Missão Cupido escrita por Lua


Capítulo 2
A mulher invisível não é tão invisível


Notas iniciais do capítulo

Geral já tá querendo ver o Damon cair, né? Mas tenho uma novidade pra vocês, meus caros: meus anjos são todos santos! (do pau oco kkkk) Se acalmem que ainda tem muitas águas pra rolar nessa história u,u
Não tenho muito a dizer sobre esse capítulo, só a agradecer vcs leitores lindos e fantabulosos pelos comentários super fofos e animados que deixaram, e até os vários fantasminhas que leram mas não deram as caras. Sério, eu não esperava tudo isso logo de primeira, MUITOOO obrigada por todo incentivo e carinho!
Espero que gostem do capítulo.
Enjoy =)



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– Vamos lá, então. – murmurou Bonnie, enrolando uma mecha do seu cabelo no dedo indicador e dando um sorrisinho presunçoso quando os alunos começaram a ocupar o corredor.

Era uma de suas manias, junto com erguer o queixo para olhar a todos como se ninguém ali fosse digno da presença dela, mas naquele momento algo não aconteceu como das outras vezes. Sempre que alguém a via, lhe olhava com inveja (no caso das garotas) ou desejo (no caso dos rapazes), entretanto, todos estavam passando por ela como se Bonnie não existisse, nem por um segundo viraram o rosto em sua direção para cumprimentá-la, ou elogiar sua roupa, ou cantá-la, como geralmente acontecia. O sorriso presunçoso logo sumiu para dar lugar a uma expressão confusa no rosto da morena. Ela pôs as mãos na cintura, respirando fundo. Como ousavam ignorá-la? Se fosse alguma brincadeira, quem inventou iria pagar caro.

Bonnie começou a andar, pisando duro, de cabeça erguida. Logo encontrou quem estava procurando. Caroline estava encostada em seu armário, conversando com Elena, quando Bonnie se aproximou.

– Eu fui até o hospital, a mãe dela estava desesperada. – a loira contava com os olhos arregalados, como se aquela fosse a fofoca do século. – Foi muito constrangedor.

– Do que é que estão falando? – perguntou Bonnie, cruzando os braços em frente às duas. Geralmente, Caroline e Elena iriam parar tudo o que estivessem fazendo para dar atenção à Bonnie, mas naquele dia isso não aconteceu.

– Meu pai me contou. – Elena tirou um livro de seu armário e voltou-se para a loira. – Disse que tiveram que sedar ela.

– Tiveram que sedar quem? – Bonnie tentou novamente, já se controlando para não perder a paciência, mas outra vez foi ignorada.

– Coitadinha da senhora Bennett. – disse Caroline.

– O que tem a minha mãe? – perguntou Bonnie, mas as outras duas lhe deram as costas e começaram a andar pelo corredor. – Ok, já chega! Essa brincadeirinha já deu! – Bonnie se irritou, indo atrás delas. – O que houve com a minha mãe? – ela tentou agarrar o braço de Caroline, mas sua mão simplesmente passou por ela, como se fosse feita de fumaça.

– Mas... O quê? – murmurou para si mesma, quando as coisas começaram a fazer sentido. – Ah, claro. Ninguém pode me ver, nem ouvir, não é? – ela olhou para cima como se esperasse uma resposta. – Ótimo! Por que eu adoro não ter ninguém pra conversar. – disse com sarcasmo.

Bonnie bufou e olhou ao redor, a lista de Damon ainda estava em sua mão.

– Certo, por onde eu começo, então? – olhou a lista e logo fez uma expressão de desgosto. – Ugh! Sem chance de eu unir esses dois! E esses aqui estão melhor separados. E esses outros dois me davam ataques de tédio toda vez que estavam juntos. Esses outros dois são o casal mais sem imaginação do mundo. E esses dois são clichês demais. E ess...

“É isso ou a outra opção.” a voz de Damon a pegou de sobressalto, fazendo-a gritar, mas, é claro, ninguém ouviu.

– Cara, sério, arranja um celular, um email, alguma coisa, mas não faz mais isso, não.

Não houve resposta.

– Já que não tenho opção, - olhou de novo a lista, escolhendo um dos casais que achou ser o mais fácil de juntar novamente. – Jeremy e Anna. Ele deve estar... Na Educação Física. E ela tendo Inglês. Vamos lá.

A morena começou a caminhar para onde as aulas de Educação Física aconteciam, sabia que Jeremy devia estar nas piscinas por que estava se preparando para as competições estaduais. Ela só tinha que dar um jeito de fazê-lo esbarra em Anna e, do jeito que ambos eram clichês, jurariam amor eterno na mesma hora. E se ela tinha a habilidade de ficar invisível, certamente também tinha alguma outra. Talvez tivesse super força ou talvez conseguisse mover as coisas com a mente ou talvez ela pudesse ler mentes, era só testar quando tivesse chance. Falando nisso... Ela era invisível. Agora que estava pensando direito sobre isso, Bonnie começou a sorrir, quanto proveito poderia tirar disso? Entrar na casa de alguém pra saber alguma fofoca, entrar no vestiário masculino para dar uma espiadinha quando os garotos estivessem...

“Nem pense nisso!”, Damon disse na mente dela.

– Já sei, - ela revirou os olhos. – Aquele negócio de Ser Divino e blá blá blá. Cara, eu sou invisível e não posso fazer nada divertido! Isso é um desperdício, sabia?

Bonnie chegou às piscinas e, como tinha previsto, Jeremy estava lá, em umas das raias enquanto o treinador ditava ordens à todos os nadadores. Ela começou a especular que talvez não devesse ter começado por aquele casal, pois como faria pra tirar Jeremy da natação e Anna da sala de inglês? Deveria ter começado por...

“Atenção alunos do Mystic Falls High. Aqui é o diretor Lockwood pedindo a presença de vocês no auditório dentro de cinco minutos para o anúncio do tema do Baile da Primavera.”

Bonnie encarou o alto-falante pelo qual saiu a voz do diretor e suspirou. Ela havia esperado meses pelo Baile da Primavera, tinha comprado o vestido perfeito, sugeridos os temas, marcado hora no salão, agendado o aluguel da limusine e escolhido a dedo o garoto que iria convidá-la. E agora, simplesmente não poderia ir.

– Isso é tão injusto. – choramingou olhando pra cima. – Uma garota não deveria morrer antes do mais importante evento da sua vida!

“Não seja tão dramática.”, Damon respondeu na mente da morena. Ela acabou fazendo uma careta e girou nos calcanhares para ir até o auditório, onde todos já estavam indo.

– Bom dia a todos, - o diretor cumprimentou quando a maioria já tinha se sentado nas cadeiras desconfortáveis do auditório. – Ansiosos para saber o tema do Baile da Primavera?

Uma onda de murmúrios animados encheu o ambiente e Bonnie aproveitou para observar todo mundo. Percebeu que haviam os mesmos grupinhos de sempre, o grupo dos populares, dos nerds, dos CDF’s, dos jogadores, dos calouros, dos drogados, dos gays, dos aspirantes à gays, e alguns solitários aqui e ali.

Ninguém parecia estar vendo Bonnie, que estava parada ao lado do diretor, encarando o envelope na mão dele com expectativa. Ela tinha sugerido os temas para o baile e tinha certeza que o que ganharia seria o de Máscaras. Quem em sã consciência não gostava de baile de máscaras?

– O tema do Baile da Primavera desse ano, é... - o diretor Lockwood fez uma pausa para dar suspense. – Baile à Fantasia!

– Espera aí, o quê? – Bonnie ficou confusa, ela não tinha sugerido baile à fantasia.

– Sugerido pela nossa querida Caroline Forbes. – o diretor sorriu, indicando Caroline sentada na primeira fileira do auditório. A loira sorriu, acenando, enquanto recebia olhares de aprovação de todo mundo.

– Caroline? – Bonnie ficou boquiaberta. – Ela é a nova abelha rainha? Ah, não! Assim ela nunca vai querer voltar com o... – Bonnie se interrompeu quando viu a loira dar um beijo de comemoração em... Stefan Salvatore! Na boca!

– Menos, crianças, menos. – o diretor repreendeu com um sorrisinho. – Essas crianças de hoje.

– Só pode ser brincadeira! É pra dificultar a minha morte ou o quê? Eles não podem estar juntos! – Bonnie ainda estava estática digerindo aquela imagem, quase não percebeu quando o diretor mandou todos embora de volta para suas salas. A morena continuou ali, no palco do auditório, enfurecida, andando de um lado para o outro. – Pensa, Bonnie, é a sua salvação que está em jogo! Eles não estão apaixonados, com certeza não. O Stefan ainda gosta da Elena. Ele tem que gostar dela ainda. E a Care... Ah, ela nunca esqueceria o...

– Meus Deus, o que tá acontecendo comigo?

Bonnie parou de andar quando ouviu um sussurro vacilante no auditório, olhou ao redor até notar um garoto sentado em uma das cadeiras respirando com dificuldade. Ela inclinou a cabeça pro lado, observando o garoto de óculos de grau redondo, suéter cinza sem graça e calças da mesma cor. Um nerd de primeira. Até parecia familiar. Ele ergueu a cabeça e Bonnie teve a impressão de que ele estava a encarando, o que era impossível, então o garoto piscou e se encolheu.

– Ai, Deus! – ele tapou o rosto com as mãos, parecendo estar passando muito mal.

– Damon, - Bonnie chamou e começou a se aproximar do garoto. – Acho que ele tá morrendo. O que eu faço?

O garoto tirou as mãos do rosto e de olhos arregalados encarou o local onde Bonnie estava, na verdade, Bonnie tinha a impressão de que ele a estava seguindo com os olhos, principalmente quando parou bem em frente a ele e ficou muito evidente de que ele a estava encarando, pois o garoto se afundou na cadeira, como se quisesse fundir-se a ela, mas ficou de cabeça erguida, ainda de olhos arregalados.

– Damon, você tá me ouvindo? O garoto tá morrendo. – a morena olhou pra cima esperando alguma resposta do anjo, mas quando nada aconteceu ela suspirou e encarou o garoto na cadeira.

– V-vo-você... Deveria estar mo-mo-morta. – ele gaguejou ficando pálido.

Bonnie perdeu o ar - se é que ela precisava de ar - e seu queixo caiu.

– Você pode me ver? – perguntou, sentindo algum tipo de sensação estranha parecida com confusão.

O garoto não respondeu, apenas continuou olhando-a enquanto respirava fortemente pra não desmaiar. Ele fechou os olhos e apertou as mãos umas nas outras, murmurando coisas desconexas que Bonnie não entendeu.

– Ei, estou falando com você. – a morena repetiu. O garoto abriu os olhos a tempo de ver ela tentando tocá-lo, mas ele se afastou rápido, saindo da cadeira e passando por “dentro” dela.

– Ai meu Deus! Ai meu Deus! – ele murmurou, dando passos para trás sem tirar os olhos de Bonnie. Ela continuou o seguindo, a cada passo que ela dava para perto dele era um passo que ele se afastava, até que tropeçou e caiu. Bonnie se abaixou, o dedo indicador em riste para tocá-lo. – Sai de reto! Sai de reto! – ele disse, colocando os dedos em forma de cruz na frente do corpo.

Bonnie se irritou.

– Sai de reto?! Ninguém me manda sair de reto, seu esquisito!

– Vo-você tá morta. E-eu...

– Vo-você tá mo-morta... – Bonnie fez uma careta o imitando, fingindo uma voz fina e assustada. – É, eu to morta, mas a questão é: como você consegue me ver?

– Ah, meu Deus. Eu estou conversando com uma morta! – o garoto olhou o chão transtornado, mas então deu um tapa no próprio rosto. – Não, eu não estou conversando com uma morta! É uma alucinação! Aquele leite da cantina estava com um sabor muito esquisito, devia estar estragado e agora eu estou tendo alucinações. Mas por que essas alucinações tinham que ser com essa patricinha mimada?

– Por que a única pessoa capaz de me ver tinha que ser um nerd esquisito? – Bonnie revirou os olhos, e passou a mão no cabelo, enrolando um mecha entre os dedos. – Ei, eu conheço você de algum lugar. Qual é o seu nome?

O garoto virou de costas murmurando consigo mesmo.

– Não fale com a alucinação, Kol. Não fale com a alucinação!

Bonnie revirou os olhos enquanto o garoto parecia estar normalizando a própria respiração. A morena percebeu que ele estava mais calmo, então ela aproximou-se por trás dele, um sorriso maldoso brotava no canto de seus lábios.

– Bu. – ela disse no ouvido dele, esperando assustá-lo e fazê-lo gritar, mas o que aconteceu estava longe ser apenas um susto.

Na verdade, ele desmaiou.


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Notas finais do capítulo

Entonces gente, vcs lembram quando eu disse que estava de mal com minha narração e minha criatividade? Pois então, elas já estão de frescura comigo :/
Mas, agora, preciso que respondam: Alaric/Jenna ou Alaric/Meredith? A escolha está nas mãos de vcs. Comentem, ok? Aproveitem pra dizer por que vcs acham que o Kol consegue ver a Bonnie. Eu tenho uma explicação, claro, que será esclarecida no próximo capítulo :D Mas quero ver o que vcs acham hehe’
Até a próxima semana ^^
XOXO