Prisioneiros escrita por Mrs Know All


Capítulo 19
Novamente Malfoy?


Notas iniciais do capítulo

Vou ser curta e grossa.
O número de comentários vem caindo bastante, se não estão gostando de alguma coisa M.P., por favor.
Eu tenho muitas coisas para fazer, então 3 minutos para comentar não faz mal, pois eu gasto muito mais para escrever. Novo acordo, da ditadora aqui. Poucos comentários? Capítulo demora de sair.
Desculpa a grosseria para quem sempre tem o trabalho de escrever comentários lindos e perfeitos para mim, vocês sabem que isso não é para vocês ♥

Boa leitura, nos vemos lá embaixo.



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Capítulo 18 – Novamente Malfoy?

– Aleluia Merlin! Achei que nunca iam nos deixar em paz! – Hermione comentou jogando-se contra a cama agarrando um dos travesseiros que estavam arrumados embaixo das mantas assim que chegaram ao dormitório. – Eu não estava mais aquele auror nos seguindo e nos observando em todas as aulas. Não sei como Minerva pode permitir algo assim.

– É o Ministério, Hermione, eles querem abafar totalmente a possibilidade de que comece a especulação de que outro tempo de trevas aconteça. – Draco sentou-se na beirada da cama desamarrando os sapatos enquanto continuava falando. – E não importa que pra isso eles tenham que colar o olho do Olho-Tonto Moody na gente.

– Mas eu não entendo Draco, o que aquele menino poderia ter conosco, ele sempre foi um bom aluno e durante a Guerra nem se envolveu. Não teria lógica sequestrarem ele ou nos acusar por isso, o que nós temos a ver com aquele garoto? – Hermione respondeu bocejando antes de continuar. – Aquela foi a aula de História da Magia mais longa da minha vida, aquele fantasma nunca foi tão monótono e sem sentido...

Antes que Hermione terminasse a frase Draco terminou de retirar os sapatos e pulou sobre a cama puxando a castanha para os seus braços.

– Eu não estava conseguindo me concentrar na aula porque tinha você do meu lado. – Draco comentou mordendo a ponta da orelha da menina fazendo um arrepio atravessar o seu corpo. – Você é prejudicial para o estudo, sabia?

Draco questionou baixinho no ouvido da namorada, mas esta não o respondeu.

– Hermione? – Ele tentou chamar a atenção da castanha, mas ela acabara pegando no sono ali mesmo no colo do garoto. – Droga, Granger. – Ele sussurrou baixinho, ajeitando ela melhor nos seus braços para que ambos ficassem mais confortáveis.

O loiro deslizou os dedos pelo rosto macio e fino da garota a observando dormir, as feições dela haviam se tornado cada vez mais tenras com o passar do tempo, Hermione não ficara com nenhuma cicatriz aparente causada pelas batalhas que havia passado, muito pelo contrário, tudo o que ela presenciou no ano passado acabou levando o seu corpo a se amadurecer mais rápido e Draco conseguia notar isso, as curvas que surgiam a cada retorno da garota à Hogwarts, ele nunca poderia prever que chegaria o dia em que eles dois estariam dividindo uma cama de maneira tão amistosa como agora.

– Você foi como morfina na minha vida, depois que chegou todas as dores foram embora. – Ele sussurrou baixinho para a garota como se ela pudesse escutá-lo dizendo aquilo.

Draco Malfoy nunca fora de mostrar uma fraqueza, nem mesmo com os amigos, durante toda sua vida fora marcado por brigas e egoísmos vindos dos pais, que muitas vezes, acabam esquecendo-se de que o filho existia e se tratava muito mais que um objeto manipulável, Draco Malfoy nunca soubera o que significava dividir algo, ou alguém, por ser filho único e mimado sempre estranhou os Weasley por usarem roupas usadas dos irmãos mais velhos e estarei sempre tão unidos, Draco nunca admitiria, mas sentia inveja de Ronald Weasley.

Os pensamentos de Draco voltaram-se rapidamente a Hermione, não gostava muito de pensar na sua infância e nos seus pais, sempre gostou mais de Narcissa, porém de um tempo para cá só de lembrar dos fios claros da mãe Draco sentia raiva. Ele nunca poderia explicar o que estava acontecendo à Hermione, a castanha jamais o entenderia, não naquele ponto, pois quando o assunto se tratava de família Draco sempre seria um Malfoy.

O loiro já havia pensado naquilo antes, em deixar de ser um Malfoy para estar junto de Hermione, mas sempre evitava pensar muito quando os pensamentos se voltavam para isso, o sangue sempre seria um problema e Draco sabia. Muitos acreditavam que com a Guerra o mal desaparecia para sempre e junto a ele, o preconceito entre sangues puros e sangues ruins também se extinguiria. Estavam errados.

Ele voltou os olhos azuis acinzentados para a expressão de serenidade transmitida pelas feições angelicais da namorada. “Ela merece alguém menos complicado do que eu.” O loiro franziu a testa imaginando as pessoas que deixam seu amor ir em busca de algo melhor, pois não se acham bons o bastante para eles. Draco nunca faria isso com Hermione, era egoísta demais para isso.

– Espero que você goste bastante de mim, pois não sou bom o bastante para abrir mão de você.

O Sonserino, com cautela, retirou a garota do próprio colo, colocando-a deitada corretamente deitando-se ao seu lado e puxando o cobertor para cobrir os dois. Não demorou muito para que o mesmo cansaço do dia o atingisse e assim, ambos dormiam.

Hermione despertou ainda um pouco sonolenta e se espreguiçou sem exagero para não acordar Draco que ainda dormia como um olhar angelical ao seu lado. Ela esfregou os olhos sem se lembrar exatamente como fora dormir na noite passada, estava cansada demais, já tinha respondido as mesmas perguntas dezenas de vezes e aquilo já estava exaurindo-a, os olhares curiosos já a irritavam, mas aquilo tudo não parecia ter muita importância, não naquele momento, pois ela e Draco estavam tão próximos que era possível até mesmo sentir o hálito do loiro e imaginar como era se ele estivesse acordado. Hermione ainda não estava acostumada com a ideia de dormirem na mesma cama, ela nunca fizera isso com garoto nenhum e ainda mais um que era o seu atual namorado. O sonserino estava deitado com a barriga para baixo e o braço preso pela algema, a qual Hermione quase nem se lembrava que existia, estava sobre a barriga da garota impedindo que essa si levantasse. Não que ela quisesse ir a algum lugar, pois poderia passar o dia todo observando o namorado dormir, mas não queria acordá-lo e uma hora haveria de levantar.

Os fios platinados de Draco caíam de forma desordenada sobre a testa do mesmo, os lábios entreabertos pareciam chamar Hermione como um ímã, ela nunca sentira isso com ninguém, a não ser com Draco.

O barulho de um par de asas pousando retirou Hermione dos seus pensamentos um tanto 'não-puros'. Ela olhou para a coruja negra que se empoleirava no criado mudo ao lado curiosa, pois a maioria das corujas eram recebidas no Salão Principal durante o café da manhã e não diretamente no dormitório, a garota observou mais atentamente a coruja escura e de olhos amarelados que lembravam os olhos de Edwiges, coruja de Harry que salvara a vida dele. Já na pata direita ela tinha uma carta, o envelope negro bastante chamativo com um brasão desconhecido aos olhos da castanha, mais embaixo no canto inferior com tinta branca raríssima se ser encontrada, além de bastante cara para ser comprada por qualquer um o nome Draco Malfoy estava escrito com uma letra bastante desenhada.

A castanha tomou todo o cuidado para não acordar Draco enquanto saía de baixo do braço do loiro e rodeava a cama, o menino nem se moveu tamanho a profundidade do sonho em que se encontrava. Assim que Hermione tocou no envelope a coruja a bicou machucando lhe o dedo polegar.

– Droga! – A Grifinória xingou baixinho temendo acordar o loiro. Ela repetiu o movimento e a coruja a bicou novamente. – Já sei, você quer pagamento. – Hermione se abaixou abrindo uma gaveta do criado mudo retirando de lá uma pequena lata, assim que a abriu foi possível ver que lá dentro se encontravam dezenas minhocas. – Você quer uma? – Hermione levantou-se esticando a latinha para a coruja que a olhava interessada e um pouco indecisa se deveria ou não aceitar a minhoca. – Eu sei que você quer. – A castanha pegou uma das minhocas com a mão sem nojo e entregou a coruja que observou a ação da garota por um tempo antes de pegar a minhoca oferecida. – Sabia que você queria. – Enquanto a coruja comia a minhoca a castanha retirou outra da lata e estendeu para a coruja.

A coruja encarou a minhoca que Hermione lhe estendia, talvez estranhando a ação dela, mas Hermione foi surpreendida quando a coruja não estendeu para pegar a minhoca que a castanha estendia e sim dirigiu o bico para a latinha pegando várias minhocas ao mesmo tempo.

– Enquanto você se diverte aí, vou pegar isso aqui. – Hermione disse aproveitando a distração da coruja pegando a carta que essa possuía, só então reconhecendo o brasão como sendo o da Família Malfoy, logo associando a permissão para visitarem Hogsmeade no fim de semana. – Acho que ele não vai se importar se eu ler. – Hermione falou mais para a coruja do que para si mesma pegando o bilhete e abrindo em seguida.



Querido Draco,

Já soube o que os cretinos ordinários dos seus amigos, se é que posso chamar isso de amigos, Pansy e Blaise lhe acorrentaram junto a sangue-ruim amiga do Potter, eu os esganaria se pudesse, mas estou muito ocupada tentando recuperar um pouco da honra e limpar o nome da nossa família e acredito que isso não ajudaria no momento. Quanto a Senhorita Parkinson e o Senhor Zabini, saiba que eu já tomei as devidas providências quanto a isso usando o pouco da minha influência que nos restou.

Agora querido e ingrato filho, não sei ao certo onde errei na sua criação, pois eu e o seu pai sempre demos os exemplos. E depois disso tudo, ainda tens a coragem de pedir autorização para passeio? Acredito que isso não será possível até que você cumpra sua parte no acordo. Eu sei que você entende o porquê de eu ter que apelar para medidas tão drásticas como congelar seu acesso a nossa conta.

E, bom, é por isso que eu estou mandando essa carta para você, dando ordens expressas a coruja que ela só seja entregue nas suas mãos. No momento em que a nossa família se encontra precisamos olhar o lado bom de todas as situações, isto é uma ordem Draco não deixe de lado a missão. Essa é a hora de honrar o seu sangue e você sabe muito bem o que já tive de enfrentar para lhe proteger é hora de retribuir. Caso a presença dessa criatura tenha apagado a sua memória irei refrescá-la, preciso que descubra como Sirius Blake conseguiu escapar de Azkaban durante o seu 3º ano aí em Hogwarts aposto que a Granger e os seus amigos sabem. Descubra e assim que descobrir qualquer coisa me informe. Faça qualquer coisa para descobrir essa informação, faça isso que todos os seus bens voltaram a circular normalmente. Apenas por essa razão não aprecio essa história de namorar uma sangue-ruim, foi uma ideia brilhante, mas preciso de resultados mais rápidos. Tempos de desespero pedem medidas desesperadas.


Com amor,
Narcisa Malfoy



Hermione amassou o bilhete assim que terminou de ler, as lágrimas já caíam aos montes pelo seu rosto, ela nem importou-se de enxugá-las, a menina precisava chorar, não merecia aquilo que estava acontecendo a ela, Ronald tinha razão, sempre tivera razão.

Assim que notou que havia amassado o papel se arrependeu, pegando a varinha que estava no bolso interno da veste, a qual ela dormira sem tirar e com um simples aceno de varinha ele voltou a estar intacto, o colocou em cima do criado-mudo e expulsou a coruja que ainda comia as minhocas que saiu voando desorientada pela mudança repentina da garota.

“Não pode ser verdade”, ele não pode ter feito isso comigo, ela tentou segurou as lágrimas ao perceber que Draco se mexia ao lado dela. Rapidamente Hermione enxugou as lágrimas que teimavam em cair contra a sua vontade e mudou a sua expressão totalmente como se nada tivesse acontecido.

Draco acordou se espreguiçando possuindo um sorriso colado no rosto, como se estivesse acordando do melhor sonho da vida dele.

– Bom dia sabe-tudo. – Ele cumprimentou se esticando para tentar dar um beijo de bom dia na castanha, mas esta recuou enojada. – O que foi? Mau hálito? Eu vou escovar os dentes rapidinho.

– Se afaste Malfoy. – Ela disse basicamente fazendo Draco manter uma expressão de desespero e confusão. O “Malfoy” não saíra divertido e brincalhão como das outras vezes, aquela não era a castanha que adormecera nos seus braços.

– O que houve com você Hermione? Novamente Malfoy? – Draco perguntou se levantando rapidamente da cama e erguendo a mão para alisar o rosto da castanha, mas ela novamente se esquivou das carícias do loiro como se a mão dele a queimasse ou o garoto possuísse uma doença altamente contagiosa.

– Não fale comigo, não dirija a palavra a minha pessoa, e até mesmo evite olhar para mim Malfoy. Eu farei o mesmo. Acredito que o nosso namoro acabou aqui. Afinal, você sempre vai ser o Malfoy. – E dizendo isso ela se calou dando as costas à Draco indo direto para o banheiro sentar-se no chão e chorar em silêncio.


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Notas finais do capítulo

Prevejo muita raiva sendo lançada, mas lembrando que a história está chegando próximo daquele momento crucial, então se detenham a detalhes.
Não esqueçam de comentar ok? Também aceito favoritos e recomendações.

OBS: Eu também posto essa mesma história lá no SS, onde ela recebe mais comentários que aqui. Embora eu goste mais daqui (Nyah). Estarei já no aguardo dos comentários perfeitos que vocês mandaram ok?

Beijocas.