Tom despertou com o barulho da descarga. Tateou a cama, encontrando-a vazia, já que Bill estava no banheiro. Virou para o lado, fechando os olhos novamente, e entregando-se ao sono, mas um estranho barulho o atrapalhou.

-Bill? – chamou, sentando-se na cama.

O incômodo som persistiu, seguido da descarga acionada. Tom levantou-se, indo em direção ao banheiro, onde a porta entreaberta revelava a luz acesa.

-Bill? – chamou novamente, adentrando-o.

E lá estava ele, sentado ao lado do vaso sanitário, com a cabeça enterrada entre as pernas.

-Bill, o que foi? – perguntou, preocupado, abaixando-se para tocá-lo.

Bill tentou responder, mas os espasmos em seu estômago foram mais fortes. Posicionando-se novamente em frente a peça de porcelana, sentiu um gosto amargo subir por sua garganta, e tratou de logo expeli-lo.

-Respira. – pediu Tom, segurando seus cabelos.

Passou a mão por sua testa, limpando algumas gotículas de suor que ali se acumulava, e constatando que ele não estava com febre.

-Acho que comida chinesa não me fez bem. – a voz de Bill era fraca, assim como seu sorriso.

Tom concordou, enquanto amarrava os negros fios do irmão no topo de sua cabeça. Ficaram lá por quase toda a noite, até o organismo de Bill finalmente se acalmar.