PDV BELLA Quem sou eu???? Me chamo Isabella Marie Swan, mas prefiro ser chamada de Bella, tenho 17 anos e estou começando a cursar o segundo ano do Ensino Médio. Este ano tem tudo para ser o melhor ano de minha vida, meus pais sempre discordaram do fato de eu estar matriculada num colégio interno, agora que eles se separaram e meu pai ganhou minha guarda provisória finalmente fiquei livre daquele mosteiro. Hoje dia 12 de março é o começo de tudo. Pela manhã tenho aula de francês, já que era o idioma que eu estudava no internato não queria parar agora. A tarde eu teria aulas normais, com gente normal, e enfim a noite consegui uma vaga no teste para o grupo de teatro. Tem como começar melhor o meu ano??? Acho que não. Naquela manhã levantei meio eufórica, vesti o uniforme da minha nova escola, pois é mesmo sendo o Ensino Médio a escola tinha uniforme, que por sinal era indispensável. Segui em direção à escola, onde eu teria as aulas de francês em horário contrário as minhas aulas, na frente da secretaria estavam um grupo de alunos, provavelmente esperando a liberação para subir para o andar de lingüística da escola, no entanto quando a secretária entrou no ambiente não tinha boas noticias para nós. –Gente infelizmente o professor entrou em contato informando que hoje não poderá ministrar a aula de francês, os alunos de outros idiomas podem subir para suas respectivas salas. – Dizendo isso ela se voltou para o computador a sua frente e ignorou totalmente os alunos que ficaram. Eu dei meia volta e fui indo em direção à saída, quando uma garota de cabelos espetados, baixinha e com carinha de fada apareceu na minha frente. –Oi eu sou a Alice, pelo jeito você está na turma de francês da Prof° Françoise não é? –Pois é e pelo jeito a aula ficou para semana que vem. A propósito me chamo Isabella, mas pode me chamar de Bella. – Me apresentei a garota, parecia que seriamos amigas. –Então Bella, já que não temos aula, o que acha de irmos ao shopping? –Pode ser, mas admito que não conheço muito bem a cidade. – Falei meio envergonhada. –Tudo bem, eu conheço o suficiente por nós duas. – Ela pegou na minha mão e enfim saímos dali. Fui indo em direção ao estacionamento onde eu deixara meu carro pouco tempo antes, mas ela me impediu. –Vamos a pé, assim não precisamos pagar o estacionamento do shopping. É apenas algumas quadras daqui. – Um shopping a algumas quadras da escola, realmente esse ano promete. Cerca de três quadras da escola havia um shopping bem grandinho, fomos andando pela lateral circulando o shopping até chegar na porta principal, ainda era cedo mas o shopping já estava aberto. Antes que chegássemos à porta pude ouvir o comentário de dois rapazes que estava logo atrás de nós. –Já te disse que eu sempre quis estudar nessa escola?? – Comentou o primeiro –Desde quando você gosta de estudar Ed? – Completou o segundo –Eu não disse que eu gosto de estudar, mas não tem lugar melhor neste mundo para encontrar garotas lindas. – Quando ele disse isso não me contive e olhei para trás, admito que fui bem indiscreta, mas não pude evitar. Eles eram lindos, tanto um quanto o outro, o primeiro era alto, corpo bem delineado, olhos verdes, pele clara, cabelo cor de bronze. O outro era menos corpulento, mas também bonito, tinha os cabelos loiros, olhos dourados, um pouco mais baixo que o primeiro. O rapaz de cabelo cor de bronze assim que reparou que eu o olhava me direcionou um belo sorriso torto, na hora me vi tímida e envergonhada virei para frente, enquanto a Alice me puxava com uma carinha das mais cínicas possíveis. Entramos no tal shopping, e os dois rapazes nos seguiram, tentei ao máximo não olhar para eles, mas a curiosidade era insuportável. Toda vez que eu percebia que os comentários estavam mais longe eu dava uma espiada neles na esperança que eles continuassem. E assim se deu por longas 2 horas, volta e meia eu e a Alice entravamos numa loja a fim de ver algumas peças e quando saiamos eles estava em frente a loja nos esperando. Quando percebemos já era a hora do almoço, seguimos até a praça de alimentação. A Alice pediu uma fatia de pizza, e um suco, eu como estava muito nervosa, e nem sabia o motivo, pedi apenas um suco de Kiwi. Quando ela estava terminando de comer o garoto loiro se aproximou da nossa mesa. –Olá garotas, meu nome é Jasper. O meu amigo ali se chama Edward, e ele gostaria de conversar contigo. – Ele disse olhando para mim, opss... E agora, o que eu faço? –Acho melhor não né?? – Eu estava tremendo, puxa vida, passei metade da minha vida num internato, nunca tive um contato assim tão próximo com um rapaz, sinceramente eu não sabia o que fazer. –Você não pode fazer isso com ele, afinal ele ficou mais de duas horas andando atrás de você pelo shopping. – Isso eu já tinha percebido, pensei comigo mesma. –Tudo bem, eu vou lá. – A Alice me olhou perplexa, afinal nesse meio tempo já havíamos contado pelo menos metade de nossas vidas uma para a outra, isso realmente não era do meu feitio, mas não consegui evitar, algo nele me fascinara. E eu precisava saber o quê. Deixei o loiro que se chama Jasper conversando com a Alice e me aproximei do outro rapaz. –Quer dizer que você gostaria de falar comigo? – Perguntei, já que ele não dava sinais que poderia se mexer algum dia. – Me chamo Bella, mas não sei o seu nome. O seu amigo ali se apresentou. – Eu estava muito nervosa, mas me mantive no controle da situação, ou pelo menos achei que sim. –Olá meu nome é Edward, vamos dar uma volta? – Sair dali já era demais, não acha?? Ele me olhou fundo nos olhos percebendo o meu receio. – Sair de perto daqueles dois, o andar de cima tem vários bancos, podemos nos sentar e conversar melhor. –Claro. – Ele caminhou ao meu lado, bem próximo a mim, mas não encostando, nem ao menos as mãos. –Então pode me falar um pouco de você. – Impressão minha ou ele estava nervoso??? –Não sei o que dizer... O quer saber? -Tudo... tudo que você puder me falar. – Respondeu dando mais um daqueles sorrisos tortos que me deixava sem ar. -Tenho 17 anos, estou começando a estudar na cidade hoje, faço francês, espero entrar para o grupo de teatro, passei os meus últimos 7 anos num internato. Não sei mais o que dizer. –Uauu. Você realmente é uma raridade, não se vem muitas garotas da sua idade interessadas por idiomas, teatro. Interessante. –Agora você, idade? –22. –O que faz da vida? –Sub tenente do 20° blog, artilharia. –Hobie? – Comecei a jogar perguntas aleatórias, eu precisava saber mais sobre ele. –Tocar bateria – Dessa eu ri, não pude evitar. – Algum problema? –Não é... é que você já faz parte das forças armadas, que por sinal deve ser muito barulhenta e ainda nas horas vagas toca bateria? –É pelo jeito eu gosto de barulho. E você gosta de música? –Adoro, por sinal também toco bateria, mas prefiro cantar e toco teclado também. – Continuamos andando até que ele indicou um banco próximo, nos sentamos de frente um para o outro. –Uma garota que além de linda faz tudo isso, será que isso não é um sonho? – Ele disse colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. –Bobo – Falei rindo - porque? Garotas não podem ter muitas atividades? –Não quis dizer isso, mas de francês à baterista? Uma grande evolução... Nos dois rimos da situação, realmente não era muito comum, mas era eu. O silencio dominou o espaço entre nós, o clima ficou meio tenso e eu me senti na obrigação de quebrar o silencio. –Então... diga alguma coisa. – Foi a única maneira de quebrar o silencio. –Eu não queria dizer, queria fazer. – Com aquela declaração meu coração parou de bater por um breve instante, em compensação quando voltou tava pior que bateria de escola de samba. Foi quando ele pegou o meu rosto com as duas mãos e me olhou fundo nos olhos. Ansiando pela minha autorização. –Então faça. – Da onde eu tirei coragem para dizer aquilo eu não faço a mínima idéia, mas na hora era tudo o que eu queria, que ele fizesse alguma coisa. Senti minha pulsação ficar mais forte a cada segundo. –Posso? – Ele continuava me olhando, parecia que queria me hipnotizar, seus olhos... como eram lindos os seus olhos. –Pode. – Mais uma vez as palavras saíram da minha boca sem o menor controle. Então como algo esperado por nós dois ele aproximou os lábios dos meus, tocando levemente, sua língua pedia passagem pelos meus lábios, a tensão me dominou, eu nunca tinha beijado ninguém na minha vida, mas com ele ali, na minha frente me conduzindo era uma das melhores sensações que eu já senti. O beijo começou lento, como se ele quisesse conhecer o terreno primeiro, depois se aprofundou, tornando quente, e só acabou quando ambos ficamos sem fôlego.