Minha vida na mochila! escrita por GirlInLondon


Capítulo 1
Presente de 18 aninhooos...


Notas iniciais do capítulo

BEEEEM... é o primeiro... espero q gostem ehhehehe



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É isso ai... Já amanheceu e isso significa q hoje fazem exatamente 89 dias
Nem da pra acreditar em tudo o que aconteceu... O dia ate parece meio irreal. O menino mais perfeito do universo esta bem do meu lado. No banco do carona da minha kombi, sem camisa. Mas por favor não pense mal de mim, nada aconteceu. Ele só manchou a camisa de graxa enquanto me ajudava a arrumar a Judy. Judy é minha kombi, ganhei de presente de aniversario do meu pai para o desgosto, desprazer e desespero de minha mãe, é claro. Os dois nunca se deram bem mesmo, mas acho que esse presente foi a fagulha q faltava pra mamãe surtar. Eles estão separados desde que eu tinha 8 anos.
Ahhhh só pra constatar meu nome é Adriane, mas eu não gosto desse nome então todo mundo me chama de Drica. E o menino lindo, querido, fofo,atencioso inteligente que esta ao meu lado é o Jeff. Ahhh ele é tudo de bom. E olha que só conheço ele a algumas horas, mas quer dizer, ele me ajudou com a Judy e dormimos juntos nela. Cada um no seu assento, mas juntos!
Cada vez que paro pra analisar os acontecimentos recentes da minha vida, tudo parece ainda mais irreal. Afinal, quero dizer, eu tenho 18 anos, acabei de tirar carteira de habilitação e meu presente foi a minha tão sonhada kombi.
Uma kombi praticamente impecável, único dono, azul claro com branco. Meu pai chama ela de calcinha por que diz que essa é a cor dela. Mas Judy é linda, e tem sido meu sonho a anos. Papai nunca foi muito presente na minha vida, não sei dizer se foi proposital, ou se mamãe é que sempre quis que eu mante-se distância das loucuras e aventuras dele.
Acontece que nem a distância afastou o lado aventureiro que corre nas minhas veias. O lado maluco e sonhador que puxei dele.
Minha mãe é enfermeira. Quando eu era pequena mamãe trabalhava no plantão noturno quase todo dia. Então eu sempre ficava com meu pai. Eu adorava. Ficávamos acordados até as dez ou onze da noite, o que pra mim era tarde na época, assistíamos filmes, comíamos bobagens e na hora de dormir papai me contava histórias. Mas não as mesmas da mamãe, não eram contos de fadas, histórias de princesas ou de bichinhos fofinhos. Eram aventuras. Aventuras de verdade. De malucos aventureiros que colocavam a vida em uma mochila e saiam por ai. Atrás de um sentido de vida, uma ideologia que fizesse a vida valer a pena ser vivida! Entre tantos personagens da imaginação de papai ele adorava contar histórias de Judy, uma jovem aventureira que andava o mundo em sua kombi, atrás de aventuras e diversão. Ela era demais! Tanto ele gostava de contar quanto eu de escutar.
E foi assim que eu descobri que não era em casa que eu ia descobrir quem eu era.
Cada vez que o meu aniversário de 18 anos se aproximava, mais eu falava sobre os meus sonhos malucos. Sonhos "irresponsáveis e irreais, ridículas ideias infantis", de acordo com a minha mãe. Cada vez mais eu sonhava com a minha kombi, com abandonar os estudos por um tempo e seguir rumo, sem rumo... simplesmente seguir adiante e deixar a vida me levar. Não importava quantos sonhos e argumentos eu apontasse pra mamãe, ela sempre vencia as discussões. Só de tocar nesse assunto ela já se dirigia a mim com sete pedras na mão.
No fim das contas eu já estava conformada em ir para uma faculdade que minha mãe escolheu e seguir a vida que ela determinou. Mas como sempre meu pai me surpreendeu.
O dia do meu aniversario foi uma confusão. Minha mãe estava toda chorosa e emotiva. Qualquer coisa era motivo para ela cair em lágrimas. Pra piorar logo depois do meu "café especial de aniversário", o qual devo admitir estava divino, ela entrou no meu quarto com um sorriso de orelha a orelha que estava escondido atrás de uma caixa que até agora não sei como passou na porta de tão grande. Ela se sentou na minha cama, ao meu lado, colocou a caixa no chão, me abraçou e começou a chorar. Depois de uns minutos de desespero em que ela perdeu o fôlego de tanto chorar, ela se recompôs e abriu a caixa. Admito que a hora que olhei para tudo aquilo o choro subiu e travou na minha garganta. Aquela caixa estava cheia, lotada e transbordava "EU". Exatamente. Uma caixa cheia de fotos, e coisas minhas de todas as idades possíveis, lembranças de minha mãe quando estava grávida. Meu vestido de batizado; a roupinha com que eu sai do hospital, que por sinal não é rosa, é verdinha e amarela por que meus pais não quiseram saber antes e então só descobriram o meu sexo na hora do meu nascimento; meu primeiro ursinho de pelúcia, que eu ganhei dos meus padrinhos ainda dentro do hospital; velinhas de bolos de aniversário; chupetas; fraldinhas de tecidos bordadas com ursinhos, bichinhos e meu nome em todo canto; o uniforme que usei no meu primeiro dia de aula; uma palheta rosa e preta da época que eu comecei a aprender tocar violão; minha toca e meu óculos de quando eu fazia natação; minha fita de quando eu fazia ginástica; minha faixa de quando papai me colocou no karatê; uma mechinha do meu primeiro corte de cabelo; cartinhas e cartões de aniversário e que eu recebi quando era criança, tanto de família quanto de amigos. Além de tantas outras coisas, lembranças, sem falar em milhões de álbuns e fotos.
Admito que não esperava nada nem parecido com aquilo. Sempre soube que minha mãe era emotiva e sentimental, mas guardar tudo aquilo, me fez sentir algo diferente. Eu pude ver e tocar o amor incondicional da minha por mim. O amor que ela tem por mim desde que soube que estava grávida. Foi tão difícil olhar pra ela sem chorar. Resultado, ficamos a manhã inteira olhando aquela caixa, contando histórias e rindo com os momentos mais malucos, no fim eu deitei no colo dela e ouvi ela me contar tantas dessas histórias que eu já ouvi tantas vezes e até já decorei, mas foi diferente. Eu realmente estava adorando ouvir ela contar, rir e chorar enquanto acariciava meus cabelos.
Estávamos indo almoçar pela cidade quando alguém bateu na porta. Um imenso buquê de flores azuis. Minha cor favorita. E junto uma caixinha de presente pequeninha acompanhada de um cartão. Deixei as flores, e o presente em cima da mesa e me sentei para ler o cartão. Não sei por que mas estava nervosa. Um cartão escrito em uma folha de caderno. Me emocionei logo nas primeiras palavras, mais ainda quando terminei de ler e caí em lagrimas quando abri o presente. "Drii," só meus pais me chamam assim "você é meu maior orgulho, não sabe o quanto me alegra ver teu sorriso e o brilho nos teus olhos, sua alegria é contagiante e você ilumina e encanta a todos que tem o prazer de conviver contigo. Obrigada por ser a melhor coisa que eu já fiz ma minha vida". Dentro da caixinha um bilhete "Comece a criar suas histórias minha pequena aventureira". Papai!. Embaixo do bilhete uma chave de carro e as seguintes instruções "vá até a esquina". Óbvio que eu fui correndo. Juro que não acreditei. Estacionada bem na minha frente uma Kombi. Ou melhor, a MINHA Kombi!


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Notas finais do capítulo

♥ que presente kkkkkkkkkkkkkkkkkk comentem, recomendem favoritem por favor.... issso incentiva muitooooooooo ♥



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