Show Me Love - After The War (Rony e Hermione) escrita por Amanda Karla


Capítulo 45
Capítulo 45 – O destino pode ser traiçoeiro


Notas iniciais do capítulo

E fiz um pequeno agrado esta semana (dois capítulos nos mesmo dia!), então... Segue a sequência!



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Lá estava ela, pontualmente às 15h no estacionamento da galeria a espera de Victor. Ele chegou dois minutos depois com Caio na parte de trás do carro. Victor desceu do carro e abriu a porta para a morena.

— Boa tarde senhorita!

— Boa tarde Victor.

Victor voltou ao carro e falou:

— Olha só quem voltou Caio, diz oi pra Hermione.

Caio sorriu e esticou os bracinhos.

— Ela te pega já, já garotão! Olha só o seu ursinho. – E Victor pegou um ursinho e colocou na mão do filho que logo tirou a atenção de Hermione.

— Ele é um fofo! – Disse Hermione.

— Ele balbuciou seu nome algumas vezes ontem à noite. Acho que gostou de você. E deu um trabalhão colocá-lo para dormir. – Disse Victor ao ligar o carro e sair em direção ao passeio.

— Sério!? – Hermione ficou um pouco pensativa e completou – Nem te imagino com todo esse cuidado, isso tudo é tão estranho...

— Olha, não foi fácil. Ainda não é, sonho com o dia que eu fique relaxado com toda a rotina, mas é complicado. Você sabe, sempre fui um bruto no campo e ter essa delicadeza para cuidar de um bebê não é nada fácil.

Hermione sorriu.

— Bom, pelo que vi, você tem levado jeito para a coisa. – Disse a morena.

Victor sorriu.

— Hoje a programação é um pouco diferente... Com essa proximidade com a minha ex, descobri algumas coisas legais para fazer no “mundo trouxa” e amei descobrir o cinema. Então, topa assistir um filme?

— Claro! Será fantástico! Mas, e o Caio? Vai assistir também?

— Bom, ao lado do cinema tem um local que as crianças ficam sendo cuidadas por umas babás, então ele pode ficar brincando lá enquanto nós assistimos. Tudo bem?

— É seguro?

— Sim, já coloquei ele lá umas duas vezes... Foi tranquilo...

E Hermione ficou tentando adivinhar porque Victor precisaria colocar Caio aos cuidados de outra pessoa, será que ele fazia isso com todas as suas “conquistas amorosas”?

— Hermione!

Hermione estava pensando e nem ouviu Victor chamá-la.

— Tá longe hein? Tudo bem para você?

— Tudo, tudo ok.

— Tranquilo, então vamos...

Logo eles chegaram ao cinema, colocaram Caio aos cuidados do pessoal do parquinho e juntos seguiram para o cinema. Levaram um pouco de tempo para decidirem pelo filme e Victor cedeu ao desejo de Hermione e juntos assistiram a um drama. Ocorreu tudo tranquilamente, Victor se comportou e não tentou nenhuma “investida amorosa” durante a sessão – como Hermione havia imaginado – e logo após o fim do filme, foram pegar Caio no parquinho infantil.

— E então campeão, gostou?

Caio balançou a cabeça de forma positiva e riu para o pai.

— Que bom! Ele deu muito trabalho? – Perguntou para a cuidadora.

— Não, ele ficou tranquilo...

— Ótimo! Muito obrigado! – Disse Victor. – Bom, vamos? – Perguntou logo em seguida para Hermione que concordou e seguiu Victor.

Eles andaram um pouco pelo shopping e Victor foi falando o quanto aprendeu a gostar do mundo trouxa e mostrou até algumas lojas que costuma comprar quando pretende se “disfarçar” de trouxa.

Depois de algum tempo, Caio começou a reclamar que queria ir ao banheiro e Victor logo foi ajudá-lo.

— Mione, você pode nos esperar aqui um instante? Preciso levá-lo ao banheiro...

— Não se preocupe, eu espero!

Victor se afastou em direção ao banheiro e Hermione ficou olhando uma vitrine para passar o tempo. Foi quando sentiu alguém tocar seu ombro.

— Hermione? – Disse uma voz cutucando seu ombro.

Hermione se virou e não acreditou quando viu, era sua melhor amiga de infância no mundo trouxa.

— Natália! – Espantou-se Hermione.

— Hermione! Nossa quanto tempo! – Disse Natália.

— Pois é! Como você mudou! Para melhor, é claro!

— Poxa, obrigada! E você também! Nossa! Senti tanto a sua falta, sempre que estou em período de férias eu lembro de você! Como estão seus pais?

— Estão bem, e os seus?

— Também... Bom, me conta as novidades...

— Ah... Olha só... – Disse Hermione esticando a mão esquerda e mostrando o anel – eu casei!

— Mentira! Minha nossa! Quem foi o felizardo?

— Lembra de um garoto ruivo que sempre falava para você?

— Lembro! Puxa, finalmente hein!? Que romance mais enroscado era aquele.

Hermione sorriu.

— E cadê ele?

— Está viajando a trabalho.

— Que pena, pensei que ia finalmente conhecê-lo o tão falado... Ronald... Não é esse o nome dele?

— Isso! E você? O que anda fazendo?

— Estou estudando direito.

— Que legal!

— E além de estar casada... Está estudando?

— Hum... – Hermione pensou um pouco, sua amiga não sabe que ela é bruxa – Eu, vou prestar vestibular para direito também.

— Poxa que legal! Seremos colegas de profissão!

— Pois é... Me conta mais novidades... Faz muito tempo que não nos vemos...

— Bom, eu não casei, mas, já sou mãe...

— Não me diga!

— Pois é, foi um rapaz que conheci e me iludi. Bom, não me arrependo de ter meu filho, só escolhi errado o pai. Não demos certo...

— Poxa, que pena... E onde está seu filho?

— Está com o pai, vou buscá-lo amanhã.

— Mas, que milagre é este te encontrar aqui?

— Vim dar um passeio com um amigo.

— Ele já foi?

— Ele foi ao banheiro, volta já.

— Hum... Entendi... Bom, eu adorei revê-la, olha, vou anotar aqui meu telefone e endereço, vamos marcar alguma coisa qualquer dia...

— Pode deixar que eu ligo sim!

— Vou indo, estou um pouco atrasada para meu compromisso e ainda vou resolver um probleminha do meu filho antes de ir para casa, vim só fazer um lanche rápido aqui no shopping.

— Tudo bem, a gente se vê por aí!

— Vê se não some hein?

E as duas se despediram. Hermione voltou sua atenção para a vitrine e logo viu no reflexo a imagem de Victor Krum segurando Caio nos braços atrás de si.

— Desculpa a demora, tinha muita gente no banheiro masculino.

— Sem problemas, nem percebi que demorou, terminei encontrando uma amiga de infância e conversamos rapidamente.

— E onde ela está?

— Estava com pressa e já foi.

— Entendi. Bom, vamos?

— Vamos!

Deram mais uma volta no shopping e depois foram embora. Hermione aceitou (após muita insistência) conhecer a casa “trouxa” do Victor.

— Nossa Victor, aqui é lindo! De muito bom gosto!

— Obrigado. Que bom que gostou! Infelizmente não são muitas pessoas que trago por aqui.

— Entendi...

— Bom, gostaria de te fazer uma proposta...

— Diga...

— Porque não dorme aqui? Não me leve a mal. – Disse rapidamente ao ver a cara de desconfiança da morena – Entenda, hoje é domingo, amanhã você volta ao trabalho, mas, deve ser muito ruim voltar para casa e ficar sozinha. Sei bem como é. Quase nunca fico só por aqui, só venho quando estou com o Caio. Ficar sozinho é um saco... E olha, aqui tem quarto de visitas... Seria uma honra recebê-la como visita! – Disse sorrindo.

— Hum... Não sei Victor... Rony não gostaria nada de saber disso...

— Eu sei... Mas, ele nem vai saber... E olha só, é como visita tá? Em quartos separados.

— E meu carro? Ele ficou na galeria... Amanhã vou precisar voltar para o trabalho.

— Isso posso resolver rapidinho, aparato lá e trago ele, em meia hora estarei aqui. Talvez até menos.

Hermione pensou um pouco e falou:

— Tudo bem... Vou ficar, mas, só porque não gosto muito de ficar sozinha em casa.

— Isso! Bom, vou precisar das chaves do carro.

Hermione entregou.

— Bom, eu volto rápido. Se alguém chamar na porta, pode abrir, todo dia vem uma pessoa dar uma arrumadinha aqui no apartamento. Não se preocupe, geralmente elas são bem discretas, são várias que alternam turnos durante a semana, elas chegam fazem o serviço rapidinho e logo vão embora.

— Até no domingo?

— Ás vezes sim, não entendi ainda este turno delas... – Disse sorrindo.

— Tudo bem, entendi. Pode deixar que cuido do Caio.

— Obrigado. Bom, vou indo para voltar logo.

— Ah não! Tem um problema... Bom, meio problema na verdade...

— O que foi?

— Eu tenho uma roupa do ministério no carro que vai dar para vestir amanhã. Mas, não tenho roupa para dormir.

— Não se preocupe, minha irmã já passou alguns dias aqui e ela tem o corpo parecido com o seu, acho que as roupas delas vão servir. Se você não se incomodar, lógico!

— Sem problemas... Mas, você tem uma irmã?

— Tenho! Nunca te falei não?

— Não!

— Bom, o nome dela é Melissa. Estudou em Ilvermorny, por isto você não a conhece.

— Hum... Entendi...

— Bom, agora vou indo, tenho uma carro para buscar... – Falou sacudindo as chaves.

Hermione sorriu.

— Fique à vontade, pelo visto Caio vai dar uma trégua por umas duas horas.

Caio dormia na cadeirinha do carro que eles colocaram em cima do sofá.

— Ele vai dormir aí?

— Ele não vai acordar tão cedo, se eu mudar ele para o berço aí sim ele acorda. Deixa ele aí, quando voltar eu ajeito ele. Pode ficar à vontade, olha! Lembrei! Tenho uma pequena estante com alguns livros, pode ler algum se quiser, ou assistir TV, o apartamento é seu!

— Obrigada.

Viktor saiu e deixou Hermione com Caio. Hermione seguiu o conselho de Viktor e foi conhecer o apartamento. Estava na sala e já dava para ver a cozinha e a sala de jantar de onde ela estava,  girou para a esquerda  e seguiu por um pequeno corredor. Na porta da esquerda havia um quarto com duas camas de solteiro, ela supôs que fosse o quarto de visitas, a direita, estava o banheiro, lindo. Com tudo muito bem organizado na bancada, escova de dente, cabelo, spray para barba, perfumes, shampoo, condicionador... Ela continuou pelo corredor, na esquerda, tinha o quarto de Caio, a coisa mais fofa do mundo. Com bercinho, guarda-roupa, brinquedos... Tudo o que uma criança precisa. Haviam mais duas portas, uma delas era o quarto de Victor. Ela primeiro na que ficava no final do corredor, ao abrir  viu o quarto dividido em dois espaços, do lado esquerdo um pequeno escritório com a tal estante que ele falou e do lado direito uma pequena academia com algumas máquinas e pesos. Viktor tenta manter a forma, mesmo quando não está em treinamento. Então ela fechou a porta e foi a última porta que faltava que com certeza era o quarto dele. O quarto estava tão impecável, quanto o restante da casa, a cama de casal arrumada, dava para ver o closet e o banheiro. Ela não quis entrar, ficou observando apenas da porta. Então fechou e foi até a estante que estava no escritório dele ver quais livros estavam à disposição para leitura.

Aproximou-se da mesa e viu um porta-retratos, pegou e observou a imagem. Viu uma moça de cabelos castanhos fazendo pose ao lado de Viktor, tinha um traço familiar, poderia ser Melissa, sua irmã. A foto parecia ser recente, já que Viktor tinha a aparência que estava atualmente. Em um outro porta-retratos estava Caio, ele tinha alguns meses e Viktor o segurava alegre. Hermione pensou em como ia ser difícil a mãe de Caio entender tudo isso de magia. Já que Viktor falou que Caio já manifestava alguns sinais de que era bruxo. Em algum momento Viktor terá que contar a mãe que ele precisará ir para uma escola bruxa. E isso vai implicar nela saber sobre o passado do pai. Viktor está encrencado (Hermione sorriu). Em um outro porta-retratos Hermione se espantou com o que viu. Era uma foto de todos os campeões do torneio com todos os seus pares que foram convidados para o Baile de Inverno. E lá estava ela, com seu vestido azul, na porta do grande salão de braços dados com Viktor e todos os outros pares. A foto não se mexia, provavelmente Viktor havia enfeitiçado para que os trouxas que o visitassem não se assustassem.

Colocou a foto no lugar e foi se aproximando da estante mas não acreditou no que viu. Havia um exemplar do livro de Rita Skeeter que tinha o seguinte título: “O trio de ouro de Dumbledore, uma biografia não-autorizada”. Hermione ficou escarlate ao ver a publicação e pegou para ler. Como Rita poderia ousar escrever sobre eles, ainda bem que na capa havia a descrição de que era uma biografia não-autorizada. A morena já imaginava as diversas maneira que poderia processá-la por tal petulância. Ao pegar o livro seguiu para a sala para fazer a leitura e velar o sono de Caio enquanto Viktor não chegava. Hermione estava furiosa com o que lia quando Viktor retornou com uma sacola nas mãos.

— Ufa, finalmente cheguei. Desculpa a demora, no meio do caminho parei para comprar nosso jantar.

— Nem percebi a demora...

— Caio acordou?

— Não, ficou do mesmo jeitinho.

— Que bom, vou colocar o jantar na cozinha e já volto para colocá-lo no berço.

— Se quiser posso ajudar a levá-lo.]

— Tudo bem, vou arrumando a comida.

— Certo. – Hermione pegou Caio no colo, cuidadosamente para não acordá-lo e levou até o berço. Ele continuou dormindo tranquilamente.

— Hum... Vejo que seguiu meu conselhos... O que estava lendo? – Perguntou Viktor ao ver Hermione entrar na cozinha.

— Uma biografia não autorizada escrita por Rita Skeeter – Falou furiosa.

Viktor sorriu e falou:

— Bom, sei que é não-autorizada. Mas, espero que muitas coisas que estão escritas ali sejam verdade... E outras não...

— Como assim, não entendi...

— Opa! Acho que pensei alto. Estou brincando contigo...

— Na-na-ni-na-não, trate de se explicar agora!

— Calma, eu só estou brincando. Olha, veja nosso jantar.

— Não me enrola Viktor, vamos logo explicando essa história...

A campainha tocou.

— Hermione, me faz um favor...

Hermione cruzou os braços.

— Por favor...

— Diga.

— Abre a porta para a camareira, por favor?

— tudo bem, mas, quando voltar você vai me explicar essa história...

Viktor sorriu e coçou a cabeça. Hermione seguiu em direção a sala e abriu a porta. Assustou-se com quem encontrou.

— Hermione, o que faz aqui? – Disse a voz do lado de fora.


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Notas finais do capítulo

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Até o próximo capítulo!



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