Escolhas escrita por Yasmin Nascimento


Capítulo 18
O mundo conspira contra mim


Notas iniciais do capítulo

Oiiiie morecos, como estão?
Desculpem pela demora, semanas de provas, gincana de matemática, copa, sem internet, isso resumiu minha semana.

Capítulo novo!!! Boa leitura



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2 meses depois

Nem consigo acreditar que já se passaram dois meses desde que sai da Argentina e vim para o Brasil. Conheci minha mãe, ela trabalha como professora de música. Naty, Maxi, Francesca, Marco, Paulo e Samantha vieram para o Brasil comigo também mais parece que o mundo conspira, não podemos ficar um dia feliz que logo em seguida acontece uma desgraça. Uma semana após chegarmos, Marco recebeu uma ligação de seu irmão Pedro dizendo que sua mãe estava doente, estava internada no hospital havia quase uma semana. Preocupado, Marco quis voltar para o México. Maxi, está ajudando na aula de dança na escola onde minha mãe trabalha, Naty está fazendo artes cênicas, Francesca e eu ajudamos minha mãe com o canto. Não queríamos incomodar ninguém, temos nosso próprio apartamento e cada um ajuda como pode.

–Natália, acorda o Maxi ou os dois vão se atrasar! Francesca, me ajuda a descer com essas caixas! Paulo me ajuda aqui também. Sam...

–Deixa que eu vou esperar o Maxi e a Naty pra levar eles, vão indo na frente ou vocês que vão se atrasar. - Samantha disse me interrompendo

–Ok! - sorri - Obrigada Sam! - dei um beijo na bochecha dela e fui em direção ao elevador

–Tchau amor! - Paulo deu um beijo nela

–Paulo!!! - Francesca gritou e ele veio correndo

Assim que saímos do elevador, deixamos as caixas juntas com as outras.

–Pra que é tudo isso mesmo?

–Apresentação, bora Paulo, pega uma caixa e leva pro carro!

Saí na frente. Arrumei tudo no porta mala e entrei no carro. Fui no banco de trás e Francesca e Paulo foram na frente. Nenhuma viagem nossa era normal, bastava colocar uma música e ficávamos feito loucos cantando e dançando dentro do carro. Paulo havia começado um projeto novo chamado “Fly”, ele sempre estava ocupado, mais sempre nos ajudava com o que era preciso. O trânsito não estava nada bom, com certeza chegaríamos atrasados. Por incrível que pareça hoje estávamos quietos, até estranhei isso um pouco. De dois em dois minutos Paulo e Fran se entreolhavam e pareciam dialogar apenas com o olhar.

Passamos mais meia hora dentro do carro e então, conseguimos chegar no nosso destino. Tiramos as caixas do carro e levamos para o ginásio. Assim que entramos, fomos fuzilados com o olhar da diretora da escola.

–Atrasados de novo hein? Assim não dá, será descontado novamente do salário de vocês três!

–Pra deixar bem claro Dona Cinthia, eu só estou ajudando, não ganho salário, mais se...

–Paulo! - falei

–Que foi? Ela quer descontar do meu salário sendo que eu não ganho nada!

–Não vou tolerar atrasos de funcionários em minha instituição! - ela quase arrancou minha alma com os olhos dela. Logo após nossa conversa matinal, ela saiu.

–Por que será que eu tenho uma impressão de que ela não gosta da gente?

–Sei lá, vamos logo levar essas coisas pro palco da querida instituição dela! - disse Francesca andando

Fomos logo atrás dela. Minha mãe estava no palco ajudando seus alunos, era incrível como ela sempre estava sorrindo, até mesmo quando tinha que levar bronca no nosso lugar. Paulo teve que ir embora deixando apenas eu e Francesca arrumando as coisas.

–A cortina ficou torta Francesca! - gritei

–Ah! Então vem aqui ajeitar! - ela falou descendo as escadas - Isso pesa se você não sabe!

–Tá, me desculpe querida! Deixa que eu vou!

Subi as escadas. Coloquei a cortina no lugar certo, nem pesava tanto assim.

–Francesca, segura a escada!

–Tô segurando!

–Me dá a outra ponta!

–Ta bom.

Terminei de colocar a cortina e desci as escadas. Olhei para o público e vi uma garota de cabelo ruivo.

–Olha, eu acho que tá um pouquinho torto. - a garota disse

–Cami?

Ela sorriu. Sim, era a Cami. Francesca correu e deu um abraço bem apertado nela, fiz a mesma coisa.

–Você está tão diferente! - disse sorrindo - Eu estava com saudades!

–Eu também, cadê os outros? - perguntou

–Bom...cada um seguiu um caminho, apenas eu, Fran,Naty e Maxi vinhemos para cá.

–E o Léon?

–Eu não quero falar sobre isso.

–Tudo bem.

–Mudando de assunto, como soube que estávamos aqui?

–Broduey dá aula a algumas quadras daqui. Minha boutique é aqui na frente, eu vi vocês entrando e acabei vindo.

–Uma boutique? - olhei pra Francesca - Tá podendo hein? Que mais ainda não sabemos?

–Que vão ser titias!

–Você tá grávida? - perguntou Francesca de boca aberta

–Sim! - respondeu Cami sorrindo

–Broduey não perde tempo... tá de quanto tempo?

–3 meses.

–Mais... Vinhemos faz mal dois meses... Você já estava antes de vir para o Brasil e não contou?

–Eu não tinha certeza, eu descobri assim que cheguei aqui.

–E o seu trabalho, como ficou?

–Eu ganhei uma fortuna, literalmente fiquei rica!

–Isso, joga na cara que tem mais dinheiro que nós. - falei

As duas começaram a rir, Cami contou como ficou a vida dela depois que assinou o contrato de modelo. Ela nos ajudou a arrumar tudo para a apresentação. A tarde tinha sido muito divertida, então como eu disse, o mundo conspira contra nós. Marco ligou super desanimado, com a voz triste e trêmula. Sua mãe havia falecido. Foi um choque para todos inclusive para nós. A mãe de Marco era uma das melhores pessoas que conhecíamos, todos os anos antes das férias, ela ia fazer uma pequena visita a nós e sempre fazia as melhores comidas que havíamos provado. Ele voltaria na semana seguinte.

–Essa escola vai ir ao fundo do poço assim! - falava o professor Roberto. Uma das coisas que ele mais era parecido com Gregório era a chatice - Essa instituição vai de mal a pior, já não basta essas duas ainda trás mais esse daí!

–Fique calado Roberto! Meninas! - chamou minha mãe - Quero apresentar a vocês o novo colega de trabalho, Léon!

–O QUÊ? - gritei - Não, nada disso! Eu concordo com o professor Roberto, não podemos aceitar ele para trabalhar aqui conosco.

–Por que não? Ele é ótimo! Léon, ajude as meninas no que elas precisarem, eu vou levar meus alunos de volta para a sala pois logo chegarão os alunos do outro turno.

Ela saiu. A vontade que tive foi de socar a coisa mais próxima de mim, mais depois eu sentiria pena do estado físico que Cami ficaria.

–O que...você...faz...aqui?

–Agora eu trabalho aqui! - disse Léon sorrindo - Em que posso ajudar?

–Você pode colocar isso ali atrás! - falou Cami sem nenhuma expressão no rosto

–Tá! - ele foi colocar o fundo do cenário

Continuei o que eu estava fazendo em silêncio. O dia passou lentamente, eu podia sentir Léon me olhando de cinco em cinco minutos. Cami precisou voltar para a loja dela e Francesca foi junto, minha mãe estava em sala e apenas eu e Léon estávamos no ginásio. Léon se aproximou, mais eu fui em direção as cadeiras do público. Peguei minha bolsa e fui para o lado de fora da escola. Quando ia atravessar a rua para ir até a loja da Cami, alguém me puxou pelo braço.

–Precisamos conversar!


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Notas finais do capítulo

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