Just for love escrita por Miss Nightshade


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi o/. Finalmente eu consegui um capítulo maior pra vocês, espero que gostem. LayHerondale obrigada por comentar sempre, você é muito diva ^^ e boa leitura pra todos vocês.



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Ás sete e meia em ponto Sebastian já tinha descido e estava seguindo pra cozinha.

Chegou lá e viu que Mariana já estava preparando algo em uma panela de fritura.

– O que está fazendo?

– Frango a parmegiana. Ainda vai demorar um pouco pra ficar pronto.

– Precisa de alguma ajuda?-Falou sem pensar, é claro que ele não fazia ideia de como ajudar alguém, muito menos na cozinha.

– Você pode fazer o molho.

– Certo, como se faz isso?

– Ali – Ele olhou pra onde ela estava apontando e viu um grande livro de receitas sobre a bancada de granito – Página 437

– Você sabe onde estão todas as receitas? – Perguntou ele indo na direção do livro

– Só as que eu uso mais.

Sebastian abriu na página indicada e viu a receita:

Molho de tomate caseiro

Ingredientes:

1kg de tomates maduros;

4 colheres (sopa) de azeite;

1 cebola bem picada;

4 dentes de alho bem picados;

Pimenta do reino;

Sal;

1 colher (sobremesa) de nós moscada (opcional);

1 colher (sobremesa) de páprica doce (opcional);

1 colher (sobremesa) de açafrão (opcional);

–Vai usar todos os opcionais?

–Sim, está tudo lá atrás – Indicou com a cabeça um corredor escuro no outro lado da cozinha - Na dispensa.

Ele seguiu pro tal corredor, e acabou descobrindo que não era um simples corredor, era a dispensa em si, quase do tamanho de um closet. Foi pegando tudo o que estava a lista de ingredientes, menos a cebola o alho o sal e a pimenta, que já se encontravam na cozinha.

Quando voltou com tudo o que precisava, Mariana disse que ele encontraria as panelas e os potes de que iria precisar no armário embaixo da bancada. E os talheres e utensílios estavam nas gavetas ao lado. Ele pegou a panela e deixou água fervendo, em seguida foi procurar uma faca na gaveta, percebeu que toda a louça que ali se encontrava era da mesma prata do garfo que Mariana o dera mais cedo.

– Tudo por aqui é de prata? – Perguntou, só pra tentar puxar assunto, por mais que detestasse admitir, odiava a solidão, e ter alguém tão perto sem conversar parecia um desperdício.

– Os Silversmith são uma família tradicional e a maioria dos objetos são passados pelas gerações, então sim, tudo por aqui é de prata ou outro material igualmente caro e tem pelo menos trezentos anos – Ela não disse isso com um ar arrogante, ou orgulhoso, parecia mais que queria dizer “Eles podiam pelo menos se dignar a trocar os enfeites de vez em quando”. Mas não foi isso que chamou a atenção de Sebastian. Ele olhou pra Mariana, olhou de verdade os longos e cacheados cabelos negros, os olhos verdes quase fluorescentes e a pele levemente bronzeada, e foi só quando ela olhou de volta e perguntou “o que foi?” que ele percebeu que a estava encarando.

– Você não parece ser Europeia. – Disse finalmente o que estava lhe intrigando desde que ela revelara que era coordenadora do instituto de Dublin.

–Eu não sou, sou de Miami. Minha família morava lá quando Spencer era pequeno e minha mãe estava grávida de mim. Mas quando meus avôs e meu tio morreram na ascensão o instituto não podia ficar vazio, então nós viemos pra cá. Mas bem observado.

–É meio raro as coisas passarem despercebidas pra mim.

–Parabéns, quer uma balinha?

–Você não consegue ficar muito tempo sem ser grossa não é?

–Novamente boa observação, agora são duas balinhas. – Respondeu Mariana tirando os últimos dois peitos de frango da panela já desligada e colocando-os na travessa de vidro que estava ao lado do fogão. – O molho está pronto?

–Está.

–Ótimo, pegue o queijo pra mim.

Ele se encaminhou a geladeira e tirou de lá o queijo, quando se virou, Mariana já estava despejando o molho no frango, ela arrumou o queijo e em seguida colocou a travessa no forno.

Eles se sentaram na pequena mesa de duas cadeiras que havia na cozinha e ficaram se encarando.

Depois de alguns segundos nesse silêncio constrangedor, Sebastian foi o primeiro a se pronunciar:

– O sei irmão volta quando?

– Não sei, provavelmente em menos de uma semana.

– E o que ele vai pensar quando descobrir que você esta abrigando um assassino procurado?

– Provavelmente o que ele já pensa, que eu sou uma sociopata que precisa ir para algum internato mundano.

– Vocês não se dão muito bem?

– Nem um pouco.

– Típico.

– Você e sua irmã também não se dão bem?

Ele teve que se esforçar para segurar a expressão indiferente, “Não se dar bem” não era exatamente adequado pra situação dele e de Clarissa.

– Agente não se suporta.

– É melhor.

– Por quê?

– Porque assim você tem menos uma aliada poderosa.

– Não se preocupe, a maioria dos meus aliados deve ter morrido na última batalha, se não todos.

– O sétimo sítio sagrado. Sabe, eu estava indo pra lá quando te encontrei

– Estava? Por quê?

– A clave me notificou sobre o que estava acontecendo, por causa da proximidade daqui do instituto, e eu resolvi ir até lá, pro caso de poder fazer alguma coisa.

– Você simplesmente ouviu que estava havendo uma invasão demoníaca perto da sua casa e resolveu ir até lá? Ficou louca? Estava querendo morrer?

– A morta não é uma coisa muito distante de caçador de sombras, e eu tenho certeza de que seria melhor ir até ajudar e morrer tentando do que ficar aqui esperando alguma coisa mais urgente acontecer.

Sebastian balançou a cabeça. Não entendia como alguém podia simplesmente tentar se matar pra ajudar a corrupta clave e parecer indiferente a isso

– Você é louca.

– Ou – Disse ela se levantando e indo até o fogão. – Talvez você nunca tenha se deparado com uma visão diferente da sua, não diretamente. Estou certa? – Ela havia posto a travessa na mesa e ido pegar os pratos e talheres de prata.

–Está – Ela sorriu.

–Então, chega desse assunto. Agora me diga o que acha da sua primeira refeição de verdade em dias.

– Considerando o que você acabou de falar, qualquer refeição estaria ótima, até uma preparada por Isabelle.

Mariana franziu o cenho.

– Quem?

– Esqueça, mas você cozinha bem.

– Nada que eu já não soubesse, é claro.

E assim, conversando naturalmente, os dois continuaram o jantar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem comentários, por favor. A partir daqui as coisas ficam mais interessantes na minha opinião. Queria pedir pra que vocês recomendem a fic, isso me deixaria muito feliz. Kisses and hugs