Escolhas escrita por Yasmin Nascimento


Capítulo 19
Só quero um pouco de paz...


Notas iniciais do capítulo

Outro capítulo no mesmo dia hahahaha :3

Eu sou do tipo de pessoa que durante a abertura da copa, fica trancada no quarto mexendo no computador :p me julguem...

Boa leitura



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–Eu não tenho o que conversar com você, agora me solta!

–Sim, temos muito que conversar!

–Léon, eu tenho mais o que fazer.

–Vai ser pouco tempo.

Olhei pro outro lado da rua e voltei a olhar para Léon.

–Ok!

Ainda eram cinco horas da tarde. Fomos para o parque do Ibira, ficamos caminhando lado a lado em silêncio. Fiquei de cabeça baixa.

–Por que veio até aqui?

–Precisávamos conversar, você se foi de uma hora para a outra sem nem falar um tchau. Eu fui atrás do Paulo e minha mãe disse que ele tinha viajado. Quando voltei pra casa nem Francesca estava lá!

–Sim, eu vim atrás de minha mãe, estava feliz até você chegar.

–Pelo visto Francesca não te mostrou o vídeo né?

–Que vídeo?

Ele se sentou em baixo de uma árvore e eu sentei ao lado dele. Ele entrou no site de Thamires e foi para os post’s antigo. O vídeo era de aproximadamente vinte minutos, ele colocou logo no final. Eu não acreditei no que eu vi, primeiro eu quis pedir desculpas por ter acusado Léon e nem ter deixado ele se defender, mais então, lembrei que ele já ficou com Lara e não teve a coragem de me contar.

–Agora acredita em mim?

–Sim, claro que acredito.

Ele sorriu e eu me levantei.

–Espera, se você acredita em mim por que vai embora?

–Eu disse que eu acreditava em você, não que eu te perdoava. Paulo me contou que te viu beijando Lara.

–Isso foi um acidente, eu cai em cima dela!

–E seus lábios acidentalmente se encontraram com os delas né? Léon, eu nem sei como um dia eu pude gostar de você!

–Violetta, essa foi a única vez que cometi um deslize assim.

–Léon, eu...preciso ficar um pouco sozinha. Amanhã a gente se vê.

Me levantei e fui em direção ao meu apartamento. Acabei batendo de frente com alguém.

–Desculpa.

–Ei! - olhei e era Paulo - Por que está assim tristonha? E por que está aqui?

–Léon.

–Ele está aqui?

–Sim. - disse meio triste

–Vem, estou voltando pra casa.

Fomos andando até nosso prédio. Paulo foi para o apartamento dele e eu fui para o meu. Estavam todos reunidos na sala, falei apenas um oi e fui para meu quarto. Não estava a fim de falar com ninguém, na real, eu queria fugir, queria sumir da face da terra. Talvez comprar um barco e morar no mar, distante de todos, com o barulho do mar. Era isso que eu precisava ficar longe de todos, quem sabe em uma praia. Eu estava cansada, amanhã seria sábado. Mesmo eu falando para Léon que amanhã nos encontrávamos, eu não iria trabalhar no dia seguinte.

Fui tomar um banho, fiz minha higiene e sai. Coloquei uma roupa folgada e fui para a cozinha, estava morta de fome. Seja lá o que eles estavam conversando, pararam assim que sai do quarto. Eles me olharam como se fosse um monstro de duas cabeças, ou uma garota com três olhos. Apenas ignorei os olhares deles e me dirigi à cozinha. Peguei o resto da macarronada de ontem, esquentei e me sentei no balcão. Era como se eu não estivesse ali, Cami e Broduey também estavam na sala. Quando eu ia colocar a comida na boca, alguém abre a porta com tudo e três pessoas entraram gritando.

–Nossa música tocou na rádio! - disse Paulo pulando em cima do sofá

–Caramba Paulo, olha os modos!

–Desculpa!

–Quem são esses? - perguntou Francesca tirando Paulo de cima do sofá

–Esses são Nathan e Caíque. E esses dois? - ele perguntou apontando pra Cami e pro Broduey

–Essa é a Camila, esse é o Broduey, são amigos nossos.

–Desculpa ter entrado sem bater na porta! - se desculpou Nathan - Estavamos muito felizes e foi Paulo que abriu a porta.

–Sim, a culpa é do Paulo.

–Cadê a Sam?

–Ela foi pra casa da mãe dela. - disse Paulo pegando meu jantar e comendo

–Sim Paulo, você pode entrar na minha casa e comer da minha comida! - falei irônica

–Bom, se não se importarem, temos que ir. - Paulo veio até mim com o prato de comida na mão. Me deu um beijo na bochecha e saiu.

–Depois traga o prato lavado! - gritei

Caíque e Nathan foram atrás. Todos se entreolharam e olharam pra mim.

–Hãn...alguém pode me falar o que tá acontecendo aqui?

–Queremos falar sobre você e o Léon. - disse Naty

–Olha, eu e Léon somos apenas colegas e eu não quero que toquem no nome dele aqui nessa casa entenderam?

–Senta aí e nos escuta! - a voz de Francesca soou tão autoritária que me deu medo

Me sentei no sofá e eles começaram a falar no quanto Léon tinha pensado no que ele fez, que queria meu perdão e que sentia minha falta. Falaram que antes de virmos para o Brasil ele iria me mostrar o tal vídeo em que Thamires o beija. Eu começava a me sentir meio culpada com tudo aquilo. Eu cheguei em casa e perguntei se viriam ou não, nem dei tempo para eles pensarem ou não. Eu deveria ter escrito uma carta para o Léon, ou será que não? Ou será que eu reagi certo sumindo assim? Várias e várias perguntas vinham em minha cabeça.

Me levantei sem mais nem menos e fui para meu quarto. Tranquei a porta e me joguei na cama, eu precisava conversa com Léon, eu precisava tirar esse peso da minha consciência, ele errou mais eu também errei. Eu já nem sei mais se eu tinha razão em ter ficado com raiva dele. Fui tirada de meus pensamentos quando senti um peso caindo ao meu lado na cama. Olhei e era Paulo.

–Trouxe o prato?

–Sim, tá lá na cozinha. Podemos conversar?

–Sobre?

–Hoje cedo você falou que Léon tinha vindo para o Brasil, agora pouco Francesca me contou do tal vídeo da garota beijando ele.

–Hum.

–Vai perdoá-lo?

–Não sei minha vida tá um caos Paulo. Eu sei que eu deveria ter perdoado ele mais ai eu lembro o tal beijo dele com a Lara, ele não me falou nada sobre isso. - disse com algumas lágrimas nos olhos - Eu amo muito ele, mais ele me machucou profundamente.

–Ei, se você realmente ama ele, vai esquecer tudo isso. - ele falou enxugando as lágrimas de meus olhos - Olha só eu e a Samantha, estamos juntos faz dois anos, já cometi alguns erros e ela também, mais nós nos amamos, nosso relacionamento está firme a cada dia. Conversa com ele.

–Eu não sei se devo.

–Vilu, eu te considero uma irmã, não gosto de te ver assim mal. Faz o que eu to pedindo, conversa com ele, vê o porquê dele não ter contado pra você.

–Tá, amanhã eu falo com ele.

–Tá bom, e para de chorar.

Ele me deu um beijo na testa e saiu. Me deitei e acabei dormindo.


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