Greycity- Elementis Magi escrita por Selaya


Capítulo 3
Provocações e confusões


Notas iniciais do capítulo

Opa! O número de visualizações aumentou e isso me deixou feliz para fazer este capítulo. As cenas de açção começaram a partir do próximo episódio.



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Tamborilou os dedos sobre a mesa, batucou com o lápis e quase chegou a se engasgar com um papel, porém nada deixava-na tranquila nesse seu segundo dia na escola. As aulas de física, português e matemática passaram e agora, a última antes do intervalo, era biologia. Liz sentou-se ao seu lado no laboratório e ela não parecia confortável com os olhares recebidos.

— Olhe, todos esses rapazes não param de te olhar!

— Nem todos, tem um que só tem olhos para você. – ela sorriu de canto, mudando de assunto.

Thalia forçou toda sua visão periférica para observar Isaac olhando-a fixamente. Um stalker. Porém, assustador e sexy.

— Senhoritas, poderiam parar de fofocar? Terei de mudá-las de lugar! No primeiro dia de aula já estão assim... – exclamou a senhora de cabelos grisalhos que puxara Liz pelo ombro e mandou-na para o lugar do stalker, quer dizer Isaac, que caminhava em sua direção de um modo desleichado. Seguiu andando até finalmente encontrar a carteira, deitando-se na mesa e chamando a morena com os indicadores, que subira por cima dele, até que finalmente selou ambos lábios, num beijo ardente. Então a professora gritou “Venha logo, Isaac. Não temos o tempo todo!” E adeus sonho. Thalia estava tão hipnotizada que só percebeu-o quando ele deitou-se na mesa.

— Por que? Ahn... – dissera aparentemente vermelha, céus, isso que seria um déjá-vu?

— Biologia, ué... Você tem que me examinar. Veja meu pulso, meu coração, minha língua... – dissera o acastanhado, deixando a garota muda. Era para realmente levar na malícia? Dera de ombros, optando por deixar pra lá.

Pegara um palito de sorvete, tomando cuidado para não o enfiar em sua goela. Não sabia exatamente o que fazer, parecia normal, tirando a parte de seus dentes excessivamente brancos. Tirou um estetoscópio e colocou-o no peito do rapaz.

Respirou fundo e Isaac riu, como se fosse engraçado seu nervosismo! Passara o estetoscópio por baixo da blusa do acastanhado e acabou por sentir seu abdome definido. Tentara não olhar pro sorriso desleichado do outro que se encontrava tranquilo.

— Calmo... Até demais. Quer dizer, tu é um paciente doente, tem que estar... – mal completara a frase e Isaac deu uma gargalhada mais longa que o normal. Sentou-se e sussurrou baixinho em seu ouvido:

— Você deveria fazer esse papel. Seu coração palpita rapidamente, seu rosto é vermelho e mal tem febre, em sua boca, nenhuma doença ou um defeito sequer; bem talvez um único: estar longe da minha. Sua doença é um caso raro de medo de se apaixonar por mim, porque sabe que sou um cara errado. E, o único modo de cura é enfrentando, prove-me, Thalia. – sorriu malicioso fazendo-a gelar. Que homem, senhor, como resistir a uma tentação irresistível? — Estou brincando, verifique meu pulso. – tentara não demonstrar sua decepção. Suspirou e segurou seu pulso. Um choque grande lhe fez xingar. Droga, ele pensaria que era pra ele! Isso, Thalia, continue sendo burra.

— Quente... Até demais. Como está? – disse confuso. Sinceramente, que diabos de trabalho era aquele? A velha explicara que tinham de encenar uma consulta médica de rotina, como os médicos e em seguida deveria entregar o relatório. Mas o quê Isaac tinha dito mesmo? Ah, como estava.

Como está o que Jesus? Eu? Ai, meus poderes porra, estão descontrolados? Isso é hormonal? Verifica o pulso, idiota!

— Não tem nada, está normal, ouve um aumento, mas logo passou... – mentiu, mal sabia dizer o diabos da pulsação. Escrevera o relatório na folha e entregou para a velha. O sinal tocou e tudo o que vira foi Isaac umedecendo os lábios e dizendo “Foi bom fazer trabalho contigo”.

Os olhos celestiais da garota seguiram para o fim do corredor, assim quando obrigou sua perna a se mover. Eles gritavam animadamente “ briga” como a multidão em seu sonho. Barraco no primeiro dia de aula, quem seria a peste? Aproximou-se a tempo de ver um louro e um acastanhado se esmurrando. Um deles era Chris. Viu também que o outro menino colocara os braços para trás e que movia uma bola com magia estelar. Céus, aquilo era tão forte que apenas magos superiores aguentariam. Era hora de impedir. Pedindo liçença, enfiou-se no meio.

— Saia da frente, inicianda! – gritou o mago, agora reconhecido como Toby.

— Regra número um: nada de magia na frente dos tolos!- sussurrou no ouvido deste.

Uma morena de corpo curvilíneo massageou as têmporas e saiu empurrando a todos, gritando:

— O que está sussurrando pro meu namorado? Olha, sua vadia, ele é meu! – dissera, logo atacando-se com Thalia, puxando os fios negros da mesma, com ira.

— Para, sua louca! – ela estapeava a patricinha para que ela soltasse os seus cabelos. E então viu Isaac. Miriã e Toby também o viram e quase como mágica eles congelaram. Completamente parados, assustados e até mesmo Chris parou desentendido.

Isaac deu dois passos á frente e falou baixo, para que a multidão não ouvisse:

— Vocês estão em uma fria. Eles tem câmeras por todo lado, devem estar vindo. – cruzou os braços e logo um rapaz alto, grisalho com uma cicatriz no rosto surgiu.

— Vocês aí, venham comigo! Andem, os quatro. Adolescentes idiotas... – a morena seguiu andando e percebeu o nome na jaqueta negra de motoqueiro: Inspetor Álvaro.

Após algumas horas de falação sobre as regras em College Hills, ele informou que os pais de Thalia e Chris seriam informados e que ambos receberiam uma suspensão. Já Miriã e Toby, não receberiam nada, pois a escola ligou para universidade que disse não poder puni-lós já que estavam fora dali; os pais deles também não seriam avisados já que ambos eram maiores de idade. Tremenda injustiça deixou Thalia a beira dos nervos. Olhou para cima, jurando não chorar. Mas ao sair da sala vendo os mais velhos se afastando e rindo, desabou porque não sentia-se suficiente.

Sentiu os braços fortes apertando sua fina cintura, sentiu o hálito incrível de hortelã e grandes palavras em seu ouvido:

— Não importa o que aconteça, se ela estivesse viva, se orgulharia de ti. Não importa as brigas, anotações ou cabelos arrancados, o importante é o que você é, aí dentro. E eu estou aqui.

Thalia aconchegou-se no outro e sentiu o olhar de reprovação de Chris. Mas ela não ligava para nada, para brigas, para Chris, ou o fato de ter conhecido Isaac ontem e ele já saber de sua mãe. Ela só aproveitou o momento. Ele arrumou seu cabelo que Miriã bagunçou e sumiu. E ela mal sabia se isto foi verdade ou não. Apenas foi para casa, esperando seu pai chegar e fazendo pequenos dragões de fogo com os dedos. Ouviu a campainha tocar e uma parte de si sabia quem era... cheiro de hortelã. Abriu a porta.

— Vai um chá aí? – disse o loiro sorrindo com as ervas na mão.

— Oh Chris, entre. – ela não demonstrou decepção, embora sentira um pouco, talvez um décimo.

— Não deveria se preocupar tanto... Seu pai está ocupado, nem vai perceber. Ei cadê a chaleira? – disse lavando as plantas.

— No fogão, com café. Ocupado, hein? Não tô sabendo disso.

— Quem guarda café numa chaleira? Tem cafeteira para quê? Sim, Liz me disse que ele disse para Elizabeth que um evento de grande porte não deveria ser feito ás pressas, que tinha de pensar... – disse enchendo a chaleira com água e colocando-a para ferver.

— Preciso investigar... – comentou observando o relógio, Liz ainda deveria estar na escola e decidiu por mandar um sms:

“Liza, preciso falar com vc, quando sair me liga pfv :/”

— Quer ajuda? Começamos agora.

— Sim! Quer dizer... Não precisa.- corrigiu, pois caso achasse um livro de magia, não conseguiria explicar.

No fim, passaram a tarde comendo biscoitos e bebendo chá, até Chris ir embora e quase ser atropelado, a morena pensou que ele se salvou da morte duas vezes, pois Toby mandando um feitiço tão forte iria matá-lo. A briga foi só um motivo para tudo. Tyler e Miriã planejaram tudo e ela não sabia o por quê. Um estrondo no andar de cima fez a garota correr. E lá estavam, duas pessoas deitadas em sua cama.

— Toby se cortou ao quebrar a janela, não é triste? Eu lhe disse, vamos bater na porta, mas ele achou que você não nos atenderia. Não entendi, afinal somos amiguinhos. – disse a morena sínica com seu nariz empinado.

— Olha, seus vermes... – E então a campainha tocou. Novamente.


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Notas finais do capítulo

Ok, foi fraco. Mas eu ainda to morrida com essa cena do Isaac sedutor, céus, estou me apaixonando por um personagem criado por mim! Aguardem o próximo capítulo, ele está demais



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