O garoto novo escrita por Miss Disaster


Capítulo 39
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo ta mt nhonhonho, de noite eu posto o próximo.



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Admito que eu fiquei realmente muito surpresa quando encontrei, na verdade, uma senhora com cerca de 60 anos colocando o Gui pra dormir. O Art nos apresentou:

Art:– Então, essa é a Gisele, meu anjo da guarda. - Ele sorriu pra ela. - Gisa, essa é a Manu, de quem eu te falei.

Ela colocou o Gui no carrinho e me cumprimentou.

O Art ficou só observando e se segurando pra não cair na risada.

Gisele:– Bom, Arthur, o Gui já dormiu, então eu vou indo.

Art:– Ok, Gisa, muito obrigado.

Gisele:– Já disse que não precisa agradecer. E não volta pro trabalho sem comer.

Art:– Tá. - Ele sorriu e abraçou ela.

Quando ela finalmente foi embora, o Art caiu na risada e depois de se recompor, perguntou:

Art:– Então, Manu... O que tu achou da Gisa? - Ele falou ainda rindo um pouco.

Manu:– Ela é... muito simpática. Não estou entendendo essas risadinhas, Arthur Cordeiro.

Art:– Jura que não? A tua cara de ciúmes quando eu falei da Gisa foi hilária, mas mais hilário mesmo foi tua cara quando viu que ela não era uma "piriguete" ruiva que vivia dando em cima de mim.

Manu:– HAHA, até parece. Estou pouco me lixando pra você.

Art:– Ah é?

Manu:– É.

Art:– Então quer dizer que tu não sente ciúmes de mim? - ele foi se aproximando de mim.

Manu:– Nã-não. - Gaguejei.

Art:– E não se importa que eu beije quem quer que seja.

Manu:– É. - Falei de uma vez quando ele me encostou na parede.

Art:– Então tu não vai se importar que eu faça isso. - Ele pegou na minha nuca e me beijou.

Não dá pra descrever a sensação de sentir o beijo dele depois de tanto tempo, até porque eu não beijava o Art desde a época que eu ainda estava no hospital.

Ele foi parando os beijos aos poucos e ficou me olhando enquanto sorria. Não pude me conter e sorri também.

Art:– Então... continua não se importando? - Ele riu.

Manu:– Continuo. - Eu com certeza não ia ceder.

Art:– Meu deus, que marrenta tu, garota.

Manu:– Fazer o quê, né?! - Rimos e ele me beijou de novo.

Manu:– Tá bom, eu desisto.

Art:– Então quer dizer que a marra da anãzinha cai só com uns beijos é?

Manu:– Idiota. - Bati no braço dele.

Nós nos sentamos e ficamos conversando até eu chegar no assunto que eu realmente queria:

Manu:– Mas então, quando tu pretendia me contar que o Gui não é teu filho biológico?

Art:– Ah... Isso. - Ele coçou a nuca constrangido. - Eu ia te contar, juro. Mas acabei esquecendo. - E o pior é que era o mais provável porque ele sempre foi lerdinho.

Manu:– Hm... E como foi que tu descobriu isso?

Art:– Ouvi ela falando com uma amiga no telefone e dizendo 'foi muito fácil enganar o Arthur, ele jura que o pirralho é filho dele'

Manu:– Meu Deus.

Art:– Pois é, isso foi minutos antes de a bolsa dela estourar e eu ter que levar ela pro hospital. E eu não tive como me separar dela, porque quando eu vi o Gui eu me apaixonei e não importei nem um pouco com o fato de ele ser ou não meu filho de sangue, porque eu já me sentia pai dele.

Manu:– Caramba, ela é pior do que eu pensava.

Art:– Pois é... E o pior é que, assim como o Fred, ela não precisa estar solta pra fazer o mal.

Manu:– O Fred? Como assim? O que ele tem a ver com tudo isso?

Art:– Bom... O Fred é... – Ele respirou fundo – Ele é o pai do Gui.

Só não cai pra trás porque a cadeira era firme. Fiquei alguns segundos tentando aceitar aquilo.

Manu:– Tem mais alguma coisa pra me contar? Pra soltar tudo logo de uma vez?

Art:– Nada muito importante, só que eu ia colocar o nome do Gui de Enzo, por causa daquele dia... Que nós dois passamos no parque, lembra? A gente fez um piquenique e ficou conversando sobre família e tentando escolher um nome pros nossos filhos.

Manu:– Lembro. – Sorri com a lembrança.

Art:– Pois é... A gente combinou que ia colocar o nome do nosso filho de Enzo...

Manu:– Caramba, eu não lembrava dessa parte.

Art:– Normal. – Nós rimos. – Enfim, quando eu ouvi ela falando que ele não era meu filho, fiquei com muita raiva e acabei indo no cartório e registrando ele com esse nome... Guilherme, porque eu não queria sujar o nome do “nosso” filho colocando em um menino que nem sequer era meu filho de verdade. Só que quando eu entrei no quarto da Priscilla e vi o Gui... Eu vi que ele não tinha culpa de nada do que a vadia da Priscilla tinha feito. Eu me apaixonei por ele, tanto que hoje não faz diferença nenhuma o Gui ser meu filho biológico ou não.

Manu:– Meu Deus, Art.

Art:– E o pior de tudo isso é que depois eu me arrependi, me arrependi de não ter registrado ele como Enzo. Eu até hoje me culpo por ter sentido raiva do Gui, por um segundo que fosse, porque eu não me importo que ele não seja meu filho de sangue... Eu amo ele, seja filho de quem for...

Manu:– Eu te entendo, assim que eu vi ele, eu também me apaixonei. Mas, enfim... Mais alguma coisa? – Eu ri.

Art:– Só uma última coisa... – Interrompi ele.

Manu:– Ai meu Deus, Arthur, assim tu me mata do coração. É a última?

Art:– É. – Ele riu. – Lembra daquela noite que eu passei com a Pri, no dia da minha festa?

Manu:– Lembro. – Fiz careta ao lembrar.

Art:– Então... Nunca aconteceu. A Priscilla colocou entorpecente naquele suco e quando tu foi embora ela voltou, me colocou na cama e deitou comigo. No outro dia eu não lembrava de nada, mas ela jurou que a gente tinha passado a noite junto. E depois que tu foi embora, eu realmente bebi muito, então eu pensei que fosse verdade...

Manu:– Então quer dizer que...

Art:– Não, a gente nunca transou... Nem mesmo quando a gente passou a viver junto, porque a gravidez dela não permitia e pouco depois do Gui nascer eu descobri o negócio das drogas e ela foi presa...

Manu:– É muita coisa junta pra eu assimilar... – Fiquei encarando o chão.

Passei alguns segundos assim até o Art levantar meu rosto.

Art:– Não te contei tudo isso com nenhuma intenção, só não queria te esconder nada. Agora esquece isso, vai.

Manu:– Acho difícil, mas vou tentar. – Tentei sorrir.

Art:– Deixa eu te ajudar. – E ele me beijou.

Aquilo com certeza me fez esquecer aquilo tudo por um tempo. Ele foi parando os beijos com selinhos e só então percebeu a hora.

Art:– Ah meu Deus, eu tenho que ir deixar o Gui na casa da minha mãe.

Manu:– Agora? Tu tem que almoçar, Art.

Art:– Não vai dar tempo, se eu almoçar vou chegar atrasado no trabalho.

Manu:– Não Arthur, relaxa, almoça que eu deixo o Gui na tia Marta.

Art:– Claro que não, Manu. Não vou te atrapalhar.

Manu:– Me atrapalhar? Ah faça-me o favor, eu não tenho nada pra fazer até 19 horas, então isso com certeza não vai me atrapalhar.

Art:– Não Manu, eu não...

Manu:– Depois eu que sou a marrenta né?! Senta aí, almoça em paz, que eu levo o Gui. Só preciso que tu vá deixar minhas compras em casa, porque não vai dar pra levar as compras E o Gui.

Art:– De boa, eu levo pro trabalho e de lá levo pra tua casa quando eu for buscar o Gui.

Eu fui pegar o Gui no quarto e desci com ele e com o Art, dei sinal pra um táxi que tava passando e coloquei o Gui no canto do banco. Antes de ir eu dei um beijo no Art e ele ficou bem surpreso porque foi um tanto abrupto.

Me despedi dele e fui pra casa.


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Notas finais do capítulo

E então gostaram dos Armanu moments? u.u ♥



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