Greycity- Elementis Magi escrita por Selaya


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Bem-vindos a Greycity :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/487576/chapter/1

Os olhos negros e irados do humano se encontravam em Jenny.

—Você é uma bruxa, você e essa criança! Ambas devem morrer! – gritou o homem sacudindo a tocha, enquanto as chamas dançavam pela madeira. Em seu rosto, havia fúria. Pois algo dentre de si, sabia que a causa de tudo que acontecia era daquela velha. Aquela que amaldiçoara a tão amada cidade.

— Por favor, ela é só um bebê, não tem culpa de nada, deixem-na viver... – implorou a loira com os olhos azuis lacrimejando.

Falsas, claramente. Jenny sabia como conseguir o que queria e quando queria. Algo fez com que eles parassem. Não era compaixão, mas sim um toque de manipulação em humanos tolos, sempre funcionou afinal. E ela não perdeu a chance de fugir dali, sabendo do perigo que corria com o movimento político e social aclamado pela população, a caça ás bruxas. Tudo começara com a epidemia de malária e o crescente número de mulheres mortas acusadas de bruxaria. A ignorância daqueles seres era pútrida, ao seu ver. Adentrara a pequena casa de sapé bruscamente, buscando quaisquer item precioso que era enfiado em uma pequena trouxa sobre os braços.

— Edmund, eu vou embora! – exclamou, logo vendo a figura do menor surgir. Os cabelos negros de Edmund ocupavam sua fronte e seus olhos eram cinzentos e serenos, mas ainda sim, seu semblante era vazio.

— Você acha que consegue escapar? De humanos burros, é óbvio. Mas deles não. A seita sabe onde todos nós estamos. Nós magos, nascemos quase com um rastreador. Ao descobrirem que você usou magia negra, matarão você e ela... – dissera o jovem tranquilo girando uma maçã mordida.

— E você não se importa? Ela é sua irmã! Você... Vai... Me ajudar a fugir!- dissera a velha, com o semblante irado, fitando o menor. Aproximara-se, fazendo com que o garoto batesse as costas na parede e cerrou os punhos sobre seu pescoço, apertando firmemente, até ver a coloração do rosto do outro tornando-se avermelhada pela falta de ar. Ele jogou-na com força para longe, não escondendo a feição de repudio, sentindo o coração palpitar.

— Não vejo o por quê, querida bisavó. Você destruiu minha vida. - murmurou, sem ligar para a reação da outra. Ele lembrou-se das histórias que sua mãe dizia sobre a maldição que a bisavó rogou. Sua mãe fazia uma imitação tenebrosa da velha e esse pensamento lhe fez estremecer, porque ela estava morta e a culpa era dela. De Jenny.

Observou atentamente o olhar assustado da mulher, que agora já carregava a criança em braços, sua querida irmã. Quando Jenny matara sua mãe, quando ela soltara o último suspiro, seu olhar era direcionado a filha. Prometera que protegeria a mesma, mas jamais conseguiria manter tal promessa, pois havia algo maior ali: a sua própria criança, que ainda habitava o ventre de sua esposa.

Era a hora:

— In nomine... – retirou da bainha uma espada, segurando-na firmemente, enquanto a movia sobre o ombro direito da mulher. — Veritas... – murmurou, com um sorriso de canto ao ver a velha contorcer-se, já sentindo a dor. — Amen... – elevara a espada aos céus, pedindo aos grandes sábios tudo que desejava. Era agora ou nunca. — And attack! – grunhiu por fim, disparando a espada para a bisavó que deu um grito agudo, decepando-lhe a cabeça, sujando toda sua roupa com o tom vinho de sangue e com apenas um toque de dedos, todo seu corpo pegara fogo. Estava feito, só era necessário saber se o desejo seria realizado.

Uma garota ruiva, de cabelos avermelhados e profundos olhos verdes surgiu, com um sorriso brando no rosto. As pequenas e delicadas mãos alisavam a barriga, já com uma certa saliência. Ela aproximou-se do outro, tocando-lhe o rosto com ambos indicadores, acarinhando as têmporas.

— Muito bem, meu amor! Isto é mágico e garantirá a proteção de nossa filha. Estou tão orgulhosa!

Mas Edmund não sentia-se orgulhoso. Sentia-se frio por não conseguir sentir tristeza por alguém de sua família. Ela pedira por isto, não? Se aquela droga de maldição não existisse, sua mãe não teria morrido e consequentemente ele não teria se tornado o ser pútrido que hoje era. Não teria que fazer quaisquer sacríficio para salvar sua filha.

Ambos abraçados, assistiram o corpo da velha e da criança pegarem fogo, tornarem-se cinzas e serem esquecidas para sempre.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A estória nos primeiros capítulos serão baseadas pela vida normal de Thalia. Depois ocorrerão os acontecimentos de ação. Espero que gostem.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Greycity- Elementis Magi" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.