Khaos - Terra escrita por Gato Cinza


Capítulo 1
Capítulo 1 - Caçado




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Ele olhava para trás, sentia-se seguido. Parou em uma lanchonete e sentou-se de frente para a rua, sabia que parar naquele momento era burrice, mas precisava descansar e ter certeza se estava ou não sendo seguido.

Há 400 metros de distancia observando o garoto de cima de um prédio de 26 andares estava G, estavam meados de julho e fazia frio, por que ele foi parar agora? Sentia o vento gelado bater contra suas costas, tremia enquanto o observava.

Ele virava os olhos e a cabeça como se estivesse perdido. Uma mulher de olhar severo se aproximou e perguntou se ele ia pedir algo ou só ficar sentado, de modo bem rude, pediu um refrigerante, quando ela se afastou, fechou os olhos e respirou, seria tão bom poder dormir um pouco sem ter que se preocupar com sombras atirando flechas com intenção de mata-lo. Apurou todos seus sentidos e pousou a cabeça na mesa fria e dura á sua frente.

Tudo começara na semana anterior.

_ei pivete é o ultimo dia de aula, levante-se.

Contou 60 segundos e levantou, foi até a janela, observou Grace, sua irmã irritante e mais velha entrar no carro, bem que ela podia o levar para a escola, mas preferia escalar uma montanha flamejante a entrar em um carro dirigido por ela. Ela fez um balão com o carro e parou, esperava pela linda vizinha deles, que por acaso era melhor amiga dela. Quando ela entrou no carro Grace olhou para ele e sorriu batendo o dedo indicador no pulso.

Estava atraso para o ultimo dia de aula.

Entrou correndo nos corredores da escola, parou de fronte para Edgard um valentão do ultimo ano, que repetira três anos seguidos a mesma serie, re reprovasse mais uma vez provavelmente seriam colegas de turma. Sorriu ao vê-lo.

_oi nerd – disse Edgard dando um tapa suave nas costas dele.

_Ed – os dois não eram o que se podia chamar de amigos, mas ele fazia favores para Edgard e ele o protegia dos outros valentões.

Foram para a quadra de esportes onde todos os alunos estavam sentados em fila ouvindo o tedioso discurso do diretor da escola. Olhou a todos, pareciam até robôs esperando por sua programação final, todos de uniforme azul-escuro olhando para frente, uns bocejando, outros olhando rapidamente para os celulares trocando mensagens uns com outros de forma discreta, outros mais impacientes batendo os pés freneticamente em ritmo alucinante desejando que o tempo passasse mais rápido e fossem liberados para suas férias. Edgard sentou ao lado da namorada, ele se desviou do casal e sentou ao lado de Grace.

_pronta para o grande dia?

_ansiosa – Grace, 18 anos, calma e impassível estava completando o ensino médio. Olhava para o relógio todo instante, a noite teriam a formatura e ainda teria um dia cheio com coisas para fazer antes do baile.

Após o discurso foram todos convidados para o baile dos formandos e dispensados, gritos e aplausos invadiram a quadra.

Á noite enquanto se preparava para dormir após uma sessão de filme de terror, recebeu uma ligação inesperada e assustada de Grace.

_SAIA DE CASA AGORA – ela gritava, havia barulho de gritos apavorados e sons que ele não reconheceu. Algo estava acontecendo, entrou no carro.

Detestava dirigir, regras de trânsito e pessoas mal educadas pelo caminho, Grace quando tentava o ensinar a dirigir dissera um dia vai precisar e se não saber vai se ferrar. Aprendeu, foi para a escola. Havia carros de bombeiros pessoas correndo para todos os lados, alunos de terno e vestidos, rasgados e sujos. Procurou por Grace com os olhos mais não á viu.

Deu á volta com o carro e subui no muro, a visão era torturante, salas estavam em chamas e a quadra de esportes era apenas um monte de escombros. Ligou para Grace, mas não havia resposta. Viu um vulto de relance, pulou o muro e correu em direção ao vulto. Podia ser um aluno ou um bombeiro, não importava queria ver de perto. Perdeu o vulto de vista, procurava quando ouviu um barulho de vidro, entrou na sala aos tropeços e pela janela viu um homem (provavelmente era um homem) usando um manto negro com capuz. Quando o viu saltou novamente para dentro da sala carregava uma lança que apontou para ele.

Fez a coisa mais sensata correu. Voltou para casa, mas a casa estava em chamas, policia e vizinhos se aglomeravam em frente ao que fora seu lar uma hora antes. Acelerou o carro e seguiu em frente, dormiu na saída da cidade, não conseguiu falar com Grace. Ligou para colegas, amigos, conhecidos, foi á delegacia e aos hospitais. Acabou a gasolina do carro e o abandonou, ficou sem bateria no celular que jogou fora, ficou na casa de Edgard, não sabia o que fazer.

Vagou pedindo informações por todos os lugares e nenhuma resposta, estava sentado no que restara do muro da escola, olha os escombros, fazia então cinco dias que tudo acontecera, ainda não havia sinal da irmã. 18 alunos morreram nenhum eram ela. Dos 27 sobreviventes tinham certeza de que acontecera.

“entraram na quadra enquanto todos dançavam, as caixas de som foram jogadas uma contra a outra e as lâmpadas explodiram todas ao mesmo tempo, homens encapuzados de preto até os pés invadiram o lugar cheiravam as pessoas, algumas que tentavam fugir eram erguidas no ar e arremessadas para longe, ai uma aluna puxou um revolver e atirou contra eles, todos corriam em todas as direções, ai ouve um estrondo e a quadra caiu, ainda haviam alunos dentro e depois os homens de capuz seguiram os que tentavam fugir, as lâmpadas nas salas por onde passavam explodiam e rapidamente iniciava fogo, entre o medo e o pânico os que fugiam ligavam para policia e bombeiros”

Basicamente esse era o relato de todos os que presenciaram a destruição da escola. Havia 9 alunos desaparecidos, podiam estar entre os escombros que ainda restava no local. Estava descendo do muro quando uma flecha passou perto dele, olhou para a direção do disparo antes de pular e sair correndo, alguém de capa esvoaçante mirava algo que estava alem dele. Quando aterrissou olhou para a direção do alvo, um homem de capuz com uma lança na mão saltava uma casa para outra sem ao menos parecer se incomodar em cair.

Não teve tempo para analisar a situação, correu em direção contraria, passou na casa de Edgard, pegou uma faca e pediu um dinheiro emprestado, não podia explicar, no caminho de lugar nenhum roubou um carro. Odiava-se a cada metro que se distanciava do bar onde o dono procuraria o carro e não acharia. Quando acabou gasolina, abandonou o carro e pegou outro, dormia com olhos abertos cheios de pesadelos, acordava e começava a andar, comia qualquer coisa em qualquer lugar. Três dias de fuga de qualquer coisa e nem sabia o por que.

Abriu os olhos e ergueu a cabeça, seja lá quem o seguia não o matava por não querer, chance tinha, resolveu não sair dali, se não o matava com oportunidade podia talvez responder uma de suas perguntas:

Por que o seguia.


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Notas finais do capítulo

Os post são semanais, então não estranhem uma semana mais de um capítulo e outra capítulo nenhum.

ATÉ SEMANA PRÓXIMA

beijo, tchau...