Frustrada escrita por Tatiana


Capítulo 6
Sangrando


Notas iniciais do capítulo

Queria agradecer aos poucos comentários que tive, não sei se é porque não gostaram do capítulo ou porque não leram ainda. Mas agradeço aos que comentaram. Fico feliz por parte de vocês.



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Eu senti nojo, comecei a sentir meu estômago rodando e vomitei, ali mesmo. Não acredito no que ele estava falando. Era surreal demais e pra piorar, credo! Ele queria que eu e ele... argh, gosto nem de pensar. Estou com repulso de mim mesmo, eu quero morrer. Tentei me levantar mas minhas pernas estavam bambas então cai no chão.

— Cuidado garota, não quero prejudicar nosso filho.

O quê? Nosso filho? Dá onde ele tirou isso. Ele se levantou pegando em minha mão e me apoiando na poltrona até me sentar novamente. Eu não sei se tinha escutado coisas mas acho que imaginei ele dizendo algo como nosso filho. Até parece. Comecei a rir.

— Por que está rindo?

— Eu pensei em ter dito que não queria prejudicar nosso filho. Tipo impossível porque não tivemos nada e nunca vamos ter. Você é nojento.

Cuspi na cara dele, isso o fez vermelhar de raiva. Ele veio para cima me fazendo levantar apenas me segurando por um dedo no meu maxilar. Eu estava no ar, ele era realmente muito forte, não é porque estou com medo que vou deixar ele abusar de mim. Ele me lançou até a ponta da outra sala me fazendo bater a cabeça que começou a sangrar, o corte na testa foi feio e estava doendo mas não me preocupei com isso. Ele estava se transformando naquilo de novo quando seus burros de cargas, se é que pode-se chamar eles assim, entraram na sala e o seguraram forçando-o sentar. Um deles pegou um líquido no bolso e o deu fazendo-o acalmar. Eu ainda estava zonza mas não por estar passando mal só de pensar no que ele queria que acontecesse mas por bater a cabeça e estar sangrando muito. Uma moça, não muito bonita e também não muito legal fez sinal para que eu levantasse enquanto outros dois caras me pegavam pelos braços e me erguiam. Saíram me arrastando pelos corredores novamente. Será que eu voltaria para aquele quarto? Eu nem conseguia andar, eles estavam realmente me arrastando. Meus pés estavam se arranhando no chão. Pena, belos saltos. Sorri pensando isso pois o que eu não precisava era de piadinha irônica agora. Eles viraram a esquerda, estavam me levando pra outro lugar pois o quarto ficava a direita. Eu devo ter adormecido pois ouvi um barulho de porta de ferro se arranhando no chão enquanto abriam-na. Logo me jogaram lá, me fazendo cair novamente. Fiquei ali, deitada no chão, nem prestei atenção ao local onde estava. Ah, aquele cara de novo não!

— Saudades mi amore?

Fiquei encarando-o reunindo forças para responder mas não consegui. Não em voz alta, saiu mais como um resmungo.

— Achei que seu chefe viria prestigiar-me.

— Fraca, acabada e sofrendo. Ainda acha que pode fazer piadas querida Janett?

Eu apenas tossi me apoiando em meus braços para sentar-me. A tosse foi ficando mais forte e comecei a engasgar com algo. A cada vez que eu tossia eu me engasgava mais. Tive enjoo novamente por ter irritado minha garganta, então vomitei, novamente. Meu Deus! Sangue. Vomitei sangue. A pancada foi forte mesmo, passei a mão em minha testa procurando o corte que ainda não parava de sangrar. Ele foi se aproximando cada vez mais.

— Não tente resistir Janett. Você não vai conseguir. E a propósito meu nome é James. Não tivemos a devida apresentação.

— Foda-se.

Sussurrei. Ele andou até a mim e me chutou e a cada vez que fazia isso eu vomitava mais sangue. Cheguei a pensar que morreria ali mesmo, e estava rezando pra isso acontecer. Até que ele me acertou um chute no rosto me fazendo perder alguns dentes. Ele fez sinal chamando mais dois caras que me ergueram e ele começou a tirar minhas roupas, uma peça por uma. Me deixando no final nua, podendo ver meus hematomas que estava adquirindo há alguns dias. Me suspenderam no ar, o mais alto pegou meus braços, o mais baixo minhas pernas enquanto James arrumava uma espécie de cama de ferro. Tinha espinhos nos lados e coisas que não consegui identificar mas tinham trancas. Os dois caras me colocaram sobre ela e me seguravam. Será que eles realmente acham que dou conta de me debater? No estado em que me encontro acho que não sobreviveria. Parte de mim sabia o que tinha visto mas outra parte ainda não acreditava. James passou me amarrando nessa mesa e empurrando os espinhos ao lado sobre mim. Rindo cinicamente ouvindo meu grito de dor. Eu desejava morrer acima de tudo. Eu não queria fazer parte daquilo e se fosse um pesadelo, quando acordasse procuraria um psicólogo pois isso está sendo demais. Na porta pude notar que todos os outros estavam me observando e a cada gosta de sangue que caia sobre o chão era motivo de abrir mais o sorriso deles. Meu grito estava me esgotando toda a energia que ainda me restava. E não conseguia não gritar, sentindo aqueles espinhos adentrando meu corpo. Era horrível. James era o que mais se divertia, ria enquanto apertava os espinhos em mim. Chegou um ponto no qual não saia mais gostas e sim rios e cachoeiras de sangue por todo meu corpo. Escutei passos e quando virei a cabeça pra ver e, bom receava não vê-lo mais.

— Vejo que está se divertido James. Oh Janett, como está querida?

Lucius, o que ele estava fazendo aqui?

— Veio ver de camarote?

Disse, mas quase não saiu voz. O que fez ele cair na gargalhada.

— Pelo menos te divertir.

— Você vai me divertir bem mais agora.

Ele me olhou maliciosamente, mandou todos saírem, fechou a porta trancando-a. Não sei o que estava fazendo pois não pude ver, mas mexia em algo.


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Notas finais do capítulo

Por favor gente, comentem. Se gostam da fic, comentem isso me incentiva muito!



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