Direito De Amar escrita por Sill Carvalho, Sill


Capítulo 4
Capítulo 04 – Voltando a Viver


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas.
Trago para vocês o último capítulo.

**
Luara Nunes e Lili Swan, meu muito obrigada. Me fizeram muito feliz com a recomendação ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/486663/chapter/4

Levou alguns minutos para que Emmett e Rosalie a encontrassem. Lexie fez o possível para passar despercebida. Não queria falar com nenhum deles, estava assustada. Magoada também.

O desespero dos dois só aumentava a cada minuto. Foi olhando em uma das extremidades de um dos brinquedos – que lembrava uma tubulação – que Rosalie a encontrou, encolhidinha, de olhos fechados, cobrindo os ouvidos com as mãos.

Aquilo bastou para o coração de Rosalie afundar dentro do peito. Será que nem mesmo ouvir sua voz Lexie queria? , foi o que pensou amedrontada com a possibilidade da rejeição. Entretanto, não houve tempo para sentir medo, logo cedeu lugar ao alivio. Encontrá-la ali foi como retirar um fardo enorme de suas costas. Como se soltassem as amarras que a mantinham presa na dor.

Antes de se dirigir a Lexie, Rosalie olhou por sobre o ombro passando o aviso para Emmett.

– Eu a encontrei... – ela deixou a frase se perder no ar enquanto ele absorvia a informação.

Emmett deu a volta em torno da gangorra, apressando, indo ao encontro das duas. Tudo o que conseguia pensar era em levar sua garotinha de volta para casa.

Rosalie se agachou em frente à entrada do brinquedo, olhando ansiosa para a garotinha que carregava traços físicos similares aos seus. Sim, aquela era a sua garotinha. A mãe, nervosa, ficou encantada com a semelhança entre ambas.

Havia tantas coisas para ser ditas que as palavras se amontoaram em sua garganta como um fluxo interrompido. Rosalie abriu e fechou a boca, duas vezes seguidas, não conseguindo se comunicar tamanha ansiedade e nervosismo. À custa de muito esforço conseguiu formular uma frase mesmo temendo ser rejeitada.

– Olá, Lexie – sua voz soou quase como um murmúrio. Sem perceber, deixou o ar sair devagar por entre os lábios. O coração pulsando forte contra o peito fazendo a corrente sanguínea latejar em seus próprios ouvidos. Sendo atraída por um imã invisível; o chamado do sangue.

Rosalie desviou o olhar apenas por um segundo, quando sentiu a presença de Emmett ao seu lado. Ele havia acabo de se ajoelhar assim como ela. Tentando desesperadamente falar com a filha.

– Vem com o papai – ele pediu. A voz demonstrando tranquilidade temendo assustá-la novamente. Devagar, estendeu as mãos até encostar às de Lexie que cobriam os ouvidos. Lexie continuava murmurando a mesma canção de ninar, de olhos fechados, se recusando, também, a vê-los. – É o papai, Lexie. Abre os olhos filha – pediu.

Devagar a garotinha abriu os olhos e ficou encarando os dois que estavam de joelhos no chão, disputando o espaço em frente ao brinquedo. Pouco a pouco, Lexie afastou as mãozinhas dos ouvidos. Parecia um bichinho assustado.

– Está tudo bem bebê – Emmett a tranquilizou. Sua atitude, agora, bem diferente da de alguns segundos atrás. Voltando a ser o homem que Lexie conhecia desde bebê; calmo, carinhoso e gentil. – Vai ficar tudo bem. Vem! Vem com o papai. Vamos voltar para casa.

Sem dizer uma única palavra, Lexie desviou o olhar do dele olhando para Rosalie. Naquele momento ele soube que a filha queria uma resposta para a pergunta anterior.

Emmett suspirou. Mesmo não querendo passar por aquele momento, não havia mais como adiar. Estava em beco sem saída. Ele sentiu os olhos arderam quando olhou para Rosalie.

– Vá em frente, fale com ela, não era o que você queria... – ele ficou de pé com as mãos nos bolsos. Sabia que depois daquela conversa teria grande chance de perder a filha para a mãe biológica, definitivamente. A passos curtos, encarando o chão de terra, ele se afastou. Medo e angustia se tornaram seu retrato. De repente, sentiu-se solitário.

Rosalie suspirou, aliviada, enquanto seus braços se estendiam em direção a Lexie. Mas a garotinha se recusou a sair do brinquedo. Rosalie passou a mão no rosto, secando uma lágrima que rolou apressada.

– Tudo bem, meu amor... – disse Rosalie, com a voz trêmula. – Sabe... – começou ela, encarando as próprias mãos com medo de olhar para a filha e ver rejeição em seus olhinhos. – Quando eu era uma garotinha assim como você, tive uma boneca que era a minha favorita. O nome dela era Lexie – Lexie se mostrou interessada, embora Rosalie não tivesse notado porque continuava encarando as próprias mãos. Ela fungou e então prosseguiu. – Eu aprendi a amar esse nome, muito cedo, tanto quanto amei a minha boneca. Mas aí eu cresci e, aquela boneca que eu tanto gostava foi mandada para a doação de brinquedos por mamãe. Embora eu não quisesse passá-la adiante, mamãe disse que outras crianças adorariam brincar com ela. Foi pensando no rostinho feliz de quem a recebesse que acabei aceitando. Então, naquele mesmo dia, falei para mim mesma que quando me casasse e tivesse uma filha ela se chamaria Lexie. Minha eterna bonequinha... Minha filha de verdade.

Lexie a olhou com curiosidade e admiração. E foi somente quando falou que Rosalie conseguiu voltar a olhá-la diretamente nos olhos.

– Você é o anjo que eu vi no cemitério...? Foi a mamãe Brook que mandou você vir aqui? Ela está bem?

– Não amor – disse Rosalie enternecida –, eu não sou um anjo, mas com toda certeza adoraria ter sido seu anjo da guarda todos esses anos. Não fique triste, Brooke foi uma pessoa muito boa, acredito que deve estar em bom lugar.

– Papai disse que ele e a mamãe me escolheram – ao falar seus olhinhos se tornaram tristonhos. – Que eu fui adotada... O meu papai disse que não é meu papai de verdade, mas pra mim ele sempre será. Porque ele está guardado aqui dentro – ela encostou a mãozinha no lado esquerdo do peito. Seu rostinho era o reflexo de sua dor emocional e lamento.

Rosalie sentiu as mãos formigarem desejando poder tocar o rostinho de Lexie, mas temeu a reação dela.

– Emmett te ama bebê – disse ela. – Brooke também te amou. Mas também existe outra pessoa que te ama muito. Mais que a própria vida. A ama desesperadamente e te procurou por seis anos. Foram seis anos de dor e angustia. E uma busca incessante.

Lexie engoliu em seco. – Você está falando de você mesma?

Rosalie maneou a cabeça afirmativamente. – Sim, meu amor...

Mexendo as mãozinhas uma na outra, ela perguntou:

– Então... Eu sou a sua Lexie?

Um caminho de lágrimas percorreu o rosto de Rosalie quase que instantaneamente. O coração pulsando fora de controle.

– Eu sou sua mamãe, Lexie. Eu sou sua mamãe, meu amor – Rosalie soluçou no mesmo instante que encostava as mãos à barriga – Eu te carreguei aqui dentro por nove meses... Você foi tão desejada. Eu já te amava tanto antes mesmo de conhecer seu rostinho. Eu sonhava todas as noites com você, ansiosa para te conhecer, te carregar no colo. Aí você nasceu e, naquele dia, eu soube que jamais deixaria de te amar. Você se tornou a minha vida...

– Então porque não ficou comigo? – questionou Lexie, tristonha.

– Eu queria meu amor. Acredite Lexie, não existe, e nunca existiu, nada no mundo que eu mais queira do que estar com você. Mas – soluçou, e somente depois de respirar fundo prosseguiu –, arrancaram você de meus braços... – Rosalie juntou os braços ao corpo como que segurando um bebê. – Você era só um bebezinho... E eu já te amava tanto. O que era pra ser o dia mais feliz de minha vida, por causa do que nos fizeram, acabou se tornando o mais triste.

– Foi o papai Emmett e a mamãe Brooke que me tiraram de você? Por isso você e o papai estavam brigando?

– Não, minha vida. Eles só fizeram coisas boas por você. Eles cuidaram e te deram amor quando eu não pude. Não que eu não quisesse, eu fui privada do direito de te amar. Quem te tirou de mim foi um homem muito ruim – os olhos de Lexie se arregalaram. – Não precisa se preocupar, ele não vai te fazer mal, ele está morto agora.

– Então... Mesmo que a minha mamãe Brooke esteja lá no céu, eu ainda tenho uma mamãe aqui pertinho de mim?

Rosalie estendeu a mão, o coração batendo fora do comum, quando, enfim, pode tocar o rostinho da filha, pela primeira vez, depois de seis anos. Levemente lhe acariciou a bochechinha rosada, bem em cima da pequena pinta de nascença. A mente de Rosalie foi envolvida por imagens de Lexie ainda recém-nascida, quando a segurou em seus braços pela primeira vez, no hospital onde nascera.

Lexie fechou os olhinhos apreciando o carinho materno que há tempos sentia falta. Quando tornou abri-los, estendeu os braços para Rosalie. Pronta para aceitar o seu amor incondicional. Um sorriso imenso se apossou do rosto de Rosalie enquanto recebia Lexie em seus braços trazendo-a para o colo.

Ali, sentada no chão de terra, segurando a filha no colo, depois de anos de busca e espera, envolvida em um abraço cheio de amor e saudade, Rosalie chorou pondo para fora toda dor e angustia que fora cravada em seu coração por seis anos. Naquele instante, ela teve a sensação de estar revivendo o dia em que Lexie nasceu, quando a trouxeram para seus braços pela primeira vez, não quando a levaram.

– Mamãe – murmurou Lexie. O som de sua voz soou como um tintilar de sinos aos ouvidos da mãe, anestesiada por todo amor que sentia pela filha.

Rosalie chorou certa de que jamais haveria emoção equivalente em toda sua vida.

Afastado das duas estava Emmett, ainda com as mãos nos bolsos. Por um momento ele se atreveu a olhar para trás e as encontrou envolvidas num momento de reconhecimento. De união entre mãe e filha, onde a força genética falava mais alto. Se sentindo excluído, caminhou até um banquinho onde se sentou permanecendo de costas para elas.

Depois de alguns minutos, o que para Emmett pareceu horas, Lexie correu até onde ele estava e o abraçou. Ele a puxou para seu colo e, em silêncio, apenas retribuiu o gesto de carinho.

Rosalie ficou de pé atrás do banco onde eles estavam. Não pode deixar de observar o quanto aquele homem amava sua filha. E sua filha também o amava.

– Papai... – murmurou Lexie.

– Sim, meu amor.

– Promete que nunca mais vai ficar bravo daquele jeito?

– Prometo – afirmou ele, beijando o topo da cabeça dela carinhosamente.

– Ei tive medo... – Lexie confessou.

– Eu sei... – ele assentiu, embora envergonhado. – Desculpe-me filha.

Lexie se inclinou no colo e deu um beijinho no rosto dele.

– Ela pode ficar para jantar com a gente?

– Você quer muito isso?

– Quero.

– Então tudo bem – concordou ele, beijando, dessa vez, a testa dela. – Agora vamos para casa. Chega de aventura por hoje.

– Eu posso ir ao escorrega antes? Só uma vez. Por favor, papai – ela juntou as mãozinhas implorando.

Emmett rolou os olhos se dando por vencido.

– Só uma vez – ele repetiu, com uma piscadela, mesmo sabendo que ela iria mais de uma vez. Ela sempre fazia isso.

Lexie saltou do colo dele e, antes de ir para o escorrega, segurou a mão de Rosalie guiando-a para que ela sentasse ao lado de Emmett no banco.

Rosalie, embora sem jeito, aceitou a oferta, não queria magoa-la. Evitando olhar para Emmett, ela sorria vendo Lexie subir no escorrega.

Foi quando ele fez questão de afetar seu sorriso com um aviso inesperado.

– Se tentar tirá-la de mim, eu fujo com ela e você nunca mais voltará a vê-la. E isso não é uma ameaça. É uma sentença.

Rosalie não conseguiu dizer nada, apenas secou as lágrimas quando essas surgiram.

[...]

Minutos depois...

Enquanto Emmett se encarregava do preparo do jantar, Lexie mostrou seu quarto para Rosalie, e todos os seus brinquedos. O material escolar e o álbum de fotografias. Mais uma vez Rosalie se viu chorando. Ver fotos do desenvolvimento da filha e saber que não esteve por perto em nenhum daqueles momentos a machucava de maneira assombrosa.

Durante o jantar, Emmett não mencionou uma única palavra. Esteve taciturno, ao passo que Lexie tagarelava sem parar. Enfeitiçada com tudo que estava descobrindo sobre a filha, Rosalie ouvia a tudo com atenção e orgulho.

Depois do jantar, ela o ajudou com a louça. Na hora de se despedir de Lexie, Rosalie ficou aos prantos lembrando-se da ameaça que Emmett lhe fizera, minutos atrás, no banco da pracinha.

Da varanda, Lexie acenava com a mãozinha entristecida por vê-la chorando tanto. Ela não entendia porque Rosalie não podia ficar. E porque o pai não facilitava as coisas.

Com a enxurrada de lágrimas que se seguiram, Rosalie forçou os olhos para poder enxergar o que estava a sua frente. Dirigiu a trancos e barrancos, mas conseguiu chegar em casa bem.

Foram horas de conversa com a mãe, repassando cada minuto daquela tarde e inicio de noite. Esme ficou feliz e, ao mesmo tempo, aliviada em saber que todo o calvário da filha havia, talvez, chegado ao fim. Independente do que aconteceria no futuro sobre a guarda de Lexie, Rosalie havia a encontrado.

Durante a madrugada, Rosalie rolava na cama. Seus olhos estavam levemente vermelhos e muito inchados. Não havia espaço para mais nada em sua mente a não ser Lexie. Queria tanto tê-la trazido para casa. Para seu verdadeiro lar, de onde nunca deveria ter saído. Mas Emmett, porém, não facilitava ameaçando fugir com a garotinha caso ela tentasse levá-la. Havia também um fator agravante que, ela como mãe, não podia ignorar; Lexie o amava e, sem dúvida, iria com ele a qualquer lugar, ao passo que ela ainda era uma novidade para a filha.

À meia luz de um abajur, Rosalie olhava as fotografias de Lexie, cujo investigador lhe dera anteriormente. Para seu espanto e surpresa, àquela hora da madrugada, a campainha tocou. Quem poderia ser, foi o que pensou.

Ainda segurando uma das fotografias, Rosalie sentou na cama. Calçou os chinelinhos de dormir e foi até a porta, tateou a parede e acendeu a luz. Voltou e deixou a fotografia sobre a cama. Prendeu os cabelos em um coque mal feito e, mesmo incerteza, desceu as escadas.

Na sala, afastou uma das cortinas da janela tentando decifrar quem poderia ser o visitante da madrugada. Ela sabia que já tinha visto aquele carro em algum lugar, mas não estava conseguindo pensar direito. Os últimos acontecimentos e a fadiga mental a deixavam confusa.

Mesmo com medo se aproximou da porta ainda fechada e, por fim, perguntou:

– Quem está aí? – sua voz soou rouca, na verdade, apavorada.

– Mamãe – soou a voz infantil, do outro lado da porta, fazendo o coração de Rosalie falhar uma batida –, sou eu, a Lexie.

– Lexie – repetiu Rosalie, mal conseguindo acreditar que fosse mesmo verdade.

Com mãos trêmulas ela girou a maçaneta da porta após destrancar a fechadura. A porta foi aberta num rompante revelando por trás dela a figura de uma garotinha usando pijama com estampa de ursinhos. Um casaco pesado, pantufas nos pezinhos. Uma mochila lilás nas costas, e nos bracinhos uma velha boneca de pano.

– Lexie – murmurou Rosalie, começando a chorar novamente. Ela abriu os braços e a garotinha correu ao seu encontro. Cabendo perfeitamente naquele abraço.

– Papai me trouxe para dormir com você – confidenciou próximo ao ouvido de Rosalie, que a pegou no colo. Lexie passou os bracinhos em volta do pescoço dela e as pernas em volta da cintura, repousando a cabeça ao ombro materno. Tendo a sensação de que aquele era o melhor lugar do mundo.

Rosalie ergueu a cabeça buscando o olhar de Emmett. Não acreditava que ele realmente tivesse feito aquilo, não depois das palavras ferinas que lhe dissera mais cedo.

– Alguém queria muito dormir com você essa noite... – ele comentou com a voz amigável. Passando longe do tom ameaçador que usou na pracinha. – Com a mamãe, não é filha? – completou, afagando as costas de Lexie.

Ainda não acreditando que fosse real Rosalie a abraçou forte contra o corpo, enquanto murmurava um “obrigado” a Emmett.

– Apenas cuide bem dela... – disse ele, virando as costas para ir embora.

– Você pode ficar se quiser – falou Rosalie, automaticamente. Emmett tornou a virar na direção de onde ela e Lexie estavam. A garotinha o olhava agora com expectativa. – Rosalie rapidamente acrescentou. – Já está muito tarde para voltar. Quer dizer... É madrugada. Quando você chegar o dia já vai estar quase amanhecendo. Vai acabar não dormindo nada.

– Não acho que seja conveniente – ele respondeu, embora indeciso.

– Fica papai, por favor – Lexie implorou.

– Ok – ele concordou com um suspiro, no fundo, talvez, apenas talvez, desejando ficar.

Rosalie virou as costas e entrou em casa levando Lexie no colo. Abraçando-a e beijando todo seu rostinho. Emmett as seguiu, embora estivesse sentindo-se estranho por estar ali.

Sentados no sofá da sala, depois de uma conversa sobre o motivo que o fez sair no meio da madrugada com a criança ainda de pijama, Rosalie teve a chance, pela primeira vez, de ler uma historinha para a filha dormir.

Ainda na metade da narrativa, Lexie adormeceu. Rosalie retirou os óculos dela com cuidado e os deixou na mesinha do abajur junto ao livro. Permitiu-se admirar e afagar cada traço do rosto da filha com adoração e carinho.

Uma maravilhosa sensação de plenitude aqueceu seu coração, uma vez em pedaços. Abraçada a Lexie pode desfrutar da sensação maravilhosa de tê-la de volta no calor de seus braços.

Vencida pelo cansaço físico e emocional, Rosalie pegou no sono desfrutando da paz maravilhosa que há seis anos buscava.

Sentado no sofá oposto, Emmett observava a forma cuidadosa com que ela cuidava e demonstrava amar Lexie.

Mesmo sem perceber um sorriso surgiu no canto de seus lábios fazendo as covinhas surgirem, sabendo que havia feito à coisa certa.

Com um longo suspiro, ele ficou de pé. Aproximou-se do sofá e puxou a manta para cobri-las melhor. Deu um beijo na testa da filha e, de uma forma inesperada, beijou a testa de Rosalie logo em seguida.

Era tarde demais, ele sabia. Tarde para fugir do destino...

...O destino, quem sabe, os faria se apaixonar.

Ele tornou a sentar e ficou a observá-las dormir. Viu Lexie sorrir enquanto dormia e imaginou o que ela estaria sonhando.

Ele não tinha como saber, não naquele momento, mas Lexie sonhava que formavam uma família. Uma família de verdade. Onde novamente ela tinha um papai e uma mamãe.

No sonho de Lexie, eles estavam na varanda da casa de Emmett. Depois de ter feito carinho no rosto de Rosalie, passado uma mecha dos cabelos dela para trás da orelha, ele a beijava nos lábios, descobrindo nela uma nova razão para viver.

Lexie, com o rostinho feliz, os observava do jardim, cercada de suas flores favoritas...

... Amor-perfeito.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, pessoal, esse foi o último capítulo. Espero que tenham gostado, eu particularmente gostei bastante.

Muito obrigada a todos que comentaram até aqui, e a você que recomendou a fic ♥

Não se esqueça de deixar seu comentário. E quem sabe uma recomendação.

Beijo, beijo
Sill