Renascer escrita por Ana C


Capítulo 15
A inauguração


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Gente, demorei um pouquinho mais do que esperava, mas ainda estou sem meu computador e aconteceram tantas coisas nessas 3 semanas que pensei em desistir, de verdade. Aí fiz todo o esforço que pude e terminei o capítulo, mas não consegui revisar, então me desculpem pelos possíveis erros!

Esse capítulo é do Peeta Mellark. Ele vai explicar algumas coisas que ficaram no ar no capítulo passado! (tomara!) Na minha opinião é top five dos capítulos que eu mais gosto. Mas Peeta é sempre sensacional! E, olha, ele está escrito como se fosse o fluxo de pensamento dele, então tomem cuidado para não se perderem na cronologia, ok?

Muito obrigada a todos vocês pela motivação que me dão a cada leitura, pelo carinho, por tudo. Vi vocês irem apoiar a Carol e me emocionei. É muito bom ter leitores que são pessoas tão maravilhosas. Vale mais do que 1000 comentários vazios!

Bom, fiquem com o lindíssimo padeiro do 12!

Boa leitura! :)



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Hoje é um dia muito importante. Daqui a poucas horas, finalmente vou poder abrir minha padaria, enfim vou dar continuidade ao ofício do meu pai. Vou poder dar continuidade ao que os Mellark sempre fizeram melhor: alimentar os outros. E desta vez vou poder ajudar a todos os que não podia ajudar antes da revolução. Nunca mais vou precisar presenciar uma cena como a de Katniss buscando desesperadamente por comida. Jamais vou deixar que ela tenha que comer o pão descartado por não estar bom o suficiente, ou qualquer pessoa que passe nessas condições por aqui. Sempre quis que as pessoas fossem felizes, meu pai me ensinou a ser assim.

O caminho até a abertura da minha padaria foi cheio de desvios, momentos felizes e tensos, descobertas, alegrias, tristezas, mas sobretudo amor. Imagino que seja assim a vida de qualquer pessoa e agradeço por poder ter todas essas experiências...

Os ataques ocorreram de forma esporádicas. Nos dias de nervosismo, os olhos se turvavam antes que eu pudesse prever. As imagens ruins se sobrepujavam a minha mente, minha família vinha me cobrar sua sobrevivência, que eu não pude assegurar. Nessas horas, me sinto um fracassado. Mas tenho sempre as doces melodias de Katniss para me resgatarem deste turbilhão ruim que guardo na mente.

Descobri na pintura uma válvula de escape bastante eficiente. Todo o nervosismo se alivia quando posso pintar as coisas bonitas com as quais fui presenteado nessa vida. Uma grande tela repousa em um dos quartos de minha antiga casa. A linda mulher penteando seus cabelos, olhando perdida para a janela, de costas nuas e marcas da vida é a minha pintura favorita. Até mesmo Kat ficou impressionada com a tela. Acho que finalmente pode ver o efeito que pode ter em mim, o quanto é bonita, sensual. Ainda não decidimos onde guardar a obra, um momento tão importante como aquele merece ser saboreado sempre, mas somente por nós dois. Por enquanto, deixo-a repousando aqui e, vez ou outra, venho olhá-la.

A notícia de que um estabelecimento comercial ia ser aberto no 12, pelo vitorioso de dois Jogos Vorazes, tem tido uma repercussão maior do que eu, ou Katniss, jamais esperávamos. Depois do episódio em que ela matou Coin, no meio de todas aquelas pessoas reunidas na praça, achei que seríamos eternamente relegados ao posto de párias. Isso, no entanto, não tem se mostrado realidade. Cada dia mais vejo pessoas se aglomerarem na porta da padaria, esperando por alguma informação, um aceno, um gesto de carinho meu e de minha namorada. Nem todos parecem ser de nosso distrito. Conheço a maioria das pessoas pelo rosto, muitas pelo nome. Poucas pessoas voltaram para cá. Acredito que todo esse burburinho em cima de nós pode vir a atrair alguns novos moradores.

Kat tem estado bastante arisca nesses últimos tempos. Seu pavor de ser exposta nunca mudará, e eu concordo com ela sobre sua postura diante do que está acontecendo. Cheguei a chamá-la para uma conversa, com o intuito de dizer que me sentia culpado por atrair toda essa atenção para nós. Cogitei fechar o estabelecimento, antes mesmo que ele inaugurasse. Ela me assegurou que eu não tinha culpa nenhuma nessa história e que as pessoas deveriam cuidar de suas próprias vidas. E continuou aparecendo dia após dia na loja, cuidando do jardim, fazendo um pequeno inventário das coisas que nós recebemos, tentando cuidar das coisas que eu não podia. E a certeza do amor que ela sente por mim foi se fortalecendo em meu coração.

As tensão entre nós dois foi diminuindo a medida em que nós descobrimos nossos limites e nossas maiores apreensões. Durante algum tempo, Kat se afastou de mim, a ideia de ter um filho era insuportável para ela. Eu entendi e respeitei seu espaço. Não temos nem vinte anos, passamos toda a nossa vida sofrendo, agora é que aprendemos que podemos ser felizes. Além do mais, a lembrança da perda de Prim ainda é muito forte em sua mente. E Kat sempre exerceu o papel de mãe da sua irmã. Eu, que perdi toda minha família, não sei se consigo mensurar a dor que ela sente. Todas as vezes que pensava ter perdido a Katniss perdia também a vontade de seguir vivo.

Sempre sonhei em ter filhos, crianças que eu pudesse cuidar, assim como meu pai fez comigo. Que elas soubessem como é bom ter irmãos, assim como eu tive. Que elas pudessem me acompanhar ao trabalho e que enchessem a minha casa de gargalhadas agudas. Eu sempre quis, mas acho que a vida já me deu mais do que o suficiente. Em todos os meus sonhos meus filhos tinham uma mãe específica. Se ela não pode tê-los, eu não vou forçá-la. Talvez essas crianças apareçam pra mim nos sonhos. Quem sabe um dia elas não venham me visitar, tomando o lugar dos meus pesadelos?

Se eu não tenho a leveza das risadas infantis na minha casa, tenho o fogo da Garota em Chamas para me aquecer noite após noite. Eu deveria esperar isso dela. Ela tem tanta paixão e determinação em tudo o que faz, sua maneira de agir não é diferente em nosso relacionamento. Essa impetuosidade dela já me encantava há muito tempo, desde os meus cinco anos, quando eu via a menina com duas trancinhas andar pela cidade como se trouxesse, dentro de si, a liberdade. Quando resolveu cantar, sem nenhuma vergonha, para todo mundo da sala de aula. Hoje em dia, quando o ímpeto se transforma em vontade, em fome, nossa cama nos recebe e eu consigo saber exatamente o significado das palavras prazer, amor, sintonia.

Uma semana antes recebemos uma ligação de Plutarch. Eu não gosto desse homem de forma alguma, ele é um manipulador nato e, mesmo sendo uma peça chave na revolução que levou a queda de Snow, acho que a falta de preocupação que ele teve com a vida dos seus aliados durante o período de guerra mostra perfeitamente quem ele é. E este não é o tipo de pessoa com a qual eu quero manter contato. No entanto, sua posição no novo governo me obriga a atendê-lo com o mínimo de cordialidade.

– Olá Peeta - ele me saudou, em tom forçado - Como tem passado? - Eu respondi com um "bem" ou "muito bem".Ele voltou a falar - Nós na Capital estamos sabendo das últimas novidades, estou te ligando para enviar nossas felicitações.

–Muito obrigado - é tudo o que consegui responder, mesmo sabendo que a sua intenção não é, em absoluto, me dar parabéns por coisa alguma.

– Eu gostaria de discutir um outro assunto com você, que é de extrema importância ao nosso governo - Plutarch disse e eu não me espantei que o assunto não tivesse acabado ainda - Você vai abrir uma padaria em seu distrito, não é mesmo?

– Sim, mas você já sabe disso, Plutarch, ou não haveria razão alguma para essa ligação, ou para me parabenizar, não é mesmo? - Escutei sua risada rascante do outro lado da linha.

– Eu esqueço que você e sua namorada são pessoas acima de média... - eu não sei se ele me fez um elogio, ou se me deu um alerta velado - Acho que devo parar de rodeios, então. Nós queremos gravar todo o dia da inauguração e veicular em um programa de televisão. Imagina a comoção que causará nas pessoas ver os "Amantes Desafortunados" se reconstruindo. Tenho certeza que dará um novo sentido a toda essa revolução...

A ideia me embrulhou o estômago. Mas eu sei que causaria um efeito muito pior em Katniss.

– Vou lhe ser sincero, Plutarch e dizer que essa proposta não me agrada nem um pouco. Acredito que você vá entender se eu a rejeitá-la. - respondi, tentando manter o controle, apesar de a vontade de xingá-lo estar cada vez maior.

– E claro que eu entendo. Sei que vocês gostam de manter a vida da forma mais discreta possível, mas, você sabe, eu posso ser bastante persuasivo quando eu quero. - eu sei exatamente ao que ele está se referindo. Aceitando ou não ser gravado, a filmagem ocorreria do mesmo jeito... E se não aceitássemos, as gravações seriam feitas de uma maneira muito mais difícil para Katniss.

– O seu poder de persuasão é realmente inegável... - admiti, com a voz mais irônica que consegui - Quanto tempo vocês pretendem ficar aqui e o que você pretende filmar?

– Vamos, garoto... Você não precisa se preocupar tanto com os detalhes! Nós não iremos ficar muito tempo, talvez dois dias. Pretendemos fazer tomadas do Distrito 12, o estado em que ele está agora, quantas pessoas estão de volta... Claro, faremos a maioria das gravações na sua nova padaria, quem sabe na casa de vocês... Soube que você está morando definitivamente com a Katniss...

Eu não sei em que lugar ele conseguiu tantas informações, mas acho muito ingênuo pensar que estaríamos completamente livres do escrutínio a que submetem nossa vida. Não me restou alternativa senão a de aceitar a gravação, no entanto, resolvi estabelecer algumas cláusulas a este acordo.

– Pois bem, Plutarch. Vocês podem vir filmar a inauguração - enquanto dizia, ponderava que esse filme pode vir a ser uma boa forma de motivar os que perderam algo nesta guerra a se reerguerem. - Mas eu tenho algumas restrições. Sem gravações em nossa casa. De maneira alguma vou permitir isso. Muito menos Katniss, você a conhece. Ela é muito mais teimosa que eu e muito melhor em atirar flechas, como você bem lembra. - falei, fazendo referência à morte de Coin, e ele entendeu - Todas as gravações deverão ser feitas por Pollux e Cressida. E todos os locais de filmagem serão definidos por nós.

Plutarch soltou um agudo gemido de indignação depois que eu terminei minhas reivindicações. Eu, porém, não fiz nenhuma menção a voltar atrás. Percebendo isso, o homem seguiu seu discurso:

– São muitas exigências. Não sei se posso cumprir com todas elas. Cressida e Pollux certamente tem uma quantidade enorme de trabalho a fazer na capital. E a casa onde vocês vivem é, em primeira instância, um espaço cedido pela Capital. Acredito que o governo teria formas de reivindicá-la para si...

– Pois que reivindiquem, Plutarch. Nós arranjaremos outro lugar para morar, sem problemas. E se eu não posso ter a sua compreensão, talvez tenha a da Presidenta Paylor. Tenho certeza que ela intercederá facilmente aos meus apelos... - A voz do outro lado da linha se calou por completo. Eu consegui fazer com que ele ficasse assustado.

– Não precisamos de tanto, Peeta... Estou plenamente de acordo com as suas colocações. Cressida e Pollux estarão no Distrito 12 um dia antes da inauguração da sua padaria. Boa sorte para você e mande minhas lembranças para Katniss.

Desliguei o telefone com um seco "obrigado" seguido de um "adeus". Minha cabeça começou a doer pensando na dificuldade que seria explicar a Katniss todo o ocorrido. E quando ouvi seus passos na entrada da sala, horas depois, meu estômago se apertou. Ela percebeu de imediato que algo errado estava acontecendo.

– O que aconteceu Peeta? Não é real, não acredite nas suas visões! - a reação dela era mais do que plausível, uma vez que eu tinha aumentado a quantidade de vezes em que tinha flashbacks ou ficava perto de tê-los.

– Não aconteceu nada comigo, Katniss... Fique tranquila... - vi que ela seguiu meu conselho quase que imediatamente, deixando seus ombros mais relaxados - Eu recebi uma ligação de Plutarch Heavensbee - e com essa frase, vi sua tensão voltar imediatamente.

– E o que ele quer conosco? - Katniss me perguntou, cheia de raiva na voz

– Kat... As notícias não são muito boas... Você aceitaria ter essa conversa na cozinha, acompanhada por uma caneca de chocolate e de uma fornada de pãezinhos que eu acabei de fazer? - Era uma tentativa clara de suborno que eu esperava que ela aceitasse. O meio sorriso em seus lábios e o meneio de cabeça me indicaram que ele havia funcionado.

Cressida e Pollux chegaram no dia anterior, assim como o combinado. Eu fui buscá-los pessoalmente na estação de trens. Uma sensação de alívio me percorreu quando eu soube que eles não usariam nenhum aerodeslizador. Trens são meios de transportes cada vez mais comuns entre os distritos. Aerodeslizadores, no entanto, indicam a presença de pessoas de evidente importância chegando ou saindo de algum lugar.

Os recebi como amigos, acho que eles podem ser considerados assim, depois de tudo o que passamos juntos. Eles pareciam estar felizes com o reencontro e eu também me sentia assim. Os guiei até minha casa e expliquei que fazia questão de que eles se hospedassem ali e se sentissem a vontade. Katniss já nos aguardava na porta de minha antiga casa quando chegamos e recebeu os nossos dois "convidados" de maneira surpreendentemente calorosa. Acho que ela realmente não estava mentindo quando disse que as filmagens não seriam tão ruins se fossem feitas por eles e que a minha ideia havia sido brilhante. Ela realmente confia nos dois.

Mostramos a minha antiga casa a Cressida e Pollux, esperamos que eles tomassem banho e comessem o almoço feito por mim e depois os guiamos a um tour pelo distrito. Eu e Katniss explicamos a eles muitas das diferenças entre nosso lar e a cidade como um todo antes e depois da Revolução. Toda vez que eles achavam que alguma coisa que falávamos era realmente importante, pediam delicadamente para que repetíssemos a mesma coisa para as câmeras. Acredito que Cressida queira dar a esta filmagem um tom de documentário e acredito que será bem melhor do que toda aquela palhaçada dos prontopops do 13, ou da programação robótica da antiga Capital. Muitas coisas parecem a nós tão tontas, que não sentimos absolutamente nada aos compartilhá-las. Outras conseguiram deixar a mim e a Kat profundamente incomodados...

Chegamos à Mellark Bakery, nome que eu e Katniss escolhemos para a padaria, e comecei a contar o caminho que percorremos até chegar ali. O lugar está realmente bonito, o ambiente aconchegante e vivo, da maneira que eu sempre quis. Pollux faz algumas tomadas do local e Cressida comenta o esforço de Paylor em enviar reforços policiais para o evento da inauguração. Seria mesmo um desperdício perder dois vitoriosos de uma só vez e o lugar é bastante devassado. Mas qualquer um poderia ter nos matado durante esse tempo que passamos na capital, então esta preocupação desmedida é um pouco tonta, em minha opinião.

O dia terminou e eu tive certeza que eles tinham mais material para esse programa exigido por Plutarch do que o necessário. Pedi então para os meus amigos que descartassem as gravações que não fossem usar. Eles concordaram. Servi o jantar para os dois, que comeram, bastante felizes. Eu e Katniss estamos nos acostumando a receber pessoas em nossa casa. Estamos tentando suprimir a tendência que nós temos de nos isolarmos sempre, as vezes parece que o mundo é feito somente de nós.

Acordei três vezes durante a madrugada. Desta vez não foram os pesadelos que me tiraram o sono, mas a sensação de que eu não fiz os bolos de forma correta, que a comida não é suficiente para todos, que meus colegas de trabalho não vão conseguir acordar na hora correta. E mesmo que eu tivesse tentado ficar inerte, para que Katniss não acordasse, não consegui meu objetivo. Seus olhos sonolentos me miraram, buscando uma explicação. Depois, quando finalmente conseguiu concatenar as palavras, me perguntou:

– Os pesadelos estão te atormentando?

– Não hoje... Acho que nem sequer consegui dormir para ser sincero... Estou nervoso com o dia de amanhã, não sei o que vai acontecer...

– Vai dar tudo certo, isso é o que vai acontecer - ela respondeu, em tom conciliador - Mas há alguma coisa que eu possa fazer para te ajudar?

Eu dei um sorriso de canto de boca e ela entendeu de imediato. Imediatamente sorriu também.

– Ora, ora senhor Mellark, se era isso que você queria, era só ter me pedido antes. - eu ri da maneira como ela recebeu a proposta, que eu nem sequer cheguei a verbalizar. Beijei-a demoradamente, com a certeza de que a noite poderia ser mal dormida, mas seria certamente muito bem aproveitada.

Estou de pé em cima de uma plataforma imporvisada, montada na frente da minha padaria. Centenas de pessoas estão na minha frente, ávidas por escutar o que eu tenho a dizer. Cressida e Pollux estão posicionados na platéia, lugar no qual podem fazer melhores tomadas. Todos os meus colegas de trabalho estão ao meu lado, junto com Katniss e Haymitch. Ela está especialmente linda hoje. O vestido azul escuro que quase a obrigaram vestir é bastante sóbrio, mas a deixa linda. Seus cabelos estão presos em uma pequena trança, e este foi um pedido meu. Seus olhos estão especialmente reluzentes, graças ao maquiador que chegou da Capital hoje. Ele teve que fazer algum tipo de milagre. Eu e Kat não dormimos nada na noite anterior, mas ninguém que nos olha sabe disso. Guardamos esses segredos para nós e é tão maravilhoso...

Estou observando-a quando me dou conta de que as pessoas começam a puxar conversas com ela sem cessar, pedindo para tirar fotos. Katniss vai encolhendo aos poucos e percebo que ela está a ponto de perder o controle. Sendo assim, começo a fazer meu discurso.

– Hoje é um dia muito importante para mim. Esse dia significa muito pois finalmente vou poder perpetuar a memória da minha família. - começo a falar e todos voltam sua atenção imediatamente para mim - Todos eles foram vítimas de um ataque covarde, de um governo covarde, em tempos muito difíceis. Hoje, então, é o dia de celebrar-los. Não somente eles, mas todos os que sentimos falta, dos quais nos lembramos com carinho e amor... E finalmente, hoje é o dia de comemorar. - respiro fundo e todos esperam que eu continue - Comemorar porque podemos estar aqui, em um Distrito livre, reconstruindo nossas vidas, talvez até mesmo do lado de pessoas que amamos. - eu olho para Katniss, assim como todos os que estão ali - Que esse dia possa ser tão feliz para vocês, como será para mim. Muito obrigado.

Desço do palco ao som de palmas esfuziantes, seguido de todos os meus amigos e de Kat. Há um enorme laço que nos separa da porta principal. Espero que os colegas que estão me filmando se posicionem e chamo Katniss para que ela corte a fita comigo. Ela não hesita, apesar de estar visivelmente nervosa. O laço é rompido e as portas são abertas. O cheiro dos pães que assamos antes que as pessoas se aglomerassem na porta nos toma de assalto. Os cupcakes convidam a todos a terem ótimas experiências gastronômicas. As pequenas prímulas noturnas pintadas nas paredes do estabelecimento permitem que todos relaxem e aproveitem o momento. O jardim se oferece uma experiência para os diferentes sentidos. E os olhos cinza que me miram com tanto orgulho me fazem o homem mais completo deste mundo.


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Notas finais do capítulo

Repararam na pintura? Capítulo que vem ela aparece de novo! :p!

Tem personagens voltando! Daqui a uns 2 ou 3 capítulos a gente vai ter mais gente pra amar (ou odiar)!

Mil beijos e até o próximo! (Finnick manda avisar que entregará cubos de açúcar durante o sono daquelas que postarem! hahahahahaha)