Doze Verões escrita por Natália


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Hey fofas, bom esse é o primeiro capitulo, espero que gostem. Comentem, irei responder todos com muito carinho,qualquer dúvida sobre a história podem perguntar *-*Boa Leitura!



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Primeiro Verão.

“ A pequena garota corria alegremente pelo imenso jardim de sua casa, seus cabelos se movimentavam de acordo com o vento. Logo atrás de si encontrava-se Federico, seu primo, ou irmão como se tratavam, afinal foram criados juntos desde que se entendem por gente. Ouvia-se o riso alegre da garotinha de cabelos pretos, esta era Francesca, melhor amiga de Violetta e uma irmã para a mesma. Aquele lugar era admirável, a água da piscina, tão limpa que com a luz do sol naquela tarde chegava a parecer cristalina, perto do local encontravam-se sentadas Angie mãe de Violetta e Maria que era mãe de Federico e irmã da mãe da Vilu. Logo pode-se avistar duas mulheres saindo da porta dos fundos da casa, cada uma carregava uma bandeja sendo uma com sucos e outra com lanches, e com dificuldade por conta das três crianças que encontravam-se correndo pelo imenso e vasto quintal chegaram por fim até a mesa onde se encontravam as duas irmãs que sempre foram unidas. Estas eram Olga a empregada da casa mas que era mais que isso, era alguém que todos consideravam ser da família, e a outra era a mãe de Francesca, Eduarda.

–Crianças, venham! –Ouviu-se o grito de Angie chamando Federico e as garotinhas para poderem todos lanchar todos juntos, e sua vontade foi feita ao ver os pequeninos se sentarem nas cadeiras que até então eram enorme para as três crianças ali presentes. Logo se ouviu latidas, latidas que ecoavam pelo jardim. Os ali presentes olharam em direção a qual se vinha o barulho dando de cara com Germán que acabava de chegar de seu trabalho com seu amigo e também empregado Ramalho. Mas o que chamou a atenção foi o pequeno cachorrinho que se encontrava nos braços de Germán, que logo chegou perto dos que já estavam no jardim a um bom tempo. Os olhos de Violetta brilharam ao encontrar a cabecinha do pequeno cachorro, afinal ela adorava animais.

–É para você Vilu - Disse Germán colocando o cachorrinho no colo da filha que logo estava rodiada por Federico e Francesca. –E claro que para vocês também. –Respondeu ele passando a mão pelas cabeças de Francesca e Federico e logo após se sentando junto aos ali presentes, o mesmo ato cometido por Ramalho minutos antes e cumprimentando a todos ali.”

–Violetta, rápido! Quero só ver quando você perder o voo! –O grito de Angie pode ser ouvido por toda a imensa sala.

–Calma mamãe, já estou indo! –Falou Violetta em resposta do alto da escada, atrás da mesma estava Federico com diversas malas, o que dificultou e muito a sua descida até de encontro a Angie e Francesca que estava ao lado de Olga que já se encontrava em prantos.

–Violetta, francamente você está indo passar o verão lá ou a vida toda? –Questionou Federico com a aparência cansada soltando todas as malas ao chão e enfim parecendo poder respirar tranquilamente.

–Ai de você se quebrar alguma coisa dentro da minha mala, faço você catar cada caquinho de vidro com as mãos sem luvas! –Ameaçou a pequena Violetta. -Tia, olha ela! –Reclamou Federico -Minha pequenina, nunca passou um verão se quer fora da minha ilustre presença! –Começou Olga a dramatizar.

–Olguinha, não se preocupe, logo estou de volta, eu prometo!

–Prometeu a garotinha que para os seus cinco anos era muito esperta assim como Fran e seu primo.

Depois de minutos, enfim conseguiram entrar no carro onde Angie dirigia, não fora nem um pouco fácil controlar Olga que não queria deixar ninguém sair da imensa casa de luxo onde Violetta morava.

E assim que chegaram ao aeroporto internacional de New York logo ouviram a chamada do voo com destino a California ecoar pelo enorme aeroporto. Logo assim todos se despediram de Violetta que passou pelo portão de embarque com destino a casa de seu pai. Claro que depois de prometer que manteria contato com todos, que jamais esqueceria os bons modos e de sempre respeitar a todos. Violetta assim como Fran e Federico sempre teve uma educação esplêndida.

Os pais de Violetta, Angie e Germán haviam se separado a dois anos atrás, a garota definitivamente não entendia o motivo, já que todos que viviam em volta do casal os caracterizava como imensamente felizes, e pelas lembranças de Vilu isso era a mais pura verdade. Adentrou o avião, deixando Angie, o primo e a melhor amiga chorando afinal nunca ficaram longe, com a ajuda da aeromoça achou rapidamente seu assento onde se sentou e foi colocado o sinto do assento sobre ela, pela aeromoça.

–Obrigada - Sorriu gentilmente Violetta, e com um sorriso estampado no rosto da jovem moça que ficou encantada com a garotinha, Violetta a viu se retirar.

Violetta era muito inteligente, seu pai havia ido passar o verão em New York nos dois primeiros anos da separação, Violetta nunca ficará tanto tempo quanto ficaria agora fora de casa, porém aceitou ir para a Califórnia, não queria ver ninguém magoado e Fran havia dito a amiga que passaria rápido. O que Vilu mesmo queria era que tudo voltasse a ser como antes, todos morando em New York, mas também não tinha do que se questionar vivia muito bem e sabia o quão felizes estavam todos e isso já bastava para a pequena.

“ –Esperem! – Ouviram-se gritos da pequena garota que corria em direção a porta que dava a frente da enorme mansão. Ela puxava Sam, a cachorra que ganhará de Germán, pela coleira florida com a cor lilás que a garota fizera questão que comprassem. – Você não vai sem a Sam, vai? –Indagou a pequena elevando seu olhos em direção a Germán, o mesmo se agachou para poder ficar a altura de Vilu e acariciou a cabeça de Sam, que era parte da família.

–Não posso querida, Sam é sua. –Explicou Germán a garotinha.

–Não, leve-a não tem problema, assim quando estiver longe é só olhar para ela e se lembrará de mim. –Respondeu Violetta estendendo a ponta da coleira a Germán. –Por favor? –Pediu ela.

Germán pegou a pontinha da coleira e com a outra mão retirou do seu bolsa da camiseta um chaveiro, aquele chaveiro Violetta conheceria em qualquer lugar, ela havia feito na escola e dado de presente ao pai no dia dos pais. Germán gentilmente colocou o chaveiro nas pequenas mãos da garota e indagou:

–Fique com ele, assim quando tiver saudades é só olhar para ele e saberá que sempre estarei aqui.

Depois de algum tempo e despedidas, Violetta pode avistar o carro de seu pai se afastar até o perder de vista.” Violetta não poderia negar, a saudade era evidente, claro tinha seu Tio Pablo que era pai de Federico, Vilu o adorava, Pablo e Germán eram grandes amigos, assim como Ramalho era dos dois, bom Ramalho havia ido embora junto com Germán, afinal ninguém mais que Ramalho sabia lidar com os negócios junto ao pai de Violetta, além de serem grandes amigos. Ah, quando Ramalho anunciou a sua ida para a Califórnia Olga armara um grande escândalo, até os dias atuais ela não se conforma de maneira alguma, mas teve de se acostumar, assim como todos porque querendo ou não nada era como antes.

A voz da aeromoça preencheu o avião, anunciado assim que o avião enfim pousaria em alguns instantes no aeroporto internacional da Califórnia. Violetta suspirou com o anuncio, até que enfim chegará a seu destino.

Logo assim que pousou o avião, Violetta ao descer pode constatar que se encontrava de tarde, mais clara, era praticamente quase a hora do por do sol.

Quando passou pelo portão de desembargue passou seus olhos pelo resinto na tentativa de encontrar seu pai, depois de alguns segundos avistou um homem um tanto alto, com os cabelos escuros e a pele branca. Ela conheceria a distância que fosse aquela figura que passava seus olhos pelo aeroporto procurando Violetta. Com certeza para ele seria mais difícil, achar aquela pequenina garota no meio de tanta gente que vagava para lá e para cá, umas apressadas para pegar o avião, outras se despedindo e tinha aquelas emocionadas ao reencontrar pessoas queridas.

A menina correu ao encontro de Germán abraçando suas canelas o que o fez de imediato a olhar e se agachar assim podendo se abraçar, e descarregar aquela saudade desde o último verão que Germán viajará para NY. Claro se falavam por telefone, cartas mas nunca seria a mesma coisa.

–Vilu, que saudades! –Exclamou o moreno ainda abraçado a filha – Poderia falar o quanto cresceu, mas sabe não foi tanto assim. –Disse ele rindo, o que fez a menina fazer careta para o mesmo.

–Bom, está com o cabelo mais branco desde a última vez. – Indagou a garota, eles tinham esta mania de implicarem um com o outro. –Cadê a Sam? –Perguntou a garota o que queria a muito tempo saber.

–Sam está em casa, é melhor irmos antes que ela derrube a casa toda, e olha que isso não é nem um esforço para aquela bola peluda. - Explicou Germán provocando risadas na garota.

Então assim foi feito, Germán pegou as inúmeras malas de Violetta, o que o fez lembrar de Angie, as duas eram idênticas, sempre exageradas.

–E sua mãe? Ela está bem? –Perguntou ele como se aquilo fosse normal para ele.

–Em primeiro lugar, você não sabe fingir que não se importa – Disse Violetta – E em segundo, sim, mamãe está bem – Respondeu a garota por fim.

–E os nanicos? –Perguntou seu pai agora se referindo a Francesca e Federico.

–Estão bem, e antes que pergunte Olga e os Tios também estão bem, aliás, todos mandaram lembranças e disseram que é para você ir logo para New York. Acha que passará o Natal lá? –Perguntou Violetta levantando seu olhar, que expressava esperança com uma mistura de ansiedade.

–Quem sabe... –Respondeu ele olhando para frente, e parando de frente ao porta malas de seu carro importado, colocando todas as malas ali, caso que se fosse Federico ficaria reclamando por toda a vida. Ao lembrar-se de seu primo e sua melhor amiga, sorriu, já estava com saudades, ela sabia que se não quisesse não teria que viajar para passar o verão na casa do pai, mas já que ele não poderia visita-los neste verão a mesma foi sem reclamações, pois a saudade a consumia.

Depois de algum tempo Violetta percebeu o carro ir diminuindo a velocidade até parar por completo em frente a uma casa, linda por sinal, que ficava de frente a praia. Vilu ficou encantada com tamanha beleza natural daquele lugar, o céu estava extremamente azul e as águas do imenso mar, que se podia ver o começo, mas não seu fim, era cristalino. O que despertou a menina de seus pensamentos foi a porta do lado a qual a mesma estava sentada ser aberta, então se revelou a figura de um homem, Ramalho, que estava com um sorriso gigantesco em seu rosto, Violetta rapidamente saltou do carro abraçando Ramalho, que era também como um tio para a mesma.

–Olga adoraria estar aqui. –Comentou a garotinha com um sorriso no rosto. –Sabe Ramalho, ela sempre reclama de você nunca ir visita-la. –Constatou.

–Muitos negócios Vilu, a empresa está fechando um contrato enorme. –Explicou ele, na tentativa de fugir daquela conversa.

–Vamos entrar - Disse Germán parado a porta, Violetta então percebeu que ele já havia levado suas malas para dentro da casa.

Ao adentrar a casa pode perceber que era muito bem decorada, Germán e Angie eram assim, ambos tinham bom gosto. A sala era clara, com portas retratos espalhada pela casa, muitos Germá estava com Angie e Violetta. A garotinha como era esperta, já tentará fazer com que os pais se reconciliassem, mas não saiu como planejado, e claro que junto estava Fran e Fede, os três juntos eram como Os Três Mosqueteiros, só que melhor segundo Federico. Violettta sentiu um peso sobre si que a fez cair sentada no chão, a garota soltou gargalhadas e seus olhos brilharam ao constatar a criatura que a derrubará.

–Sam! –Exclamou ela abraçando a cachorrinha.

Depois de todos os cômodos apresentados, Germán e Vilu foram passear na praia, Violetta sentia a maciez da área em seus pés enquanto o vento fresco lhe batia a face fazendo seus cabelos sobrevoarem.

–Olá senhor Germán. – Violetta se despertou, ao ouvir o som dessa voz tão melancólica e dócil. Permitiu-se virar a cabeça para o lado ao qual se pai estava sentado, e encontrou um garoto, da sua estatura mais ou menos, ele deveria no máximo ser mais alta que ela no mínimo um centímetro, seus olhos eram verdes e pareciam águas cristalinas esverdeadas, em seu rosto esboçava um sorriso resaltando suas covinhas que simplesmente eram encantadoras. Violetta sentiu a cachorra que estava ao seu lado deitada se levantar e indo em direção ao menino que já estava sentado ao lado de Germán ao qual o seu nome ainda era desconhecido por Vilu. –Hey Sam! –Exclamou o garoto alegre acariciando a cabeça de Sam.

–Olá Leon, quero te apresentar a minha filha Violetta, Vilu este é Leon nosso vizinho, ele igual a você só passa as férias aqui no verão. –Falou Germán sorrindo. Então este era o nome do garoto dos olhos verdes, Leon.

–Oi Violetta, o senhor Germán fala muito de você. –Comentou Leon sorrindo para Vilu.

–Oi - Respondeu apenas, Vilu.

–Já disse que não precisa me chamar de senhor Leon. –Comentou Germán. –Bom preciso acertar algumas coisas do trabalho, podem ficar ai conversando. –Terminou o pai de Violetta se levantado e caminhando em direção a casa.

–Bom, então veio passar as férias aqui na Califórnia? –Perguntou Leon tentando puxar assunto.

–É sim, bom meu pais se separaram faz três anos, ele não poderia ir nos visitar esse ano então decidi vir. –Respondeu prontamente a garota. –E você? Pelo que papai disse também veio passar as férias aqui.

–Oh, sim. Meus pais também se separaram uma separação amigável, estou com meu pai agora e vim passar as férias com minha mãe. –Esclareceu o menino.

E assim continuaram, conversando como se fossem amigos desde que se conhece por gente, que nem perceberam o tempo passar.

–Não acredito nisto! –Gargalhava o garoto. Violetta achou encantador o som dos seus risos era tão verdadeiro

–Sim, bom nunca gostei muito da Esmeralda –Explicou a menina – Fede e Fran igualmente, aliás, ela mereceu o banho de água com penas por ter tirado os sorvetes da gente. –Defendeu-se a garota contando umas de suas travessuras ao lado de seus tão amáveis e inseparáveis amigos.

E assim foi se passando o tempo, o verão foi ótimo, passou rápido, deve-se admitir. Durante o tempo de estadia na casa do pai, Violetta e Leon se tornaram grandes e inseparáveis amigos. Ela contava tudo o que se passava cada dia por meio de redes sócias e telefonemas a seus amigos, seus tios e claro a sua mãe e sua adorável Olguinha. Comentará tanto de Leon que Federico até teve uma crise de ciúmes, alegando que o garoto queria roubar seu lugar de irmão de Vilu, mas logo se tranquilizou, e estava animado para conhecer Leon. Leon não fora diferente, sempre falava com seu pai e seus amigos: Ludmila e Marco. O tempo foi se passando e o último dia de verão logo chegou, e lá no aeroporto se encontrava, Violetta, Germán e Leon. A mãe de Leo não pode ir se despedir de Vilu, a qual tinha como uma filha, pois tinha assuntos a tratar na empresa a qual trabalhava. Ramalho foi cuidar dos negócios enquanto Germán levava a filha ao aeroporto. Não queriam admitir, mas estavam emocionados. Gemán depois de dar um grande abraço na filha foi levar as malas deixando a garota a sós com Leon.

–Sentirei sua falta. –Admitiu ele fitando o local onde havia enormes aviões aterrissados.

–Também irei sentir sua falta. Iremos manter contatos todos os dias. – Respondeu a garota atraindo o olhar do garoto, que apressadamente a abraçou.

–Jura não se esquecer de mim? –Perguntou ele.

–Nunca poderei me esquecer, nem que quisesse. E aí de você, Vargas, se esquecer de mim. –Disse ela se separando dele e o fitando.

–Isso seria impossível, adorei esse verão. –Sorriu ele, o que de imediato fez um grande sorriso surgir no rosto angelical da menina.

–Vamos. –Disse Germán, ambos caminharam ao portão de embarque.

–Bom está na hora, nos vemos no próximo verão e, por favor, tentem não ficar choramingando pelos cantos o quanto sentem minha falta ok? –Disse Vilu e os três riram.

E então a pequena figura atravessou o portão e a última imagem que viu daquele lugar foram Leon e Germán acenando para o avião que logo se encontrava nas alturas do céu.

Era hora de voltar para casa, aquele verão foi inesquecível, acabou com as saudades do pai, e conheceu um amigo, já o incluía até mesmo no esquadrão formado por ela, Federico e Francesca.

E aquele foi só o primeiro verão, o primeiro verão que passará ao lado dele, Leon Vargas, só o primeiro verão.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, deixem os comentários, se puderem favoritem e recomendem... Agradeço fofas! *-*