Naive escrita por semideusabrazil


Capítulo 3
Surpresa - REESCRITO


Notas iniciais do capítulo

OLHEM AS NOTAS FINAIS, POR FAVOR



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OLHEM AS NOTAS FINAIS.

O resto do final de semana passou voando e logo já era segunda-feira. Eu levantei praticamente me arrastando e me dirigi ao banheiro. Sai de lá um pouco mais acordado e coloquei uma roupa qualquer. Arrumei minha cama de qualquer jeito e peguei minha mochila.

Enquanto me dirigia para a escada escutei Susan gritando e dizendo que já estava na hora de ir. Desci as escadas e ela já me esperava na porta, toda pronta, quando ela me viu pegou a chave do carro em cima da mesinha e saiu. Eu coloquei meus tênis e sai atrás dela. Como prometido ela parou em uma cafeteria para comprar alguma coisa para comermos, eu pedi um chocolate quente enquanto ela pediu café puro e um muffin de blueberries.

Nós ainda tínhamos tempo, então nos sentamos em uma das mesinhas ao lado das janelas para comer, eu estava pronto para colocar meus fones de novo quando ela começou a falar.

– Eu... Eu queria me desculpar pelo que aconteceu na quinta-feira, não foi um bom começo para nós dois – ela olhava para o muffin, como se ele fosse muito interessante. – Apesar de não termos o mesmo sangue eu te conheço desde pequeno e me importo com você. John te vê como um filho e quer o melhor para você, assim como eu.

Agora ela me olhava, como se esperasse que eu negasse o que ela estava falando, mas eu não tinha o que falar, apenas acenei com a cabeça. Susan sorriu e começou a comer seu bolinho. Quando ela terminou de comer eu ainda estava na metade do meu chocolate quente, mas nós precisávamos ir embora então eu levei a bebida para o carro. Meu fone já estava de volta ao lugar, a ida até a escola foi silenciosa.

Quando chegamos na frente do edifício, eu abri a porta e estava praticamente fora do carro quando Susan segurou meu braço, em sinal para que eu esperasse, mas o simples toque de sua mão me deixou tenso e eu puxei meu braço com força. Sai do carro e antes de bater a porta eu coloquei a cabeça para dentro e disse.

– Nunca mais faça isso – meu tom era baixo e controlado.

– Eu... – ela me olhou confusa.

Não esperei por ela, apenas bati a porta e segui para o interior do prédio.

O lugar estava, obviamente, cheio de adolescentes e todos eles olhavam para mim, nunca gostei de lugares com muita gente, eu sempre fiquei incomodado e com medo, apesar de nunca admitir isso. Coloquei a toca, aumentei o volume da música e deixei minhas mãos no bolso. Na sexta-feira Joanne, a mulher gordinha atrás do balcão, havia me pedido para passar na segunda-feira na diretoria para pegar o meu horário.

Ela me esperava com um sorriso sincero, o sorriso irônico era guardado especialmente para Susan. Ela parecia cansada, mas era do tipo de pessoa que não trazia os problemas pessoais para o trabalho.

–Bom dia.

–Bom dia, Nico, certo?

Eu apenas acenei com a cabeça e ela começou a procurar alguma coisa no monte de papel que tinha em sua mesa.

–Bom, aqui está o seu horário - ela me estendeu o papel, mas quando eu estava prestes a pega-lo ela puxou de volta. - Mas você precisa esperar um pouco, o diretor pediu que eu chamasse um aluno veterano para te ajudar.

Eu tentei discordar, mas Jackson chegou aos gritos no lugar.

–Eu não fiz nada, você não pode provar.

Joanne riu e os olhos que, até agora, pareciam sem vida, brilharam.

–Quem disse que eu te chame aqui porque você fez alguma coisa errada?

–Mas é que geralmente....

–Mas é que geralmente... - ela o imitou. - Eu te chamei aqui porque você vai acompanhar esse calouro.

Jackson me olhou de cima a baixo e acenou com a cabeça.

–Se fosse com qualquer outro eu consideraria isso um castigo, mas devido as circunstancias...

– Não preciso de ajuda.

Peguei o papel da mão da mulher e sai da diretoria. Eu não queria ouvir ele falar nenhuma outra palavra, coloquei meus fones e a touca, meu coração já estava acelerado com a menção de ter ele comigo o dia inteiro. Mas ele não iria ficar comigo o dia inteiro, eu não precisava de ajuda, muito menos vinda dele. Estava no meio do corredor quando percebi que não sabia para onde ir, olhei para os lados visivelmente perdido. Dei meia-volta e encontrei Percy encostado de lado na parede perto da direção, ele tinha um sorriso de vitória no rosto. Eu cruzei os braços e ele começou a vir na minha direção.

– Precisa de ajuda?

Aquele sorriso me fazia ter vontade de bater a cabeça dele na parede.

– Preciso – disse seco. – Onde fica a sala de... – olhei para o papel para conferir – De História Geral?

– Olha que sorte, nossas salas são muito próximas.

Ele se virou e começou a andar na outra direção. Em algum lugar um sinal tocou e então ele percebeu que eu não estava ao seu lado, Percy se virou e gritou.

– Você prefere ficar ai?

Eu comecei a andar na sua direção e ele sorriu.

–-----//-------

As aulas passaram rápido e Jackson estava sempre no meu pé, ele falava e falava enquanto eu fingia que não escutava, mas, na verdade, eu me lembrava de tudo o que ele tinha dito. Lembrava dele me falando como os jogadores de futebol, por quem passamos em uma das trocas de aula, eram idiotas e ignóbeis, lembrava dele falando de como os amigos dele eram mil vezes melhores e de como eles iam me amar. Ele não era um dos alunos mais populares da escola, mas algumas pessoas, a maioria meninas, o cumprimentavam, uma delas chegou até a vir abraça-lo. Annabeth, ex-namorada. Ela era loira, com os olhos cinzas e um corpo maravilhoso. "Ela é legal", foi o único comentário que eu ouvi.

Na hora do almoço foi impossível fazer ele sair de perto de mim, eu disse que ia ao banheiro, ele disse que ia aproveitar pra ir também, eu precisava pegar alguma coisa no armário, ele não importava de andar um pouco mais, eu não tinha dinheiro e é claro que ele tinha sobrando.

Chegamos ao refeitório e o lugar estava cheio, eu não conseguia ver um lugar livre onde nós pudéssemos sentar, mas é claro que ele sabia exatamente para onde ir. Acenou para algumas pessoas em uma mesa e foi em direção a fila. Peguei pouca comida, só o necessário para enrolar Percy. Ele pagou os dois pratos e saímos em direção a mesa cheia.

– Oi, gente.

– Oi – responderam em uníssono

– Quem é esse ai? – Um asiático alto e forte, com uma menina morena nos braços perguntou.

– Nico – Annabeth respondeu sem levantar o rosto do livro que estava lendo.

– Como é que você sempre sabe de tudo? – Um menino moreno perguntou assustado.

– Eu os encontrei no corredor – a loira respondeu agora olhando para o moreno. – Não seja bobo, Leo.

– Ah, agora tudo faz sentido – o moreno sorriu, um sorriso travesso de quem com certeza aprontava muito. – Então, Nico, mal chegou na escola e já foi fisgado por Percy? Sei de alguém que não vai gostar disso...

Percy, de repente, começou a ficar vermelho.

–Calado, Leo.

–Mas eu estou mentindo?

–Só... Cala a boca - Percy soltou.

– Falando nisso, cadê ele?

Um menino loiro chegou e passou o braço no ombro de Percy o abraçando.

– Cadê quem?

– Ninguém, Peter, ninguém. Não é mesmo Leo?

Mas Leo nem teve tempo de responder antes que o menino loiro beijasse Percy com vontade. Desviei o olhar, como aquele loiro teve coragem de fazer aquilo? Principalmente na frente de tantas pessoas? Mas o mundo não parou, ninguém, em lugar nenhum, começou a gritar ou fazer uma cena. Era como se ninguém se importasse.

– Bom, amor, eu preciso ir encontrar as meninas, para terminar aquele projeto. Até depois – ele deu um selinho em Percy e continuou – Até, pessoal.

Mesmo depois que ele se afastou um pouco eu ainda estava em choque. Percy percebeu meu estado e deu ombros envergonhado, como se se desculpasse.

– “Até, pessoal” – Leo imitou Peter com uma voz esganiçada. – Esse cara é um idiota.

Percy, que já estava se sentando, deu um soco no ombro de Leo antes de dizer.

– Não fale assim, ele é meu namorado.

Namorado.

– Pode sentar, Nico. Não paga nada. Aproposito meu nome é Frank e essa aqui é a Hazel. Acho que você já sabe que esse é o Leo e aquela ali é a Annabeth – ao ouvir seu próprio nome a menina balançou a mão como quem diz “oi”.

Me sentei lentamente e comecei passar o garfo de um lado pro outro no prato. Coloquei meus fones, mas tinha certeza de que a conversa continuava animada e Percy parecia de novo um menino normal. Todos começaram a se levantar, eu pensei que o sinal já havia batido e comecei a me levantar junto. Percy continuava sentado e me disse alguma coisa que não consegui ouvir, tirei os fones.

– Desculpa, o que você disse?

– Disse que você não precisa levantar, ainda não terminou de comer... Além do mais o sinal nem tocou ainda.

Olhei para o meu prato bagunçado e de volta para ele.

– Estou satisfeito.

– Senta.

– Eu disse que estou satisfeito – coloquei minha mochila nas costas, peguei a bandeja e sai da mesa.

Depois que coloquei a bandeja no lugar certo sai do refeitório sem olhar para trás, meus fones já se encontravam no lugar de novo, mas eu ainda conseguia ouvir alguém bem longe me chamando. Odiava que mandassem em mim, ainda mais ele. Um menino que eu não conhecia e que dizia ser.... Aquilo. Uma mão encostou no meu ombro e me fez parar. O corredor estava deserto, me virei e encontrei Percy me encarando, tirei meu fone e esperei que ele dissesse algo.


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Notas finais do capítulo

Eu reescrevi o capitulo e exclui o outro pq tava uma bosta.

Eu reescrevi o capitulo sim, mas isso não quer dizer que eu vou escrever o resto da história, só quer dizer que esse capitulo tava uma bosta e eu resolvi melhorar ele ^^ Não quero dar esperanças pra ninguém, mas saibam que eu amo vocês, seus lindos

Eu parei de escrever por problemas pessoais e não sei se vou voltar pq tá em época de vestibular e tals.

E agradeçam a Mary, daqui do Nyah -sim, tem muitas, eu sei. o nome dela mesmo é Marisa, não sei se ajuda- pq ela que me lembrou que eu tinha reescrito isso aqui hauahua