Ambitious. escrita por Aiyko Senkai


Capítulo 2
Capítulo 2




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Senti-me um bebê feliz dormindo naquela cama, até uma voz filha da mãe gritar no meu ouvido, fazendo esse bebezinho feliz virar um ogro com ódio mortal e desejo de matança.
Anda, caramba! Eu não sou sua mãe, não vou te chamar de novo.
Tá parecendo viu. '' Não vou te chamar de novo. ''– Fiz uma voz melosa igual a da Dona Andrusk, zombando de Paul, que por pouco não me esfolou viva.
– Não tem graça! Anda, precisamos ir para a primeira aula.
– Mas já? Que horas são?– Ainda esfregava os olhos, que semiabertos, ainda não viam um palmo a frente dos olhos.
– São...– Ele mexeu no pequeno rádio que estava na escrivaninha. - 06h42. AGORA LEVANTA!– Paul tirou os lençóis a força.
– Seu desgraçado!– Soquei seu ombro, o fazendo gemer um pequeno e abafado ''ai''.
Levantei sem nem me tocar que tinha dormido de camisola, só caí na real quando meu infeliz colega de quarto me olhou de cima à baixo com um sorriso malicioso.
Acabei por estragar seu barato, me cobrindo com o edredom azul posto em cima de minha cama. Paul, ainda com seus olhares mal intencionados, saiu de minhas vistas e direcionou-se até o banheiro.


Troquei-me na velocidade da luz, torcendo para que em nenhum momento ele me lembre deste episódio tenebroso.
Logo voltou o desperdício de oxigênio, me olhou esquisito, igual quando nos vimos pela primeira vez. Depois se voltou a caminhar, e eu rapidamente o segui com meu caderno e canetas no bolso direito do meu uniforme. Sentei-me na janela, enquanto Paul conversava com seus amigos, estranho, estava reconhecendo alguém naquela rodinha. Ah! Aquele loiro alto que me cantou ontem de manhã. Percebi que eu estava sendo o alvo do bate-papo deles, quando o ruivo apontou para mim, sinceramente, eu não quero nem saber do que eles estão falando. Logo aquele loiro metido a galanteador, veio conversar comigo, enquanto seus colegas o olhavam. Droga, mil vezes droga.

Sentou seu enorme traseiro na minha mesa, ignorei-o, mas sua mão tocou meu queixo, virando-o para sua direção, me obrigando a responder suas atrevidas perguntas.
– Sabe gatinha, eu não sabia que você era colega do Paul, que cara sortudo. - Sorriu-me como se fosse o conquistador da paróquia.
– Dá pra você parar de me chamar de gatinha? Isso me irrita.– Cruzei os braços zangada.
– Nossa, quer dizer que a GATINHA é selvagem?
– Por favor, sai daqui antes que eu enfie essa caneta no seu olho!
– Eu saio, mas depois, vamos continuar essa conversa em outro lugar.– Tentando me intimidar, mexeu no meu queixo, fazendo os pelos da nuca se eriçar.
Droga. Pensava em mil e uma maneiras de matar aquele loiro bundudo. Eu passei a maioria das aulas dormindo, sentia pessoas me cutucando com um lápis de escrever, e as vezes acordava com os gritos de um professor chato.
Como sou muito mendiga, levei algum dinheiro para poder comer algo no lanche. Por sorte, lá tinha aqueles lanchinhos naturais, com presunto, queijo e alface. Custava 13R$, uma senhorinha bem simpática, aparentando 40 anos, colocou o destinado ao meu estômago em um pequeno saquinho de papel, para não cair gordura.

Paul não parecia esfomeado para mim, até ele roubar meu sanduíche e sair correndo, pude notar que ele deu uma mordida, aquele filho de uma... . Corri atrás dele, derrubando qualquer um na minha frente, de repente ele parou, fazendo nós dois tombar, e pra piorar a situação, Paul ficou por cima de mim, não gostei nada da sua expressão facial. Logo uma multidão se aglomerou perto de nós, formando um círculo, nos levantamos e eu me desculpei com as pessoas que tinha derrubado.
Aquele maldito veio me devolver o sanduíche mordido, eu me controlei para não socar seu rosto. Terminei de comer meu lanche, pois eu não desperdiçaria aquilo por causa de uma mordidinha.
Logo após, subimos para o laboratório para a aula de química. Não sei pra que diabo tem que aprender essa droga, eu não vou usar nada disso nas compras!
– Bom dia alunos! Hoje nós vamos misturar vários componentes e quebrar seus mitos. Escrevam seus nomes em um papelzinho e coloquem neste boné para eu sortear as duplas. – Fizemos o que ela disse todo mundo foi sorteado, menos eu e Paul, por isso, formamos uma dupla (infelizmente, prefiro fazer dupla com aquele nerd cheio de espinhas do que com esse ogro.).
Vestimos um casaco branco e óculos especiais para proteger nossos olhos. Como homem é teimoso, queria misturar Coca-Cola e mentos em uma jarra.
– Pode parar, não vai misturar nada!
– Vou sim! Solta meu braço!
– Eu tentava pegar a latinha de sua mão, porém ele é muito mais alto e seus braços são mais longos.
Conseguiu me empurrar, colocando uma balinha de mentos dentro do refrigerante, em menos de dois segundos começou a espumar.
– Olha que cagada. Você que vai limpar essa porcaria!
– Eu? Somos uma dupla, lembra? Você também vai ter que me ajudar.
– Arqueou as sobrancelhas, fazendo um sorriso irônico que me irritou profundamente.
– VOCÊS DOIS VÃO LIMPAR ISSO DEPOIS DAS AULAS! – A vaca da professora gritou aos quatro cantos dessa escola maldita.

Mas será o Benedito.

Depois disso, o representante fofo... Ér... Esqueçam o que eu disse. Veio nos trazer dois baldes com panos e esponjas.
– Depois quero falar com você, lindinha. – Georje sussurrou no meu ouvido.
Falar o quê? – O que deu no Paul?
Não é da sua conta. – Disse sorrindo, como se fosse a coisa mais natural possível. Esse cara deve estar querendo morrer. Só acho.
– ... –
Georje se despediu, se sentindo vitorioso, não sei por quê.
Não troquei uma palavra com Paul enquanto limpava a sala. Não faço ideia do que ele tem, enfim, nem quero saber, aquele ruivo é tão estranho. Quando terminamos de limpar a bagunça que o Sr.Inventor fez, fui encontrar Georje, fiquei curiosa para saber o que ele queria comigo.
Entrei na sala, estava sentado em sua cadeira de couro preta, será que estava me esperando?
– Oi. – Sorriu o mais conquistador.
– Oi, bem, o que você quer?
– Vou te fazer uma surpresa. – O moreno me olhava de cima à baixo.
– Que surpresa? – Me sentei ao seu lado.
– Feche os olhos, eu já te mostro.
– Ok. – Assim o fiz.
Senti um calor perto do meu corpo, mãos agarrando minha cintura firmemente e... uma respiração forte no meu pescoço.

Ouvi um barulho na porta, e uma voz, provavelmente furiosa.
– Que raios está acontecendo aqui?


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