O garoto novo escrita por Miss Disaster


Capítulo 41
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

Bom amores, espero que gostem.



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Ele tava usando uma blusa branca social, com as mangas puxadas até o cotovelo, uma calça jeans preta (e justa) e sapato social preto. O cabelo tava molhado ainda e meio bagunçado, mas dava pra achar que ele tinha tentado ajeitar um pouco, ele ainda estava usando o mesmo perfume de quando a gente se conheceu. E quando ele me abraçou eu pude sentir o cheiro dele, quase caí pra trás com o quão perfeito ele tava, mas me controlei e tentei parecer normal.

Ficamos conversando um pouco até eu decidir que ia comer logo, como era um rodízio, cada um pegava o que queria e eu fui logo atrás de sushi:

Manu:– Alguém quer pegar sushi comigo?

Art:– Eu vou, faz tempo que não como sushi.

Nanda:– Eu também vou.

Rodolfo:– Espera, amor.

Nanda:– Por quê?

Rodolfo:– Porque eu também vou, mas não agora.

Nanda:– Mas tu...

Rodolfo:– Me espera, Nanda. – Ele olhou significativamente pra ela.

Fui com o Art pegar o sushi e enquanto eu pegava o que queria comecei a puxar assunto:

Manu:– Art, eu fiquei pensando...

Art:– Em que, Manuzita?

Manu:– Eu acho que a gente...

Art:– Que a gente...? – Ele sorriu e esperou eu falar.

Manu:– Que a gente devia voltar.

Art:– Mas eu nem peguei o Temaki. – Eu comecei a rir.

Manu:– Não, seu lesado. Não to falando de voltar pra mesa, to falando de voltar, voltar. Voltar a namorar, Art. – Encarei ele.

Ele me olhou por alguns segundos.

Art:– Tem certeza que tu quer isso, Manu? Tipo, não vou mentir, reatar contigo é tudo que eu mais quero agora, mas tem certeza que tu não vai se arrepender depois? Nós não somos mais os mesmos de quando nos conhecemos. Eu tenho um filho agora.

Manu:– Meu Deus, Art. Eu nunca nem pensei em desistir de ti por causa do Gui, eu te disse que me apaixonei assim que vi ele. E sim, eu tenho certeza, nada ia me fazer mais feliz do que reatar contigo. – Sorrimos um pro outro e ele me deu um selinho.

Terminamos de pegar nossa comida e voltamos pra mesa e o Art não se conteve:

Art:– Posso...?

Manu:– Deve. – Sorri e ele se levantou.

Art:– Tenho uma novidade.

Ju:– Adoro novidades, o que é?

Art:– Eu e a Manu... reatamos.

Todo mundo começou a comemorar e ficaram nos desejando felicidade, depois o resto do pessoal foi pegar comida, não todos de uma vez, claro. Depois que terminei de comi fiquei de beijinhos com o Art e tive a certeza de estar sendo observada, mas achei que eram nossos amigos. Depois de muita conversa jogada fora eu avisei que ia ao banheiro.

Entrei na cabine, depois fui lavar as minhas mãos e retocar minha maquiagem. Quando eu estava secando minhas mãos uma loira entrou no banheiro, não deu pra reconhecer porque ela estava de cabeça baixa, mas quando ela trancou a porta eu percebi que não era alguém amigável:

Manu:– Com licença, moça. Você não pode trancar a porta.

yYy:– Você também não pode ficar com o meu namorado. – Ela levantou a cabeça e eu reconheci.

Manu:– Pri-Priscilla?

Priscilla:– Pensou que eu tava presa né, vadia?

Manu:– E era pra tá. Deu pra quem pra fugir?

Priscilla:– Tenho meus contatos. – Ela sorriu maliciosamente. – Mas o que importa é que eu to aqui. E vim pra recuperar tudo que eu deixei. E isso inclui o Art.

Manu:– Sério que tu ainda acha que ele vai te querer?

Priscilla:– Ah vai, se ele não tiver mais ninguém, vai sim.

Manu:– Que pena né. Porque ele me tem.

Priscilla:– Não por muito tempo. – Ela sorriu e veio pra cima de mim.

Não deixei barato e comecei a puxar o cabelo dela e ela também puxou o meu. Vi alguém tentando abrir a porta e comecei a gritar por ajuda. Depois de me jogar no chão, ela tirou uma faca, sabe Deus de onde. Admito que pela primeira vez eu senti medo dela. Ouvi batidas na porta, como alguém tentando arrombar, ela acabou ficando nervosa e enfiando a faca na minha barriga, ela saiu de cima de mim e pulou pela janela justamente quando alguém empurrou a porta.

Não vi quem arrombou só sei que segundos depois meus amigos estavam ao meu redor enquanto o Luc gritava no telefone pedindo pra se prepararem pra me receber porque iam me levar pra algum lugar. Eu queria falar alguma coisa, mas eu estava ficando com sono, só escutei todo mundo me pedindo pra não sucumbir. Depois disso eu apaguei.

Quando eu acordei não consegui abrir meus olhos, mexer minha boca, nada, só conseguia ouvir as coisas ao meu redor. Ouvi quando alguém arrastou uma cadeira perto de onde eu estava, quando a pessoa começou a falar, percebi que era o Art.

Art:– Fica bem logo, minha anãzinha. Não acredito ainda que eu deixei isso acontecer contigo.

Eu quis perguntar do que ele tava falando, mas não consegui abrir a boca. Ouvi várias pessoas entrando e saindo, de onde quer que eu estivesse, durante bastante tempo. Até que um dia quando o Art estava lá, eu consegui abrir meus olhos, mas ele estava de cabeça baixa, concentrado em algo, talvez rezando. Depois de muito tentar, acabei conseguindo chamar o nome dele, que saiu mais como um som sufocado.

Quando ele me viu de olhos abertos começou a chorar de alegria e saiu gaguejando dizendo que ia chamar o médico. Daí eu percebi onde eu estava, em um hospital... E então todas as lembranças do que tinha acontecido veio de uma vez. Senti uma raiva enorme por não ter segurado a Priranha.

Quando o Art voltou com o médico, ele me examinou e disse que eu tinha me recuperado rápido, mas estava longe de estar bem. Ele disse pra eu dizer caso precisasse de algo. Tentei dizer que queria água pra minha garganta que estava muito seca, depois de muito esforço consegui e o Art me trouxe água e com muito cuidado me ajudou a beber.

O tempo passou rápido no hospital, eu descobri que tinha ficado quase uma semana desacordada e que tinham conseguido pegar a Priranha e ela tinha ido pra um presídio mais seguro que o outro. Me recuperei rápido e tive alta um mês depois de dar entrada no hospital, todo mundo me recebeu em casa e o Art fez questão de ficar cuidando de mim pra que eu não fizesse nenhum esforço. Depois de uma semana de alta eu já podia me levantar e pouco tempo depois já estava novinha em folha.


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram?
Bom, meus amores, eu acho, quase certeza, que o próximo capítulo vai ser o último, então, preparem os coraçõezinhos.