Era dia 17 de julho de 1999 e Harry pela primeira vez decidiu honrar com o que lhe foi designado. Iria finalmente conhecer seu afilhado e Gina concordara em acompanhá-lo. Entraram em contato com Andrômeda através de uma coruja na noite anterior e ela concordou em recebê-los pela manhã. Decidiu antes dar uma passada em Hogsmead e comprar um presente para poder presentear seu afilhado.

— Gina, sabe dizer em qual dessas lojas podemos comprar alguma coisa para Teddy?

— Venha, tem uma loja ótima na outra rua, lembro que mamãe comprou um presente lindo para uma prima nossa...

E juntos foram seguindo pela rua, até que pararam na frente de uma pequena loja que se chamava “Mini Puff – Tudo para seu bruxinho”. A loja era simpática, tinha de tudo, de roupas e acessórios a brinquedos.

— Nossa Gi! Agora estou perdido, olha quanta coisa tem aqui... Como é que vamos decidir?

— Calma, vamos dar uma olha nessa sessão de brinquedos...

E juntos foram olhando as prateleiras e vendo se teria alguma coisa que daria certo para presentear um garotinho de 1 ano. Foi então que Harry viu uma prateleira cheia de bichos de pelúcia e um em especial lhe chamou a atenção.

— É isso Gi! É perfeito! – Harry já pegava da prateleira um pequeno lobo de pelúcia.

— Nossa é mesmo! Vamos levar!

E juntos saíram da loja e aparataram com o presente rumo à casa de Andrômeda. Ao chegarem tocaram a campainha e puderam ouvir passos se aproximando da porta.

— Bom dia queridos! Que coisa boa recebê-los por aqui! – disse Andrômeda.

— Obrigada Andrômeda, é um prazer está aqui também! – respondeu Harry.

— Entrem, Teddy está no quarto, vou buscá-lo, fiquem à vontade – disse a senhora ao apontar para a sala e seguir em direção ao quarto.

Harry e Gina sentaram-se no sofá aguardando o pequeno Teddy. Eis que no mesmo instante surge Andrômeda entrando novamente na sala com um bebê de cabelos alaranjados. Harry sorri.

— Parece que herdou o “dom” da mãe – disse Harry.

— Pois é querido, graças a Merlin só herdou isso dos pais – falou referindo-se a não ter herdado o gene de lobisomem de Lupin.

— Verdade... E então garotão, como você está hein!? Sabe quem sou eu? – disse Harry esticando os braços para Teddy, que imediatamente abriu um enorme sorriso e esticou os braços para o padrinho.

— Parece que ele gostou de você Harry – disse Gina.

— Pois é, mas, me ajuda aqui que não tenho jeito para segurar bebê – Andrômeda sorriu – Ele já fala alguma coisa?

— Sim, ele já balbucia algumas coisas, faz três dias que conseguiu dizer vovó.

— Hum... Isso é muito bom, não é rapaz? – disse dirigindo-se ao afilhado – Será que consegui dizer: Dindo Harry? – Gina sorriu.

— Você já quer demais hein!? Ele acabou de te conhecer e já quer que ele fale seu nome? – Gina brincou.

— Se ensinar, ele fala – disse Andrômeda.

— Vamos lá... Teddy... Teddy, presta atenção... Fala... Dindo...Harry...

Teddy só balbuciou alguma palavras sem sentido.

— Ainda não, mas ele vai conseguir... – brincou Harry e Gina gargalhou com Andrômeda.

E então eles passaram o restante do dia juntos e assim, Harry pode ver um pouco de como é a rotina de Teddy com a avó. O afilhado ficou muito animado com o pequeno lobo de pelúcia e no fim da tarde já balbuciava a palavra “ado”, referindo-se ao nome que colocaram no bichinho, Aluado.

Foi uma tarde muito especial e Harry conversou com Andrômeda que tinha interesse de que o afilhado pudesse passar alguns dias com ele, para que pudesse ter uma relação mais completa com Teddy (relação que ele gostaria de ter realizado com seu padrinho Sirius) e Andrômeda concordou. Por fim, Harry e Gina se despediram dos dois e voltaram para casa.

— Você leva jeito com criança – disse Gina.

— Pois é... Nunca imaginei que pudesse me sentir tão confortável com Teddy, você lembra como estava apavorado com esta ideia...

— Hum, hum... Mas não é tão complicado... Sabia que ia se sair bem...

— Obrigada por me acompanhar, sua ajuda foi fundamental.

— Não foi nada, na verdade, você fez tudo sozinho.

— Hum... Mas também, como poderia ser diferente? Ao olhar aquele pequeno ser tão frágil e ao mesmo tempo tão esperto... E que não tem noção ainda da fatalidade que o destino lhe pregou... Não poderia agir de maneira diferente, Teddy precisa do meu carinho... – disse Harry com lágrimas nos olhos.

Gina o abraçou e falou:

— E ele vai ter! Você será um ótimo padrinho... – Harry sorriu e lhe deu um selinho.

[Na Toca]

A Srª. Weasley já começava a preparar o jantar quando Harry e Gina chegaram.

— E então queridos, como foi a visita? – perguntou Molly.

— Foi melhor que o esperado! – disse Harry.

— Que ótimo! Fico muito feiz! Como ele é?

— Muito esperto mamãe, é o bebê mais fofo que já vi, a senhora vai adorar conhecê-lo. – disse Gina.

— Tenho certeza que sim. – completou Molly.

— A casa está quieta, onde estão todos? – perguntou Gina.

— Seu pai ainda está no trabalho, Rony está na casa de Hermione e Jorge saiu com Angelina.

— Jorge saiu com Angelina!? Graças a Mérlin! – espantou-se a ruiva que arrancou risada de Molly e Harry.

— Precisa de ajuda Srª. Weasley? – perguntou o moreno.

— Não queridos, estou quase terminando, obrigada.

— Então, vamos lá fora aguardar Rony e Hermione – disse Gina puxando o namorado – do jeito que Rony é esfomeado, eles já devem estar a caminho.

[Na casa de Hermione – casa da árvore]

— Mione...- disse Rony deitado no colo da morena.

— Hum... O que foi?

— Estou pensando... Agora que já “finalmente” concluímos nossos estudos em Hogwarts... Precisamos pensar em qual carreira devemos seguir, e estou em dúvidas se devo ser Auror ou se devo ficar na loja de logros com Jorge...

— Hum... Entendi... Sinceramente, não sei Ron... A decisão de uma carreira é muito importante, porque vai ser algo que levará para o resto de sua vida, ou pelo menos é o que se espera... E este dias eu fiquei pensando nisso... Também estou com muitas dúvidas...

— É muito complicado, somos muito novos e não sei bem se daria certo como Auror, é muita responsabilidade...

— Já conversou com seu pai sobre isso? Ele trabalha no Ministério, talvez possa te ajudar em alguma coisa com relação a isto, com certeza ele terá um bom conselho.

— Vou conversar com ele...

— Mas, tem alguma coisa que ainda está te incomodando... O que é?

— Não consigo disfarçar mesmo não é?

— De forma alguma, me diz.

— Estou morrendo de fome! – o comentário do ruivo arrancou uma gargalhada de Hermione.

[Na Toca]

— Eles estão demorando... – disse Gina.

— Um pouco... – disse Harry olhando um pouco mais adiante. – Olha, é uma coruja que vem ali? – completou apontando.

— É sim, mas, essa não conheço...

A pequena coruja se aproximou e pousou em frente ao casal, Gina retirou a carta presa ao pé da linda coruja branca.

— Poxa, me lembrei de Edwiges...

— Era uma linda coruja – disse Gina confortando-o.

— Mas, quem mandou esta carta?

— Hum... Deixa ver aqui... – falou examinando – Olha só! É da minha prima Mafalda!

— Quem é Mafalda? Nunca me falou dela...

— É minha prima dos Estados Unidos, ela é trouxa. Concluiu agora seus estudos em Ilvermorny e até onde sei, já está trabalhando e aqui também diz que ela quer passar uns dias por aqui.

— Ilvermorny é aquela escola bruxa americana?

— Exatamente! Ela era da casa “Serpente Chifruda”. Terminou os estudos, já trabalha e agora que está em período de férias quer passar uns dias com a gente.

— Olha só, essa casa pelo nome... Só pode ser algo equivalente a “nossa Sonserina”... Vocês têm uma “Sonserina” na família! – disse Harry sorrindo.

— Hahaha, muito engraçadinho... Mas é... Seria mais ou menos isso mesmo – completou sorrindo – Mas segundo ela fala: “Serpente Chifruda é a casa que favorece os alunos intelectuais e dedicados ao estudo”. Enfim, eu considero como se ela fosse da Sonserina mesmo – completou gargalhando e Harry acompanhou.