Just for love escrita por Miss Nightshade


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

É minha primeira fic, espero que gostem.



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Sebastian estava tonto, exausto e machucado, não conseguia distinguir muito bem o que via, cambaleava sem rumo exato, só queria escapar das mãos da clave. Seus soldados o deram um tempo precioso, mas escapar da batalha quase custou sua vida.

Ele não tinha chegado longe, o sétimo sítio sagrado ficava surpreendentemente próximo da civilização mundana, nesse momento ele caminhava pelas ruas de Dublin, não era notado pelos mundanos, pelo visto a marca de invisibilidade continuava em perfeito estado... Foi então que viu, no meio da multidão, uma garota fazer uma careta de incredulidade, reparou em seus braços, eles tinham cicatrizes Ótimo pensou Uma nephilim. Agora é apenas uma questão de tempo até eu ser entregue á clave e...

Não terminou seu devaneio, pois nesse instante, suas dores se tornaram insuportáveis, seus joelhos cederam e ele apagou no instante em que a garota, que agora corria em sua direção o alcançou.

Quando acordou, não estava mais na rua, estava em um quarto. Um quarto confortável, com paredes cinzentas, carpete de madeira, cortinas brancas que deixavam entrar uma luz suave, a cama onde se encontrava era de casal, tinha travesseiros e um edredom tão brancos quanto as cortinas. Um quarto de instituto, percebeu. Ao seu lado, no criado mudo encontrava-se uma bandeja de metal prata? Contendo uma tigela plástica com sopa, uma garrafa d’água e um pedaço de pão, os talheres se encontravam alinhados ao lado da tigela.

Pensou em comer, mas não era isso que queria naquele momento, oque o preocupava era a clave, a garota que provavelmente o havia resgatado já deveria te-los alertado aquela altura. Ele precisava fugir, primeiro se auto examinou, estava com as mesmas roupas rasgadas de quando desmaiara, o que poderia ser desagradável, já que sem uma estela os mundanos o veriam naquele estado deplorável, mas isso era o de menos. As dores tinha passado e os cortes tinham sumido, isso sim importava, parecia que a lembrança daquele latejamento horrível por todo o seu corpo era uma lembrança de muito tempo... Mas será que era mesmo? Não sabia quanto tempo tinha ficado apagado, mas não devia ter passado de uma semana, conseguiria sair dali e ir para um de seus esconderijos facilmente.

Se levantou, deu alguns passos em direção á janela, seria mais rápido sair por lá. Colocou a mão na cortina, e uma dor lancinante o atingiu, ele não teve tempo pra nada, simplesmente atingiu o chão, já inconsciente.

Acordou com um sobressalto, sentindo água gelada no rosto. Estava novamente na cama, meio sentado, a garota que o salvara estava na sua frente, com a garrafa de água que outrora estivera na bandeja aberta e parcialmente vazia na mão, e não parecia muito feliz.

-- Ficou louca? – Foi tudo oque conseguiu dizer

-- Ora, cale a boca. – Rebateu a menina, por acaso ela sabia com quem estava falando? Tampou a garrafa e a colocou de volta aonde estava. – Se não fosse por mim você teria sangrado até a morte no meio da rua.

- E suponho que eu deveria ficar eternamente grato e te proteger com a minha vida. – Rebateu ele.

- Eu ia sugerir um pouco de educação e um “obrigado” mas se você prefere assim... – Disse de abaixando e pegando alguma coisa na segunda gaveta do criado mudo. Era um controle.

- O que é isso? – Perguntou, já que não estava com animo pra começar uma discussão com uma completa desconhecida que poderia muito bem acabar com a vida dele

- Um controle. Para o ar condicionado. - Apontou-o para o retângulo branco perto da janela

Ele decidiu que não tentaria mais fugir por enquanto, precisava de informações.

-Quem é você?

-Mariana Silversmith, coordenadora do instituto de Dublin.

-Você coordena o instituto sozinha? – Ele perguntou com uma pontinha de surpresa, Mariana não aparentava ter mais de 17 anos

- Não seja idiota. Meus pais comandavam até pouco tempo atrás, mas eles... hum... Faleceram recentemente... – Ela desviou o olhar pra ele por um segundo e depois voltou sua atenção ao ar condicionado – Agora eu e meu irmão assumimos.

- E onde seu irmão está? Suponho que tenha ido avisar a clave da minha presença aqui?

-Não, Spencer viaja muito desde a morte de mamãe e papai, na maior parte do tempo eu fico sozinha, e não notifiquei a clave e nem a ele sobre você

- Sabe, eu posso ser uma ameaça muito interessante á garotinhas de 15 anos – Ele sabia que Mariana não tinha 15 anos, e que mal poderia dar um passo na direção dela naquele momento, mas se não provocasse e amedrontasse, ao seria Sebastian. Ou Jonathan, tanto fazia.

- Eu não acho. – disse pousando o controle na mesinha e se sentando na cama. – Você não poderia fazer muito contra mim agora, poderia tentar, mas desmaiaria e eu posso te deixar inconsciente pelo tempo que bem entender... E você sabe que eu não tenho 15 anos – Ela não pareceu abalada, nem irritadiça, parecia até que estava se divertindo, Sebastian não gostou, essa atitude era geralmente dele.

- E o que te garante isso?

- Bem, você tentou escapar agora a pouco, e não conseguiu – Um leve sorriso brincava nos cantos de seus lábios – Se eu não tivesse te acordado, você teria continuado apagado, e independentemente de quando acordasse, eu poderia te fazer dormir de novo, com uma simples mistura de remédios mundanos...

- E porque não faz isso? Porque me salvou e porque não me entrega á clave?

- Não vou te entregar a clave, esqueça. Te salvei e te mantenho sóbrio porque discutir com você é melhor do que ficar sozinha aqui, ás vezes precisamos de uma mudança de rotina sabe... – Seu sorriso se arreganhou

Sebastian nada respondeu, apenas ficou ali, encarando aquela menina que era provavelmente a única pessoa que o conseguia deixar sem respostas. Enquanto observava ela se levantou e foi em direção ao guarda-roupa branco de portas de correr e pegou algumas roupas, em seguida voltou-se pra ele e jogou-as em sua direção.

- Durma mais um pouco, acho que depois de mais uma noite você já vai conseguir andar um pouco, então aí, mas só aí, levante e troque de roupa, as suas estão horríveis.

E, dizendo isso, se virou e saiu do quarto.


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Notas finais do capítulo

Perdoem possíveis erros de ortografia, esse capítulo está pequeno, mas pretendo escrever maiores. Até o próximo ;*