Lucy não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo ¨É um sonho, é um sonho... Um sonho¨ficava repetindo varias vezes para ela si mesma, Lucy não conseguia olhar mais para seu pai, mesmo se quisesse não iria conseguir, Daniel a abrasava forte contra seu peito, e seu braço tampava a visão de Lucy, pois ele era mais alto que ela. Seu coração parecia que a qualquer momento poderia se partir em mil pedaços, e desses pedaços se partirem mais e mais. Daniel começou a abraça-la com menos força que antes, Lucy vendo que agora poderia fugir se seus braços, o deu um pequeno empurrão e saio de seus braços, Lucy olhou para o rosto dele e viu o rosto de surpresa e tristeza Me desculpa¨Lucy queria falar mais as lagrimas sufocaram suas palavras. Lucy correu em direção de Stephen, se ajoelhou de seu lado, aquele não parecia mais seu pai, estava frio, pálido a vida o tinha abandonado. Lucy nunca mais poderia se desculpar pelas palavras terríveis que tinha dito antes de sair para caçar ¨Vocês nem são nossos pais de verdade¨aquelas palavras ficavam ecoando em volta da cabeça de Lucy.

–Me desculpe, pai -Disse Lucy, mesmo sabendo que ele não a ouviria, nunca mais.

Nunca mais ia ouvir a voz de seu pai, nunca mais ia ouvir as historias... Nunca mais - Pai prometo achar quem vez isso com você -Disse Lucy quase sussurrando enquanto enxugava as lagrimas.

–Lucy...-Era Maia tentando colocar a mãos sobre os ombros de Lucy, mas foi em vão .

Lucy saio correndo em direção a floresta.

...

Daniel já estava preste a sair correndo em direção a Lucy.

–Não Daniel, eu vou atrás dela -Disse Maia já começando a correr em direção a Lucy.

–Lucy volte aqui- Gritou Maia tentando acompanha-la .

Lucy supressa olhou para traz, quando viu que era Maia começou a correr mais rápida -Me deixe!-Gritou Lucy sem olhar para traz.

–Eu nunca vou te deixar!...- Começou a para de correr- Você é minha irmã! E eu te amo!

Vendo que Lucy tinha começado a diminuir o ritmo, Maia aproveitou para ir em direção a ela. Lucy estava chorando, desesperadamente enquanto falava para ela mesma para de chorar -Lucy nos vamos enfrentar isso juntas- Maia falou a abraçando.

Lucy começou a olhar envolta -Maia aonde estamos?-Perguntou Lucy, tentando parar de chorar.

–Não sei -Disse Maia, parando de abraçar Lucy.

Estavam em um lugar lindo e ao mesmo tempo aterrorizante, nenhuma das duas sabia que lugar era esse, rosas negras rodeavam o chão a grama era um verde morto, as arvores eram muito altas e paresiam encarar as irmãs de um jeito inexplicável, estava escuro entre as arvores. O céu ainda estava ameaçando a cair uma tempestade, nuvens cheias de raios.

–Lucy...- Era Maia falando -Acho melhor agente sair daqui.

–Mas, mal chegaram já querem ir embora?- Uma voz vindo de todos os lados, uma voz incerta, na verdade eram vozes, de crianças, de adultos de mulheres e homens, agora o lugar não parecia mais belo e sim assustador.

–É você Herhy? Por que se for é melhor você para- Gritou Lucy com uma pontada de medo.

–Herhy? Quem é Herhy?- A voz deu uma risada que vez Lucy arrepiar.

E meio das arvores começaram aparecer olhos, olhos vermelhos... Lobos, Lobos gigantes, ou pelo menos era isso que parecia ser - Vamos Lucy!

Lucy e Maia começaram a correr, e alguma coisa avia começado a seguir elas, a voz... Ou o dono dela, Maia olhou para trás não dava para ver, a criatura estava rodeada de uma fumaça negra, mais era uma forma de lobo. ¨Isso é impossível Lobos não falam!.

Correram até chegar a um bosque, onde a fumaça se desfez e a criatura sumiu novamente em meio das arvores. Lucy e Maia não sabiam oque havia as seguido. Agora estava no bosque aonde seus pais as levava para caçar, ele sempre dizia que esse lugar era seguro que o mal não iria conseguir entrar. O bosque era cheio de rosas de todas as cores, a grama um verde vivo, havia um lago cristalino. Já haviam se esquecido de seu pai falecido.

–Maia?

–Que foi?- disse Maia ofegante.

–o. Que. Foi. Isso?- Disse Lucy, tentando separar as palavras.

–Não sei.

Dava para ver as lagrimas no canto do olho de Lucy, mas Lucy não queria mais chorar, quando se recuperam do susto decidiram voltar para casa, não havia o porquê de elas ficarem ali aonde só fazia elas se lembrarem mais e mais de seu pai. Decidiram não contar a ninguém sobre isso. Falar com lobos, as chamaria de bruxa e elas seriam mortas, enforcadas.

–Lucy, lembra-se das historias de papai sobre esse lugar?

–Claro -Como não esquecer era oque Lucy queria falar, mais deixou de lado essa ideia.

–Lembra-se das criaturas?

Maia não precisava terminar para Lucy saber oque ela queria disser, com certeza tinham achado as criaturas, ou pelo mesmo algumas, e se tivessem mais? Lucy me lembra das pegadas a seguindo. -Pode haver mais delas. Disse Lucy.

– Como assim Lucy?

Lucy explicou tudo oque avia acontecido na aquele mesmo dia, sobre Herhy sobre as pegadas, quando terminou Maia ficou surpresa.

–Lucy antes de papai... -Maia queria contar oque seu pai havia dito mais, não podia, porque tinha medo- precisamos tomar mais cuidado- Foi oque Maia disse em vez.

–Sim.

Estavam chegando no vilarejo, já dava para ver as pessoas em volta do corpo de seu pai, Lucy nem Maia queriam ficar ali, Daniel, Maquena e Luce ainda estavam lá com Madalene tentando acalma-la, era um dia muito triste. A chuva agora começava a cair, caia fraco, mas com certeza ia chover mais forte. O vilarejo não era tão pequeno mais também não tão grande, as casas eram simples todas de madeiras, as famílias começavam a entrar em casa rapidamente. O corpo de seu pai era carregado para dentro da casa de Lucy e Maia, para a despedida, de manhã iriam o colocar no lago e o queimariam. Era um tipo de ritual que faziam quando as pessoas morriam.