Dias melhores virão escrita por Rose


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Quem pensava que o início seria fácil, melhor entender que nada na vida de Félix seria tranquilo.



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Euforia.

Ansiedade.

Dúvida.

Os dias foram passando e os substantivos mudando, Niko não entendia a falta de notícias de Félix – conhecendo o moreno como ele achava que conhecia, tentar entrar em contato poderia soar tão adolescente quanto ele se sentia apesar do restaurante, crianças, etc, etc.

Três dias se passaram e nenhum sinal, Niko demostrava sua impaciência no restaurante – sempre atencioso com os clientes preferia agora ficar atrás do balcão na expectativa de um pedido. Em casa se esforçava para brincar com Jayminho a agradecia a Deus que a próxima folga da Adriana ainda demoraria alguns dias.

Niko se perguntava o que poderia ter dado errado, por mais perfeito que tenha sido, os dois eram adultos e se conheciam – “e como se conheciam agora” – pensava com um sorriso de canto...Qual era o signficado daquela ausência?

Tantas perguntas e a cabeça de Niko girava ao lembrar de Félix.

“Agora que cruzamos a linha da amizade, não tem mais volta. Onde ele está? Devo ser uma bicha burra mesmo, por quê não pego o telefone e ligo? SMS? Sinal de Fumaça? Mami Poderosa? Ah, não sei em qual dessas opções ele me mataria com menos crueldade...hummm, quem sabe não seria uma opção?”

Entre sorrisos e lembranças daquela noite, os olhos de Niko marejavam...finalmente ele adormece.

Quarto dia. Café, Fabricio, levar Jaymininho na escola (afinal ele não tinha culpa), sushi, sashimi e nada de seu cliente favorito.

O dia foi longo, o horário do jantar no restaurante mais longo ainda. Edgar até tentou convencê-lo de ir embora mais cedo, sabia que seu patrão estava desanimado mas também não podia perguntar porquê e sabia que não iria ganhar nenhuma resposta.

Mas Niko sabia que o melhor era trabalhar e ocupar a mente, havia algo em sua consciência que lhe dizia que sua família era o mais importante e manter sua rotina enquanto sua mente lembrava-se das flores, do pedido de pernoite – “e que noite!” – o café da manhã – “café da manhã, ele não quer ter uma família”. Já não sabia quantos dias mais poderia suportar esses pensamentos. Talvez o melhor fosse dar um fim logo a tudo, ligar, ouvir uma desculpa e voltar a sua vida de géleia com manteiga lutando contra o peso.

O último cliente sai do restaurante, o shopping está quase fechando também. Niko insiste para Edgar deixá-lo fechar o restaurante hoje. Foram poucas situações em que ele preferia chegar em casa e todos dormindo.

Quando tranca a porta principal do restaurante, sente uma mão em seu ombro.

– Eron?!

– Niko, eu sei que já conversamos, eu sei o que você pensa, mas vamos conversar novamente – ainda manteremos nossa amizada,não? Conversa de amigos?

Niko suspira profundamente e diz que não está nos seus melhores dias.

– Eron, não sei o que você quer conversar, mas não sou uma boa companhia hoje – preciso ir pra casa descansar, amanhã preciso ir cedo comprar salmão no mercadão. Por favor me entenda.

Próximo a escada rolante, um homem alto, moreno, observa a conversa...


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Notas finais do capítulo

Na próxima postagem tentarei um capítulo mais longo. Espero que gostem :)