Harry Potter 2.0 escrita por Nah


Capítulo 5
As listas do Sr. Weasley




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Na manha seguinte Rony ajudava os elfos na cozinha enquanto Harry e Hermione tomavam café; tinham dormido poucas horas e estavam ainda confusos com o comportamento de Rony.

– Primeiro ele arrebentou Córmaco e quase pega Draco; e agora está...

– Adorável e prestativo. – respondeu Hermione.

– Adorável fica por sua conta. Você tem certeza que foi um feitiço?

– O comportamento de Rony não deixa duvidas, mas tenho duvidas que tenha sido Córmaco que o lançou. Ele não é nenhum estudioso de feitiços.

– Bom, desde que ele chegou à quadra começou a provocar Rony. Ele estava normal até aquele momento e então... Falaram de você e fizeram a aposta. Pena que ele está incomunicável no Hospital St. Mungus senão poderíamos tirar essa duvida.

– Incomunicável?

– Inconsciente. Rony quebrou boa parte dos dentes dele! Juro que não sabia que Rony era tão forte!

– Eu disse que ele tem mãos...

– Ok, já entendi – disse Harry aborrecido. – Rony é muito bom com as mãos! Podemos mudar de assunto?

– Vou escrever a Sra. Weasley e a Gina contando que ele está bem. Tivemos sorte que Patrick nos ajudou sendo o mais discreto possível. Falando em dor... Como estão suas costas?

– Melhor.

– Vai levar um tempo pra melhorar Harry.

– É talvez um ano para cada costela.

Hermione riu com pena. Rony sentou à mesa.

– Esses elfos são demais. Muito competentes, dê um aumento a eles Harry.

– Com certeza darei! – Harry respondeu. – Escutem, vou dar uma passada nas cinzas do galpão mais tarde. Querem ir comigo?

– Claro! Qualquer coisa para ajudar meu melhor amigo.

– Estaremos lá. – confirmou Hermione.

– Vejo os dois mais tarde.

– Continue fazendo o seu melhor Harry!

– Obrigado Rony! Continue... com essa mãos tão incríveis!

Na hora do almoço os três se encontraram sobre as cinzas do galpão. Rony já estava normal e não se lembrava de nada da noite anterior. Harry e Hermione resolveram deixar para contar outro dia o que aconteceu já que não houve maiores danos. Apesar de Hermione saber que o comportamento de Rony era resultado de um feitiço não pode deixar de lamentar. Num minuto ele dizia que amava e no outro fora um completo cretino. Ele não se lembrar de nada não fazia diferença. Ela se lembrava de tudo.

Harry andou pelo o terreno tentando localizar o ponto de cada ação.

– A porta era aqui. Então eu estava em pé ali e o cara aqui... Daí ele se levanta e me acerta. Hermione, feitiços tem certa aerodinâmica, não?

– Aerodinâmica? O que isso? – perguntou Rony.

– É força... Explico outra hora... – respondeu Hermione. – Se você quer dizer que o feitiço depende da posição de quem o lança, intensidade e outros detalhes.

– Então sim – Rony respondeu depressa. – O que? Entendi o que quer dizer! As vezes eu entendo as coisas, sabia?

– Não quis dizer que você não entenderia!

– Tudo normal, graça a Deus! – murmurou Harry sacando a varinha. – Então – ele levantou a voz: – Mesmo que o feitiço se espalhe é necessário ter um foco. Um ponto, certo? Faça a posição de quem vai lançar um feitiço em mim Rony.

Hermione fez uma linha imaginária da varinha até as costas de Harry. Ele tirou a camisa e mostrou os hematomas das costas.

– Olhe bem. Me diga o que está vendo?

– Tem uma marca bem acima que se espalha pelas suas costas. As outras marcas são hematomas da batida no chão.

– Você sabe o tamanho do cara Harry? – perguntou Rony.

– Da altura de Hermione mais ou menos. Hermione trocou de lugar com Rony e ele fez a mesma linha da varinha dela até as costas de Harry.

– Você está certo. – confirmou Hermione. – Não foi ele que te atingiu! Em linha reta como a maioria lança feitiços e estando parado em pé... seria necessário pelo menos mais uns quinze centímetros de altura pra atingir esse ponto na suas costas. É um feitiço de força...

– Aerodinâmica! Serio, pode ter sido um comparsa. – sugeriu Rony.

– Ou outra pessoa matou aquele homem primeiro e me deixou pra morrer! Com tudo o que tinha aqui sobre minha cabeça... Quem saberia que alguém me atacou. Tenho certeza que quem fez isso levou os baús e mais certeza que nada de bom pode sair de lá.

Harry deu mais uma volta pelo terreno terreno chutando algumas pedras.

– Sei o que está pensando Harry – disse Hermione – não foi sua culpa.

– O cara que fez isso com você e tudo isso... – disse Rony apontando em volta – já planejava há tempos.

– Senão fosse por mim talvez essa pessoa não tivesse encontrado o galpão. O feitiço de proteção acabou quando entrei. Vamos até o pub em que estive naquele dia.

O pub estava fechado. Havia um cartaz perguntando por noticias do homem desaparecido.

– Fiz cartazes com fotos dos elfos; os outros estão assustados. – disse Hermione.

Harry bateu a porta e reconheceu homem que o atendeu, era um dos bruxos miudinhos da noite do incêndio. O bruxo chamado Urda abriu a porta e sentou com eles. Harry descreveu o homem que procuravam. Para a surpresa de todos o bruxo sabia de quem se tratava.

– Eu o vi poucas vezes, mas não sabia que ele ficava naquele galpão. Aliás, nunca tínhamos visto galpão algum até ele pegar fogo.

– Ele não frequentava nenhum lugar aqui por perto? – perguntou Harry.

– Não que eu saiba. Das poucas vezes que eu o vi andava muito depressa.

– O senhor o viu no dia do incêndio? – perguntou Hermione.

– Um dia antes sim. Ele andava trombando nas pessoas e olhava pra trás toda hora. Só soube quem era e o que fez depois do incêndio. Sujeito doido.

– Alguém do Ministério veio lhe perguntar alguma coisa sobre isso?

– Não, o senhor é o primeiro Sr. Potter. O Ministério só aparece por aqui pra cobrar impostos e beber de graça. Sem ofensas.

– Tudo bem. – respondeu Harry pensativo; se lembrava do homem gritando que ele não levaria nada daquele lugar. – Alguém o estava seguindo logo atrás de mim!

– Algumas noites atrás no abatedouro do meu primo aconteceu uma carnificina; demos alarme de lobisomem e ninguém apareceu. Querem ver?

Harry se levantou zangado.

– Sim, vamos dar uma olhada – respondeu Hermione.

– Que?

– Vamos só olhar Harry.

– Pra que?

– Parece que o senhor tem fregueses. – disse Rony apontando para a janela. – Ainda estamos fechados senhorita! – respondeu Urda, mas a garota continuou a porta. Saíram pelos fundos.

O abatedouro estava fechado e Urda berrou na porta:

– Corgun! Tem gente querendo falar com você. Harry, Hermione, Rony e os dois homens entraram para vero lugar onde os cordeiros foram devorados.

– Só sobrou a orelha de um e a cabeça de outro. Tem mais sangue lá em cima. – disse Corgun. – Não conseguimos tirar tudo.

– Não pode ter espirrado até lá! – disse Hermione.

– Vamos olhar mais de perto. O senhor tem vassouras? – perguntou Harry começando a se interessar. Ele subiu primeiro. Rony, com Hermione apertando sua cintura, o seguiu.

– Lobisomens matam, mas não devoram suas vitimas. – disse Hermione com propriedade. – Vamos descer, por favor... Do alto Rony viu que a moça que colocou a cara no vidro no pub os observava.

– Tem pegadas, mas só em alguns lugares – comentou Harry – seja o que for pisou no sangue enquanto comia. Harry andou pelo telhado e não encontrou mais nada ali, mas viu alguns telhados sendo consertados pelos donos; uma grade também. Disse aos bruxos para ficarem atentos e não saírem à noite pelo menos por enquanto.

– Muita coisa acontecendo que não sabemos como ou quem... – disse a si mesmo. Deixando os feitiços de lado Harry se concentrou na forma da pegada que encontrou no telhado. Se Hermione não sabia do que se tratava só mais duas pessoas poderiam saber. Uma dela era Hagrid, mas ele já estava em Hogwarts; a outra numa expedição e já não tinham contato alguns meses. Luna Lovegood.

Draco dormia profundamente no sofá da sala quando Patrick deu um berro em seu ouvido.

– Bom saber que está se empenhando em conseguir informações sobre nosso estoque de Artes das Trevas. Talvez para aborrecer Patrick; Draco deu uma longa espreguiçada.

– Só estava...

– Se recuperando da ressaca?

– Quer saber Patrick? Obrigado pelo convite. Acabei me divertindo até.

– Eu vi o que fez com Weasley.

– Foi bem esperto, não?

– A típica esperteza dos covardes. – disse Patrick rindo. – Provocar e correr. Se Weasley pega você como pegou Córmaco você não dura trinta segundos.

– Você devia me agradecer! Potter e a Granger acham você um cara legal. – disse Draco balançado a cabeça. Patrick puxou os pés de Draco pra fora do sofá e o colocou de pé.

– Descobriu alguma coisa sobre o bastão ou não?

– Nada, nenhuma linha nos livros que foliei.

– Você tem que ler. Devia ter deixado Weasley pegar você...

Draco esperou um minuto Patrick parar de reclamar e xingá-lo e disse:

– Quero ver meus pais.

– O que mais você quer Draco? Férias? Temos trabalho a fazer! Eu me mato naquele lixo de Ministério e você dorme o dia todo!

– Tenho ajudado você; faz parte do nosso trato. Trouxemos as coisas pra cá e tem dois monstros lá embaixo. Eles não podem ficar mais aqui. Não vamos conseguir controlá-los.

– Por que você é um idiota! – disse Patrick zangado. – Quem os colocou nesses baús sabia como mantê-los lá dentro! E pode ter deixado alguma coisa nesse monte de coisas que trouxemos, mas você não tem tempo de procurar porque está dormindo! E o Guardião?

– Não disse nada.

– Com certeza você insistiu muito, não? O tempo dele acabou. Jogue-o numa das celas, pro bicho que estiver acordado o devorar. Patrick percebeu a hesitação de Draco e diminuiu o tom de voz.

– Vou ver o que posso fazer sobre seus pais... – disse mais calmo. – Azkaban não é uma colônia de férias, mas garanto que seus pais estão sendo bem tratados. Agora se livre do Guardião!

– E das criaturas também?

– Tudo bem. Elas são suas faça como quiser.

– Minhas?

– Claro. Não foi você que abriu os baús? Não estão na sua bela propriedade?

– Foi você que...

– Ah, Draco eu não mando em você! Eu mal o conheço. Você é o cara ligado em Artes das Trevas. Você tem uma masmorra particular!

– Você me procurou!

– E você concordou com o plano de se vingar de quem usurpou a grandeza da sua família. Sempre surgem obstáculos e imprevistos! Eu cuido de alguns e agora você agora cuida desse.

– Você garante que vou poder ver meus pais?

– Claro. Eles sempre perguntam de você. – disse Patrick se preparando para sair.

– Quero meus pais em segurança em Azkaban! Quero garantias!

– Mate o cara Draco e logo... e irei ajudá-lo como prometi. – disse Patrick calmamente. – Faça uma besteira e... coisas ruins acontecerão também como prometi...

– Harry chegou uma carta do meu pai pra você. – disse Rony dispensando a coruja.

– Sabia que o Sr. Weasley guardaria essa lista. Veja! Seu pai fez muitas anotações. Muitos nomes conhecidos e alguns nem tanto.

– Harry estava pensado sobre o que você falou do desenho de um dos baús. – disse Hermione. – O bastão com a pedra vermelha na ponta; você lembra as figuras dos outros baús?

– Um tinha essa imagem, o outro tinha símbolos... Não me lembro mesmo.

– Você chegou a ver algum livro? Uma capa ou nome? Talvez um brasão de alguma família!

– Não. O que acha que pode ser esse bastão?

– Acho que talvez faça parte de alguma outra coisa... Vou pesquisar mais.

Hermione pegou uma pilha de livros e sentou sofá; Rony ao seu lado fazendo perguntas. Harry gostava de vê-los juntos mesmo que, pra variar, nenhum dos dois tocasse no assunto que os aborrecia. Entre os arquivos do Sr. Weasley havia uma foto dele ao lado de Minerva McGonagall, Dolores Umbridge, mais dois bruxos que Harry não conhecia e uma bruxa de tailleur roxo. A fisionomia da bruxa de tailleur roxo não lhe era estranha.

– Vocês conhecem essa bruxa? – Harry mostrou a foto aos amigos.

– Sim! – respondeu Rony.

– É Ferdinanda Twitch. – explicou Hermione. – Trabalha no Ministério; ela é uma espécie de relações públicas entre trouxas e bruxos. Ela foi até minha casa quando recebi a carta de Hogwarts. Meus pais não sabiam do que se tratava e ela veio nos visitar e explicou tudo.

– Por que ela não me visitou?

– Porque seus pais eram bruxos. – respondeu Hermione.

– Além disso, você era um caso a parte Harry. – disse Rony. – Prioridade de Dumbledore.

– Lembro dela vagamente...

– Ela é casada com um trouxa e pelo que sei só vai ao Ministério se for estritamente necessário.

– Que foto estranha. Meu pai, Umbridge, McGonagall, essa mulher e esses caras.

– Por que me lembro dela se ela nunca se apresentou para mim?

– Talvez ela tenha conversado com você quando era criança. Você nos contou que vários bruxos o cumprimentavam.– respondeu Hermione encolhendo os ombros.

– Não. Ela não! Lembro de muitas pessoas parando na minha frente e sorrindo, mas não ela.

Uma luz azul apareceu no meio da sala. Era um coelho e Harry o reconheceu como o patrono de Luna.

– “Caro Harry Recebi sua coruja e devo alertá-lo que a forma da pegada que me mandaram é de um Thuru. Uma criatura muito perigosa. Como vocês toparam com um por aí? Afeto, Luna.”

– Um Thuru? Impossível! Eles estão extintos há décadas! – disse Hermione.

Tão logo o patrono se desfez outro apareceu.

– “Caso Hermione duvide que seja um; quando estive na África encontrei o esqueleto de um elefante com todas as evidencias de ter sido devorado por um Thuru há menos de três meses. Documentei tudo e enviarei a Hermione tão logo chegue à terra firme”.

– Como ela sabia que eu ia duvidar?

– Não tenho ideia... – disse Rony rindo – você nunca tinha feito isso antes, tinha?

Hermione disfarçou um sorriso.

– Li alguma coisa sobre a África nos papéis que seu pai me mandou. – disse Harry apanhando novamente a lista. Após alguns minutos procurando achou o trecho exato que queria. – Ouçam isso: “Encontra-se em nossos registros a alegação da família Nygnuo que os pertences adquiridos em recente viagem ao continente africano tratam-se apenas de souvenires. O Ministério solicitou a apresentação dos mesmos, o que não ocorreu no prazo estimulado. Visitamos a família em... no entanto, não encontraram nada... Os membros da família suspeitos de envolvimento são...”. Tem nomes, mas nenhum conhecido pelo menos pra mim. Rony e Hermione confirmaram que não conheciam ninguém.

Hermione lia e relia a lista; pegou papel, tinta e escreveu um nome e mostrou para Rony e Harry.

– Norman Nygnuo. Notaram alguma coisa?

– Precisamos mesmo? – disse Rony sorrindo – É óbvio que você já sabe do que se trata. Vamos! Mostre!

Hermione riscou algumas letras e montou um nome bem conhecido.

– Nem foi tão difícil assim – comentou Rony – podíamos ter acertado essa... Harry?

– Isso explica a falta de interesse dele! – excamou Harry muito zangado. – Ele é o dono de pelo menos um dos baús. Ia querer mesmo que aquele galpão queimasse comigo dentro! Vamos pegá-lo!

Os três aparataram a caminho do Ministério. O papel em que Hermione rabiscara o nome suspeito ficou em cima da mesa.

Norman Nygnuo = Roman Young


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