala.

Tudo na mesma, os alunos sentados nas mesas redondas de uma madeira rústica conversando de bocas cheias, flertando uns com os outros, gritando. No gramado casais se agarrando sem o menor pudor. E como se a luz estive-se focalizada em uma só mesa um grupo se destacava. Os populares... “Mocinha eu não vou repetir, pão de queijo ou coxinha?!” Aquela mulher da cantina era sem duvida um ser desprazível com aquela voz mais do que ridícula e aquele temperamento insuportável “ Pão de queijo, porfavor” Ela pressiono o pão de queijo com tanta força na minha mão... “Bem aqui, PROXIMO!” Ela gritou bem alto olhando nos meus olhos e indicando com a mão o próximo. Mulherzinha mal  amada.

Fui me sentar em uma das mesas vagas com aquele progeto de pão de queijo em mãos “Aqui não Sakura, vamos sentar naquela ali” Hinata me disse apontando para uma mesa próxima  da A Mesa, se é que me entende “Não Hina, essa mesa ta perfeita, vamos ficar aqui” Ela fez uma carinha de coitada que não pude resistir e pude me sentir guiada pela mão de Hinata para a tal mesa.

Sentamos na mesa e já pude vislumbrar a visão, da a mesa, do o grupo, do o cara, afinal de contas não foi tão ruim ficar aqui nessa mesa “ Oi Sakura!” tudo estava tão perfeito, perfeito de mais pra ser verdade “Oi, Lee” ele era o oposto da tia da cantina, mas isso não significa coisa boa não... Os dois são extremos! Ele um bobo alegre que acha que a vida é bela, acredita que tem futuro na vida e sente um amor quase doentio pelo professor de educação física e... E... E... E por mim... Já a tia da cantina... Bom, mulherzinha mal amada, que não ama ninguém, acha a vida uma bosta, uma grossa e aparentemente me odeia. “Posso me sentar com vocês minha flor?” Quem deu toda essa intimidade pra esse ser de sobrancelhas grossas? “Claro Lee” eu não ouvi isso... A Hinata falou claro? “Hinata...” murmurei em tom de reprovação e ela como sempre só me deu um sorriso amplo que mostrava todos seus dentes perfeitos em um branco quase cegante “Obrigada Hinata” Lee agradeceu, sentou se do meu lado fazendo que sua perna roçace na minha. Que nojo. Tentei me afastar delicadamente, e quando fui dar a minha primeira dentada no pão-de-queijo-borracha senti ser observada, levantei meus olhos e me deparei com o escuro.