Te Odeio Por Te Amar escrita por TamY, Mazinha


Capítulo 6
Capítulo 06 - Sócios


Notas iniciais do capítulo

Helloooo, girlsss... Mais um capitulo pra vcs... Queremos avisa-las que logo teremos de postar os capitulos em dias alternados ou entao postaremos em dias marcados. Esses primeiros estao sendo postado todos os dias para que vocês possam conhecer um pouco da rotina do nosso casal e da personalidade de cada um.
Obrigada a todas as que estao acompanhando, comentando... Muito obrigada!
Que desfrutem, boa leitura... Bjssss



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# Carlos Daniel narrando #

Acordei com uma decisão tomada, compraria as ações do Sr. Martins, não tinha o que pensar, seria bom para meus negócios e se eu quero continuar tendo sucesso em minha área, não tenho que me importar com rinchas que o Sr. Martins teve com minha família no passado, serei justo como sou com qualquer outro.

Levantei-me cedo, tinha muito que resolver, esse seria mais um dia entediante no escritório, cercado de papeladas. Segui para uma ducha quente, e enquanto deixava a água quente escorrer por meu corpo, relaxando meus músculos sempre tensos deixei minha mente voar, dessa vez não estava pensado em meu passado trágico por assim dizer, estava pensado no meu agora, no que tinha e que transformei minha vida em uma eterna rotina sem graça e me perguntava “para quê me levanto todas as manhãs?”

– Bom dia Matilde! - Disse à senhora que me recebeu com um grande sorriso em seu rosto cansado, ela sempre de bom humor, como consegue?

Apenas me limitei a me sentar em meu lugar e tomar meu café em completo silêncio, mesmo com a presença de Matilde a meu lado, preferia ficar em silêncio, hoje acordei péssimo.

Agradeci pelo café, apesar de não ter comido quase nada. Meu motorista, como sempre, me esperava na porta com o carro pronto e como sempre, sorrindo. Afinal de contas qual era o problemas dessas pessoas? Sempre sorridentes de bem com a vida? O que essa maldita vida deu de bom a ele? Mais um dia cansativo de trabalho?

O trânsito estava péssimo, passamos meia hora parados e isso só serviu para aumentar minha irritação... Entrei sem dar bom dia a ninguém, dane-se o que pensassem de mim, eu pouco me importo com a opinião deles.

– Victória peça ao Rodrigo que vá até a minha sala! - Disse assim que o elevador abriu e entrei na sala de espera do meu escritório.

– Bom dia Senhor Bracho! - Ela disse sorrindo. – Pedirei agora mesmo! – Continuou me olhando.

Não respondi a sua saudação, qual é a dela agora? Ontem mesmo estava histérica e hoje me trata tão bem assim, diria até que está feliz em ser tratada como uma qualquer. Bom, se ela não se importava eu é que não me importaria. Segui para minha sala e fiquei à espera do Rodrigo, como sempre ele não demorou a aparecer.

– Bom dia, Carlos Daniel! - Ele me saudou ao entrar com um sorriso no rosto.

Qual é a de todo mundo hoje? Todos estão contentes, está acontecendo algo que não sei? Acho que preciso conversar com meu analista, mas amanhã é dia de sessão...

– Quero comprar as ações do Sr. Martins! - Disse direto.

– Ótimo! - Ele disse sorrindo, ficou ainda mais feliz, talvez estivesse fazendo seus cálculos mentais...

– Quero que marque uma reunião com o Sr. Martins! - Disse interrompendo sua alegria contida.

– M-mas isso não é necessário, Carlos Daniel! - Ele disse de forma nervosa.

Qual era o problema das pessoas? Tiraram o dia para me irritar? Perguntava-me enquanto o olhava com o rosto inexpressivo.

–Não pedi sua opinião, Rodrigo! Marque a reunião e isso é tudo! - Retruquei enquanto girava a cadeira lhe dando as costas, logo pude ouvir o barulho da porta sendo fechada.

Era exatamente disso que estava precisando, silêncio. Apenas eu e minhas amarguras... Não me preocupei em revisar nada, apenas fiquei ali, sentado, olhando as janelas. Tudo que via era o movimento de vai e vem dos carros, funcionários. Mas isso era ainda melhor do que ver rostos felizes.

– Senhor! - Disse Victória com sua voz sensual de sempre.

Girei minha cadeira até estar de frente para ela. Bom, a solidão não era assim tão ruim e a vista que tinha agora era ainda melhor, como sempre, Victória estava vestida para chamar a atenção de qualquer homem, mas foi só ela abrir a boca novamente que foi como tomar um banho de água fria.

–O que acha de almoçarmos juntos? - Ela perguntou enquanto se aproximava e encostava-se em minha mesa de frente para mim.

– Não entendeu nada do que conversamos ontem não é? - Perguntei a ela a olhando seriamente.

– Claro que entendi! - Ela rebateu surpresa pelo meu tom.

– Não parece! - Rebati novamente, me levantei e me afastei a olhando. – Não almoçamos ou jantamos juntos, não saímos juntos, não andamos juntos... Entenda de uma vez Victória! - Disse direto, estava sem paciência para sutilezas.

Ela me olhava com espanto, não entendo porque ainda se surpreendia. Sempre cuidei para deixar as coisas muito claras entre a gente. Nunca existiu e nem vai existir nós, existe eu e mais ninguém.

– M-mas o que temos não significa nada? - Ela perguntou com a voz embargada.

“Oh céus, ela iria começar a chorar de novo.” Pensava enquanto respirava fundo contendo minha vontade de arrastá-la para fora sem um pingo de consideração, coisa que ela não merecia, mas apesar de tudo me considero um “cavalheiro” e se for para encostar minhas mãos em uma mulher não será para agredi-la.

– Victória! - Disse enquanto me aproximava parando em sua frente e a olhando nos olhos. – Não significa nada para mim!

Pronto, agora ela estava chorando pra valer e saiu correndo da sala, eu dei de ombros e voltei a fazer o que fazia antes de ser interrompido. Não sei quanto tempo fiquei ali apenas pensado em minha vida, essa manhã acordei com isso em mente, não sei bem o que queria, eu quis que as coisas fossem assim, mas esse sentimento de que algo faltava não me abandonava.

Mais uma vez fui interrompido por uma batida na porta, era minha outra secretária. Qual era o nome dela mesmo? Bom, isso não importava, mas me perguntava onde Victória estava que não veio me avisar da chegada do senhor Martins. Pedi que o levasse a sala de reuniões.

– Senhor Martins! - Disse ao entrar na sala de reuniões e encontrar um homem de meia idade me esperando. – Bom Dia! - Disse enquanto o observava curioso.

Ele tinha a expressão cansada, olheiras, parecia não ter dormido e não estava sorrindo. Pelo menos um concordava comigo de que essa vida não era lá essas coisas... Não pude conter um pequeno sorriso com minha constatação.

– Bom dia, senhor Bracho! - Ele disse enquanto tomava seu lugar. – Vim assim que recebi o telefonema de seu advogado.

– Sim, eu pedi que o chamasse! - Disse o observando com curiosidade. Ele estava digamos que, amarrotado. O que andou fazendo? Talvez isso explicasse a quase falência de sua fábrica. – Chamei o senhor aqui porque quero deixar algumas coisas claras entre a gente! - Disse direto ao ponto. Detestava enrolação. – Sua rincha com minha família não tem nada a ver comigo, se estou comprando suas ações é porque vai me favorecer e no caso ao senhor também, e estarei pagando o justo!

– Claro, eu entendo... Ele dizia enquanto se agitava no lugar, acho que não se sentiu confortável quando toquei na rincha que ele tem com minha família. Bom, não podia julgá-lo por isso, eu também não me dava bem com minha família.

– Está ciente que comprando essas ações eu passarei a ser sócio de uma boa parte da sua empresa, não está? - Perguntei olhando-o franzindo o cenho e me perguntando se esse senhor estava bem.

– Claro... Estou ciente, senhor Bracho! - Ele disse me olhando alarmado.

Deus, como esse homem conseguiu chegar aonde chegou? Perguntava-me enquanto o observava com curiosidade.

– Perfeito! Mandarei que meu advogado tome conta do resto e obrigado por ter vindo! - Disse encerrando nossa conversa.

Ele me cumprimentou e ao passar por mim senti o cheiro de bebida. Estava certo em minhas suspeitas, esse homem não estava em condições de tomar conta de seus negócios e se continuasse assim, logo teria de vender o resto de suas ações e eu as compraria com todo prazer.

Voltava para minha sala satisfeito com a minha rápida conversa com o Sr. Martins, mas algo estava me incomodando... Nem tive tempo de descobrir o que estava me incomodando porque quando entrei em minha sala me deparei com Victória me esperando.

– O que quer? - Perguntei de forma ríspida.

– Quero que me desculpe pela forma que saí! - Ela disse se aproximando de mim e envolvendo seus braços em meu pescoço. – Prometo não pressioná-lo mais, quando se sentir pronto para conversarmos você virá até mim! - Ela dizia enquanto acariciava minha nuca e colava seu corpo no meu de forma sedutora.

– Isso nunca vai acontecer Vic... - Dizia mas ela me beijou me impedindo de continuar.

Eu a correspondi e a envolvi em meus braços. Bom, sou homem e não recusaria um beijo assim...


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Notas finais do capítulo

Comentem, girlssss..
Bjs e até o proximo capitulooo......