Dark Paradise escrita por Catherine


Capítulo 2
Dark Paradise


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, foi mais forte que eu, então cá está o segundo ! Espero que gostem !



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"Dark Paradise"


All my friends tell me I should move on

I'm lying in the ocean, singing your song

Ah, that's how you sing it

Loving you forever can't be wrong

Even though you're not here, won't move on

Ah, that's how we play it

Catelyn levou a irmã á porta e despediu-se com um abraço. Lysa sorriu-lhe triste ao entrar no carro e Cat limitou-se a acenar até a ver desaparecer ao fim da rua. Voltou para dentro e sentou-se no sofá, respirando fundo e absorvendo o silencio que se abatia sobre a sua casa.

Os seus olhos vaguearam pelo cómodo até pararem na aparelhagem. Mordeu o lábio, levantou-se e ligou-a. Logo, o som da musica deles preencheu os seus ouvidos com um som reconfortante. Ned amava aquela musica e estava sempre a ouvi-la quando estava em casa. Cat não tinha tido coragem de colocá-la depois da morte dele, dois anos atrás.

And there's no remedy for memory

Your face is like a melody

It won't leave my head

Your soul is hunting me and telling me

That everything is fine

But I wish I was dead

Subiu as escadas e parou á porta do pequeno quarto azul que tinham mobilado juntos, ao saberem da sua primeira gravidez. O som da musica inundava a casa, sussurrando-lhe como uma memória dolorosa. Levou a mão á barriga inconscientemente e deixou-se cair ao chão, chorando.

Tinha perdido Ned num acidente rodoviário e a noticia abalara-a de tal maneira que perdera o seu filho com quatro meses de gestação. A única memória que restava do marido desaparecera numa confusão de sangue e lágrimas. Gritou, balançando-se a si mesma enquanto cravava as unhas nos braços.

Aquela era uma dor insignificante perto da dor que sentira ao perder a razão de viver.

Everytime I close my eyes

It's like a dark paradise

No one compares to you

I'm scared that you won't be waiting on the other side

Lysa tinha-lhe marcado alguns encontros desde a morte de Ned, alegando que ela ainda era jovem e ele não ia querer que ela desperdiçasse a sua oportunidade de ser feliz, mas cada um deles havia sido um fiasco. Cat comparava cada um deles ao falecido marido, procurando neles os olhos cinzentos e profundos que lhe liam a alma, os cabelos negros rebeldes, o sorriso timido e sincero. Procurava neles o porto de abrigo que Ned lhe oferecia, o silencio reconfortante que sabiam partilhar, o ombro amigo, mas nenhum deles era igual a ele, e ela não queria mais ninguém.

All my friends ask me why I stay strong

Tell 'em when you find true love it lives on

Ah, that's why I stay here

O suicídio tinha deixado de ser uma opção, apesar de ter tentado matar-se pouco depois do aborto.

Lysa ficara tão ofendida que lhe batera no hospital. Nunca, nos seus vinte e sete anos, Cat a vira levantar a mão a alguém. Depois abraçara-a com tanta ternura que a mais velha desfez-se em lágrimas. A irmã recordou-lhe o quão Ned a amava, e o quão ele valorizava a vida.

Ao tentar matar-se, Cat estava a desrespeitá-lo e ela não suportava a ideia.

Amava o marido.

Recordava a primeira conversa, o primeiro encontro, o primeiro beijo, a primeira noite que passaram juntos. Recordava as primeiras juras de amor, as primeiras brincadeiras, as primeiras brigas, as primeiras reconciliações repletas de beijos e caricias. Ned era a sua vida, o seu tudo.

There's no relief, I see you in my sleep

And everybody's rushing me

But I can feel you touching me

There's no release, I feel you in my dreams

Telling me I'm fine

As mãos de Ned afagavam-lhe os cabelos com carinho e ele sussurrava-lhe contra a pele o quão a amava. Tinham feito amor na noite anterior e sentia-se esgotada, mas satisfeita.

Cat sorriu, virando-se para o marido e puxando-o para um beijo.

– Acordaste cedo – Murmurou-lhe, observando o rosto de Ned contrair-se num sorriso.

– Gosto de ver-te dormir, falas durante o sono sabias?

Bateu-lhe no braço, indignada – Não falo nada!

Eddard riu, abraçando-a com força e Cat fechou os olhos, aproveitando a sensação – Disseste que me amavas – Sorriu – e eu queria dizer-te que também te amo.

– Eu sei – Murmurou, aconchegando-se.

Durante o resto da manhã, deixou-se ficar de olhos fechados enquanto Ned brincava com o seu cabelo e lhe dizia o quão gostava dele.

– Estou bem Cat, tenho tantas saudades tuas.

Oh oh oh oh, ha ha ha ha

I don't wanna wake up from this tonight

Oh oh oh oh, ha ha ha ha

I don't wanna wake up from this tonight

Abriu rapidamente os olhos e levantou-se, confusa. Estava deitada no chão do quarto do bebé e tinha as roupas amassadas. Os musculos doiam-lhe e já era de manhã. Caminhou até ao banheiro, ligou o chuveiro e despiu-se, entrando imediatamente.

A água gelada acordou-a e a magia acabou.


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