Final Warrior LXXVII escrita por Satsuki Ichi


Capítulo 1
Chaos Matéria


Notas iniciais do capítulo

[Essa fanfic foi inspirada em Dissidia, mas a imagem do Warrior of Light é meramente ilustrativa] Espero que gostem.



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Chaos Matéria

Esse era o nome dado á substancia que destruiu o nosso futuro e nos submeteu a tantos sacrifícios. Para muitos já não havia esperança, os humanos que sobreviveram à guerra do século LXXVII sentiam-se como se a guerra nunca houvesse terminado, e tudo isso porque o acordo feito para que as coisas se acalmassem destruiu a vida de muitas pessoas.

Eu sou uma delas.

Já que estou aqui, vou contar para vocês o que aconteceu desde o início.

Durante o século LXXVII (77) no Japão, os cientistas usaram suas tecnologias avançadas para tentar descobrir uma nova arma, algo que poderia revolucionar os dias de hoje, algo que tornasse o nosso país o mais rico e poderoso. Enquanto eles faziam os testes com as mil matérias que encontraram durante as pesquisas, um dos cientistas cometeu o grave erro de sugerir que procurassem no espaço, que além do oceano, ainda era o lugar mais desconhecido pelo homem.

“Talvez apenas um pequeno pedaço de um planeta” foi o que eles disseram “Ninguém nunca pensou nisso. Talvez com os novos avanços consigamos chegar mais perto de algum deles e extrair sua matéria, e então poderemos fundi-la com algum produto nuclear controlado... Mas faremos isso quando estivermos lá, para não comprometer o país e o nosso laboratório. Será quase impossível afetar o universo com uma simples matéria nuclear” E foi o que fizeram.


Cinco cientistas foram enviados para Urano com seus materiais de pesquisa e começaram a experiência que resultou na nossa desgraça. Um dos cientistas abusou na quantidade de matéria nuclear injetada em parte do planeta causando uma explosão que resultou em sua morte, e é claro, na de seus companheiros.

A explosão não destruiu completamente o planeta, mas causou uma chuva de meteoros que atingiu a terra, e quase destruiu tudo, mas para a felicidade do chefe suas teorias estavam certas e a matéria nuclear que foi fundida com a matéria não completamente estudada de Urano se transformou numa grande quantidade de energia, que caiu no centro da terra e no mesmo dia foi descoberta pelos cientistas de outros países. Sabendo da gravidade, porém também do lucro que aquilo poderia vir a dar para quem a possuísse, alguns países começaram a brigar pela posse da matéria Uranoclear resultando numa grande guerra, tendo como os principais líderes o Japão, os E.U.A, a Alemanha e a França.

O Japão recrutou seus soldados mais poderosos para lutar na guerra, mas como sabiam que não seria o suficiente contra os E.U.A, começaram a preparar os “Soldados de Elite” que eram pessoas retiradas das ruas ou até mesmo de suas casas para servirem de cobaias para seus estudos. Eles criaram, com a pouca matéria Uranoclear resgatada, híbridos com poderes especiais que lutariam usando sua tecnologia avançada para recuperar completamente a matéria Uranoclear.


Meus pais foram recrutados, e assim como os outros, tiveram seu DNA modificado. Eles nem mesmo puderam dizer adeus, pois uma vez que seu sangue entra em contato com a Chaos Matéria, não é possível estar no mesmo ambiente que um humano comum. Seu sangue fica tão incompatível que pode causar um choque nas veias sanguíneas do hibrido causando-o interno desconforto, mas é claro que não poderiam usar os humanos comuns como armas para tentar deter os híbridos, pois seria uma grande covardia já que eles continuariam vulneráveis, podendo morrer enquanto lutavam.Os países resolveram não envolver os humanos de sangue puro na guerra dos híbridos, a não ser que fossem soldados.

A guerra destruiu metade dos países, o que resultou em um acordo sobre quem deveria ficar com a Chaos Matéria (Ou Uranomatéria). Os quatro líderes usaram sua parte roubada da matéria para construir uma grande arena de combate, onde a cada ano 77 jovens de cada país seriam recrutados para lutar em favor de seu líder e assim, no final de cada guerra, os vencedores levariam parte da Chaos Matéria para seu país.

Os recrutados não tinham escolha, seriam obrigados a servir ao país, muitas vezes eram raptados para servirem em outros países, causando pânico absoluto. Os escolhidos eram privados de seu passado, suas ligações, sua liberdade... Viravam completas marionetes.


Eu, Nemesis Locseph e meu irmão mais novo, Laxus, vivíamos nas ruas. O governo tirou a nossa casa e nos enviou para um orfanato, de onde fugimos no primeiro dia. Eu não queria que levassem Laxus para a guerra, e não queria ir também. Era o primeiro ano desde o acordo entre os países, e sempre que iam começar o recrutamento, a nave do governo se aproximava e o céu ficava escuro, devido ao impacto que a matéria usada para abastecê-la tinha com o ar.

Era de tarde, e estava chovendo.
Meu irmão estava muito doente, provavelmente a beira da morte quando a nave começou a sobrevoar a cidade e pegar as crianças. Não era só a nave, os agentes do exercito também vasculhavam as ruas para tentar nos encontrar e tendo que carregar meu irmão ficava mais difícil ainda de arrumar um lugar para se esconder rapidamente.

Enquanto corria, topei com outras crianças que também fugiam dos agentes do exercito híbrido, algumas muito doentes, outras machucadas e desidratadas... Era definitivamente o caos. Um dos agentes nos avistou, usava um sobretudo branco e tinha o cabelo penteado para trás como todos os agentes do exercito híbrido japonês.

Ele correu em nossa direção, segurava uma seringa que continha um liquido esverdeado, ajeitei meu irmão no colo e corri para o lado. Dobrei a esquina e bati de frente com outros dois agentes que logo começaram a me seguir também, minha única saída era tentar me esconder. Corri para a esquerda e adentrei as ruínas de uma casa, dei a volta por ela e atravessei a rua, logo entrei em um beco e virei a direita. Para o meu azar, não havia saída.


Deparei-me com três agentes, dois deles seguravam o corpo de um garoto e uma garota, o liquido esverdeado pingava do braço dos dois e eles estavam inconscientes.
Meu irmão acordou
–Irmã...– ele disse com dificuldade – o que aconteceu?


–Fique calmo, Laxus – disse eu enquanto andava lentamente para trás – vai ficar tudo bem. Apenas fique desperto!


–Venha conosco – disse um dos agentes – será melhor se não resistir. Pense na honra que será lutar a favor de seu país!


–Honra? – perguntei – é uma honra para o nosso presidente colocar todos esses inocentes para lutar em favor de algo tão dispensável? Deixem-nos em paz!


–Ah, é uma pena... – o agente com as mãos livres retirou uma seringa de dentro do sobretudo – teremos de levá-los a força, então.


Esperem! – disse antes que ele avançasse – Meu irmão está muito doente, ele pode morrer se for para a guerra... Por favor, levem-me, vocês podem usar a matéria dele em mim, não vou me importar de sofrer mais. Mas por favor, deixem-no ir!


Os agentes se entreolharam, depois de alguns segundos assentiram.
–Está bem, solte logo o garoto antes que mudemos de ideia – disse o que segurava a seringa – se bem que acho que ele não vai sobreviver muito bem sozinho... Ele tem quantos anos, 10?


Não respondi, coloquei Laxus no chão e logo depois pus a mão em seu ombro.
–Eles vão te levar assim como levaram a mamãe e o papai? – perguntou ele rompendo em lágrimas e segurando na barra do meu casaco – vocês não vão levá-la, não vão!


–Laxus, eu vou voltar – lancei-lhe um olhar sério – por enquanto, procure se virar bem sem mim. Saia daqui!


–Irmã...


Sai daqui!


Ainda chorando, ele correu aos tropeços para fora do beco, deixando-me sozinha com os agentes. O que eu fiz? Ele realmente podia morrer sem mim... Mas eu não tinha escolha. Era melhor que servir ao presidente em uma guerra inútil. E além do mais, Laxus era inteligente, com certeza conseguiria abrigo em algum lugar.

Eu estava prestes a estender meu braço para que o agente aplicasse a substancia quando ouvi o grito de meu irmão vindo do lado de fora do beco, corri para lá seguida pelos três agentes e vi o erro que cometi. Segurando meu irmão pelos braços, dois agentes americanos estavam parados na entrada do beco, usavam ternos negros e óculos escuros, foi assim que consegui distingui-los. Assim que nos viram, deram meia-volta arrastando Laxus junto.


Laxus! –gritei – Seus miseráveis, não podem levá-lo!


–Esses filhos da mãe... – disse um dos agentes do meu lado – eles sabem que não podem invadir o território inimigo para recrutar de nossa população!


–Vou relatar ao presidente para que ele prepare a segurança - disse outro.


Nemesis! – gritou meu irmão, a voz fraquejando - eu não quero ir...


No momento em que vi meu irmão desmaiar pelos efeitos da doença, eu tentei alcançá-lo, mas os agentes me seguraram.
–Eles estão armados, sua idiota! – disse-me um deles – já era! E você não poderia fazer nada, seu irmão já ta quase morto, mesmo.


–Laxus... – cai de joelhos e assisti levarem-no embora.

Já chega! – essa foi a última coisa que ouvi aquele dia, antes do agente aplicar a substancia esverdeada no meu braço.

Mal sabia eu que essa era apenas uma pequena parte da história, e que o verdadeiro sofrimento começaria no momento em que eu acordasse.


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Notas finais do capítulo

Se gostaram, mandem um review, pois assim poderei saber que o conteúdo que coloquei aqui os agradou. Se tiver alguma dica pode mandar também, e se por acaso você já é um leitor antigo meu e está esperando a atualização de alguma das minhas outras fanfic's, não se preocupe, eu não as abandonei e logo mais irei atualiza-las ^^



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